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Tratamento de esgotos

 No Brasil, nos últimos anos, a política de investimentos públicos na


área de saneamento priorizou a saúde público em detrimento da
preservação ambiental.
 Podemos observar que é bastante comum que a parcela da
população atendida pelo sistema público de abastecimento de água é
superior àquela atendida pela coleta de esgotos.
 A meta básica é resgatar a vida aos corpos d’água, pressupondo a
eliminação total dos dejetos lançados sem tratamento nesses locais.
 Verifica-se, dessa forma, que a exigência de tratamento de esgotos
nos novos empreendimentos deve considerar as diferenças
existentes com relação:
 À possibilidade ou não de conexão do sistema de coleta de esgotos
do empreendimento à rede de coleta pública;
 À possibilidade de que a rede pública existente possa, em curto
prazo, ser integrada às estações de tratamento centralizado
existentes ou em construção;
 Ao estado de poluição em que se encontra o corpo d’água, onde está
previsto o lançamento temporário dos dejetos, enquanto não se
finalizam as obras de tratamento.
Áreas que têm possibilidade de conexão imediata ao sistema de tratamento:
Exigir rede de coleta.
Áreas que têm possibilidade de conexão ao sistema de tratamento a curto prazo:
Exigir rede de coleta; aceitar lançamento sem tratamento, se o corpo d’água receptor já estiver
poluído. Exigir tratamento (estação local) em caso contrário.

Áreas para as quais se prevê a conexão ao sistema de tratamento a médio prazo:


Exigir rede de coleta e tratamento (Estação local). Aceitar disposição dos esgotos no lote, nas
situações tecnicamente possíveis.

Áreas para as quais não está prevista implantação de sistema de tratamento:


Evitar a ocupação. Exigir tratamento (disposição no lote ou rede e estação de tratamento local)
nos casos em que se permitir a ocupação

 Exigências quanto ao tratamento de esgotos nos


empreendimentos habitacionais que envolvem abertura de
arruamento público.
Áreas que não que não têm rede coletora pública:
Exigir sistema de tratamento e disposição no terreno pertencente ao empreendimento. Analisar
possibilidade econômico-financeira de implantação de rede coletora, em uma parceria de
investimentos público-privado, conectando os esgotos ao sistema de tratamento centralizado,
nos casos em que este sistema já existe, ou será concluído a curto prazo.

Áreas que têm rede coletora pública e que têm possibilidade de conexão ao sistema de
tratamento centralizado a curto prazo:
Garantir que se faça a ligação domiciliar.

Áreas que têm rede coletora pública, mas estarão conectadas ao sistema de tratamento
centralizado a médio prazo:
Avaliar perspectivas de recuperação do corpo d’água receptor a curto prazo. Condicionar
ocupação à implantação de tratamento e disposição dos esgotos no lote, quando existir plano
de recuperação do corpo d’água receptor.

 Exigências quanto ao tratamento de esgotos nos empreendimentos


habitacionais em lotes (sem abertura de vias públicas)
Vias que podem ser dispensadas de
pavimentação
 As vias de caráter essencialmente local, com declividade
relativamente baixa e com circulação restrita de veículos pesados,
podem ser dispensadas de pavimentação, desde que:
 Seja implantado tratamento primário da pista de rolamento e
sistema de drenagem que previnam o desenvolvimento dos
processos erosivos e garantam trafegabilidade, com segurança,
mesmo nos períodos de chuva;
 Seja feito o calçamento dos passeios e arborização, de forma a
possibilitar boas condições de circulação dos pedestres.
 Entende-se que o tratamento a ser dado às vias não pavimentadas
deve considerar:
 A necessidade de se garantir boas condições de circulação de veículos
e pedestres, mesmo nos períodos de chuvas;
 A minimização do problema de formação de pó em decorrência da
circulação de veículos;
 A necessidade de se buscar custos de implantação e manutenção
relativamente reduzidos.
 Para o bom funcionamento das vias não pavimentadas é
necessária uma solução integrada do tratamento primário da
pista de rolamento, da drenagem de águas pluviais superficiais e
subterrâneas do tratamento dado aos passeios, incluindo-se a
arborização.
Situações problemáticas a aceitação de vias não
pavimentada, o que se torna ela indispensável:

