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MESTRADO EM GESTÃO PÚBLICA

Prof. Dr. Mario Vicente Sitoe


PLANO DE APRESENTAÇÃO

1
• Estado e governação
2
• Gestão pública e programas públicos
3
• Gestão pública e mercado
4
• As organizações públicas
5
• Descentralização e modernização
Código de Ética
da Profisssão
• Gestão pública, democracia e política
• Estado e Governação
1
A metamorfose do Estado e a nova overnação

Nos últimos dois séculos, o governo representativo passou por importantes modificações, especialmente durante a segunda
metade do século XIX. A mudança mais evidente, que mais chamou a atenção dos historiadores do governo representativo,
diz respeito ao direito de voto: a propriedade e a cultura deixaram de ser representadas e o direito ao sufrágio foi ampliado.
Essa mudança ocorreu paralelamente a uma outra: a emergência dos partidos de massa. O governo representativo moderno
foi instalado sem a presença de partidos organizados, seguindo os exemplos das revoluções inglesa, americana e francesa. A
maioria dos fundadores do governo representativo chegava a pensar que a divisão entre partidos ou "facções" era uma
ameaça ao sistema que pretendiam estabelecer.

A partir da segunda metade do século XIX, porém, a presença de partidos políticos na organização da expressão da vontade
do eleitorado passou a ser vista como um componente essencial da democracia representativa. Além disso, os programas
políticos também tinham um papel de reduzida importância no modelo original dos governos representativos: a própria idéia
de plataforma política era praticamente desconhecida no final do século XVIII e início do século XIX. Mas com o
aparecimento dos partidos de massa, os programas políticos passaram a ser um dos principais instrumentos da competição

eleitoral.
A metamorfose do Estado e a nova Governação

O aparecimento dos partidos de massa e de seus programas veio transformar a própria relação de representação. A existência
de partidos organizados aproximava os representantes dos representados. Os candidatos passaram a ser escolhidos pela
organização partidária, na qual militantes de base tinham a oportunidade de se manifestar. A massa do povo podia, assim, ter
uma certa participação na seleção de candidatos e escolher pessoas que compartilhassem de sua situação econômica e de suas
preocupações. Uma vez eleitos, os representantes permaneciam em estreito contato com a organização pela qual se elegeram,
ficando, de fato, na dependência do partido. Isso permitia aos militantes, ou seja, aos cidadãos comuns, manter um certo
controle sobre seus representantes fora dos períodos eleitorais. Apresentando-se diante dos eleitores com um programa, os
partidos pareciam dar aos próprios cidadãos a possibilidade de determinar a política a ser seguida.

PRINCÍPIOS DOS GOVERNOS REPRESENTATIVOS

Examinando-se as origens do governo representativo à luz de sua história posterior, percebe-se a existência de um certo
número de princípios, formulados no final do século XVIII, que praticamente nunca foram postos em questão desde essa
época.
A metamorfose do Estado e a nova Governação

PRINCÍPIOS DOS GOVERNOS REPRESENTATIVOS

Quatro princípios, entendidos dessa maneira, foram formulados nos primeiros tempos do governo representativo moderno:

1. Os representantes são eleitos pelos governados:

Portanto, um sistema eletivo não cria uma identidade entre os que governam e os que são governados. Isso não significa que
os cidadãos comuns têm apenas uma posição subordinada no governo representativo. Embora o povo não governe, ele não
está confinado ao papel de designar e autorizar os que governam. Como o governo representativo se fundamenta em
eleições repetidas, o povo tem condições de exercer uma certa influência sobre as decisões do governo: pode, por exemplo,
destituir os representantes cuja orientação não lhe agrade. Por outro lado, o governo representativo pode ser um governo
de elites, mas cabe aos cidadãos comuns decidir que elite vai exercer o poder.
A metamorfose do Estado e a nova Governação

PRINCÍPIOS DOS GOVERNOS REPRESENTATIVOS

2. Os representantes conservam uma independência parcial diante das preferências dos eleitores:

Embora sejam escolhidos, e possam ser destituídos, pelos governados, os representantes mantêm um certo grau de
independência em suas decisões. Esse princípio se traduz na rejeição de duas práticas que igualmente privariam os
representantes de qualquer autonomia de ação: os mandatos imperativos e a revogabilidade permanente e discricionária dos
eleitos.(6)Nenhum dos governos representativos instituídos desde o final do século XVIII admitiu mandatos imperativos ou
concedeu o estatuto de obrigação legal às instruções dadas pelos eleitores.

