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Dialogando sobre as possibilidades e desafios da pesquisa participativa

no contexto da pós-graduação profissional

Prof. Dra. Denise de Azambuja Zocche

Outubro, 2020
Pesquisa participativa, pesquisa ação e
suas contribuições para os Mestrados
Profissionais em Enfermagem
Os serviços de saúde são
convocados cotidianamente a
(re) pensar suas práticas a fim
de superar as expectativas dos
usuários, trabalhadores, da
sociedade em geral e ainda,
resolver problemas que
interferem na atenção a saúde
qualificada e eficaz.
Dimensões do trabalho em enfermagem e interfaces com a
pesquisa participativa e pesquisa- ação

 Enfermeiro atua como agente comunicador e


interpretador da realidade dos usuários dos serviços
ASSISTENCIAL de saúde, bem como na comunidade, escolas e
empresas.

 Os usuários caracterizam-se como um agente


comunicador de seu estado de saúde e de suas
expectativas.
INVESTIGATIVA ENFERMAGEM GERENCIAL
 Os profissionais da saúde e de enfermagem, assim
como os usuários caracterizam-se como
mediadores e agentes de transformação do estado
de saúde, adoecimento e morte dos indivíduos,
família e comunidade.
EDUCATIVA

(KURGANT, 2015; PEDUZZI, 2013; SCHIMITH, 2011 )


A Enfermagem e sua aderência com os princípios
metodológicos da pesquisa - ação

O processo de trabalho O Enfermeiro atua e


em enfermagem requer: busca resolver, agregar a
• Ações em equipe Tomada de decisão partir de:
• Ações interprofissionais • Avaliações
• Registros
• Ações com grupos
sociais, comunidades, • Interações
famílias • Conversas

PESQUISA- AÇÃO contribui para a mudança de rotinas,


implantação de serviços, modificação de comportamento de
um grupo de indivíduos, em que os sujeitos são co-responsáveis
pela ação realizada.
Pesquisa - Ação: possibilidades e potencialidades para a área
de Enfermagem

Potencialidades Possibilidades

• Ampliação da capacidade de • Desenvolvimento de um conjunto de


participação dos interessados nos práticas de investigação, diagnóstico,
problemas levantados e na busca de formação, planejamento, etc;
possíveis soluções; • Adesão dos profissionais nas ações
• Fortalecimento da capacidade de produzidas, pois há uma implicação
aprendizagem; envolvida durante o processo de
intervenção/reflexão/ação;

*
Investigação E
Ação N
Resolução de problemas F
Trabalho coletivo E
Vivências R
Experiência M
Interação A
Colaboração G
Participação E
M
Experiências
• Desenvolvimento de tecnologias
assistencias ( instrumentos para a
consulta de enfermagem)
e produções • Desenvolvimento de tecnologias
educativas ( infográficos, manuais, guias,

de dois MPE video-aulas)


• Desenvolvimento de processos de
formação ( capacitações, cursos)
da Região • Criação de processos
administrativos/gestão pública de
Sul do Brasil municipios ( portarias municipais)
• Convites para assessorias

(2016-2019) • Produção bibliográfica ( livros, cartilhas,


guias e artigos)

*
Mestre em Enfermagem INFOGRÁFICOS para Serviço de Saúde Comunitária- Grupo
Raquel Schuster Hospitalar Conceição. Porto Alegre
Prof.Dra Denise de TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA PROMOÇÃO DA
HUMANIZAÇÃO DO NASCIMENTO
Azambuja Zocche
MPE/Unisinos-2018
Mestre em Enfermagem Curso de Promotoras da saúde da
Juliana Coelho de mulher privada de liberdade
Campos-
MPEAPS/UDESC-2019
Curso de Formação das Mulheres Privadas de Liberdade
Promotoras de Saúde.
Promovido pelo Programa de Extensão Fortalecendo Redes na
Atenção à Saúde, da Udesc/Oeste, em parceria com a
Coordenação de Projetos Especiais da SAP.
Participação de 15 professores, inclusive com o Chefe da
Divisão de Atenção às Mulheres e Grupos Específicos do
Depen/MJ, Carlos Dias.
Esta formação atende o Art. 20 da Portaria Interministerial n.
1/2014 (PNAISP) o qual estabelece que as pessoas privadas de
liberdade podem trabalhar juntamente com a equipe de saúde
em ações de prevenção de doenças e de promoção da saúde.

https://www.sap.sc.gov.br/index.php/noticias/todas-as-noticias/8920-presidio-feminino- 14/11/2019
de-chapeco-reforca-acoes-de-promocao-da-saude-da-mulher-privada-de-liberdade
• Local: região oeste e meio oeste de SC.
• Participantes: em torno de 300 enfermeiros da
APS do estado de SC.
• Percurso metodológico: Thiollent (2011),
adaptado: fase exploratória, diagnóstico de
situação, coleta de dados, seminários
PROJETO ACORDO integradores, plano de ação, avaliação/validação
dos produtos, socialização/publicização.
CAPES/COFEN • Mestres em Enfermagem: Ana Paula Rosa,
2017-2019 Carise Schneider, Cheila Siega, Ingrid Pujol.