 Vias em que existe tráfego intenso de ônibus e veículos pesados em geral,


(em função das dificuldades de se garantir um tratamento primário da pista
que suporte a solicitação constante de cargas elevadas);
 Vias em que se prevê velocidades de circulação relativamente altas (em
especial pela dificuldade de se conseguir minimizar o problema de pó nos
períodos secos);
 Vias de elevada declividade (pelo risco de erosão do leito viário, nem
sempre contornável apenas com obras de drenagem, e pelo risco de
acidentes relacionados à falta de aderência da pista;
 Vias em áreas mal drenadas.
 A aceitação das vias não pavimentadas deve ser condicionada à
implantação das obras de drenagem, tratamento primário,
calçamento de passeios e arborização.
Drenagem de vias não pavimentadas
 A implantação do sistema viário urbano provoca uma nítida
concentração das águas pluviais.
 Nas glebas não parceladas, o escoamento processa-se de forma
distribuída e as águas atingem os córregos e as linhas de drenagem
natural ao longo de grandes extensões.
 A implantação das vias implica concentração das águas pluviais no
leito viário e a rede de drenagem assume um papel fundamental para
garantir a trafegabilidade e evitar o desenvolvimento dos processos
erosivos e de enchentes.
Cuidados específicos para que não se perda
em curto prazo a rede de drenagem
 Deverá então conter:
 Fácil acesso para limpeza e manutenção da rede, que fica mais
sujeita à deposição de solo. Deve ser evitada a implantação de
tubulações enterradas;
 Disponibilidade, em todas as vias, de canaleta de drenagem
revestida ou sarjeta, não se admitindo o escoamento concentrado de
águas pluviais no solo não protegido;
 Proteção especial junto à sarjeta, evitando-se a formação de sulcos
junto a mesma. Esta proteção pode ser executada com grama, solo-
cimento, solo-brita ou outra solução que proteja o solo natural dos
processos erosivos;
 Implantação de canaletas compatíveis com o calçamento dos
passeios;
 Declividades transversais mais acentuadas que nas vias
pavimentadas, evitando-se o escoamento das águas pluviais
longitudinalmente à via pelo leito carroçável;
 Execução de leiras ou outros dispositivos que conduzam a água que
escoa longitudinalmente à via para o sistema de drenagem,
evitando-se assim que os sulcos de erosão eventualmente formados
possam se desenvolver.
 Visando à redução de custos, entende-se que é possível, em casos
especiais, aceitar o revestimento das canaletas com grama, solo-
cimento, asfalto emulsionado, pedras acumuladas a mão e
outras soluções alternativas ao concreto.
 Pode-se aceitar este tipo de solução, dentro de limites de velocidade
de escoamento das águas, desde que o projeto de drenagem aponte
as velocidade de escoamento previstas nos diversos trechos da via.
 Canais revestidos com grama batatais 0,91 m/s ( solo não resistente
à erosão e declividade superior a 10%) e 2,44 m/s (grama seda, solo
resistente à erosão e declividade inferior a 5%).
 É razoável admitir a execução de canaletas revestidas com grama
nos casos em que a velocidade de escoamento das águas pluviais for
inferior a 0,9m/s.
Vias não pavimentadas o projeto de drenagem
deve constar:
 A velocidade de escoamento previstas nas canaletas ou sarjetas;
 O trecho da seção transversal da via que deverá receber tratamento
especial contra erosão;
 A solução de projeto para a compatibilização entre as canaletas e os
passeios (deve ser prevista a solução para a via não pavimentada e
as alterações necessárias por ocasião da pavimentação);
 A declividade longitudinal e transversal das pistas de rolamento;
 O posicionamento das leiras no sistema viário;
 O detalhamento das obras de dissipação de energia das águas nos
pontos de lançamento.
Calçamento dos passeios e arborização das
vias
 Em muitos municípios não é exigido, do responsável pelo
parcelamento do solo, o calçamento dos passeios, ficando esta
responsabilidade a cargo dos proprietários dos lotes. São frequentes
os passeios com calçamento interrompido junto a lotes ainda não
edificados, bem como os executados com rampas e degraus
incompatíveis ou que se encontram em péssimo estado de
conservação.
 Considerando o caráter de espaço público dos passeios e sua
importância para o coletivo da cidade, avalia-se mais coerente que o
calçamento seja realizado pela municipalidade (no caso de bairros já
implantados)e pelo empreendedor habitacional (nos novos
conjuntos e loteamentos).
 A municipalidade ou o empreendedor têm condições de garantir
melhor qualidade à obra levando em conta o projeto de arborização
e o posicionamento das redes subterrâneas de infraestrutura e dos
postes.
 Nos casos de vias não pavimentadas, cresce a importância de
execução do calçamento dos passeios já no momento em que é feita
a abertura do sistema viário.
 Novos loteamentos e conjuntos justifica-se a exigência de uma faixa
contínua de passeio calçado, de largura mínima 0,9 metro, que
possibilita o cruzamento de dois pedestres.
Projetos a serem elaborados

 O projeto do empreendimento habitacional deve conseguir


compatibilizar o conjunto de obras que será implantado a curta, médio e
longo prazo.
 Quem desenvolve o projeto no caso em que existe uma concessionária
responsável pelo serviço?
 A resposta varia de município para município. Em alguns casos, a
concessionária elabora o projeto e cobra (ou não) do empreendedor.
 Em outros, ela apenas aprova o projeto elaborado pelo empreendedor, ou
fornece o conjunto de normas técnicas a serem atendidas para o
desenvolvimento do projeto.
 Independente do caso é necessário pela legislação municipal que
deverá ser elaborado e identificado o responsável técnico.
 A listagem dos projetos a serem elaborados depende do tipo do
empreendimento, diferenciando-se, em especial, aqueles que
envolvem abertura do sistema viário público, daqueles em que as
edificações serão executadas em lotes já existentes.
 A legislação pode incluir uma relação completa de projetos,
dispensando-se alguns deles, em casos específicos.
 É exigido pelo Poder Público, a elaboração dos projetos ao nível
executivos, das obras a serem executadas na fase inicial, e ao nível
de estudo preliminar, das obras que serão executadas ao longo do
tempo, depois que o empreendimento já estiver habitado.
Projetos a serem apresentados ao Poder
Público para análise e licenciamento

