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UNIVERSIDADE PAULISTA

GILMAR MIGUEL CASAGRANDE


RA 0504927

PROPRIEDADE RURAL FAMÍLIA CASAGRANDE


PIM V

SÃO MIGUEL DO OESTE


2018
UNIVERSIDADE PAULISTA
GILMAR MIGUEL CASAGRANDE
RA 0504927

PROPRIEDADE RURAL FAMÍLIA CASAGRANDE


PIM V

Projeto Integrado Multidisciplinar V


para a aprovação nas disciplinas de
Cadeias Produtivas I, Movimentação e
Armazenagem e Matemática
Financeira do curso de Gestão do
Agronegócio apresentado à
Universidade Paulista.
Orientadora: Prof. Alessandra dos
Santos Moura

SÃO MIGUEL DO OESTE


2019
RESUMO

O presente trabalho consiste em uma análise da propriedade rural da família


Casagrande identificando as cadeias produtivas existentes na empresa, o processo
de movimentação e armazenagem da produção, além do processo de utilização de
conceitos da matemática financeira nas decisões de investimentos. Utilizando como
embasamento teórico os conteúdos das disciplinas de Cadeias Produtivas I,
Movimentação e Armazenagem e Matemática Financeira. Após o estudo percebeu-
se que o ciclo de produção do leite ainda está abaixo do ideal, o que ocasiona
perdas de produção. Além disso, percebeu-se que o processo de movimentação e
armazenagem da produção é um dos maiores gargalos enfrentados no processo de
produção. Da mesma em que há uma dificuldade de utilização da matemática
financeira no processo de decisão da empresa devido à falta de estudos dos
proprietários.

Palavras-chave: Movimentação e Armazenagem. Agronegócio. Cadeias Produtivas.


Propriedade da Família Casagrande.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2. PROPRIEDADE DA FAMÍLIA CASAGRANDE.......................................................5
2.1 CADEIAS PRODUTIVAS......................................................................................................................5
2.1.1 Forrageiras.................................................................................................................................5
2.1.2 Fenação e silagem....................................................................................................................6
2.1.3 Produção leiteira.......................................................................................................................7
3. MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM.................................................................11
4. MATEMÁTICA FINANCEIRA.................................................................................13
5. CONCLUSÃO.........................................................................................................15
6. REFERÊNCIAS.......................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO

Este PIM realiza uma análise da propriedade rural da família Casagrande,


localizada na cidade de Bandeirante, Santa Catarina. A escolha desta empresa
deve-se ao fato de buscar uma empresa de menor porte e que se tenha mais
proximidade e conhecimento dos processos, de forma a possibilitar uma analise
mais correta e que permitisse a melhor compreensão dos conceitos das disciplinas
de Cadeias Produtivas I, Movimentação e Armazenagem e Matemática Financeira.
Além disso a empresa pesquisada atua no ramo do gado leiteiro e os
processos que permitem que a atividade seja executada são objetos de estudo das
disciplinas Cadeias Produtivas I e Movimentação e Armazenagem.
Será utilizado o método de revisão bibliográfica, onde os autores
consagrados darão o suporte e embasamento das teorias. Para relacionar a teoria
com a realidade da propriedade será realizado entrevistas com os membros da
família e analise dos processos. O objetivo destas entrevistas e da analise será
identificar as características da empresa e de sua gestão.
2. PROPRIEDADE DA FAMÍLIA CASAGRANDE

A propriedade da família Casagrande está localizada na cidade de


Bandeirante, no estado de Santa Catarina. Constitui-se de uma pequena
propriedade familiar com cerca de 18 hectares de terra.
O principal foco da propriedade é a produção leiteira, contando com cerca de
30 vacas da raça holandesa e uma produção mensal de 11 mil litros de leite. A
atividade secundária da propriedade é a produção de fumo. Também é produzido na
propriedade grande parte dos insumos necessários para a alimentação do rebanho
leiteiro.