MPEAPS/UDESC
Mestre em Enfermagem Ana
Paula Lopes da Rosa
Prof.Dra Denise de
Azambuja Zocche
Prof.Dra. Silvana dos Santos
Zanotelli
MPEAPS/UDESC-2019
Mestre em Enfermagem Ingrid pujol
Prof.Dra Elisangela Argenta Zanatta
Prof.Dra. Silvana dos Santos Zanotelli
MPEAPS/UDESC-2019
Mestre em
Enfermagem
Carise Schneider
Prof. Dra. Carine
Vendruscolo e
Prof.Dra.Leticia
de Lima Trindade
MPEAPS/UDESC
-2019
Pesquisa: “CUIDADO E GESTÃO EM ENFERMAGEM COMO SABERES NA
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: proposições para as melhores práticas”​

Coordenação: Profa. Carine Vendruscolo (UDESC/ABEn-SC)

Instituições colaboradoras: ABEn SC; UFSC; UNOESC; UFFS; UNESC; ADR
(GERSA CHAPECÓ); UNIVALI

• Dados qualitativos oriundos de pesquisas participativas


• Mais de 20 produtos, entre científicos e tecnológicos
• Dois cursos de formação para enfermeiros e equipe de saúde, em
vigência...(Pesquisa-ação e Pesquisa Apreciativa)
Mestre em Enfermagem
Mônica Ludwig
Mestrandas Juliana Duarte
Araújo e Letícia Rostirolla
Prof. Dra.Carine
Vendruscolo
Prof.Dra.Edlamar Kátia
Adamy
MPEAPS/UDESC-2020
Pesquisa Participativa-
Pesquisa Apreciativa
Mais de 1500 inscritos !

PROJETO ACORDO CAPES/COFEN
MPE/UNISINOS (2017-2019) Mestres
em Enfermagem: Lisane Freitas e
Cristiane Lima Abraão

•SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA


REDE DE ATENÇÃO BÁSICA DE SÃO LEOPOLDO: cuidados ao
usuário com lesão de pele  
•Produtos: 
•1) apoio na criação do CCPele-SL;  
•3) material de apoio para classificar as lesões de pele;  
•4) elaboração de Curso de Desbridamento de Feridas,
promovido pelo CCPele-SL;  
•5) Guia de Cuidados de Enfermagem para Prevenção e
Tratamento de Lesões de Pele;  
•6) Proposta de Plano de Programa de Educação
Permanente em Saúde para a equipe de enfermagem sobre
o cuidado aos usuários com lesões de pele. 
CRIAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA A SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO

Mestre em Enfermagem
Cristiane Lima Abrahão
Dra. Priscila Schmidt Lora e Prof.
Dra. Denise Antunes de
Azambuja Zocche
MPE/Unisinos-2019
Desafios e limitações
No percurso metodológico Na manutenção das
ações/intervenções após o termino da
a) dificuldades de adesão dos participantes pesquisa
por falta de impedimento de(liberação do
serviço para participar dos seminários);
a) mudança de emprego dos mestrandos;
b) tempo de 24 meses para execução;
b) mudança do gestores que algumas vezes
c) sistema de informação dos serviços,se faz a não autoriza/apoiam a continuidade das
intervenção com limitações; ações/uso dos produtos;
d) avaliação do impacto. c) dificuldades de pactuação com os gestores
dos serviços devido a relações de trabalho
muito pautadas na hierarquia.
“Utopia […] ela está lá no horizonte. Me
aproximo dois passos, ela se afasta dois
passos. Caminho dez passos e o
horizonte corre dez passos. Por mais que
eu caminhe, jamais alcançarei. Para que
serve a utopia? Serve para isso: para que
eu não deixe de caminhar”

Eduardo Galeano
Obrigada!

Contatos
denise.zocche@udesc.br
pgenf.ceo@udesc.br
Referências 
• PEDUZZI, M.; SILVA, A.M; LIMA, M. A. D. S. Enfermagem como prática social e trabalho em equipe. In: SOARES, C. B.; CAMPOS, C. M. S. (org.).
Fundamentos de saúde coletiva e o cuidado de enfermagem. Barueri, Manole, p.217-243, 2013.
• THIOLLENT, M. J. M. Pesquisa-ação nas organizações. 2. ed. São Paulo: Cortez. 2008. THIOLLENT, M. J. M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.
• SCHIMITH, Maria Denise et al . Relações entre profissionais de saúde e usuários durante as práticas em saúde. Trab. educ. saúde (Online),  Rio de Janeiro ,  v. 9, n. 3, p. 479-503,  Nov.  2011 .   ,
Maria Denise et al . Relações entre profissionais de saúde e usuários durante as práticas em saúde. Trab. educ. saúde (Online),  Rio de Janeiro ,  v. 9, n. 3, p. 479-
503,  Nov.  2011 .  

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