 Cadastro dos lotes, edificações e áreas públicas que serão geradas


pelo empreendimento;
 Cadastro das obras de infraestrutura que serão implantadas, na fase
inicial, e das obras previstas ao longo do tempo;
 Avaliação do atendimento às regras e critérios estabelecidos na
legislação urbanística;
 Planejamento das aços de responsabilidade da municipalidade
envolvidas na viabilização do conjunto.
 Frente aos objetivos expostos, é de fundamental importância que o
levantamento topográfico esteja bem elaborado, para evitar que as
obras sejam implantadas em desacordo com o projeto elaborado.
 Qualquer modificação na implantação das obras, seja registrada
pelo empreendedor e informada ao município.
É exigido a apresentação para o Poder
Público:
 Proposta geométrica de cada um dos projetos elaborados (cujas
obras serão, ou não, implantadas na fase inicial);
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) relativa ao
desenvolvimento de cada um dos projetos;
 Do memorial descritivo de cada um dos projetos realizados,
identificando-se os critérios dos elementos que compõe o projeto
completo (além daqueles que foram apresentados para o município)
e a descrição sucinta das obras projetadas;
 Descrição detalhada e especificações técnicas das obras que serão
executadas na fase inicial.
Normas relativas ao sistema viário

 O sistema viário urbano é o elemento articulador das atividades que


ocorrem na cidade e um foco constante de conflitos, sendo eles
inevitáveis, suas funções incluem:
 Circulação de pedestres e veículos;
 Acesso às edificações
 Lazer e convívio social;
 Estacionamento;
 Comércio local (feiras, bancas);
 Implantação de redes públicas de infraestrutura (água, esgoto...)
 Implantação de equipamentos diversos (caixa de correios ...)
 Para que a via cumpra bem suas funções principais deve se atentar
aos seguintes quesitos:
 A rua tem função principal a acesso às edificações, circulação de
pedestres e lazer, deverá ser feito projetos que impeçam a
circulação de veículos a velocidades elevadas.
 Deverá observar as dimensões geométricas das vias que estão
relacionadas ao cumprimento das funções de circulação de
pedestres, circulação de veículos para acesso aos lotes e veículos de
serviço a baixa velocidade, lazer, convívio social e implantação de
redes de infraestrutura.
 Entende-se que a legislação urbanística municipal não deve entrar
em detalhes sobre as características a serem atendidas por este tipo
de vias, desde que exista uma limitação ao tamanho máximo do lote
condominial.
 Via de pedestres: suas funções principais são o acesso de pedestres
às edificações, o lazer e convívio social e a implantação das redes de
infraestrutura. Não se prevê o acesso de veículos de passeio e
caminhões. Podem ser executadas na forma de escadaria.
 Vias mistas: mesma funções da via de pedestres. Admitem-se os
veículos de passeio para acesso às edificações e, apenas em casos
eventuais ou emergenciais, a entrada de caminhões. As vias devem
ter pequena extensão e atender número reduzido de unidades
habitacionais. Têm características semelhantes às de um calçadão.
 Vias locais: incluem-se nas suas funções a circulação regular de
veículos (passeio e caminhões), de caráter essencialmente local, a
circulação de pedestres, o lazer, a implantação das redes de
infraestrutura. Torna-se necessário garantir baixo volume de tráfego
e baixa velocidade dos veículos (cerca de 20km/h). São vias que
podem ter pista de rolamento estreita, porém necessariamente
dimensionada para a circulação dos caminhões de serviço.
 Vias coletoras: É maior o volume de veículos e a velocidade de
circulação e podem constituir ligação viária com outras partes do
tecido urbano, embora o tráfego seja predominantemente local.
Nestas vias são necessários cuidados no projeto geométrico para
minimizar conflitos entre a circulação de pedestres e de veículos,
considerando-se velocidades de até 40km/h
Pode-se fazer uma síntese a partir desse
quadro:
 Mesmo separando as vias em categorias, existem diversas
variáveis que devem alterar significativamente sua geometria.
 Mão única, ou dupla, de circulação de veículos;
 Existência, ou não, de acesso aos lotes situados junto à via;
 Forma de estacionamento (no próprio lote, ou no sistema viário);
 Densidade populacional dos assentamentos que têm acesso pela via;
 Existência, ou não, de uso comercial, institucional e de serviços na
via que está sendo projetada.
 Atividade
 Habitação de Interesse Social
 Os programas de Habitação de Interesse Social têm como
objetivo viabilizar à população de baixa renda o acesso à
moradia adequada e regular, bem como o acesso aos
serviços públicos, reduzindo a desigualdade social e
promovendo a ocupação urbana planejada.
 Pesquisar e desenvolver um projeto benéfico para a cidade de
Quirinópolis-go com relação a habitação de interesse social.

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