2.1 CADEIAS PRODUTIVAS

Segundo Silva (2009), a cadeia produtiva deve ser compreendida como um


conjunto de etapas consecutivas pelos quais são transferidos e submetidos a
transformações os diversos insumos, ao longo de seus ciclos de produção,
distribuição e comercialização de bens e serviços. O conceito de cadeia produtiva
pressupõe a existência de grupos de trabalhos nos quais cada agente é responsável
pela execução de etapas específicas de processo produtivo.

2.1.1 Forrageiras

Levando-se em consideração que uma boa alimentação é um dos pilares


fundamentais para a produção de leite com alta qualidade e em maior quantidade,
visando também a redução dos custos da atividade leiteira os proprietários investem
na produção da alimentação do seu rebanho na propriedade.
Com cerca de 2 hectares da propriedade constituído de terreno íngreme de
difícil manejo optou-se por utilizar nessa área gramíneas do gênero Cynodon,
constituindo-se em sua maioria do tipo Titfon. A escolha por esta espécie deve-se ao
fato dele apresentar alta digestibilidade, elevada produtividade de matéria seca e
grande resistência a pisoteio e a temperaturas baixas, resistindo bem ao inverno da
Região Sul do país. A resistência ao pisoteio permite que os animais tenham um
espaço maior para ficar e com a disponibilização de água este tornou-se o espaço
que as vacas permanecem a maior parte do tempo, sendo retiradas apenas para a
ordenha e para a alimentação em piquetes de pastagens.
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Cerca de 30% da área total da propriedade é constituída de pastagens de


capim-sudão, elefante pioneiro e aveia de inverno que são manejados no sistema de
piqueteamento.
De acordo com Embrapa (2019) o capim-sudão é uma boa opção para uso e
diversificação das pastagens anuais de verão. Destaca-se pela boa produção de
forragem, possibilidade de semeadura precoce, longo ciclo de produção, rusticidade
no que se refere à seca e às condições nutricionais do solo e grande flexibilidade de
manejo. Na pecuária de leite, possibilita uma redução de custos em função da
diminuição dos desembolsos com concentrados e silagem, que costumam
pressionar os custos dessa categoria de produtores.
Ainda de acordo com a Empraba (1997):
O capim elefante Pioneiro, é o primeiro do mundo destinado ao uso em
pastejo rotativo. São muitas as vantagens dessa cultivar, que, comparada a
outras, produz, em média, 30% a mais de matéria seca por ano. As
touceiras apresentam formato aberto com crescimento vegetativo vigoroso e
rápida expansão, ocupando rapidamente as falhas existentes na pastagem,
o que resulta em maior cobertura do solo. Uma característica importante é a
boa aceitação por parte do gado no tocante ao sabor (boa palatabilidade).

Já a aveia de inverno é uma espécie de planta muito rústica, exigente em


água, com excelente capacidade de perfilhamento e produção de massa verde,
suporta baixas temperaturas e mais resistente às pragas e doenças. Também é
melhoradora das condições físicas, químicas e sanitárias dos solos, trazendo
benefícios ao solo e a sanidade da cultura seguinte. A aveia é uma das poucas
culturas que podem ser usadas em rotação sem restrições por arte da cultura
anterior e posterior. (PORTAS, VECCHI; 2019)

2.1.2 Fenação e silagem

Fenação é uma técnica de conservação de plantas forrageiras. Consiste na


desidratação dessas plantas de forma natural (a campo) ou em secadores artificiais.
O uso do feno é uma maneira de oferecer alimentação farta e de boa qualidade para
o rebanho durante o período da seca, evitando que ocorra diminuição de produção
durante esse período. (NETO, 2015)
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Apesar das suas propriedades nutricionais os responsáveis pela propriedade


optaram por não investir na produção deste tipo de alimentação. Devido ao seu alto
custo de produção associado a rara existência de secas severas no sul do Brasil.
Na propriedade optou-se pela produção de silagem, que conforme Neto
(2013) pode ser descrito como:
O processo de ensilagem é uma forma de preservação, por acidificação, de
forragens úmidas. Em termos gerais, é correto dizer que para produzir
silagem é necessário apenas adicionar quantidade correta de ácido até que
a forragem chegue ao pH desejado, o que também pode ser feito por meio
da fermentação dessa forragem. Na fermentação, há a estimulação de
bactérias anaeróbicas, que na ausência de oxigênio convertem o açúcar do
material orgânico (forragem) em ácidos orgânicos (como o ácido láctico),
alterando o seu pH.

