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Avaliação da prevalência de

retinopatia diabética e perfil


clínico-epidemiológico dos
pacientes diabéticos atendidos no
mutirão do diabetes de Blumenau-
SC

Alan França Cerioli


Julia Simones

Orientador Prof. Dr. Fernando Marcondes Penha


Introdução
Diabetes Mellitus (DM) é um conjunto de
distúrbios metabólicos que afetam a maneira que
o corpo armazena e libera glicose na corrente
sanguínea (Wyk, 2015)
HIPERGLICEMIA CRÔNICA

Deficiência na Ação insulínica


secreção de reduzida em
insulina seus receptores

DM DM2
1 Células
Destruição autoimune resistentes à
das células β insulina +
pancreáticas deficiência na
secreção de
insulina
Epidemiologia
 Considerada uma epidemia, pela Associação
Americana de Diabetes
 8% da população brasileira tem DM
 Ascenção nacional e mundial
Complicações
 Doença cardiovascular
 Falência renal
 Cegueira
 Amputação de membros
Retinopatia Diabética

Principal complicação
oftalmológica!
Retinopatia Diabética
 Ocorre em microvasos do olho
 Hiperglicemia crônica lesiona epitélio
endotelial
 Microaneurismas, hemorragias, exudatos
duros, neovascularização
 Diminuição da acuidade visual
 Cegueira
ETDRS
 Early Treatment Diabetic Retinopathy Study
 Grau de severidade da doença e risco de
cegueira
 Mapeamento da retina
 Retinografia colorida
ETDRS

 RDNP = Retinopatia Diabética Não


Proliferativa

 RDP = Retinopatia Diabética Proliferativa


ETDRS

RDP
 Baixo risco
RDNP  Alto risco
 Leve
 Moderada
 Severa
 Muito severa
ETDRS

 EMD = Edema Macular Diabético


 Principal causa de cegueira em DM!
Tratamento RD
 Acompanhamento clínico
 Fotocoagulação á laser
 Fármaco intravítreo
 Vitrectomia
Tratamento RD
 Alto custo
 Pouca resposta funcional

 Diagnóstico precoce!
 Controle glicêmico!
 Prevenção!
Mutirão
 Medicina preventiva
 Associação Filosófica e Beneficente Justiça e
Trabalho
 SEMUS
 FURB
Justificativa
 A taxa de prevalência da RD em pacientes
diagnosticados com DM foi calculada em 30%
(KLEIN e KLEIN, 2000).
 Exames oftalmológicos devem ser realizados
anualmente em pacientes com DM (WAT et al, 2016).
 A presença de RD tem sido associada a um risco
maior de desenvolvimento de complicações
vasculares sistêmicas (CHEUNG, MITCHELL e
WONG, 2010).
 Não há nenhum estudo em Blumenau
Objetivo geral

Avaliar a prevalência de retinopatia diabética


entre os pacientes examinados no mutirão do
diabetes de Blumenau
Objetivos específicos
a) Descrever os achados clínico-
epidemiológicos
b) Avaliar a prevalência dos diferentes estágios
de retinopatia diabética da população
avaliada
c) Verificar a taxa de indicação de
fotocoagulação a laser entre os pacientes com
retinopatia diabética proliferativa
d) Avaliar as associações entre os achados do
perfil clínico-epidemiológico e a existência
Materiais e Métodos
 Estudo do tipo observacional transversal
 Os dados foram coletados durante o mutirão do ano
de 2019, foi realizado no dia 30 de novembro, das
08:00 as 12:00, no setor 2 da Vila Germânica. Foram
disponibilizadas 1500 (mil) vagas para que pacientes
sabidamente diabéticos fossem avaliados no mutirão.
Materiais e Métodos
Materiais e Métodos
 Após esta primeira etapa, os pacientes foram
conduzidos para a dilatação de pupila com uso de
tropicamida 1% e fenilefrina 1%, 1 gota a cada 3
minutos, por 3 a 5 vezes, conforme a necessidade,
para posterior exame de fundo de olho.
Materiais e Métodos
 Após a dilatação todos os pacientes foram avaliados
através do mapeamento de retina, feito sob midríase e
oftalmoscópio indireto com lente de 20 Dioptrias. Este
exame foi realizado exclusivamente por médicos
oftalmologistas, especialistas em Retina e Vítreo,
treinados para detecção da retinopatia diabética e com
experiência em mutirões deste porte.
Materiais e Métodos
 Estudantes de medicina que acompanharam os
exames foram previamente treinados para
preenchimento da classificação da retinopatia
diabética, conforme a escala do ETDRS (Early
Treatment Diabetic Retinopathy Study). Além do
status da retinopatia diabética, foi anotado a presença
ou não de catarata ou outras anormalidades
encontradas.
Materiais e Métodos
 Conforme o seu grau de retinopatia, e a presença ou
não de maculopatia, os pacientes foram
encaminhados para o agendamento de fotocoagulação
a laser ou nova avaliação em 3, 6 ou 12 meses,
conforme a gravidade da doença.
Materiais e Métodos
Materiais e Métodos
 Os dados foram apresentados por meio de tabelas e
analisados por meio de testes estatísticos para estimar
associações (teste de Qui-quadrado, t-Student e
correlação de Pearson).
 Os dados também foram apresentados por meio de
frequências absolutas, relativas, médias e estimativas
das análises gerais do entrevistado.
 Foi avaliado também a taxa de prevalência, a razão de
prevalência, dentro de um intervalo de confiança de
95% e sendo empregado o valor de 5% (p<0,05)
como limiar de significância estatística.
Resultados
Tabela 1 – Perfil com frequências absolutas, relativas, médias e estimativas das análises gerais do entrevistado.

