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Desenvolvimento das funções

executivas na infância.
Funções executivas na infância
Características frequentemente utilizadas para definir crianças
pequenas:
• Impulsivas;
• Concretas ou condicionadas pelo locus de controle externo;
• E pré-orientadas pelos estímulos.
Funções executivas na infância
O desenvolvimento dessas crianças, trás novas habilidades como:
• Representação de múltiplos aspectos de um problema;
• Planejamento do curso futuro de suas ações;
• Detectar erros e usar informações disponíveis para corrigi-los;
• Manter um plano em mente e agir conforme as metas futuras.
Funções executivas na infância
Essas habilidades fazem parte do desenvolvimento de outros processos
cognitivos básicos, como a atenção seletiva, a memoria de trabalho e o
controle inibitório, sendo atribuídas à maturação do córtex pré-frontal.
Com esse desenvolver de estruturas, ocorre o desenvolvimento de habilidades
executivas:
• Planejamento;
• Flexibilidade;
• Autocontrole;
• Monitorização de conduta;
• Etc..
Funções executivas na infância
Esse desenvolvimento se inicia na primeira infância em transição da
idade pré-escolar e na idade escolar. Segundo Levin e Hanten, o
desenvolvimento incompleto dos lobos frontais na infância e na
adolescência implica uma limitada habilidade para aplicar, de forma
efetiva, as habilidades executivas.
Funções executivas na infância
Algumas habilidades executivas são visíveis em sua forma rudimentar
na fase de bebe (de 0 a 1 ano), como:
• A capacidade de regular o comportamento em resposta às
contingencias ambientais;
• E a capacidade de estabelecer metas e executar comportamentos
voluntários de forma a alcançar as metas desejadas.
O controle inibitório já esta em funcionamento a partir dos 12 meses e
se desenvolve rapidamente entre as idades de 1 a 6 anos.
Funções executivas na infância
• Uso de tarefas para pesquisa do controle inibitório;
• Pensamento flexível;
• Planejamento, resolução de problemas e fluência fonológica e
semântica;
• Autocontrole, controle dos afetos, controle da motivação e do bem-
estar;
• Desenvolvimento da moral e da maturidade social;
• Lesões frontais, distúrbios neuroquímicos/neuroanatômicos e
malformações;
Funções executivas na infância
• Auto-regulação, comportamento motor e verbalização;
• Habilidades linguísticas, função auto-regulatória e memoria de
trabalho;
• Desenvolvimento do discurso interno;
• Tarefa de Stroop e o U invertido;
• Desenvolvimento não homogêneo;
• Processo multifatorial e dinâmico.
Disfunções executivas
Os transtornos do funcionamento executivo constituem um
denominador neuropsicológico comum de muitos transtornos do
desenvolvimento, principalmente os transtornos externalizantes do
comportamento. Os déficits do funcionamento executivo desempenham
um importante papel em uma serie de transtornos do desenvolvimento,
como: TDAH, TOC, espectro dos comportamentos desafiadores-
opositivos e anti-sociais e a Sindrome de Tourette.
Disfunções executivas
• Transtorno desafiador de oposição e transtorno de conduta;
• Dificuldades interpessoais.
Sequelas mais proeminentes após lesões frontais:
• Déficits na capacidade de autoavaliação da conduta;
• Inabilidade para planejar;
• Déficits na iniciativa comportamental e na espontaneidade;
• Pensamento rígido;
• Perseverança;
Disfunções executivas
Principais sintomas após lesão frontal em crianças:
• Impulsividade e dificuldade de adiar gratificações;
• Distratibilidade;
• Deficits no manejo do comportamento;
• Dificuldade de aprendizado.
Medidas de funções executivas
• Modelo metodológico para avaliação de déficits das FEs;
• Projetivo cognitivo (Torre de Hanói, fluência verbal, Stroop, etc.);
• Medidas fidedignas, delimitação de contraste em tarefas rotineiras e
novas;
• Complexidade das tarefas e mensuração de Fes;
• Problema da impureza;
Medidas de funções executivas
Problemas encontrados nas medidas de FE em crianças:
• As tarefas são as mesmas para adultos e crianças;
• Baixa validade ecológica;
• O córtex pré-frontal está em processo de maturação;
• Leva um longo tempo para alcançar sua maturidade funcional;
• Lesões frontais adquiridas precocemente na infância e juventude não
são claras depois da idade adulta, por conta da plasticidade neural;
• As tarefa são desenhadas para serem difíceis, perdendo a capacidade
de discriminar funções e déficits específicos.
Medidas de funções executivas e medidas de inteligência

• Testes de QI são inadequados para detectar déficits cognitivos


específicos;
• Inteligência biológica (FE) e inteligência psicométrica (QI) Halstead;
• Inteligencia cristalizada (QI) e inteligência fluida (FE) Duncan;
• Hongwanishkul e os aspectos de “Cool” e “Hot”;
Comentários finais

FEs são processos cognitivos que permitem a resolução de problemas, o


controle inibitório e a seleção de metas de curto, médio e longo prazo. Estão
relacionadas a uma serie de habilidades interpessoais, que são necessárias para
que a criança crie uma representação auto-referida do mundo e de si mesma.
Adicionalmente, para que se possa compreender o desenvolvimento das FEs
ao longo do arco da vida, é necessário adotar uma perspectiva interdisciplinar
ou biopsicossocial, na tentativa de integrar as dimensões filogenéticas e
ontogenéticas do construto das FE. No entanto, os resultados das pesquisas
sobre o desenvolvimento das FE ao longo do arco da vida ainda são
inconclusivos, indicando, assim, as limitações do construto das FEs, ao mesmo
tempo em que aponta para as questões a serem investigadas.

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