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Aula 2 - Inteligência Artificial e Novas Tecnologias Exponenciais - IoT

Prof. Patricia Sodre


Internet:
História e
Importância
Quando um esquilo mastigou um cabo e o deixou fora do ar, o jornalista Andrew Blum começou a pensar a
respeito do como a Internet realmente era feita. Então ele saiu para vê-la - os cabos submarinos,
comutadores secretos e outras peças físicas que compõem a rede.

https://www.ted.com/talks/andrew_blum_discover_the_physical_side_of_the_internet?language=pt-br
O que é IoT?

A Internet das Coisas (IoT) descreve a rede de —“objetos físicos”— incorporados a sensores,
software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e
sistemas pela internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a ferramentas
industriais sofisticadas.
Com mais de 7 bilhões de dispositivos IoT conectados hoje, os especialistas esperam que esse
número cresça para 10 bilhões em 2020 e 22 bilhões em 2025. 
História do IOT

O primeiro a falar o termo


“Internet das Coisas” foi o
executivo Kevin Ashton, em uma
palestra na Procter & Gamble
(P&G), em 1999. Na época, Ashton
pesquisava sobre formas de gerir a
distribuição de produtos da
empresa, o que o levou a tentar
conectar as embalagens à internet
de alguma forma.
O que é RFID?
O RFID é um dispositivo de radiofrequência,
composto por uma antena que emite um sinal,
um transceptor que faz tanto a leitura quanto a
transferência do sinal e um transponder que é o
objeto que responde ao sinal.
O acrônimo RFID Radio Frequency
IDentification que, em tradução livre para o
português, pode ser compreendido como
método identificação por radiofrequência, que é
justamente a definição da funcionalidade do
dispositivo.
Mas, antes de entender melhor como essa
tecnologia é utilizada nos dias atuais, vamos ver
como e por que ela surgiu
O endereço das “coisas”
O Protocolo de Internet versão 4, geralmente chamado de IPv4,
foi desenvolvido no início dos anos 1980. Um endereço IPv4 é O IPv6 usa endereços 128-bit, que permite,
composto por 4 números, de 0 a 255, que são separados por teoricamente,
pontos. Por exemplo, o endereço IP da Avast é 5.62.42.77. Os  340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.4
endereços IP são mais complexos e isso ajuda a compreender  56 ou 340 undecilhão de endereços. Os endereços
os fundamentos do TCP/IP, mas isso é o básico. IPv6 são representados por 8 grupos de 4 dígitos
hexadecimais, com os grupos separados por vírgulas.
Cada site tem um endereço IP, mas não usamos mais esses Um exemplo seria
endereços normalmente. Nos início da internet, era necessário “2002:0de6:0001:0042:0100:8c2e:0370:7234”, mas
saber o endereço IP de um site para poder acessá-los. Então, o existem métodos para abreviar essa notação.
DNS (Domain Name Service) apareceu, e traduzia números em
nomes. Então, ao digitar “www.avast.com”, o DNS traduz para
5.62.42.77. Isso permite navegar na internet de forma mais
conveniente, pois é muito mais fácil se lembrar de um nome de
site do que do seu endereço IP
IPV6
IoT - Pessoas
Apple Watch
Esse relógio inteligente criado pela Apple em 2015
conta com uma série de utilidades. A partir de
sensores, ele é capaz de monitorar atividades
físicas em tempo real, assim como de acompanhar
batimentos cardíacos de quem o utiliza. Ele ainda
oferece acesso a outros aplicativos, como agendas,
Maquininha de cartão alarmes, mapas e informações.
Sistemas eletrônicos de pagamento
podem se beneficiar muito da
Internet das coisas. Algumas
máquinas de cartão disponíveis no
Brasil utilizam essa tecnologia.
Smart TVs
O exemplo mais claro de aplicação da Internet das
coisas no dia-a-dia é o das Smart TVs. Esses
dispositivos, que tem se popularizado cada vez mais
nos últimos anos, permitem que os usuários
acessem aplicações, lojas, sites e produtos
interativos diretamente de seus aparelhos.
Aplicativos de segurança
A Internet das coisas pode ser uma grande aliada na
hora de garantir a segurança de casas e condomínios.
Através da utilização de aplicativos de celular, é
possível receber em tempo real informações de
câmeras instaladas em residências.
Luzes inteligentes
Sistemas que utilizam sensores para captar a
necessidade de ligar ou desligar uma luz são bons
exemplos de utilização da tecnologia IoT. Além de
poupar o trabalho de ligar e desligar interruptores,
esses sistemas inteligentes ainda poupam uma
quantidade significativa de energia.

Wearables fitness
Wearables são dispositivos inteligentes que você pode
“vestir”, como pulseiras e relógios. Nos últimos tempos,
empresas têm desenvolvido wearables voltados à
atividade física, que, utilizando sensores, são capazes
de mostrar, por exemplo, quantos quilômetros você
percorreu em uma corrida.
IoT Medicina
Desafios da Iot na Medicina

Um dos maiores desafios está na segurança dos dados, tanto durante sua transmissão quanto no
armazenamento e compartilhamento.