n (%)
n (%) IC (95%)
Questões 1 a 13 IC (95%) 3 Comp. p/ DM (n = 536)
(n = 536)  
 
     
(41,86 -
(11,52 ± (10,71 - Sim 247 (46,1%)
1 Tempo de DM em anos (Média ± DP) 50,3)
9,51) 12,34)
(44,09 -
2 Insulina     Não 259 (48,3%)
52,55)
(54,6 -
Sim 315 (58,8%) (3,65 -
62,94) Não informado 30 (5,6%)
7,54)
(35,78 -
Não 214 (39,9%) 4 Exame Periódico de Glicemia    
44,07)
(86,14 -
Não informado 7 (1,3%) (0,34 - 2,27) Sim 476 (88,8%)
91,48)

2.1 Anos de Insulina (Média ± DP) (5,28 ± 6,88) (4,6 - 5,95) (6,7 -
Não 49 (9,1%)
11,58)

I – IC: intervalo de confiança; DP: desvio padrão; ADVALI: (0,85 -


Associação dos Diabéticos do Vale do Itajaí. Não informado 11 (2,1%)
3,25)
Tabela 1 – Perfil com frequências absolutas, relativas, médias e estimativas das análises gerais do entrevistado.

4.1 Glicemia quantas vezes ao ano?  n (%) (n = 536)


IC (95%)

 
Resultados
 n (%) (n =
IC (95%)
0 28 (5,2%) (3,34 - 7,11) 6 Pressão Alta 536)
 
1 88 (16,4%) (13,28 - 19,55)  

2 162 (30,2%) (26,34 - 34,11) (59,55 -


Sim 341 (63,6%)
3 60 (11,2%) (8,52 - 13,86) 67,69)

(29,22 -
4 84 (15,7%) (12,59 - 18,75) Não 178 (33,2%)
37,2)
5 6 (1,1%) (0,23 - 2,01)
Não informado 17 (3,2%) (1,69 - 4,66)
6 14 (2,6%) (1,26 - 3,96)
7 Já veio ao Mutirão do Diabético?    
Mais de 6 12 (2,2%) (0,99 - 3,49)
(12,77 -
Não informado 82 (15,3%) (12,25 - 18,35) Sim 85 (15,9%)
18,95)
(Média ± DP) (2,6 ± 2,19) (2,4 - 2,81)
(76,46 -
Não 428 (79,9%)
83,25)
 n (%)
IC (95%) Não informado 22 (4,1%) (2,42 - 5,78)
5 Glicemia Capilar Diária (n = 536)
  8 Já fez Fundo de Olho?    

(45,95 -
Sim 314 (58,6%) (54,41 - 62,75) Sim 269 (50,2%)
54,42)
Não 199 (37,1%) (33,04 - 41,22) (42,6 -
I – IC:Não
intervalo de confiança; DP: desvio padrão; ADVALI: Associação
251 (46,8%)
Não informado 23 (4,3%) (2,58 - 6,01) dos Diabéticos do Vale do Itajaí. 51,05)
Tabela 1 – Perfil com
n (%) IC (95%)  frequências absolutas,
(n = 536 relativas, médias e
8.1 Fundo de Olho Anos (Média ± DP) (1,51 ± 2,69) (1,23 - 1,79) estimativas das análises
9 Já fez Pé diabético?    
gerais do entrevistado.

