Poluição de Compostos Orgânicos

Prof. Msc. Ronald Costa

ALUNAS:
Cleunice Moreira
Eliane Queiroz
Iná Cristina
Luisa Mar
Artigo:
AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO
HUMANA POR HIDROCARBONETOS
POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) E
SEUS DERIVADOS NITRADOS (NHPAS):
UMA REVISÃO METODOLÓGICA.
Autores:
Annibal D. Pereira Netto, Josino C.
Moreira, Ana Elisa X. O. Dias, Graciela
Arbilla, Luiz Filipe V. Ferreira, Anabela S.
Oliveira, Jiri Barek.
Objetivos:
• Apresenta alguns aspectos do
metabolismo humano dos HPAs;

• Sumariza as principais metodologias

analíticas utilizadas para avaliação da
exposição humana.
 Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos

Os hidrocarbonetos policíclicos
aromáticos (HPAs) são, por definição,
compostos binários formados por carbono e
hidrogênio com estrutura que consiste de
pelo menos 2 anéis aromáticos, de 5 ou 6
átomos de carbono.
Com base no peso molecular, os HPAs
podem ser divididos em dois grupos:

 aqueles com baixos pesos moleculares,

que possuem dois ou três anéis aromáticos;
 Hidrocarbonetos Aromáticos

Naftaleno Acenoftaleno Fuoreno

Acenoftaleno
C10H8 C12H8 C13H10
C12H10

Antroceno Fluoranteno
Fenantreno C14H10 C16H10
C14H10
 Hidrocarbonetos Aromáticos

Antraceno Fluoranteno
Fenantreno
C14H10 C16H10
 C14H10

Pireno Benzoantraceno Crizeno

C16H10 C18H12 C18H12
 Benzofluoranteno (b) Benzofluoranteno (K)
 C20H12  C20H12

Benzopireno (a) Dibenzoatraceno Dibenzopirileno

 C20H12 C22H14 (ah) C22H12 (ghi)
 Derivados de HPAs
Os HPAs podem apresentar estruturas
similares que apresentam heteroátomos
associados em sua estrutura, em amostras
de origem ambiental como os derivados
nitrados (NHPAs) e os oxigenados (OHPAs).
 Por que estudar os hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos (HPAs)?
 Compostos carcinogênicos e mutagênicos
associados em partículas no ar, solo e água.
 O conhecimento sobre suas fontes,
comportamento e distribuição no meio
ambiente é um requisito essencial para um
melhor controle das atividades humanas
responsáveis pela contaminação e poluições
ambientais, podendo influenciar a tomada de
decisão quanto à limpeza e remediação dos
locais considerados contaminados.
 Fonte: COMBUSTÃO
 Antropogênica: veículos, incineração de
lixo, processos industriais, fumaça de
cigarro.
 Natural: queima de biomassa (queimadas em
floresta).
 Ocorrência dos NHPAs

Os Nitroderivados dos Hidrocarbonetos

Policíclicos Aromáticos (NHPAs) também
são emitidos para atmosfera em processos
de combustão, porém, em menores
quantidades que os HPAs. Contudo, a
formação de NPAHs na atmosfera predomina
sobre o processo de emissão direta.
HPAs e Derivados x Saúde Pública

 Exposição: inalação de ar poluído ou de

fumaça de cigarro, ingestão de alimentos ou
de água contaminada, exposição
ocupacional em atividades e processos
envolvendo a produção ou manuseio de
matérias-primas que contenham estes
compostos.
 Os efeitos dos HPAs sobre a saúde humana:
possui atividade carcinogênica/mutagênica.
 ABUNDÂNCIA, CARACTERÍSTICAS
FÍSICOQUÍMICAS
E EXPOSIÇÃO HUMANA
Níveis de HPAs encontrados em amostras
ambientais e biológicas
Tipo de amostra → Concentração
 Ar → 1,3 a 500 ng/m3
 Solo → 0,8 ng/kg – 100 mg/kg
 Água → 2,5 a 500 ng/L
 Plantas → < 150 ug/kg
 Alimentos → 0,1 A 20 ug/kg
GENOTOXICIDADE (MUTAGENICIDADE E
CARCINOGENICIDADE) DOS HPAS E DE
SEUS DERIVADOS
 1775 – publicado primeiro indício de
carcinogenicidade química de produtos de
combustão orgânica, devido a maior incidência
de canceres em limpadores de chaminés.
 Atribuído à presença conjunta de outros
membros da família dos HPAs e de alguns de
seus derivados,principalmente nitroderivados.
 METABOLISMO DOS HPAS E DE SEUS
DERIVADOS NITRADOS
Ativação metabólica:
 pela oxidação enzimática dos HPAs;

