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Sensoriamento Remoto em

Estudos Climáticos
Tecnologia em Geoprocessamento
Disciplina: Sensoriamento Remoto
Professora: Dra Valdira de Caldas Brito Vieira
Alunas: Nayara Moraes & Larissa Almendra
Sensoriamento Remoto em Estudos
Climáticos

 Introdução
 Breve Histórico da Meteorologia
 Estações Meteorológicas
 Satélites Meteorológicos
 Plataforma de Coleta de Dados
 Análise de Dados e Previsão do Tempo
 Aplicação dos Dados Coletados
Introdução
 A IMPORTÂNCIA DA COMPREENSÃO DOS FENÔMENOS
CLIMÁTICOS
 Através dos tempos, a compreensão dos fenômenos atmosféricos tem
ganhado relevada importância, devido aos prejuízos materiais e de
vidas humanas que o desconhecimento destes fenômenos podem
ocasionar. Partindo do pressuposto que tais prejuízos podem ser
minimizados, ou até mesmo evitados, grandes recursos têm sido
aplicados à meteorologia em todos os países do mundo, tanto para o
desenvolvimento da previsão do tempo, quanto para a climatologia.

 previsão do tempo quanto para a previsão do clima

 GRANDE VOLUME DE DADOS

 Estações meteorológicas
 Imagens de satélite
 Radar
 Aeronaves, navios e bóias oceânicas
 Necessidade de rapidez e agilidade
Previsão do tempo e/ou clima

GRANDE VOLUME DE DADOS

Necessidade de rapidez e agilidade:


 Estações meteorológicas
 Imagens de satélite
 Radar
 Aeronaves, navios e bóias oceânicas
Tempo X Clima

 Tempo : previsão do tempo corresponde a


uma previsão diária do estado da
atmosfera

 Clima: generalização ou integração das


condições do tempo, para um certo
período e uma determinada área.
Histórico
 Início da Meteorologia foi na Grécia
Antiga com Aristóteles (IV a. C.)
 Primeiro passo significativo ocorreu com
a criação do Barômetro em 1644 por
Torricelli
 Telégrafo elétrico de Samuel Morse
permitiu a reunião das informações das
diversas estações meteorológicas
Histórico
 Previsão do estado futuro da atmosfera
ainda dependia da experiência do
meteorologista (Previsão Subjetiva)
 Hoje os supercomputadores utilizam
métodos numéricos precisos (Previsão
Objetiva)
 Primeiro supercomputador no Brasil foi
adquirido pelo INPE em 1994
Estações Meteorológicas de
Superfície
 São locais destinados a realização das
observações meteorológicas, para a obtenção de
dados, que caracterizam o estado presente da
atmosfera.
 FUNÇÃO: avaliação do tempo presente; relata
condições gerais do tempo (visibilidade,
nebulosidade, etc.)
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS: Barômetro,
Anemômetro e Pluviômetro
Estações Meteorológicas de
Superfície

ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
CONVENCIONAL E
AUTOMÁTICA CIRAM/EPAGRI
Estações Meteorológicas de
Altitude
 Destinam-se a determinação da
estrutura vertical da atmosfera;
 Lançadas por balões, atingem até 40
Km de altitude
 Principais Instrumentos: radiossondas,
sensores de temperatura, umidade e
pressão
Radiossonda

Equipamentos e sensores transportado por balões meteorológicos, os


quais medem vários parâmetros atmosféricos e os transmitem a um
aparelho receptor fixo. As radiossondas operam nas freqüências de rádio
de 403 MHz ou 1680 MHz e ambas as freqüências podem ser ajustadas
ligeiramente para mais ou para menos caso seja necessário. Um outro tipo
de radiossonda, a rawinsonde, serve também para medir a velocidade e
a direção do vento.
Satélites Meteorológicos
Podem ser classificados em três classes, de

acordo com sua órbita:


Geoestacionários:visualizam sempre a mesma face do nosso planeta, uma
imagem completa de toda a Terra só é possível através da concatenação das
imagens procedentes de diferentes satélites estrategicamente posicionados
Polares:Situados em orbitas tipicamente bem mais próximas da Terra (850 Km
de distância), os satélites polares cruzam o globo terrestre de Polo a Pólo ,
realizando uma volta completa em aproximadamente 100 minutos.
Tropicais
Satélites Meteorológicos
Satélites Meteorológicos
 As imagens são obtidas através de
sensores de radiação em diversas faixas
do espectro, tais como:
 faixa da luz visível;
 faixa de infravermelho
 faixa de absorção de vapor d’ água
 microondas
Satélites Meteorológicos