Cabe lembrar que as informações sobre a saúde dos pacientes são sigilosas.

No Brasil, o sigilo médico-paciente está previsto no Código de Ética Médica.


Marcapassos cardíacos com dispositivo IoT
Alguns aparelhos conectados podem ser
implantados no paciente.
É o caso de marcapassos inteligentes, que Monitoramento contínuo inteligente de
facilitam o acompanhamento de milhares de glicose (CGM)
pessoas nos Estados Unidos. CGM é a sigla para Continuous Glucose
Assim como os wearables, esses dispositivos Monitor, ou Monitor Contínuo de Glicose.
coletam, armazenam e enviam informações em O primeiro dispositivo desse tipo foi 
tempo real sobre o sistema cardiovascular do aprovado pela FDA (agência que regula
paciente. alimentos e drogas nos Estados Unidos) em
1999, mas ainda não era capaz de enviar dados
Sensores ingeríveis a outro aparelho, como um smartphone, tablet
Pílulas do tamanho de suplementos vitamínicos ou Apple Watch.
podem substituir procedimentos invasivos,
monitorar sinais vitais e até detectar precocemente
o câncer colorretal.
Um exemplo é a PillCam COLON, criada por uma
companhia israelense e aprovada em 2017 pela
FDA como uma alternativa à colonoscopia.
A pílula capta e transmite imagens do trato
gastrointestinal e do cólon.
Tecnologia digital em pacientes com
depressão
Equipados com aplicativos e outros
sistemas, wearables, como o Apple Watch, Monitoramento da evolução dos sintomas de Parkinson
podem monitorar sintomas e Uma solução da IBM utiliza um raciocínio similar ao
comportamentos de pessoas com depressão. empregado para acompanhar pacientes com depressão, mas
Um estudo da farmacêutica Takeda utilizou voltado à evolução dos sintomas de Parkinson.
o relógio inteligente para aplicar testes Através de um dispositivo vestível, pacientes têm seus dados
junto a pacientes diagnosticados com coletados enquanto realizam tarefas rotineiras e, em seguida,
depressão leve a moderada. essas informações são analisadas por médicos e outros
As avaliações de humor e cognição tiveram especialistas.
mais de 90% de eficácia, enquanto Esses profissionais podem, com base nas informações
avaliações diárias feitas a partir de registradas, optar por tratamentos mais assertivos e que
questionários e outros dados melhorem a qualidade de vida de quem sofre com a doença
corresponderam aos resultados de testes degenerativa.
desenvolvidos na Universidade de
Cambridge.
IoT Carros
Autônomos
História
Em 1925, um inventor chamado Francis Houdina apresentou o primeiro carro “sem motorista” controlado por rádio.
Em 1956, uma versão do Firebird II da GM foi construída com um sistema de orientação ou controle automático
eletrônico para circuitos detectores embutidos em estradas. Isso foi planejado para ajudar o carro a evitar acidentes.
Em 1958, o Chrysler Imperial foi o primeiro carro a incorporar uma função de controle de cruzeiro.
Em 1979, um robô chamado Cart, inventado na Universidade de Stanford, navegou por uma sala cheia de obstáculos
sem qualquer envolvimento humano.
Em 1994, os carros-robô, VaMP e VITA-2, da Bundeswehr Universitat, percorreram mais de 600 milhas em segurança
no tráfego.
Em 2009, o projeto de carros autônomos do Google começou.
Em 2015, a Tesla lançou seu software de piloto automático.
Agora, em 2018, a GM está buscando aprovação para um carro autônomo sem pedais.
Testes já foram feitos com carros da Uber, por exemplo, e as empresas avançam diariamente na produção de carros cada
vez mais inteligentes. 
Como funcionam os carros autônomos?

A tecnologia que possibilitará, de fato, a entrada dos carros autônomos no mercado é a IoT, juntamente com
o advento da Rede 5G e das demais tecnologias oriundas da chamada 4ª Revolução Industrial, como Data
Analysis, por exemplo.
Tecnologias como estas estão se tornando a cada dia mais comuns, mas como elas funcionam para
possibilitar a produção de carros autônomos?
Os detalhes da tecnologia de direção automática diferem de fabricante para fabricante, mas a maioria usa
uma série de lasers de radar e câmeras de alta potência que mapeiam os arredores do carro.
A conectividade IoT processa o feedback desses lasers de radar, traça um caminho e envia instruções para os
controles do carro: direção, aceleração e frenagem.
Cada carro também é equipado com prevenção de obstáculos e modelagem preditiva, que conduz o veículo
a obedecer às regras de trânsito e se orientar em torno de certos obstáculos.
Quem está construindo veículos autônomos?