3. A opinião pública sobre assuntos políticos pode se manifestar independentemente do controle do governo

Desde o final do século XVIII, prevalece a idéia de que um governo representativo supõe que os governados possam
formular e expressar livremente suas opiniões políticas. A ligação entre governo representativo e liberdade de opinião foi
definida rapidamente nos Estados Unidos, de maneira mais progressiva na Inglaterra, e seguiu um roteiro mais lento e mais
complexo na França.
A metamorfose do Estado e a nova Governação

A liberdade de opinião política requer dois elementos. Para que os governados possam formar opinião sobre assuntos
políticos, é necessário que tenham acesso à informação política, o que supõe tornar públicas as decisões governamentais.
Quando os políticos tomam suas decisões em segredo, os governados dispõem de meios muito frágeis para elaborar opiniões
em matéria política.

O segundo requisito da liberdade da opinião pública é a liberdade para expressar opiniões políticas. A relação entre a
liberdade de opinião e o caráter representativo do governo não é, porém, tão óbvia assim. De qualquer modo, não seria de
estranhar que os governos.

4. As decisões políticas são tomadas após debate

No pensamento dos fundadores do governo representativo, o debate parlamentar realiza, portanto, a tarefa específica de
produzir acordo e consentimento; não constitui, em si mesmo, um princípio de tomada de decisões. O que faz de uma
proposta uma decisão pública não é a discussão, mas o consentimento. Entretanto, é preciso acrescentar que esse
consentimento deve ser de uma maioria, e não uma concordância universal, menos ainda uma expressão da verdade.
A metamorfose do Estado e a nova Governação

PRINCÍPIOS DOS GOVERNOS REPRESENTATIVOS

Os quatro princípios tiveram conseqüências e implicações diferentes de acordo com as circunstâncias dentro das quais
foram postos em prática. Essas diferenças deram origem a três formas de governo representativo:

1. O modelo parlamentar;

2. A democracia de partido;

3. A democracia do público.
A metamorfose do Estado e a nova Governação
A metamorfose do Estado e a nova Governação

CONCEITO DE ESTADO:

A imprecisão dos conceitos não se restringe ao universo do senso comum. A definição de Estado, por exemplo, é
imprecisa dentro da própria ciência política. Não raras vezes, o Estado é tido como governo, como sinônimo de país,
regime político ou sistema econômico (MATIAS-PEREIRA, 2010, p.31).

As actuais dimensões do Estado não podem ser compreendidas de maneira dissociada do projeto social da modernidade.

O projeto de modernidade pode ser resumido, da maneira como o faz Boaventura de Souza Santos (SANTOS, 1997,
p.77), como um projeto assentado em dois pilares:

• O pilar da regulação: Constituído pelo princípio do Estado (Hobbes), pelo princípio do mercado (Locke) e pelo
princípio da comunidade (Rousseau);

• O pilar da emancipação: Constituído por três lógicas de racionalidade:


A metamorfose do Estado e a nova Governação

• O pilar da emancipação: Constituído por três lógicas de racionalidade:

 Racionalidade estético-expressiva da arte e da literatura;

 Racionalidade moral-prática da ética e do direito e,

 Racionalidade cognitivo-instrumental da ciência e da técnica.

De acordo com essa perspectiva, o Estado moderno é um fenômeno histórico, cujo surgimento coincide com mudanças
estruturais nas sociedades europeias a partir da segunda metade do século XV, que culminaram com a superação da
suserania feudal e secularização dos fundamentos da política.

Nesse contexto, não são mais homens que imperam sobre os outros homens, mas poderes públicos que agem sobre o
arbítrio das pessoas privadas. O Estado moderno nasce associado à ideia de soberania, segundo a qual o governante
(soberano) tem o direito de fazer valer suas decisões frente aos governados (súditos).
A metamorfose do Estado e a nova Governação

Nos primórdios, o Estado moderno será marcado pelas formas absolutistas de poder, em que a figura do monarca se
confunde com o próprio Estado. O folclore consagrou como exemplo, nesse sentido, o rei francês Luís XIV de Bourbon
(1638-1715), que teria afirmado em algum momento: “L’etat c’est moi”.

Contudo, em virtude das pressões evolutivas que afetam a ideia de soberania clássica, os titulares da soberania se
modificarão:

• Passarão da pessoa do monarca (soberania absolutista) para o povo (soberania popular) e,

• Depois, para a nação e para o Estado, com a teoria jurídica da soberania.

Neste sentido, o Estado moderno apresenta dois momentos marcantes em sua história:

1. O Estado absolutista (soberano, monárquico e secularizado) e

2. O Estado de direito (liberal, constitucional e representativo).


A metamorfose do Estado e a nova Governação
A metamorfose do Estado e a nova Governação

O estabelecimento de expectativas realistas em relação a problemas de avaliação, bem como o uso destas de forma
pragmática e objetiva, pode permitir aos governos melhorar em seu desempenho, sua responsabilidade e capacidade para
prestar contas. Os exemplos apresentados neste artigo dão alguma orientação nesse sentido.