Faixa Infravermelha Faixa Visível


Satélites Meteorológicos
 Informações derivadas das medidas de
radiação:
 Temperatura e Umidade:
 TOVS (TIROS Operational Vertical Sounder) –
órbita polar
 SATEM – órbita geoestacionária

 Direção e Velocidade dos ventos


 SATOB – órbita geoestacionária
Satélites Meteorológicos

TOVS (NOAA – 14)

SATOB (GOES – 8)
Plataforma de Coleta de
Dados
 Podem obter automaticamente quase
todos os tipos de dados de uma estação
convencional
 Sua utilização estende-se por áreas de
difícil acesso (ex. Amazônia)
 Seus dados são transmitidos por
satélites de coleta de dados
Análise de Dados e Previsão
do Tempo
 As estações de Superfície, as imagens de satélites, as
radiossondagens, junto com dados obtidos por navios,
aviões e bóias integram a massa de dados para as
previsões do tempo. Estes dados são analisados através
de cartas sinópticas.

 A partir da análise destas cartas são realizadas as


previsões do tempo. Com a utilização de
supercomputadores, são realizado às análises e previsões
através de modelos numéricos.
Na Figura temos as previsões do modelo Global do CPTEC para24 horas.
Nesta figura, além dos campos de pressão estão sobrepostos os
campos de precipitação acumulada no período.

Da mesma forma que foi gerada esta previsão, o Modelo Global do CPTEC
gera previsões até 120 horas ( 6 dias ). Deve-se no entanto observar, que
quanto mais longas forem as previsões do tempo, menos confiáveis elas
serão.
Análise de Dados e Previsão
do Tempo

 Deste modo, exemplificamos como as informações


meteorológicas são trabalhadas, até a saída das previsões
numéricas do tempo.

 O ultimo passo deste processo é a interpretação destas


saídas pelos meteorologistas, que confeccionam os
boletins escritos de previsão do tempo, para serem
posteriormente divulgados. Estes boletins são atualizados
diariamente na Internet.
Aplicação dos Dados
Coletados
 Ventos: calcula-se a velocidade através da
análise de imagens com intervalo de 30
minutos
 Precipitação: os sensores não medem
diretamente a precipitação
 Temperatura da Superfície do Mar: aplicada
nas atividades de pesca e conhecimento do
padrão e circulação dos oceanos
Aplicação dos Dados
Coletados
Precipitação
Aplicação dos Dados
Coletados
Aplicação dos Dados
Coletados
O sensoriamento remoto nos
estudos de ilhas de calor

 Ao considerar a Lei de Plank, segundo a qual “quanto maior a


temperatura de um dado comportamento de onda, maior será a
quantidade de energia emitida por um corpo negro” (BIAS;
BAPTISTA; LOMBARDO, 2003, p. 1742), e ponderar a
capacidade dos sensores dos satélites em detectar a radiação em
ondas longas emitida na faixa do infravermelho termal –
considerada termal por ser nesta faixa que é detectada a radiação
emitida pelos objetos, radiação esta que varia em função de sua
temperatura (STEINKE; STEINKE; SAITO, 2004) –, pode ser
possível levantar a temperatura de determinado local ou objeto
por meio da transformação dos tons de cinza das imagens termais
em valores de temperatura aparente da superfície, baseando-se,
para isso, na aplicação de um algoritmo.
Definição

Ilhas de calor é o nome que se dá a um


fenômeno climático que ocorre
principalmente nas cidades com elevado grau
de urbanização. Nestas cidades, a
temperatura média costuma ser mais
elevada do que nas regiões rurais próximas.
Causa das ilhas de calor

• Efeitos da poluição do ar:


• Fontes antrópicas de calor:
• Mudanças no balanço de radiação:
• Efeito da redução das áreas verdes:
•Uso de materiais muito absorvedores da radiação solar (de
baixa refletividade)
•Redução do fator de visada do céu pelos cânions urbanos:

