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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA GEOLÓGICA
1º SEMESTRE / 2016

ELETRICIDADE APLICADA
FONTES DE ALIMENTAÇÃO
FONTES DE ALIMENTAÇÃO

A fonte de alimentação é o dispositivo responsável por fornecer energia elétrica aos


componentes de um computador. Portanto, é um tipo de equipamento que deve ser
escolhido e manipulado com cuidado, afinal, qualquer equívoco pode resultar em
provimento inadequado de eletricidade ou em danos à máquina. As principais
características das fontes são, tensão, potência, PFC, eficiência.

Fontes de corrente e de tensão

Em circuitos elétricos, podemos trabalha com fontes de tensão, que fornecem um


valor fixo de tensão (diferença de potencial), ou com fontes de corrente, que são
fontes que garantem uma corrente fixa em um circuito qualquer.
As fontes podem ser de Corrente Contínua (C.C.) ou Corrente Alternada (C.A.).
FONTES DE CORRENTE CONTÍNUA

Uma fonte de corrente contínua é um dispositivo elétrico ou eletrônico que mantém


uma corrente elétrica constante entre seus terminais independente da tensão elétrica
que tenha que impor entre os mesmos para estabelecer o valor nominal de sua
corrente.

Corrente contínua (CC ou DC do inglês direct current) é o fluxo ordenado


de elétrons sempre numa direção, diferente da corrente alternada cujo sentido dos
elétrons varia no tempo. Esse tipo de corrente é gerado por baterias de automóveis
ou de motos (6, 12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e
1,5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação de várias tecnologias,
que retificam a corrente alternada para produzir corrente contínua. Normalmente é
utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e os circuitos
digitais de equipamento de informática (computadores, modems, hubs, etc.).
Tipos de corrente continua

As correntes contínuas podem ser constantes ou pulsantes.


Correntes contínuas constantes: A CC é
considerada constante quando sua intensidade e
sentido não se altera com o passar do tempo. É
comumente encontrada em pilhas e baterias.
O gráfico, assim como a forma de onda dessa
corrente é um segmento de reta constante.

Correntes contínuas pulsantes: Nesse modelo, a corrente tem seu sentido constante,
porém o fluxo de elétrons no interior do fio se comporta como pulsos, fazendo com
que a intensidade passe por variações no decorrer do tempo. Geralmente é encontrada
em circuitos retificadores de corrente alternada.
Como a corrente não muda de sentido,
sua forma de onda nunca troca de sinal.
FONTE DE CORRENTE
Fonte de corrente contínua
Uma fonte de corrente é um dispositivo utópico visto que não há fontes de corrente
ou tensões capazes de manter suas correntes ou tensões nominais de forma independente
dos dispositivos a elas conectados.
O símbolo de uma fonte de corrente ideal é formado por uma seta no interior de
um círculo, e dois terminais para conexão.
Uma fonte de corrente real é geralmente representada pelo símbolo de uma fonte de
corrente ideal em paralelo com a resistência interna desta fonte. O "resistor interno" está
sempre presente nas representações tanto de fontes de tensão como de fontes de corrente
reais. Nas fontes de tensão, aparecem em série com a fonte de tensão ideal - esta
representada por um traço maior (o polo positivo) desenhado de forma paralela a um
traço menor (polo negativo).
A "cargas" ou "cargas", ou seja, os demais dispositivos a serem alimentados pela fonte -
não confundir com carga elétrica - são conectados em paralelo com a fonte ideal de
corrente e seu resistor interno, e em série com a fonte ideal de tensão e seu resistor
interno.
A equação que caracteriza uma fonte de corrente ideal é:

Quando se liga uma fonte de corrente a um outro elemento passivo


estabelece-se um percurso fechado onde circula a corrente i(t).

no entanto, a diferença de potencial u(t) aos seus terminais, dependerá do elemento