Para a produção de silagem são utilizados 4 hectares na produção de milho


que rendem cerca de 90 toneladas de silagem. Tendo em vista que a silagem é
utilizada como complementação alimentar, quando há uma menor oferta de
pastagens, esta quantia é capaz de suprir a necessidade anual da propriedade. O
tipo de silo utilizado é o silo de superfície devido ao baixo custo e a facilidade de
execução. Além da existência de área disponível para sua instalação próximo ao
local de ordenha.

2.1.3 Produção leiteira

O Brasil é o 4º maior produtor mundial de leite, cerca de 21% da pecuária


brasileira é destinada a produção leiteira. Porém, o Brasil ainda é dependente de
importações para suprir a demanda interna. Desta forma, a produção vem
aumentando em todas as regiões, com destaque para a produção da região Sul do
país. (EXAME, 2018)
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Fonte: MAIA, et al(2009)


Segundo Embrapa (2012) existem várias opções de raças e cruzamentos
para produção de leite. As principais são:
1. Raça européia pura, especialmente selecionada para produção de
leite, como a Holandesa (H), a Pardo-Suíça ou Schwyz, a Jersey, a
Guernsey e a Ayrshire. Dessas a mais conhecida e difundida é a
Holandesa;
2. Raça européia de dupla-aptidão (produção de leite e de carne), como
a Simental, Dinamarquesa, Red Poll. Dessas a mais conhecida é a
Simental;
3. Raças Zebu Leiteiras (Gir; Guzerá; Sindi etc.) e
4. Vacas mestiças, derivadas do cruzamento de raça européia com uma
raça zebuína, em vários graus de sangue.

De acordo com o Riispoa (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos


Produtos de Origem Animal), é feita a classificação do leite em A, B e C. O leite A é
totalmente mecanizado e beneficiado na propriedade rural, sendo produzido nas
granjas leiteiras, e apresenta maior valor. Por sua vez, o leite tipo B é produzido em
estábulo leiteiro, possui ordenha mecanizada e é enviado para ser processado no
laticínio. Já o leite C é de ordenha manual e é mandado para processamento no
laticínio. É aquele que possui menor valor e vem produzido na fazenda leiteira.
(NETO, 2015)
As vacas utilizadas na propriedade são em sua maioria vacas holandesas.
Porém, os proprietários optaram por utilizar vacas Jersey também. A opção por usar
duas raças diferentes deve-se ao fato de que enquanto as vacas holandesas
produzem um maior volume de leite que as Jerseys, porém, estas produzem leite
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com uma maior quantidade de gordura no leite, desta forma ao misturar o leite
adquire maior qualidade nutricional. O leite produzido na propriedade é do tipo B.
A vaca para ser considerada viável deve ter um parto a cada 12 meses, ou
seja, o ciclo de produção da vaca dura 12 meses; assim, o período seco ocorre nos
dois últimos meses do ciclo produtivo. (NETO, 2015)
Porém, na propriedade o ciclo médio de produção da vaca é de 16 meses,
devido principalmente ao fato de que opta-se pela fertilização in vitro, e este é um
serviço terceirizado, o qual na região tem pouca oferta e muita procura, dificultando
a sua utilização. Entretanto, a fertilização in vitro propicia o aceleramento do
melhoramento genético do plantel. Desta forma, a diminuição na produtividade é
considerada pelos proprietários como um investimento a longo prazo.
Segundo Viana e Ferras (2007):
Dentre os principais representantes da cadeia produtiva do leite, podemos
considerar quatro categorias: primeiramente os fornecedores, os quais
fornecem insumos, máquinas e equipamentos aos produtores; em segundo
estão os produtores rurais, que podem ser divididos em especializados e
não especializados; em terceiro a indústria, a qual influencia
significativamente na cadeia, já que tem o papel de coletar o produto junto
aos produtores e ao mesmo tempo distribuí-los aos varejistas,
supermercados e padarias, os quais são considerados o quarto e último elo
na categoria deste sistema agroindustrial.