Sim 188 (35,1%) (31,03 - 39,11)

Não 341 (63,6%) (59,55 - 67,69)

Não informado

9.1 Pé diabético Anos (Média ± DP)


7 (1,3%)

(0,75 ± 3,43)
(0,34 - 2,27)

(0,41 - 1,09)
Resultados
10 É da ADVALI?    

Sim 43 (8%) (5,72 - 10,32)

Não 472 (88,1%) (85,31 - 90,8)

Não informado 21 (3,9%) (2,28 - 5,56)

11 Sabe que Diabetes leva a Cegueira?    

Sim 513 (95,7%) (93,99 - 97,42)

Não 10 (1,9%) (0,72 - 3,01)


I – IC: intervalo de confiança; DP:
Não informado 13 (2,4%) (1,12 - 3,73) desvio padrão; ADVALI: Associação dos
Diabéticos do Vale do Itajaí.
Resultados
Tabela 1 – Perfil com frequências absolutas, relativas, médias e estimativas das análises gerais do
entrevistado.

n (%)
IC (95%) 
12 Tem Convênio? 11.1 Sabe que Diabetes leva a n (%) IC (95%) 
(n = 536) 
 
Amputação? (n = 536)   
Sim 87 (16,2%) (13,11 - 19,35)
(88,63 -
Sim 488 (91%)
Não 397 (74,1%) (70,36 - 77,78) 93,46)

Não informado 52 (9,7%) (7,2 - 12,21) (4,6 -


Não 36 (6,7%)
n (%) IC (95%)  8,84)
13 Escolaridade
(n = 536)    (0,99 -
Não informado 12 (2,2%)
3,49)
Analfabeto 25 (4,7%) (2,88 - 6,45)
11.2 Sabe que Diabetes leva a
(34,86 -    
10 grau incompleto 209 (39%) Hemodiálise?
43,12)
371 (65,31 -
10 grau completo 114 (21,3%) (17,8 - 24,73) Sim
(69,2%) 73,12)
20 grau incompleto 48 (9%) (6,54 - 11,37)
157 (25,44 -
Não
(12,42 - (29,3%) 33,14)
20 grau completo 83 (15,5%)
18,55) (0,47 -
Não informado 8 (1,5%)
0 2,52)
Resultados
Tabela 2 – Análise quantitativa com frequências absolutas, relativas, médias e estimativas das análises da frequência de catarata, marcas
de laser, retinopatia diabética e maculopatia diabética para o olho direito e esquerdo de forma isolada

n (%)  n (%) IC (95%)


Questões 14 a 24 IC (95%) 16 Retinopatia OD
(n = 536)  

14 Catarata OD     (82,46 -
Sem RD 458 (85,4%)
(54,22 - 88,43)
Não 313 (58,4%)
62,57) RNP leve 33 (6,2%) (4,12 - 8,19)

(13,45 - RNP moderada 18 (3,4%) (1,83 - 4,88)


Leve 89 (16,6%)
19,75)
RNP severa 6 (1,1%) (0,23 - 2,01)

(6,05 - RNP status pós laser 6 (1,1%) (0,23 - 2,01)


Moderada 45 (8,4%)
10,74)
RP 4 (0,7%) (0,02 - 1,47)
intensa 5 (0,9%) (0,12 - 1,75)
RP status pós laser 7 (1,3%) (0,34 - 2,27)
(11,57 -
Lente intra ocular 78 (14,6%)
17,54) RP – hemorragia vítrea e/ou DR tracional 1 (0,2%) (0 - 0,55)

Não informado 5 (0,9%) (0,12 - 1,75)


Impossível classificar 1 (0,2%) (0 - 0,55)
15 Marcas de Laser OD    
Não informado 2 (0,4%) (0 - 0,89)
Sim 19 (3,5%) (1,98 - 5,11)
17 Maculopatia OD    
(88,84 -
Não 489 (91,2%) (91,38 -
93,63) Ausente 501 (93,5%)
95,56)
Não informado 28 (5,2%) (3,34 - 7,11)
Presente 20 (3,7%) (2,13 - 5,34)

Não informado 15 (2,8%) (1,4 - 4,19)