que a fonte alimenta:
•  os terminais de uma fonte de corrente podem ser ligados entre si. Neste caso, são
nulas a tensão aos seus terminais   e, consequente-mente, a potência u(t) i(t) que ela
debita;
• uma fonte de corrente não pode ser deixada em circuito aberto, pois isso
corresponderia a anular a corrente que ela fornece; deve sempre existir um caminho
para que a corrente se feche; enquanto a fonte impõe i(t)= I(t) , o circuito aberto
impõe  i(t)=0 ;
• duas fontes de corrente só podem ser ligadas em série se impuserem o mesmo valor
de corrente; através da Lei dos Nós obtém-se 
I1(t) = I2(t)  que só é uma expressão verdadeira se os dois valores de corrente forem
iguais.
Fontes de Corrente Alternada
Quando trata-se de uma fonte de corrente alternada, há o acréscimo do símbolo "~" no
diagrama, padrão para o caso.
A corrente alterna ou corrente alternada (CA ou AC - do inglês alternating
current), é uma corrente elétrica cujo sentido varia no tempo, ao contrário
da corrente contínua cujo sentido permanece constante ao longo do tempo. A forma
de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a forma
de transmissão de energia mais eficiente. Entretanto, em certas aplicações,
diferentes formas de ondas são utilizadas, tais como triangular ou ondas quadradas.
Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos polos positivo e
negativo, a de corrente alternada é composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio
neutro).
Simbolo da fonte de corrente alternada
FONTES DE TENSÃO

Todo dispositivo eletroeletrônico necessita de energia elétrica para seu funcionamento.


A fonte de tensão é o lugar onde tais dispositivos buscam essa energia que proporciona
seu funcionamento.
Dentre os diversos tipos de fontes de tensão podemos destacar dois grupos: as que
fornecem tensão alternada e as que fornecem tensão contínua. As de tensão alternadas
são normalmente aquelas que geram tensão por meio de indutores, como um
transformador de fio enrolado ou mesmo uma usina hidrelétrica. As de tensão contínua
podem ser as que utilizam processos químicos, como as baterias de carro e pilhas, ou
proveniente da retificação da tensão alternada, ou seja, conversão da tensão alternada em
contínua por meio de componentes eletrônicos, os diodos.
No mundo moderno as fontes de tensão estão presentes por toda a parte. A mais comum
podemos dizer que é a rede elétrica de nossa casa, ou apartamento, com a qual
interagimos todos os dias assim que ligamos algum dispositivo eletrônico como a TV ou
o microondas.
Muitas pesquisas são desenvolvidas a fim de encontrar outros meios de produção de
energia e armazenamento desta, pois, o mundo, não funciona mais sem energia.
A forma mais simples de descrever o comportamento de uma fonte de tensão real envolve
apenas dois parâmetros, que são a força eletromotriz (FEM) ”e” e a resistência
interna r da fonte. A FEM é uma característica do processo interno da fonte que dirige as
cargas elétricas contra a diferença de potencial e converte energia de uma forma em
outra, e, no caso de uma bateria química, é uma constante característica da reação
química envolvida. A resistência interna representa todos os processos dissipativos que
ocorrem dentro da fonte e portanto não pode ser nula num sistema real. Devido ao nosso
interesse em explorar a simetria que existe entre as variáveis U e I estamos tratando da
mesma forma a variável resistência interna r nas duas fontes. Isso entretanto esconde
uma diferença fundamental entre o significado de r na fonte de tensão e na fonte de
corrente, que está relacionada à limitação de cada uma delas como fonte real e não ideal.
Qual a diferença entre o que estamos chamando de resistência interna nas duas fontes? 
A corrente I depende da resistência total do circuito, e é
dada por 

 
A tensão fornecida pela fonte U está aplicada sobre o
resistor, e sendo assim está relacionada com a
correnteI que o atravessa por U = RI. Daí,  

 
Se o circuito estiver aberto (R = infinito) a corrente I é
nula e a tensão entre os terminais da fonte é U = e.Em
condições de curto-circuito (R = 0) a diferença de
potencial U é zero e a corrente de curto-circuito é  
I = e/r. Para uma resistência R finita haverá uma corrente
não nula e com isso uma queda de potencial na resistência
interna igual a rI.
Tanto uma fonte de tensão como uma de corrente podem ser representadas por uma fonte
de tensão ideal (quer dizer, uma fonte cuja tensão fornecida não varia), que fornece a
tensão e, em série com uma resistência r. Entre os terminais da fonte se pode ligar um
resistor de carga com resistência R fazendo com que flua uma corrente I no circuito.
O que distingue uma fonte de tensão de uma fonte de corrente é a magnitude da razão
entre as resistências interna r e externa R. Essa propriedade também as distingue em
relação ao uso que daremos a elas. Essas fontes possuem um limitador de corrente, de
forma que não é possível se estabelecer a condição de curto-circuito, mas mesmo assim a
corrente máxima é consideravelmente alta, e portanto é necessário evitar que os terminais
da fonte sejam ligados por uma resistência muito pequena. Usaremos a fonte de tensão
como tal sempre que precisarmos manter uma tensão determinada e que a fonte tenha de
ser conectada a uma resistência alta. Por outro lado, quando estivermos lidando com
resistências muito baixas, precisaremos limitar a corrente, e para isso usaremos uma fonte
de corrente regulável construída pela conexão da fonte de tensão regulável com um
reostato de resistência r. Isso garantirá que a fonte não “entenda” a corrente como um
curto circuito.
ASSOCIAÇÃO DE FONTES