Imagem 1: Cadeia Produtiva do Setor Leiteiro

Fonte: Almanaque do Campo(2018)


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Desta forma é possível perceber que a empresa pesquisada tem a função de


produtor, os insumos e fatores de produção necessários para atividade são em parte
produzidos na própria propriedade e o restante é adquirido de outras empresas. E
relaciona-se na cadeia produtiva com o laticínio, tendo em vista que não realizada a
distribuição da produção e nem a venda direta ao consumidor final.
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3. MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM

Armazenagem pode ser entendida como a imobilização de uma mercadoria


entre dois movimentos consecutivos.
Rodrigues (2008, p. 46) afirma que é [...]
o processo logístico responsável por gerenciar eficazmente o espaço
tridimensional de um local adequado e seguro, colocado à disposição para a
guarda de mercadorias, que serão movimentadas rápida e facilmente, com
técnicas compatíveis às suas respectivas características, de forma a
preservar a sua integridade física e entregando a quem de direito no
momento que for necessário.

Algo muito importante para a armazenagem são a seletividade e a densidade.


Seletividade é a facilidade de se ter acesso aos itens estocados, enquanto
densidade significa volume versus peso estocado no espaço. Então, ao mesmo
tempo em que se deve ter facilidade de acesso aos itens, precisamos garantir
também que o espaço do armazém seja aproveitado da melhor maneira possível.
(CAVALEIRO,2013)
O processo de armazenagem dos grãos na propriedade busca facilitar o seu
acesso no momento da sua utilização. Desta forma, o processo de transporte e
descarga torna-se mais complexo, devido à falta de espaço para realização de
manobras com o maquinário e a distância existente para a descarga da produção.
Porém, os grãos são armazenados em uma espécie de silo rudimentar que está
localizado acima do maquinário que produz o farelo de soja e a quirela de milho,
bastando abrir uma porta do compartimento para que o grão caia na máquina.
Além disso, outro problema enfrentado na propriedade é que não existe
espaço suficiente para armazenar toda a produção de soja e milho que serão
consumidos até a próxima colheita, tendo em vista o alto custo para a instalação de
um armazém de grãos - o qual para justificar seu investimento haveria a
necessidade da ampliação do plantel leiteiro. Desta forma, a solução encontrada foi
a colocação da produção em armazéns de grãos, os quais cobram uma taxa de
armazenagem por mês. Este processo aumenta os custos da produção de grãos,
porém, é a única alternativa viável no momento.
As dificuldades na movimentação e armazenagem da produção não é um
problema restrito a propriedade da Família Casagrande, está presente em todos os
setores do agronegócio brasileiro.
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A expansão das fronteiras agrícolas e da produtividade no campo tem criado


gargalos que vão muito além da questão do transporte da colheita. Pelo contrário, o
grande desafio, de uns tempos para cá, tem sido o que fazer com os produtos
colhidos enquanto ainda não estão nas carretas dos caminhões rumo ao porto: a
armazenagem. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a
capacidade estática de estocagem agrícola no País é de 143,2 milhões de toneladas
de grãos, 39,2 milhões de toneladas abaixo do que se produz. Isso representa um
grande risco aos produtores, que podem perder uma fatia significativa da colheita ou
ver suas margens de lucro achatadas, para não deixar mercadoria parada,
perecendo no campo. Essa situação atual exige que os produtores mantenham a
alta rotatividade da colheita e uma incrível eficiência nas negociações de venda
futura. O ideal seria que a estrutura de armazenagem fosse de aproximadamente
173 milhões de toneladas, cerca de 20% acima da produção. (CILO, 2012)
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4. MATEMÁTICA FINANCEIRA