I – IC: intervalo de confiança.
II – RD – retinopatia diabética; RNP – retinopatia não proliferativa; RP – retinopatia proliferativa;
Resultados
Tabela 2 – Análise quantitativa com frequências absolutas, relativas, médias e estimativas das análises da frequência de catarata, marcas de
laser, retinopatia diabética e maculopatia diabética para o olho direito e esquerdo de forma isolada

18 Catarata OE N (%)  IC (95%)   20 Retinopatia OE N (%)  IC (95%)  

Não 312 (58,2%) (54,03 - 62,38) Sem RD 451 (84,1%) (81,05 - 87,23)

RNP leve 39 (7,3%) (5,08 - 9,48)


Leve 85 (15,9%) (12,77 - 18,95)
RNP moderada 18 (3,4%) (1,83 - 4,88)

Moderada 45 (8,4%) (6,05 - 10,74) RNP severa 8 (1,5%) (0,47 - 2,52)

intensa 11 (2,1%) (0,85 - 3,25) RNP status pós laser 6 (1,1%) (0,23 - 2,01)

RP 2 (0,4%) (0 - 0,89)
Laser intra ocular 76 (14,2%) (11,23 - 17,13)
RP status pós laser 6 (1,1%) (0,23 - 2,01)

Não informado 6 (1,1%) (0,23 - 2,01) RP – hemorragia vítrea e/ou DR tracional 3 (0,6%) (0 - 1,19)

19 Marcas de Laser OE     Impossível classificar 1 (0,2%) (0 - 0,55)

Sim 14 (2,6%) (1,26 - 3,96) Não informado 2 (0,4%) (0 - 0,89)

21 Maculopatia OE    
Não 493 (92%) (89,68 - 94,28)

Ausente 501 (93,5%) (91,38 - 95,56)


Não informado 29 (5,4%) (3,5 - 7,33)

Presente 16 (3%) (1,54 - 4,43)

22 Panfotoagulação  N (%)  IC (95%) Não informado 19 (3,5%) (1,98 - 5,11)

OD 1 (0,19%) (0 - 0,55) 23 Laser Mácula N (%)  IC (95%)  

OE 2 (0,37%) (0 - 0,89) OD 10 (1,87%) (0,72 - 3,01)

OE 4 (0,75%) (0,02 - 1,47)


OD e OE 5 (0,93%) (0,12 - 1,75)
I – IC: intervalo de confiança. OD e OE 4 (0,75%) (0,02 - 1,47)
II – RD – retinopatia diabética; RNP – retinopatia não proliferativa; RP – retinopatia proliferativa;
Resultados
Tabela 3 – Associação (das questões de 1 a 8,1 e 11, 12 e 13) com a (21 Maculopatia).

21 Maculopatia P

Não

Questões 1 a 8,1 e 11, 12 e 13 Presente (n Ausente (n Informa


   Não
= 16) = 501) do (n =
Presente (n Ausente (n =
19) 3 Comp. p/ Informado (n
= 16) 501) P 
DM
              = 19)
1 Tempo de DM em anos (21,31 ± (11,11 ±
  0,0217(*)
(Média ± DP) 15,89) 9,07)
Sim 10 (62,5%) 229 (45,7%) 8 (42,1%) 0,5342
2 Insulina        
Não 6 (37,5%) 244 (48,7%) 9 (47,4%)  

292 12 Não
Sim 11 (68,8%) 0,4341 0 (0%) 28 (5,6%) 2 (10,5%)  
(58,3%) (63,2%) informado

203 6 I – DP: desvio padrão.


Não 5 (31,3%)   II – P: Valor-P do Teste Qui-quadrado de independência.
(40,5%) (31,6%)
III – (*) Teste t de Student. Em todos os casos se P < 0,05 então
significância estatística.
1
Não informado 0 (0%) 6 (1,2%)  
(5,3%)

2.1 Anos de Insulina (Média (5,85 ± (5,2 ±


  0,7338(*)
± DP) 5,76) 6,78)
Tabela 3 – Associação (das questões de 1 a 8,1 e 11, 12 e 13) com a (21 Maculopatia).