Devido a esses fatores, o ar atmosférico na cidade é mais quente que


nas áreas que circundam esta cidade. O que define um domo térmico
associado à Camada Limite Urbana.
O sensoriamento remoto nos
estudos de ilhas de calor
 Portanto, dentre as diversas técnicas de se
investigar o fenômeno de ilhas de calor (coleta
de dados de estações ou de postos móveis,
instrumentos meteorológicos, etc), o
sensoriamento remoto se justifica pela melhor
distribuição espacial dos dados, haja vista que é
possível levantar o desenho térmico da área em
estudo, tendo condição de analisar a variação
espacial simultânea da temperatura
considerando a rugosidade, as construções e os
usos existentes.
O sensoriamento remoto nos
estudos de ilhas de calor
 Ressalta-se, entretanto, a necessidade de se
realizar as devidas correções atmosférica, de
emissividade e geométrica, bem como as correções
de imagens multitemporais – no que concerne à
correção radiométrica de uma imagem em relação
a uma imagem de referência, previamente
corrigida. Além de certa precaução com as técnicas
de pré-processamento das imagens orbitais em tais
vias de estudos, considerando os erros que podem
ser introduzidos nos valores de temperatura
levantados.
Previsão do Tempo
 Baseada, entre outros, em dados coletados de hora em hora nas
estações meteorológicas de superfície, convencionais ou automáticas,
espalhadas por todo o território nacional.
 Após esta coleta de dados (precipitação, ventos, umidade relativa do ar,
pressão, etc) faz-se uma simulação, através de modelos numéricos.
 Auxílio das imagens de satélites para elaborar a Previsão em curto prazo.
 Elas estão disponíveis em 3 canais:infravermelho,visível

e vapor d´água.
 o Radar Meteorológico, fornece as condições meteorológicas reinantes
num espaço de tempo menor e também para uma área menor.
 Quem utiliza estas informações sobre o tempo?
 Agricultura: garantia de uma boa colheita

 Marinha: proteção aos seus marinheiros, navios e passageiros

 Aeronáutica: proteção e segurança de seus pilotos, aeronaves e

passageiros
 Pescadores: condições favoráveis à pesca

 Turismo: garantia de um passeio e/ou viagem feliz e tranqüila


Estação Meteorológica

 Anemógrafo - Registra continuamente a direção (em graus) e a velocidade instantânea


do vento (em m/s), a distância total (em km) percorrida pelo vento com relação ao
instrumento e as rajadas (em m/s).
ANEMÔMETRO - MEDE A VELOCIDADE DO VENTO (EM M/S) E, EM ALGUNS TIPOS,
TAMBÉM A DIREÇÃO (EM GRAUS).

 Barógrafo - Registra continuamente a pressão atmosférica em milímetros de mercúrio


(mm Hg) ou em milibares (mb).