Qualquer negócio, independentemente do tamanho, é cercado de riscos,


oportunidades e da necessidade de tomar decisões. Para auxiliar o processo de
tomada de decisão, faz-se necessário o uso da matemática financeira. Tendo em
vista, que ela fornece os instrumentos necessários para que sejam realizadas
avaliações sobre os recursos com maior viabilidade em termos de custo e os
investimentos que possam ser mais rentáveis a curto ou longo prazo, dependendo
da estratégia adotada pela empresa.
Porém, para conseguir utilizar a matemática financeira, faz-se necessário
compreender alguns conceitos essenciais.
Tavares (2018) afirma que o valor atual (VP) que também pode ser chamado
de principal, capital inicial, valor presente, valor atual, montante inicial, valor de
aquisição, valor à vista. O valor atual é o valor a ser aplicado por meio de alguma
operação financeira.
De acordo com Reis (2018) valor futuro é:
(...) a capitalização de um valor atual aplicado a uma taxa de juros pré-
definida. Ou seja, a taxa de juros deve compensar a desvalorização do valor
de face da moeda. Na prática, ter mil reais hoje não é o mesmo que ter mil
reais daqui a dez anos. O valor de face da moeda continua sendo mil reais,
mas o poder de compra será menor. Sendo assim, os juros recebidos
devem manter o poder aquisitivo do investidor e compensá-lo pelo tempo de
aplicação. O mesmo acontece com empresas, imóveis e outros
investimentos. Tudo gira em torno das incertezas da economia, inflação e
outras variáveis.
O grande objetivo da matemática financeira é permitir a comparação de
valores em diversas datas de pagamento ou recebimento, para realizar esta
comparação precisamos utilizar a taxa de juros.
Na prática da matemática financeira, o juro é o elemento que nos permite
levar um valor datado de uma data para outra, isto é, são os juros que nos permitem
levar um valor presente para um valor futuro ou vice-versa e decidir pela melhor
alternativa de compra, venda ou pagamento. Em suma, os juros representam a
remuneração do capital empregado em alguma atividade produtiva. (TAVARES,
2018)
O juro pode ser simples ou composto. Conforme Stumpf (2018):
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Quando tratamos de juros simples ou capitalização simples estamos falando


sobre os juros que incidem apenas sobre o valor inicial, ou seja, não há a
incidência de juros sobre juros.
Os juros são normalmente classificados em simples ou compostos,
dependendo do processo de cálculo utilizado. Ou seja, se um capital for
aplicado a certa taxa por período, por vários intervalos ou períodos de
tempo, o valor do montante pode ser calculado segundo duas convenções
de cálculo, chamadas de regimes de capitalização: capitalização simples
(juros simples) e capitalização composta (juros compostos).
Diferente da capitalização simples, na capitalização composta ou nos juros
compostos há a incidência de juros sobre juros. Ao tratarmos de
capitalização composta o capital irá crescer de forma geométrica e o gráfico
faz uma forma de parábola onde quanto maior o tempo decorrido, maiores
são os juros.
Os juros compostos são mais comuns nas operações empresariais e no
comércio, principalmente em operações de médio e longo prazo. O juro simples é
mais utilizado em operações de curtíssimo prazo, por exemplo, em duplicatas.
(TAVARES, 2018)
Ainda conforme Stumpf (2018) a taxa de juros representa os juros numa certa
unidade de tempo. Por exemplo, o juro pode ser diário, semanal, mensal, etc. O
tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos
definem qual deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de juros. A taxa
de juros pode ser nominal ou efetiva.
Quando se diz “tempo” na matemática financeira, leia-se número de períodos.
Por exemplo, se uma taxa é mensal, o tempo corresponde ao número de períodos
de um mês; por outro lado, se a taxa é semestral, o tempo corresponderá ao período
de um semestre. (TAVARES, 2018)
Apesar da importância da utilização da matemática financeira para realizar
análise dos riscos envolvendo investimentos na propriedade. Seu uso ainda é muito
baixo, devido à falta de escolaridade dos proprietários, que não conseguiram
concluir o ensino fundamental. Realidade esta, que o filho tem como objetivo mudar
através dos conhecimentos adquiridos no curso de Gestão do Agronegócio.
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5. CONCLUSÃO

