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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ - FAG

GABRIELI MARIA CANZI

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: TERRA COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO DE


CEREAIS

CASCAVEL
2019
GABRIELI MARIA CANZI

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: TERRA COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO DE


CEREAIS

Relatório apresentado como requisito parcial de


conclusão da disciplina de Estágio Supervisionado I do
Curso de Agronomia do Centro Universitário Fundação
Assis Gurgacz de Cascavel, PR.
Professora Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula M.
Mourão Simonetti
Supervisor: Engº. Agrº. Carlos Casagrande

CASCAVEL
2019
SUMÁRIO

1. Introdução ......................................................................................................................... 4

2. Atividades Desenvolvidas......................................................................................................5

2.1 Visitas técnicas a campo ............................................................................................... 5

2.2 Vendas e entregas ......................................................................................................... 6

2.3 Colheita e regulagem de plantadeira e pulverizador ...................................................... 6

2.4 Lavoura pronta para colheita prejudicada pela variedade e falta de chuva ..................... 6

2.5 Visita ao projeto ambiental ‘’Nascentes da Terra’’...........................................................7

3. Considerações Finais .......................................................................................................... 7

4. Referência...............................................................................................................................8

5. Anexos....................................................................................................................................9
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1. Introdução
Como exigência do curso de Agronomia do Centro Universitário da Fundação Assis
Gurgacz, realizei o estágio supervisionado obrigatório I, sob a orientação da Profª Dra. Ana
Paula Morais Mourão Simonetti e supervisão do Engenheiro Agrônomo Carlos Casagrande, da
empresa Terra Comércio e Exportação de Cereais, no período de 27/12 de 2018 a 10/01 de
2019, com carga horária de 54 horas. A empresa está sediada no município de Quedas do
Iguaçu-PR, e iniciou seus trabalhos com Értile Antoninho Guzzo em conjunto com seus irmãos
em Ipiranga no ano de 1974.
Posteriormente, em 1976, devido ao aumento da produção de grãos da região sudoeste,
construíram o segundo armazém em Itapejara D’Oeste-PR e, no ano de 1978, com uma super-
safra de feijão em Quedas do Iguaçu-PR, percebeu-se a necessidade de uma filial nessa cidade,
o que aconteceu em 1979, com o início das obras para o terceiro armazém, e o começo de um
relacionamento entre agricultores que, após 40 anos, continua sendo embasado no respeito e
comprometimento com o homem do campo.
Para o crescimento e fortalecimento do segmento em que está inserida, a empresa
trabalha seguindo a filosofia, que passou de pai para filho, humildade e dedicação para seus
clientes e o comprometimento em oferecer produtos e serviços de qualidade, fazem da relação
empresa-cliente uma parceria de sucesso.
Atualmente a empresa atua no comércio e exportação de cereais, oferecendo assistência
técnica aos agricultores da região e para isso conta com a matriz que se localiza hoje, no
município de Quedas do Iguaçu e três filiais: uma em Quedas do Iguaçu e duas no município
vizinho de Espigão Alto do Iguaçu, sendo duas de insumos e uma de cereais, onde atuam quatro
engenheiros agrônomos e um técnico agrícola. A empresa representa as marcas Bayer,
Brasmax, Agrichem, Nidera, Pioneer, Minorgan, LG, Nortox, Simbiose, entre outras.
Durante o estágio, foram desenvolvidas principalmente atividades de assistência a
campo, auxiliando produtores sobre manejo de pragas e doenças agrícolas, dosagem e tempo
correto de aplicação de agrotóxicos e ainda, realizou-se a estimativa de produtividade de
algumas lavouras, bem como visita ao projeto ambiental desenvolvido pela empresa, intitulado
de Nascentes da Terra.
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2. Atividades Desenvolvidas

2.1 Visitas técnicas a campo


Dando início ao estágio, no dia 27/12/2018, na empresa Terra Comércio e Exportações de
Cereais, foram-me apresentados os funcionários, as instalações e as tarefas exercidas pela
referida empresa.
Assim, iniciaram-se as visitas técnicas a campo em várias propriedades rurais, sendo que as
mesmas se estenderam por quase todo o período compreendido do estágio, objetivando verificar
desenvolvimento, doenças e pragas na cultura da soja.
Sabe-se que o cultivo de soja, pode ser afetado por doenças e pragas desde a sua germinação
até a colheita, podendo causar danos e perdas no rendimento, necessitando assim de controle.
Dessa forma, nas lavouras visitadas foram constatados:
 Presença de lagartas (Spodopteras e Chrysodeixis includens): a soja intacta é resistente
a várias lagartas, porém em algumas propriedades constatou-se a presença dessas
lagartas, cerca de 12 em 1m², que segundo o agrônomo, são as únicas que atacam essa
tecnologia.
 Presença de percevejo marrom da soja (Euschistus heros): em outra propriedade havia
presença de percevejos, que segundo o agrônomo a quantidade era baixa, cerca de 1
percevejo em uma área de aproximada de 5m², e não havia necessidade de fazer
aplicação.
Para identificação das lagartas e percevejos, o agrônomo utiliza-se normalmente do pano
de batida, porém, como neste dia havia o esquecido na empresa, bateu no chão.
 Presença de Bicudo da soja ou tamanduá da soja (Sternechus subsignatus): em uma
propriedade foi diagnosticado, através da retirada de algumas plantas, a presença de
bicudo, que é um inseto regional e as larvas se desenvolvem na haste principal,
formando galhas, dessa forma, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.
Como a quantidade encontrada foi pequena, o agrônomo recomendou a rotação de
culturas.
 Deficiência de potássio: em uma visita realizada percebeu-se uma área onde as folhas
da soja encontravam-se amareladas. Sendo assim, segundo o agrônomo Carlos
Casagrande, isso ocorreu devido à falta de potássio no solo, resultando em malefícios
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para as plantas. Dessa maneira, foi recomendado a aplicação de KMax de 3 a 5L alq−¹,


o qual é um fertilizante foliar a base de enxofre e potássio.
 Presença de Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi): um dos clientes procurou a
empresa, relatando que em uma lavoura vizinha havia a presença da ferrugem asiática.
Sendo assim, para a prevenção de sua lavoura, foi recomendado duas aplicações com
fungicida FOX 1,2L alq−¹ e mais uma com Sphere Max 1,2L alq−¹.

