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• O que seria estrutura fundiária?

É a forma como as propriedades agrárias de uma


área ou país estão organizadas, isto é, seu número,
tamanho e distribuição social.

• Uma das principais características da agricultura


brasileira é o fato de a propriedade da terra
ser altamente concentrada.
Essa característica tem origem no processo de
ocupação e formação do território brasileiro.
• A origem dessa distribuição de terras no país
está ligada à seu passado colonial.

• As capitanias hereditárias,
que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista,
foram os primeiros latifúndios brasileiros.

• A expansão da lavoura açucareira no litoral,


impulsionou a agricultura colonial.
• A Lei de Terras de 1850
proibia a aquisição de terras
por qualquer outro meio que não fosse
a compra.

• As doações de terras foram proibidas, com


exceção das que estavam na faixa de fronteira
com países vizinhos.
• Marcou a transição
para uma agricultura capitalista, pois
foi um dos fatores centrais
da criação das bases da agricultura.

• O poder passou a estar ligado


à posse de terra e do capital,
o que foi fundamental para a ampliação do processo
de acumulação capitalista.
• Na Legislação, o termo latifúndio
aparece com o Estatuto da Terra, em 1964. Segundo
esse documento,
latifúndio era o imóvel rural com dimensão
superior a 600 módulos rurais.

• A partir da Constituição de 1988, latifúndio


passou a referir-se
à grande propriedade improdutiva.
• O que marcou
profundamente
a estrutura agrária foi o
aumento da
utilização da terra,
transformando muitos
latifúndios improdutivos
em empresas rurais
que adotam práticas
agrícolas modernas.
• A fronteira agrícola
se expandiu em função do
crescimento da atividade
econômica.

• A Mata Atlântica foi


destruída
na costa nordestina
e no Sudeste
para dar lugar
ao cultivo da
cana-de-açúcar.
• No século XIX e início do século XX,
as plantações de café,
que ocupavam inicialmente terras localizadas
no Rio de Janeiro,
foram se espalhando por Minas Gerais e avançando
pelo interior de São Paulo.

• O movimento de expansão
da fronteira agrícola,
ao mesmo tempo que garantia a
ocupação econômica,
foi responsável pela retirada da vegetação nativa e por
outros problemas ambientais,
como o esgotamento dos solos e a erosão.
• Nas últimas décadas,
a expansão
da fronteira agrícola tem
ocupado terras na franja da
Floresta Amazônica,
principalmente com a soja,
a pecuária e a extração de
madeira.

• Outro elemento importante


na expansão das fronteiras
agrícolas
é a reprodução de
características culturais das
pessoas que vão para essas
regiões.
• O Índice de Gini é um indicador
de desigualdade
muito utilizado na verificação do grau
de concentração de terras.
• Segundo o IBGE,
o uso da terra para
a agropecuária é classificado em
três grupos:
as lavouras, que podem ser permanentes ou temporárias,
as pastagens, que podem ser naturais ou plantadas, e as
matas e florestas, que podem ser naturais ou artificiais.

• O Brasil é um dos países que possuem a maior área de


terras aproveitáveis do mundo.
• São lavouras temporárias
todas aquelas utilizadas para
o plantio
de curta duração.
É o caso da cana-de-açúcar,
soja, milho, arroz, feijão,
algodão, trigo,
entre outros.

• As lavouras permanentes
são aquelas de
longa duração.
É o caso de laranja, café,
cacau, banana,
entre outros.
• As pastagens naturais são as
que se destinam ao gado, e sua
formação se deu sem o plantio.

• As pastagens plantadas
são aquelas cuja formação se deu
pelo plantio.

• As áreas de pastagem são


ocupadas pela pecuária.
Destacam-se a pecuária bovina
de corte e a leiteira, a suína e a
caprina.
Merece destaque também a
criação de frangos
no Sul do Brasil.
• As matas e
florestas naturais
ocupam 28,5% da área
agropecuária brasileira.
São formadas pelas áreas utilizadas
para a extração vegetal e também
por aquelas conservadas como
reservas florestais.

• As matas e florestas plantadas,


ou artificiais, compreendem as
áreas empregadas no plantio de
árvores para uso comercial, como
o eucalipto, o pinheiro, entre
outras.
“O Censo Agropecuário [de 2006]
traz uma novidade: pela primeira vez,
a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas realizadas pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O setor emprega quase 75% da mão de obra no campo
e é responsável pela segurança alimentar dos brasileiros,
produzindo 70% do feijão, 87% da mandioca, 58% do leite,
59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e,
ainda, 21% do trigo consumidos no país.
Foram identificados 4367902 estabelecimentos de
agricultura familiar que representam 84,4%
do total de 5175489 estabelecimentos, mas ocupam apenas 24,3% (ou, 80,25
milhões de hectares) da área
dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.
O estudo do IBGE traça uma radiografia do setor,
analisando características dos 5,2 milhões de propriedades
rurais do país e ainda dados dos produtores.
Os resultados do levantamento permitem uma comparação com
o último censo do tipo, referente aos anos de 1995 e 1996. [...]”
• Sem sombras de dúvidas,
a agricultura familiar brasileira,
vem ao longo dos anos
contribuindo para o desenvolvimento do País.

• A agricultura familiar vem assumindo


um papel importantíssimo
na geração de emprego e renda,
segurança alimentar, preservação ambiental
e conseqüentemente no desenvolvimento socioeconômico
do país.
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas, se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui
Que deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara
• A letra da canção,
remete a uma área brasileira
onde a ausência prolongada de chuvas,
resultante das secas,
contribui para a emigração da população.
• A desigualdade estrutural fundiária configura-se como um dos principais
problemas do meio rural.

• No Brasil, ocorre uma “diferença” em relação


à distribuição de terras,
uma vez que alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros possuem
pouca ou nenhuma.

• A problemática referente à distribuição da terra no Brasil


é produto histórico, resultado do modo como
no passado ocorreu a posse de terras.

• Essa distribuição teve início no período colonial com a criação das capitanias
hereditárias, porém, seus reflexos são percebidos na atualidade.
País Gini
Paraguai 0,928
Barbados 0,928
Bahamas 0,872
Panamá 0,871
Argentina 0,850
Jamaica 0,806
Uruguai 0,803
Brasil 0,802
País Gini
Porto Rico 0,776
Colômbia 0,774
Bolívia 0,768
Estados Unidos 0,754
Canadá 0,602
- Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a conta menor
que tiraste em vida.

- É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
deste latifúndio.

- Não é cova grande,


é cova medida
é a terra que querias
ver dividida.
- É uma cova grande,
pra teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.

- É uma cova grande


pra teu defunto parco,
porém mais que no mundo
te sentirás largo.

- É uma cova grande


pra tua carne pouca,
mas a terra dada,
não se abre a boca.
• Os latifundiários
(proprietários de largas porções de terra)
ao final de suas vidas serão sepultados em uma cova “medida”, e toda a
riqueza que ele tinha em vida, não será mais útil.

• Concluímos, também,
que não era de importância nenhuma
a dimensão da cova do lavrador,
pois em vida, o mesmo não havia detido nem um pedaço desta.
Entretanto, após a morte, conseguiu realizar seu sonho: ter ao menos
um pequeno pedaço de terra.
Alunas:
Vanessa Albano nº: 35
Valéria Siqueira nº: 34
Karla Mariana nº: 16
Ano: 2º Turma: B Turno: Matutino
Disciplina: Geografia
Professora: Maria de Lourdes
Tema: A agricultura brasileira

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