Com relação à propriedade da família Casagrande, pode-se ter uma melhor


compreensão através deste trabalho do papel da propriedade dentro da cadeia de
produção leiteira e a relação com outras cadeias produtivas para a execução da
atividade fim, além de ser possível identificar os processos do agronegócio que
influenciam no negócio.
A movimentação e armazenagem da produção de grãos na propriedade é
atualmente o maior problema enfrentado pela família. Tendo em vista, os altos
custos e a falta de espaço para a construção de armazéns adequados. Desta forma,
o processo de armazenagem eleva os custos de produção da propriedade, através
da necessidade de contratação de frete para movimentar a carga até armazéns e do
pagamento de taxas de armazenagem.
Apesar da falta de conhecimento dos proprietários na área de matemática
financeira estes conseguiram progredir no negócio, através da compra de terras
vizinhas, do aumento do plantel leiteiro, da modernização do negócio através da
compra de equipamentos.
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6. REFERÊNCIAS

ALMANAQUE DO CAMPO. Cadeia Produtiva do Leite: Médio Integrado em


Agroindústria. Disponível em:
<http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/cadeia%20produtiva.pdf>.
Acesso em: 02 abr 2019.

CAVALEIRO, J. Movimentação e armazenagem. São Paulo: Editora Sol, 2013.

CILO, H. O desafio da armazenagem. Disponível em:


<https://www.dinheirorural.com.br/secao/agroeconomia/o-desafio-da-
armazenagem>. Acesso em: 02 abr 2019.

EMBRAPA[1]. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-


tecnologicas/-/produto-servico/905/cultivar-de-capim-sudao---brs-estribo>. Acesso
em: 02 abr 2019.

EMBRAPA[2]. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-


noticias/-/noticia/17912874/pioneiro-primeiro-capim-elefante-para-pastejo-rotativo>.
Acesso em: 02 abr 2019.

EXAME. Brasil é o 4º maior produtor de leite do mundo. Disponível em:


<https://exame.abril.com.br/negocios/dino/brasil-e-o-4-maior-produtor-de-leite-do-
mundo-segundo-dados/>. Acesso em: 02 abr 2019.

MAIA, G.B.S, et al. Produção leiteira no Brasil. Disponível em:


<https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/1514/1/A%20mar37_09_Produ
%C3%A7%C3%A3o%20leiteira%20no%20Brasil_P.pdf>. Acesso em: 02 abr 2019.

PORTAS, A.A.; VECHI, V.A. de. Aveia preta - boa para a agricultura, boa para a
pecuária. Disponível em:
<http://www.infobibos.com/Artigos/2007_4/AveiaPreta/index.htm>. Acesso em: 02
abr 2019.

REIS, T. Valor Futuro: Entenda O Seu Conceito E Como Calcular.


Disponível em: <https://www.sunoresearch.com.br/artigos/valor-futuro/>. Acesso
em: 03 abr 2019.
17

RODRIGUES, R. A. Gestão estratégica de armazenagem. São Paulo: Aduaneiras,


2008.

STUMPF, K. Capitalização Simples ou Capitalização Composta. Disponível em:


<https://www.topinvest.com.br/capitalizacao-simples-ou-capitalizacao-composta/>.
Acesso em: 03 abr 2019.

TAVARES, G. A importância da matemática financeira na gestão empresarial.


Disponível em: <https://www.blbbrasil.com.br/blog/matematica-financeira-gestao-
empresarial/. Acesso em: 03 abr 2019.

VIANA, G.; FERAS, R.P.R. A cadeia produtiva do leite: um estudo sobre a


organização da cadeia e sua importância para o desenvolvimento regional.
Disponível em:
<https://revistas.unicentro.br/index.php/capitalcientifico/article/download/718/841>.
Acesso em: 02 abr 2019

SILVA, C.R.B da. Introdução a agronegócio. São Paulo: Editora Sol, 2014.

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