Estado Intervencionista

As crises econômicas, a exemplo da grande crise de 1929, evidenciaram a incapacidade da economia regular-se por si só.
Tornou-se necessária a presença mais efetiva do Estado para minimizar os efeitos e prevenir novas crises. O Estado passa a
intervir diretamente na esfera produtiva e associa à sua função de defesa do território e dos cidadãos novas competências
no que se refere à condução de políticas econômicas capazes de garantir o equilibrio e regularidade das atividades produtivas.
Ademais, nos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, o Estado assume o papel de motivador do desenvolvimento
social e econômico
A metamorfose do Estado e a nova Governação

Estado Social

Resulta da busca de superação da contradição existente no Estado Liberal entre igualdade política e desigualdade social.
Fundamenta-se no pressuposto de que a liberdade não pode restringir-se à liberdade política, que pode, inclusive, ser limitada
devido às desigualdades sociais. Por conseguinte, o Estado passa a ter a incumbência da formulação de políticas que garantam
o bem-estar social, minimizando as desigualdades entre os cidadãos. Ele passa a incorporar no rol de seus deveres a
manutenção de sistemas de saúde, educação e segurança social de caráter universal e plena acessibilidade a todos os
cidadãos.

Estado Democrático de Direito

Pode ser compreendido como a fusão de duas acepções de Estado: Estado de Direito e Estado Democrático. No primeiro caso,
deve-se entender como Estado de Direito aquele em que há a hegemonia do respeito à lei, cuja maior expressão seria o texto
constitucional. No segundo caso, o conceito de Estado Democrático envolve a noção de cidadania, de respeito à dignidade
humana, de respeito à diversidade, ao pluralismo político e à livre iniciativa.
Funções do Estado e a Gestão Pública
Surgimento, na Europa, Séc. XVIII, preocupação do Estado em proteger o proletariado industrial (trabalho, invalidez,
velhice, saúde, emprego, educação dos cidadãos)

- Primeira função do Estado:


Manutenção da ordem e da segurança interna e garantia da defesa externa. Monopólio legítimo do uso da força ou coerção
organizada. Resolução de conflitos, aplicação de justiça, imposição de sanções – exige regras estabelecidas: Regulamentação
jurídica.

- Segunda Função do Estado:


Estabelecer e cobrar tributos dos que vivem sob seus domínios e administrar esses recursos e gerir o quadro administrativo
ou administração pública.
Essas são as funções clássicas do Estado. Estado Mínimo – Liberal. Forte presença na economia interna e externa e
intervenção mínima nas questões sociais.
Funções do Estado e a Gestão Pública

- 1940 define-se a função social do Estado: “independentemente da sua renda, todos os cidadãos, como tais, têm direito a
ser protegidos contra situações de dependência de longa duração (velhice, invalidez) ou de curta duração (doença,
maternidade, desemprego)”
Os Poderes do Estado
Se o Estado é uma estrutura política e organizacional dotada de poder extroverso, que exerce imperativa e
soberanamente, como se exerce esse poder e como ele pode ser controlado?
- Poder Executivo (aplicar as Leis, assegurar a ordem interna e a defesa externa, conduzir as relações internacionais);
 Assembleia da República – Deputados

- Poder Legislativo (fazer as leis, aperfeiçoá-las e revogá-las);


 Presidência da República, auxiliados pelos Ministros;

- Poder Judiciário (julgar e punir as transgressões às Leis e arbitrar as disputas à luz da legislação estatuída);
 Tribunal Supremo e Tribunais Superiores de recurso
O papel social do Estado

a) Intervir activamente na economia, regulamentando, estimulando e produzindo bens e serviços a fim de gerar empregos e
desenvolver áreas estratégicas;

b) Oferecer políticas sociais de natureza universalista, especialmente políticas compensatórias;

As atividades de Estado não foram destinadas ou são capazes de gerar riquezas. Financiar o Estado se dá com recursos
gerados pela iniciativa privada. Com a crise econômica, o investimento retrai e a capacidade do Estado de cobrar tributos
diminui.

O Estado não consegue arrecadar o suficiente para manter seus gastos e tem dificuldade para gastar dentro dos limites que
arrecada. Ocorre a chamada Crise Fiscal. Sociedade: continua pagando impostos mas sofre as consequências – falta de escola
ou má qualidade do ensino público, saúde, segurança.

Novos cenários, novos actores, novos papéis: ONG'S, corporações transnacionais, blocos econômicos (UE, Nafta, Mercosul).
Queda do poder do Estado. Política de privatizações eliminando/diminuindo a participação direta na economia.
O papel social do Estado Moderno

a) Assegurar os direitos dos cidadãos e do consumidor;


b) Estimular o desenvolvimento autossustentado;
c) Incentivar a competitividade do sector privado;
d) Induzir a busca por padrões mais elevados de qualidade dos bens e serviços oferecidos pelo mercado;
e) Coibir as práticas predatórias e ilegais na busca do lucro econômico.
A relação Estado/cidadão e cidadão /Estado

- Conceito: origem na cidade-Estado grega. Efetiva possibilidade do indivíduo tomar parte, por vias diretas ou indiretas,
nas decisões coletivas que afetam a sua vida e o seu destino. Capacidade dos membros de uma sociedade de interferirem
na formulação e execução das leis.