Existem muitas empresas trabalhando na criação de carros para serem usados sem motorista. 
Alguns modelos de carros autônomos já se encontram disponíveis, mas em localidades e com valores ainda muito
restritivos.
Aqui está uma lista de algumas empresas que tem aproveitado a IoT para produção de carros autônomos:

 Uber
 Honda
 Toyota
 Tesla
 Hyundai
 Volvo
 Waymo (parceria com Google, Fiat Chrysler)
 BMW
 Volkswagen
 General Motors
 Ford
Protocolo Vehicle-to-
Vehicle

Uma outra aplicação de redes par-a-par são as redes veiculares,


capazes de estabelecerem uma conexão entre automóveis,
pontos de acesso rodoviários (tanto fixos quanto móveis) e a
internet.
Utilizando uma rede V2V, cada veículo é capaz de perceber a
presença de outros veículos usando um protocolo de
comunicação baseado em ondas de rádio. Desta forma, é
possível enviar e receber informações relevantes em tempo
real, tais como posição, velocidade, alertas de acidentes, mau
tempo ou catástrofes, blitzes e informações sobre o trânsito em
geral. Redes V2V possuem um grande potencial para evitar
acidentes e diminuir o número de mortos e feridos no trânsito,
que tem constituído uma severa ameaça à vida e ao sistemas
público e privado de saúde em diversos países.
Aplicações
IoT
Ecossistema IoT
Ecossistema IoT

O ecossistema da IoT envolve diferentes agentes e processos, como módulos inteligentes (processadores,
memórias), objetos inteligentes (eletrodomésticos, carros, equipamentos de automação em fábricas), serviços
de conectividade (prestação do acesso à internet ou redes privadas que conectam esses dispositivos),
habilitadores (sistemas de controle, coleta e processamento dos dados e comandos envolve - Veja mais em
https://noomis.febraban.org.br/temas/internet-das-coisas/internet-das-coisas-saiba-como-essa-tecnologia-
pode-afetar-sua-vida
Banco de
Dados das
Coisas
DoT – Database of Things
Todos conhecem o armazenamento tradicional de dados que é feito em disco, certo? Pois
então, com o DoT, o armazenamento passará a ser feito em memória. Até 2020 estima-se
que bilhões de dispositivos estarão conectados à internet. Desse modo, a quantidade de
dados promovida pela Internet das Coisas será muitas vezes maior que o volume que
conhecemos por Big Data. Sendo assim, as empresas terão que investir em bancos de dados
que consigam suportar todo esse processamento.

Por isso a criação do Database of Things. Esse tem como ideia central armazenar todos os
dados com a mesma velocidade que a Internet das Coisas leva para processá-los. Além de
fornecer respostas rápidas, o DoT poderá reduzir ou até excluir a necessidade de indexação
de dados. Para isso, ele precisará seguir algumas regras, como:

•fazer integração com ferramentas de análise a fim de obter o valor dos dados
fornecidos pela Internet das Coisas;
•ter uma grande flexibilidade e escabilidade no sistema;
•manter taxas de indexação, ingestão e armazenamento de dados altas.
O Futuro do IoT
IoB - Internet of Behavior
A Internet of Behavior coleta a poeira digital da vida das
pessoas de uma variedade de fontes, e organizações públicas ou
privadas podem usar essas informações para influenciar o
comportamento
diz Gartner.

um processo onde os dados do usuário são analisados ​em


termos de psicologia comportamental. Com base nessa análise,
novas abordagens para 
o desenvolvimento da experiência do usuário (UX), otimização
da experiência de pesquisa (SXO) e produtos finais e serviços
das empresas e como promovê-los são formadas.
Importante salientar neste momento, para clarear
melhor, o que a LGPD define como: Ao fazer uma conexão com a IoT, nota-
se que o simples fato de coletar dados
•Dado pessoal: informação relacionada a pessoa como pulsação cardíaca (ligando esse
natural identificada ou identificável; batimento à um titular), biometria (ex:
coleta de impressão digital em
•Dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem portarias, pontos de funcionários),
racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, informações de carros ou máquinas
filiação a sindicato ou a organização de caráter que o levem a conhecer o condutor
religioso, filosófico ou político, dado referente à (placa de carro, horário de trabalho,
saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, etc.), já é considerado pela lei como
quando vinculado a uma pessoa natural; tratamento de dados pessoais. Esses
fatos, sem que estejam dentro das 10
•Tratamento de dados: toda operação realizada com possibilidades de tratamento de dados
dados pessoais, como as que se referem a coleta, da lei (em especial o consentimento
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, do titular) podem levar às empresas (e
reprodução, transmissão, distribuição, até mesmo a pessoas físicas) a
processamento, arquivamento, armazenamento, responderem juridicamente por
eliminação, avaliação ou controle da informação, violação de dados pessoais.
modificação, comunicação, transferência, difusão ou
extração.

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