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Mecanismos de

Evolução Biológica
Tema 2: Evolução Biológica da
Cobra
Lamarckismo
O Lamarckismo é uma teoria sobre a evolução dos seres
proposta por Jean-Baptiste de Lamarck em 1809.
Esta teoria, explica o evolucionismo através
de 2 princípios fundamentais, sendo estes:
-Lei do Uso e Desuso;
-Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos.

Jean-Baptiste de
Lamarck (1744-1829)
Princípios do Lamarckismo

O Princípio da Lei do Uso e Desuso diz que os animais


sofrem mutações conforme as suas necessidades. Dito
por outra forma, as partes do corpo dos animais mais
utilizadas nesses seres, tornam-se mais fortes e
desenvolvidas enquanto que as menos utilizadas vão se
atrofiando e degenerando.
O Princípio da Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos
diz que as características possuídas pelo Ser, passarão
para os seus progenitores.
Relação do Lamarckismo com Cobras
Segundo o Lamarckismo, as cobras já tiveram pernas no
passado.
Este animal apresentava uma dificuldade na sua
movimentação através das vegetações densas presentes
no meio, então, por falta de uso, as suas pernas foram-se
atrofiando até o seu desaparecimento com o passar do
tempo.
Relação do Darwinismo com Cobras
Consideremos agora uma população de cobras no deserto.
Ambiente com temperaturas muito elevadas, falta de água e
de alimento.
Segundo Darwin, haverá cobras que se desloquem a uma
maior velocidade e outras que talvez possuam um veneno mais
potente para caçar as suas presas.
Estes indivíduos são chamados os mais aptos pois possuem
características vantajosas para aquele habitat. A natureza irá
encarregar-se de os selecionar, pois serão eliminados os que
tiverem características não tão favoráveis.
Serão eliminados porque não conseguem apanhar as suas
presas, não conseguem escapar das aves de rapina, seus
predadores, não conseguem lutar pela sua sobrevivência.
Se não conseguem sobreviver, provavelmente também não
deixarão descendentes, pois o período de vida será curto para
a reproduzir.
Pelo contrário, as cobras que conseguem sobreviver, por
conseguirem mais alimento ou possuírem escamas que
melhoram a locomoção e que retêm mais calor durante a
noite, por exemplo, terão maior hipóteses de transmitir esses
aspetos à sua descendência, pois com melhores “aptidões”
para aquele ambiente sobreviverão mais tempo logo, irão
reproduzir-se mais.
Cobra Coral (Micrurus frontalis) Cobra Coral falsa (Erythrolamprus aesculapii)
Anfisbena (Amphisbaena Kiriri)
Mimetismo
Algumas cobras, para escaparem aos predadores,
camuflam-se e outras fazem mimetismo, como a cobra coral.
Elas possuem cores vibrantes, para avisar aos predadores que
são venenosas e as cobras corais-falsas copiam as cobras corais-
verdadeiras.
Estas fazem isto para confundir eventuais predadores, e assim
garantir a sobrevivência, mas copiam apenas na coloração, já
que, diferentemente da cobra coral-verdadeira, não possui
veneno.
Mimetismo
Outro exemplo de mimetismo, é o da Anfisbena natural da
África Central, cuja cauda parece uma cabeça, e a sua cabeça
assemelha-se a uma cauda.
Até na forma de se mover, esta serpente se camufla, e move a
cauda como as serpentes comuns costumam mover a cabeça.
Essa adaptação engana as presas, que são apanhadas de surpresa
por um ataque vindo de uma região inesperada.
Neodarwinismo
O Neodarwinismo foi desenvolvido por
diversos cientistas na década de 40 durante o
século XX que utilizaram as ideias que Darwin
na teoria da seleção natural e desenvolveram
uma teoria que englobava não só os aspetos da
seleção natural já desenvolvida por Darwin mas
Charles Darwin
também da variabilidade genética nas populações. (1809-1882)
Os desenvolvedores da teoria do Neodarwinismo chegaram a
uma conclusão de que a variabilidade genética é resultante das
mutações e de fenómenos que acontecem a nível dos gâmetas
(recombinação genética).
As mutações génicas podem ser por deleção (remoção de uma
ou mais bases de DNA), inserção (adição de uma ou mais bases
de DNA), inversão (troca das bases de DNA) ou por substituição
(mudança de uma base de DNA). A mutação por substituição
pode ser silenciosa (sem mudança do aminoácido) ou sem
sentido.
As mutações também podem ser cromossómicas no qual afeta
uma parte ou até mesmo a totalidade dos cromossomas que podem
ser:
 Estruturais: Deleção, adição, inversão e translocação;
 Numéricas:afetam a quantidade do número de
cromossomas/cromatídios.
As mutações podem ocorrer sexualmente (transmitidas nos
gâmetas) no qual são transmitidas à descendência ou são
somáticas e não passam à descendência.
As mutações podem ser desencadeadas por duas razões:
 Espontânea;
 Induzida:pode se química (Radiações) ou químicas (calor,
tabaco, etc.).
A recombinação genética dá-se na reprodução, mais
concretamente durante a meiose e na fecundação. Os
fenómenos que aumentam a variabilidade genética durante
a meiose são o “crossing-over” (troca de segmentos entre
cromatídios) e na fase Metáfase I (colocação ao acaso dos
cromossomas homólogos)
Relação do Neodarwinismo com Cobras
A universidade de São Paulo no Brasil realizou um estudo
sobre a evolução das cobras e como é que estas perderam as
suas patas. Os investigadores responsáveis descobriram que
havia uma parte do DNA que estava associada à existência de
patas nos vertebrados. Os investigadores compararam essa
região de vários vertebrados e chegaram a conclusão de que
em todas as espécies de cobras havia em falta uma sequência
de 17 pares de bases, o que indicava que tinha havido uma
mutação génica no DNA das cobras que fez com que esses 17
pares de base desaparecessem.
Depois desta descoberta fizeram uma experiência com ratos em que nela
substituíram a região do DNA responsável pela existência de patas dos
ratos pela respetiva parte do DNA da cobra. Após duas semana
observaram que os ratos tinham perdido quase completamente as patas e
agora rastejavam, depois dessa observação introduziram os 17 pares de
base em falta no DNA dos ratos que tinham as patas atrofiadas, o que fez
com que os ratos descendentes voltassem a ter patas.
Este estudo é um exemplo perfeito da evolução segundo o
neodarwinismo porque podemos afirmar que o que causou o
desaparecimento das patas nas cobras foi uma mutação génica, o que é
um argumento a favor do neodarwinismo.
Trabalho Realizado por:
 Afonso Pita
 Luís Neves
 Diogo Gomes
 Francisco Palmeira

Fim

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