- Relação de direitos e deveres: cidadão x cidadãos e cidadãos x Estado.

- A presença do Estado é essencial para a cidadania, sem Estado não existe possibilidade de cidadania. Por outro lado,
pode existir Estado sem cidadania, ex. Estados Absolutistas do início da Idade Moderna ou Estados Autoritários a
contemporâneos (cidadania não em sua plenitude).

- Direitos civis: antes Estado opressor, despótico. Garantia da segurança (vida e integridade física), liberdade (ir e vir,
crença, opinião) e de propriedade (trabalhar, comprar e vender bens e serviços, desfrutar e acumular os bens adquiridos)
A relação Estado/cidadão e cidadão /Estado

- Direitos políticos: século XIX, democratas conquistam os direitos políticos. Estado antes era oligárquico e excludente.
Direito de associar-se e divulgar opinião, votar e ser votado, participar e influir na decisões.

- Direitos sociais: segunda metade do século XIX, definem-se direitos sociais que passariam a fazer parte da Constituição
de vários países no século XX: direito à instrução e educação, proteção as situações vulnerabilidade ou dependência de
longa duração (velhice, invalidez) ou de curta duração (doença, maternidade, desemprego), renda mínima, alimentação,
saúde, habitação, assegurados aos cidadão como direitos e não como caridade.

- Novos direitos”: evolução, transformações sociais, deram origem a novas demandas. Direito à privacidade, direito da
família, direitos sexuais, combate exploração infanto-juvenil, preocupações natureza/ecologia, patrimônio
histórico/cultural.

A grande transformação na percepção do papel do estado e das relações entre os interesses privados e o interesse público
deram origem à demanda pelo direito ao patrimônio econômico público, ou coisa pública.
A relação Estado/cidadão e cidadão /Estado

Coisa Pública: é o conjunto de bens patrimoniais e recursos financeiros originados dos impostos pagos pelos cidadãos, por
isso, propriedade da coletividade. A coisa pública dever ser gerida tendo em vista o interesse da sociedade e não o
interesse de grupos privados ou do Governo.
Deveres do cidadão

a) Obediência à lei: se participa da formulação e execução das Leis, por lógica, também deve obediência as elas. Sem
obediência às Leis não há vida em sociedade. Estabelece limites entre o interesse particular e os interesses coletivos.

b) defesa pública: sempre que se fizer necessário reagir a efetiva ameaça à integridade da coletividade. Interna:
actividades de defesa civil, nos casos de calamidade ou emergência pública ou Externa: guerras e ameaça contra a
soberania.

c) contribuição – impostos: financiamento das actividades de interesse comum da coletividade. Torna exequível todos os
direitos de cidadania e promove o desenvolvimento social. Viabiliza saúde, educação, segurança, reforma agrária, cultura,
proteção ambiental, etc. A não contribuição deste dever de cidadania gera: bens e serviços públicos oferecidos são
prejudicados em qualidade ou quantidade e outros cidadãos são onerados para suprir os déficits gerados.

d) controle social: a cidadania só atingirá sua plenitude quando os cidadãos se tornarem conscientes dos interesse
público.
Deveres do cidadão

É o compromisso para com o bem público. Consiste numa mistura de dever e direito como a rejeição, denúncia e combate à
corrupção e ao nepotismo, aos privilégios, à exclusão social, violação dos direitos humanos, à baixa qualidade dos bens e
serviços oferecidos à população.
Deveres do cidadão

Nas sociedades democráticas contemporâneas evolui-se a ideia de que Estado e as organizações que o compõem – ao
invés de servirem ao próprio Estado – existem para servir à sociedade, para atender os cidadãos.

Em consequência, as relações do Estado com os cidadãos passaram por um significativo processo de transformação cujo
foco é o exercício da cidadania activa. Nessa óptica, os cidadão não são apenas portadores de direitos, mas também
deveres, e vistos como corresponsáveis pela efetividade dos bens públicos. Essa corresponsabilidade resulta:
• Na inclusão dos cidadãos nos processos de controle social, e,
• Na sua participação activa na escolha dos dirigentes, na formulação das políticas e no acompanhamento e avaliação dos
resultados.
Implica, portanto em uma nova relação cidadão-Estado e Estado-cidadão, na qual a ênfase recai sobre a participação
política, a transparência e a as boas práticas de governança.
• Gestão pública e
2 programas públicos
Muito Obrigado

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