Não
Presente (n =  Ausente (n =
Informad
4 Exame Periódico de Glicemia 16) 501) P 
o (n = 19)
   
 

Sim 14 (87,5%) 447 (89,2%) 15 (78,9%) 0,6487

Não 2 (12,5%) 45 (9%) 2 (10,5%)  

Não informado 0 (0%) 9 (1,8%) 2 (10,5%)  

4.1 Glicemia quantas vezes ao ano?        

1
1 (6,3%)

2 (12,5%)
25 (5%)

85 (17%)
2 (10,5%)

1 (5,3%)
-

 
Resultados
2 4 (25%) 154 (30,7%) 4 (21,1%)  

3 2 (12,5%) 55 (11%) 3 (15,8%)  

4 3 (18,8%) 78 (15,6%) 3 (15,8%)  

5 0 (0%) 6 (1,2%) 0 (0%)  

6 0 (0%) 14 (2,8%) 0 (0%)  

Mais de 6 0 (0%) 11 (2,2%) 1 (5,3%)   I – DP: desvio padrão.


II – P: Valor-P do Teste Qui-quadrado
Não informado 4 (25%) 73 (14,6%) 5 (26,3%)   de independência.
III – (*) Teste t de Student. Em todos
(Média ± DP) (2,33 ± 1,3) (2,62 ± 2,21)   0,6601(*) os casos se P < 0,05 então significância
estatística.
Resultados
Tabela 3 – Associação (das questões de 1 a 8,1 e 11, 12 e 13) com a (21 Maculopatia).

Presente (n = 16) Ausente (n = 501) Não Informado (n = 19)


5 Glicemia Capilar Diária P 
     

Sim 7 (43,8%) 295 (58,9%) 12 (63,2%) 0,3915

Não 7 (43,8%) 186 (37,1%) 6 (31,6%)  

Não informado 2 (12,5%) 20 (4%) 1 (5,3%)  

6 Pressão Alta        

Sim 11 (68,8%) 317 (63,3%) 13 (68,4%) 0,7791

Não 5 (31,3%) 168 (33,5%) 5 (26,3%)  

Não informado 0 (0%) 16 (3,2%) 1 (5,3%)  

 Não Informado (n
 Presente (n = 16) Ausente (n = 501)
7 Já veio ao Mutirão do Diabético? = 19) P 
 

Sim 3 (18,8%) 77 (15,4%) 5 (26,3%) 0,7749

Não 13 (81,3%) 402 (80,2%) 13 (68,4%)  

Não informado 0 (0%) 22 (4,4%) 1 (5,3%)  

8 Já fez Fundo de Olho?        

Sim 11 (68,8%) 246 (49,1%) 12 (63,2%) 0,1510

Não 5 (31,3%) 241 (48,1%) 5 (26,3%)  

Não informado 0 (0%) 14 (2,8%) 2 (10,5%)  

8.1 Fundo de Olho Anos (Média ± DP) (2,71 ± 5,32) (1,49 ± 2,57)   0,4247(*)
Tabela 3 – Associação (das questões de 1 a 8,1 e 11, 12 e 13) com a (21 Maculopatia). Resultados
Não Informado (n
 Presente (n = 16)  Ausente (n = 501)
9 Sabe que Diabetes leva a Cegueira? = 19) P 

Sim 16 (100%) 479 (95,6%) 18 (94,7%) 0,5634

Não 0 (0%) 10 (2%) 0 (0%)  

Não informado 0 (0%) 12 (2,4%) 1 (5,3%)  

10 Tem Convênio?        

Sim 1 (6,3%) 83 (16,6%) 3 (15,8%) 0,4620

Não 15 (93,8%) 369 (73,7%) 13 (68,4%)  

Não informado 0 (0%) 49 (9,8%) 3 (15,8%)  

Não Informado ( n
 Presente (n = 16) Ausente (n = 501)
11 Escolaridade = 19)  P
 
 

Analfabeto 2 (12,5%) 22 (4,4%) 1 (5,3%) 0,0155

10 grau incompleto 2 (12,5%) 199 (39,7%) 8 (42,1%)  

10 grau completo 3 (18,8%) 107 (21,4%) 4 (21,1%)  

20 grau incompleto 0 (0%) 45 (9%) 3 (15,8%)  

20 grau completo 7 (43,8%) 75 (15%) 1 (5,3%)  

30 grau incompleto 0 (0%) 10 (2%) 0 (0%)  

30 grau completo 1 (6,3%) 34 (6,8%) 1 (5,3%)  


Discussão
 RB Média do OD e OE Maculopatia Maculopatia
Prevalência de: RB  Mundial
encontrada mundial encontrada

Prevalência (%) 35%1 ≅ 15% 14%2 3%

1.International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 9th edn. Brussels,


Belgium: International Diabetes Federation, 2019.
2. Girach A, Lund-Andersen H. Diabetic macular oedema: a clinical overview. Int J Clin Pract. 2007 Jan;61(1):88-97.