 BARÔMETRO DE MERCÚRIO - MEDE A PRESSÃO ATMOSFÉRICA EM COLUNA DE


MILÍMETROS DE MERCÚRIO (MM HG) E EM HECTOPASCAL (HPA).
 Evaporímetro de Piche - Mede a evaporação - em mililitro (ml) ou em milímetros de água
evaporada - a partir de uma superfície porosa, mantida permanentemente umedecida
por água.
 Heliógrafo - Registra a insolação ou a duração do brilho solar, em horas e décimos.
 Higrógrafo - Registra a umidade do ar, em valores relativos, expressos em porcentagem
(%).
 Microbarógrafo - Registra continuamente a pressão atmosférica - em milímetros de
mercúrio (mm Hg) ou em hectopascal (hPa), numa escala maior que a do Barógrafo,
registrando as menores variações de pressão, o que lhe confere maior precisão.
Estação Meteorológica
 Piranógrafo - Registra continuamente as variações da intensidade da radiação solar global,
em cal.cm­².mm­¹.
 Piranômetro - Mede a radiação solar global ou difusa, em cal.cm­².mm­¹.
 Pluviógrafo - Registra a quantidade de precipitação pluvial (chuva), em milímetros (mm).
 PLUVIÔMETRO - MEDE A QUANTIDADE DE PRECIPITAÇÃO PLUVIAL (CHUVA), EM
MILÍMETROS (MM).
 Psicrômetro - Mede a umidade relativa do ar - de modo indireto - em porcentagem (%).
Compõe-se de dois termômetros idênticos, um denominado termômetro de bulbo seco, e
outro com o bulbo envolvido em gaze ou cadarço de algodão mantido constantemente
molhado, denominado termômetro de bulbo úmido.
 Tanque Evaporimétrico Classe A - Mede a evaporação - em milímetros (mm) - numa
superfície livre de água.
 Termógrafo - Registra a temperatura do ar, em graus Celsius (°C).
 Termohigrógrafo - Registra, simultaneamente, a temperatura (°C) e a umidade relativa do ar
(%).
 TERMÔMETROS DE MÁXIMA E MÍNIMA - INDICAM AS TEMPERATURAS MÁXIMA E
MÍNIMA DO AR (°C), OCORRIDAS NO DIA.
 TERMÔMETROS DE SOLO - INDICAM AS TEMPERATURAS DO SOLO, A DIVERSAS
PROFUNDIDADES, EM GRAUS CELSIUS (°C).
Fenômenos Adversos
 Granizo - precipitação que se origina de nuvens convectivas, como cumulunimbus, e que cai em forma de
bolas ou pedaços irregulares de gelo, quando os pedaços têm formatos e tamanhos diferentes. Pedaços com
um diâmetro de cinco milímetros ou mais, são considerados granizo; pedaços menores de gelo são
classificados como bolas de gelo, bolas de neve, ou granizo mole. Bolas isoladas são chamadas de pedras. É
referido como "GR" quando está em observação e pelo Metar. Granizo pequeno ou bolas de neve são referidas
como "GS" quando estão em observação e pelo Metar.
 Enchente repentina - inundação que acontece muito rapidamente, com pouca ou nenhuma possibilidade de
um alerta antecipado e que, em geral, resulta de chuva intensa sobre uma área relativamente pequena.
Enchentes repentinas podem ser causadas por chuva súbita excessiva, pelo rompimento de uma represa, ou
pelo descongelamento de uma grande quantidade de gelo.
 Geada - depósito de gelo cristalino, em forma de agulhas, prismas, escamas, dentre outros, resultante da
sublimação do vapor d'água do ar adjacente, sobre a superfície do solo, das plantas e dos objetos expostos ao
ar.
 Neve - precipitação de cristais de gelo translúcidos e brancos, em geral em forma hexagonal e complexamente
ramificados, formados diretamente pelo congelamento do vapor de água que se encontra suspenso na
atmosfera. É produzida freqüentemente por nuvens do tipo estrato, mas também pode se originar das nuvens
do tipo cúmulo. Normalmente os cristais são agrupados em flocos de neve. É informado como "SN" quando
está em observação e pelo Metar.
 Onda de Calor - período de tempo desconfortável e excessivamente quente. Pode durar vários dias ou várias
semanas. The Weather Channel usa os seguintes critérios para definir uma onda de calor: a temperatura deve
estar acima de 90 F (32º C) em pelo menos 10 estados e, pelo menos, cinco graus acima do normal em partes
daquela área durante pelo menos dois dias, ou mais.
 Tornado - Coluna giratória e violenta de ar que entra em contato com a extensão entre uma nuvem
convectiva e a superfície da Terra. É a mais destrutiva de todas as tempestades na escala de classificação dos
fenômenos atmosféricos. Pode acontecer em qualquer parte do mundo, desde que existam as condições
certas, mas é mais freqüente nos Estados Unidos numa área confinada entre as Montanhas Rochosas (a oeste)
e os Montes Apalaches (a leste).
 Seca - clima excessivamente seco numa região específica. Deve ser suficientemente prolongado para que a
falta de água cause sério desequilíbrio.
GOES - América do Sul GOES - América do
Sul
Visível Infravermelho
GOES - América do Sul Vapor de Água
INMET
CONCLUSÃO
 Para a previsão do tempo é necessário o envolvimento de
grandes recursos e da cooperação entre os países. Os
resultados são úteis para diversas áreas de atividade
humana e também para a população em geral. No entanto,
para que tais resultados possam ser melhor aproveitados,
sejam estes por especialistas ou pelo público em geral, não
basta ter acesso às informações. É necessário noções
gerais de meteorologia, e ainda conhecimentos das mais
diversas áreas, tais como a física, matemática e geografia
entre outras.
INMET

http://www.inmet.gov.br

Ferreira S. H. S., Júnior H. C. TECNOLOGIA ESPACIAL NA


PREVISÃO DO TEMPO, CAPÍTULO 5. INPE.
CENTRO DE PREVISÃO DO TEMPO E ESTUDOS CLIMÁTICOS:
CPTEC.
Meio Ambiente e Ciências Atmosféricas: A utilização de
Multimídia e da
Rede Internet no ensino Público de Nível Médio. Disponível na
Internet:
http://www3.cptec.inpe.br/~ensinop/index.html [19 Jun. 2001]

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