 gerando substâncias que agem sobre o

DNA.
 REATIVIDADE COM
MACROMOLÉCULAS BIOLÓGICAS
Os HPAs não são mutagênicos diretos e necessitam sofrer
ativação metabólica preliminar para se tornarem capazes
de reagir com o DNA e outras macromoléculas.
Quatro mecanismos têm sido propostos para explicar a
ativação de HPAs: 1) oxidação enzimática seguida de hidrólise
com a formação de diolepóxidos (é o mecanismo mais aceito);
2) formação de ésteres benzílicos, eletrofílicos, através de uma
série de reações de substituição;
3) produção de radicais catiônicos através da oxidação
enzimática com envolvimento de um elétron;
4) de-hidrogenação enzimática dos metabólitos di-hidrodióis
produzindo quinonas capazes de reagirem diretamente com o
DNA ou capazes de reagirem com O2 gerando espécies
oxigenadas reativas, como radicais hidroxilas ou ânions
superóxidos que atacam o DNA.
 MONITORAMENTO BIOLÓGICO DA
EXPOSIÇÃO A HPAS E A SEUS
DERIVADOS NITRADOS
Feito através da:
 avaliação das mesmas como mistura ou
individualmente;
 da determinação da concentração de seus

metabólitos em fluidos biológicos(urina);

 do acompanhamento de um efeito
bioquímico resultante de sua presença no
organismo.
Técnicas:
 Técnicas Cromatográficas: estudos da
exposição humana a HPAs através da
determinação urinária alguns de seus
metabólitos.
 Técnicas que utilizam a Fluorescência: A
maioria dos HPAs e alguns de seus derivados
são fluorescentes e esta propriedade pode ser
usada para suas determinações nos mais
diversos tipos de matrizes, com grande
sensibilidade.
 Imunoensaios e Tioéteres urinários.
DETERMINAÇÃO DE ADUTOS COM DNA
E OUTRAS MACROMOLÉCULAS
 Formação de adutos entre os HPAs e o DNA, é um bom
indicador, pois, a sua determinação pode servir como
indicados precoce para o câncer.

Figura 15: Estrutura demonstrativa de uma cadeia de ADN (vermelho) com um aducto (produtos de adição covalente) de
benzo[a]pireno (roxo). A azul está representada a DNA polimerase. A enzima é bloqueada no processo de
emparelhamento do nucleotido seguinte à cadeia de ADN (amarelo). O benzo[a]pireno é encurralado entre o nucleotido
(amarelo) e a base acima da nova cadeia de ADN (laranja) (adaptado de David S. Goodsell et al).
 Adutos

 Um aduto (do latim adductus, "atraído") é o

produto da adição direta de duas ou mais
moléculas diferentes, resultando em um
único produto de reação contendo todos os
átomos de todos os componentes iniciais. O
resultado é considerado uma espécie
molecular distinta
 Adutos indicadores da exposição
humana.
 adutos formados através de reações com
proteínas;

 adutos formados por reação com o DNA;

 adutos de hemoglobina.
 Limitações:
 Possibilitam varias determinações de DNA, não sendo
especifico para cada tipo de adutos;
 Não existe uma norma internacional definidora da
identificação de adutos desconhecidos;
 a falta de especificação da analise dos adutos através da
radiação B e a inexistência de padrões das diferentes
adutos;
 A identificação de adutos desconhecidos é ainda uma
problemática devido, a baixa sensibilidade da
espectometria de massas e também a falta de
estabelecimento de forma mais clara da relação entre a
exposição aos HPA-DNA;
 A grande variedade dos órgãos- alvo dos diversos HPAs.
CONCLUSÃO

O conhecimento sobre suas fontes,

comportamento e distribuição no meio ambiente
é um requisito essencial para um melhor
controle das atividades humanas responsáveis
pela contaminação e poluições ambientais,
podendo influenciar a tomada de decisão
quanto à limpeza e remediação dos locais
considerados contaminados.