 Recomenda  Média
Exame de fundo de olho
do AAO3 encontrada

Intervalo de realização em anos 13 1,51


3. AMERICAN ACADEMY OF OPHTHALMOLOGY RETINA PANEL. Preferred
practice pattern guidelines. Diabetic retinopathy. San Francisco (CA): American Academy
of Ophthalmology; 2008 (4th printing 2012). Available at: www.aao.org/ppp
Retina Panel

• Dados que podem explicar a diferença encontrada: 58,5% dos pacientes fazem glicemia
capilar diária e 87,5% revelam que fizeram glicemia venosa no passado com 25%
fazendo o exame 2x ao ano.
Discussão
Hipertensão artéria sistêmica e  Média do
 Mundial
diabetes mellitus estudo

Prevalência (%) 50%4 63,1%

4. Lastra G, Syed S, Kurukulasuriya LR, Manrique C, Sowers


JR. Type 2 diabetes mellitus and hypertension: an update.
Endocrinol Metab Clin North Am. 2014 Mar;43(1):103-22.

• As duas patologias influenciam na progressao da RB, interagindo entre


si4.
Discussão

 Porcentagem

(%)

Uso de insulina 58.5%

Uso de hipoglicemiantes orais 46,1%

 Média do
Prevalência de Retinoapia Diabética  Mundial
OD e OE

Prevalência (%) 35%5 ≅ 15%

5. International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 9th edn. Brussels,


Belgium: International Diabetes Federation, 2019.
Discussão
 39% dos participantes
 Conhecimentos possuíam primeiro
acerca da
grau imcompleto
complicação do
 74,1% não possuíam
DM (%)
plano de saúde

Cegueira 95,7%

Amputação 91%

69,2%
Hemodiálise
Discussão – Associações
Tabela– Associação da escolaridade e tempo de DM com a Maculopatia.

21 Maculopatia P

Não
Ausente (n =
Presente (n = 16) Informado  
501)
(n = 19)

Escolaridade        

Analfabeto 2 (12,5%) 22 (4,4%) 1 (5,3%) 0,0155

10 grau incompleto 2 (12,5%) 199 (39,7%) 8 (42,1%)  

10 grau completo 3 (18,8%) 107 (21,4%) 4 (21,1%)  

20 grau incompleto 0 (0%) 45 (9%) 3 (15,8%)  

20 grau completo 7 (43,8%) 75 (15%) 1 (5,3%)  

30 grau incompleto 0 (0%) 10 (2%) 0 (0%)  

30 grau completo 1 (6,3%) 34 (6,8%) 1 (5,3%)  

Não informado 1 (6,3%) 9 (1,8%) 1 (5,3%)  

21 Maculopatia P

Não I – DP: desvio padrão.


= Ausente (n =
Presente (n = 16) Informado   II – P: Valor-P do Teste Qui-quadrado de
501) independência.
(n = 19)
III – (*) Teste t de Student. Em todos os
1 Tempo de DM em anos (Média ± DP) (21,31 ± 15,89) (11,11 ± 9,07)   0,0217(*) casos se P < 0,05 então significância
estatística.
Discussão – limitações do estudo
 N0 536 x 1000 esperados
 Taxa de absenteísmo esperada de 30 a 40% x
46,6% encontrada
 Método de oftalmoscopia indireta usado para
classificar RB x padrão ouro de tomografia de
coerência óptica
 Não realização de exames de glicemia venosa
de jejum e hemoglobina glicada para verificar
controle do diabetes.
Conclusão
O presente estudo mostrou uma taxa de prevalência de
retinopatia diabética de aproximadamente 15%, um valor abaixo
do reportado na literatura. Este fato pode ser justificado em parte
pelo bom controle glicêmico dos pacientes de forma indireta,
uma vez que o tempo médio de diabetes dos pacientes avaliados
foi de 11,52 anos, período esse onde já se esperaria algum grau
de RD. Sendo o diabetes uma das principais causa de cegueira
no mundo, o Mutirão do Diabetes se mostrou uma estratégia
importante que, por meio do rastreio adequado associado ao
intervalo ideal de 1 ano entre os exames, agrega muito ao
diagnóstico precoce da doença.
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