2.2 Vendas e entregas


Outra tarefa exercida durante o estágio, foi o acompanhamento de vendas diretamente no
balcão da empresa, de insumos e defensivos agrícolas bem como auxilio nas entregas aos
agricultores, possibilitando assim, conhecimento sobre os produtos que a empresa comercializa
e seus benefícios às plantações.

2.3 Colheita e regulagem de plantadeira e pulverizador


Devido ao curto prazo de estágio, não foi possível acompanhar a colheita de soja, pois nas
áreas onde a empresa realiza o acompanhamento, a mesma só seria realizada no final de janeiro
e início de fevereiro. Somente uma área estava pronta para colher, porém, devido a alta
precipitação de chuva não foi possível realizar a mesma no período de estágio.

2.4 Lavoura pronta para colheita prejudicada pela variedade e falta de chuva
Uma visita realizada em uma propriedade onde a soja estava pronta para a colheita, porém
a mesma não ocorreu no período do estágio devido as chuvas. Nesta pôde ser constatado que o
resultado de produtividade não seria o esperado, pois a variedade utilizada foi a Raio 5.0
superprecoce da Brasmax e plantada em solo sem palhada, no dia 19/09/2019, assim, na fase
de enchimento de grãos, período em que se necessita de água, culminou com a falta de chuva,
danificando assim a produtividade. Pode-se acrescentar ainda, que nesta mesma propriedade,
havia uma área com palhada, com a mesma cultivar, plantada no mesmo dia, e, no momento da
visita não estava pronta para dessecar.
Assim, foi realizada uma estimativa de produtividade, considerando que o peso de 1000
grãos deveria ser correspondente a 200 gramas, porém nesta lavoura, 1000 grãos
corresponderam a 124 gramas, aproximadamente 80 sacas por alqueire.
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2.5 Visita ao projeto ambiental ‘’Nascentes da Terra’’


Durante o período de estágio tive a oportunidade, junto com o agrônomo, de visitar uma
das nascentes do referido projeto, sendo a primeira localizada no município de Espigão Alto do
Iguaçu-PR.
O projeto foi lançado em 2015, com parcerias da Bayer e Engie Tractebel Energia e apoio
da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Quedas do Iguaçu, com objetivo de melhorar a
qualidade de água na área rural, através da implantação de proteção das nascentes de água que
abastecem as residências das famílias, e com isso, implementar a recuperação de fontes de água
e o isolamento da área para evitar o acesso de animais e enxurradas, evitando assim a
contaminação da mesma. O mesmo ainda objetiva incentivar processos de trabalho coletivo
através de mutirões, como forma de multiplicação de aprendizagem e práticas sociais, bem
como, a realização de reflorestamento em torno das nascentes com espécies nativas como forma
de preservação dos ecossistemas locais.
Desde seu início já foram recuperadas 110 fontes até o final de 2018, abrangendo os
municípios de Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu.

3. Considerações Finais
Sabe-se que a função e o comprometimento de um engenheiro agrônomo é essencial para o
sucesso da empresa e principalmente dos agricultores, isso constatou-se durante o estágio, nas
visitas a campo quando foi realizada uma vistoria minuciosa e abrangente em uma área onde
havia a presença de bicudo da soja, pois segundo EMBRAPA (2000), o bicudo-da-soja é um
inseto que vem ganhando importância pelos danos que tem causado às lavouras. O adulto raspa
o caule e desfia os tecidos no local do ataque. Quando a população é alta e ocorre na fase inicial
da cultura, o dano é irreversível e as plantas morrem, podendo haver perda total de parte da
lavoura. Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na haste principal,
formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.
Dessa forma, na propriedade mencionada, como forma de controle, o agrônomo sugeriu
a de rotação de culturas.
Um ponto positivo a destacar da empresa é o contato direto com o agricultor, pois
percebeu-se que há uma relação de confiança e credibilidade entre os produtores e a empresa,
onde, perante qualquer dúvida, necessidade ou problema, os mesmos procuravam a empresa e
eram prontamente atendidos.
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Outro fator positivo é a parceria, pois raramente passava-se um dia sem que houvesse a
presença de produtores que se dirigiam até a empresa para tomar chimarrão e conversar sobre
assuntos diversos, num clima de descontração.
Dessa forma, a realização do estágio proporcionou uma visão muito mais ampla sobre
o trabalho de um agrônomo, favorecendo assim, o crescimento pessoal e profissional. Isso a
partir do trabalho a campo e ao comprometimento dos profissionais da empresa que
demonstraram compromisso com o agricultor.

4. Referência
EMBRAPA, 2000. In PRAGAS DA SOJA NO BRASIL E SEU MANEJO INTEGRADO.
Disponível em
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/circtec30_000g46xpyyv02wx5ok0iuqaqk
bbpq943.pdf. Acesso em: 07 de março, 2019.

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