A associação em série de fontes de tensão permite aumentar a diferença de potencial


disponibilizada para efeitos de alimentação de um circuito. Um exemplo da associação
em série de fontes é a utilização de múltiplas pilhas para alimentar aparelhos
electrodomésticos, lanternas, rádios portáteis, etc. Com efeito, é comum associarem-se
em série quatro pilhas de 1.5 V (corretamente associadas) para definir uma fonte de
alimentação de 6 V.
A tensão disponível aos terminais de uma associação em série de fontes de tensão é dada
pela soma das tensões parciais. Como veremos a seguir a adição dos valores nominais
das tensões deve ter em conta a polaridade da ligação: polaridades concordantes
adicionam-se, e polaridades discordantes subtraem-se. Por outro lado, no caso das fontes
de tensão com resistência interna não nula, o valor da resistência interna resultante é
dado pela soma das resistências internas de cada uma das fontes. A associação em série
conduz, por conseguinte, a uma fonte cuja resistência interna é superior àquela
característica de cada uma, considerada isoladamente.
A associação em paralelo de fontes de tensão é uma operação cuja realização prática
necessita de alguns cuidados. Esta recomendação é particularmente verdadeira nos
casos em que as fontes de tensão apresentam valores nominais bastante diferenciados
e resistências internas reduzidas. No caso particular em que as fontes de tensão são
ideais e apresentam valores nominais distintos, a sua ligação em paralelo define uma
malha cuja solução é apenas compatível com a circulação de uma corrente de valor
infinito. Na realidade, a corrente entre as fontes é sempre limitada pelas respectivas
resistências internas, valor que pode ser bastante elevado se estas não dispuserem de
mecanismos de proteção.
A associação em paralelo de fontes de tensão é o objeto do Teorema de Millman. De
acordo com as regras estabelecidas para a transformação de fonte, o circuito pode ser
sucessivamente transformado nos circuitos equivalentes representados na figura
abaixo. Na primeira transformação, substitui-se cada uma das fontes de tensão pela
respectiva fonte de corrente equivalente, efetuando-se depois, sucessivamente, as
associações em paralelo das fontes de corrente e das resistências internas, e a
transformação inversa numa fonte de tensão com resistência interna. É facilmente
demonstrável que os parâmetros da fonte de tensão resultante são
respectivamente para o valor nominal da tensão e para a resistência interna.
ASSOCIAÇÃO DE FONTES DE CORRENTE

A associação em paralelo de fontes de corrente rege-se por um conjunto de regras


semelhante àquele estabelecido para a associação em série de fontes de tensão. Neste
caso, a corrente colocada aos terminais de uma associação em paralelo é dada pela
soma das correntes parciais, que naturalmente deve ter em conta as polaridades
respectivas. No caso das fontes de corrente reais, Figura 4.16.c, o valor da resistência
interna é dada pelo paralelo das resistências internas parciais, o que torna a fonte de
corrente mais acentuadamente não ideal.
A associação em série de fontes de corrente ideais com valores nominais distintos
conduz a uma indeterminação no nó de interligação, devido à não verificação da Lei
de Kirchhoff das correntes. No nó comum às duas fontes deve verificar-se sempre a
igualdade i1-i2=0, ou, o que é o mesmo, i1=i2.
A imposição de correntes distintas pelas duas fontes só é compatível com uma tensão
de valor infinito no nó respectivo. Pelo contrário, e como se indica através da
sequência de transformações, a associação em série de fontes de corrente reais pode
ser reduzida a uma única fonte equivalente cujos parâmetros são (o Teorema de
Millman)
TEOREMA DE MILLMAN

O teorema de Millman estabelece as regras de associação em paralelo e em série de


fontes de tensão e de corrente, respectivamente. Considerem-se agora as fontes de
tensão associadas em paralelo. O teorema de Millman estabelece que o conjunto
destas fontes pode ser substituído por uma fonte de tensão com resistência interna,
cujos parâmetros são dados pelas expressões
A associação em série de fontes de corrente rege-se pelo dual do teorema de
Millman. Neste caso, a amplitude da fonte de corrente e a resistência interna
respectiva são dadas pelas expressões

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