Você está na página 1de 13

Pastagens de verão

Relatório de Inteligência Analítico - setembro 2012


Resumo Executivo    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

Esse relatório traz uma série de informações para para o período de escassez, como o inverno ou nas pastagens poderá garantir também a redução
dar condições ao empreendedor de leite conhecer entressafras. dos custos.
mais sobre qual pastagem é mais apropriada para O relatório também aponta que a produção de Outro ponto considerado importante é que a
alimentar os animais de forma a ampliar a produção. pastagens pode garantir um aumento eficiente produção de leite com pastagens somente será
A proposta é apresentar dados sobre a produção da produção, visto que mais de 2/3 dos custos de bem aproveitada se o manejo for adequado,
de forrageiras, principalmente no verão, tempo em produção de leite estão diretamente relacionados à principalmente, se for dado aos animais condições
que é maior a produção de pastos e que podem ser produção do rebanho. Além disso, considerando os de consumirem pastos em quantidade e qualidade
usados para produção de excedentes de alimentos altos preços do milho e do farelo de soja, investir suficientes para a produção desejada.

2
Sumário    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

Introdução 4
Qual pastagem utilizar? 4
Consórcio de pastagens 5
Qualidade da planta forrageira 5
Tipos de pastagens de verão 6
Manejo das pastagens 8
Considerações 9
Fontes 11

3
Tipos de pastagens    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

INTRODUÇÃO ser usados para produção de excedentes de alimen- QUAL PASTAGEM UTILIZAR?
tos para o período de escassez, como o inverno ou
Para aumentar os lucros de uma empresa rural entressafras. O primeiro passo que o empresário do setor de
leiteira é necessário baixar os custos e aumentar a Com ótima produção de pastagens, de qualida- leite deve executar é planejar a produção forrageira.
produtividade em litros por hectare e por ano. A pro- de e em quantidade suficientes, é possível garantir Conhecer bem as áreas que dispõe para a produção
dução intensiva de pastagens de qualidade possibi- a produção de leite a baixo custo e com boa su- de pastos e a quantidade necessária para produzir
lita tais resultados. plementação (silagem e concentrado) explorando o forragem suficiente o ano todo.
O verão na região Sul é caracterizado por dias potencial produtivo de cada vaca de forma eficiente. Para começar, um bom planejamento, primeiro
quentes com altas temperaturas, dias longos de in- Já é conhecido que mais de 2/3 dos custos de deve-se conhecer o solo, e identificar as deficiên-
tensa luminosidade e quase sempre com bons índi- produção de leite vem da alimentação do rebanho. cias nutricionais que podem limitar a produção de
ces pluviométricos. Com os altos preços do milho e do farelo de soja, pasto. É necessário estudar a área de terra da pro-
Condições que são ideais para o desenvolvimen- principais componentes dos concentrados, investir priedade, visando corrigir falhas e definir os rumos
to das forragens (pastos) que devem ser à base de em pastagem é uma alternativa viável para baixar para aumentar a produtividade.
uma produção sustentável. Saber qual a pastagem é os custos de produção. O sucesso de um projeto leiteiro, dentre outros
mais apropriada para transformar-se em alimentos Existem muitos pastos que podem servir de ali- aspectos, depende da escolha adequada da pasta-
de qualidade e em quantidade para vacas leiteiras mento aos bovinos. Esses pastos são divididos de gem que se adapta melhor e produz mais em cada
é fundamental para o empreendedor leiteiro ganhar acordo com o período de crescimento, ou seja, de propriedade. As variações são muitas, exigência
dinheiro nessa atividade. inverno ou de verão. de fertilidade, teor de proteína, produção de maté-
Antes de ser um bom produtor de leite, o em- Neste relatório, falaremos das pastagens de ve- ria seca, tolerância à seca, encharcamento ao frio,
presário rural deve ser um ótimo produtor de pas- rão que também são divididas conforme o ciclo de além da resistência a pragas e doenças. Alguns dos
tagens. Por isso, é necessário conhecer muito sobre vida, que pode ser anual ou perene e ainda pode ser fatores devem ser levados em conta na escolha da
a produção de forrageiras, principalmente no verão, uma gramínea ou uma leguminosa. forrageira ideal.
período de maior produção de pastos e que podem Não existe uma pastagem completa que possua

4
Aumento da produção    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

todas as boas características, assim, a escolha deve Normalmente, se utilizam gramíneas e leguminosas nominadas Rhizobium.
basear-se nas vantagens e desvantagens de cada devido à capacidade de fixação biológica de nitrogê- Há algumas limitações no consórcio, pois mui-
espécie. É importante lembrar que a propriedade nio, que beneficia muito a gramínea e o solo, além tas leguminosas exigem solos de alta fertilidade e
possui diferentes tipos de solo, com fertilidade e de diminuir os gastos com adubação nitrogenada. O também podem provocar timpanismo. Sem contar
relevo variados, portanto, não é apenas uma única consórcio de pastagens é um processo não poluen- que as leguminosas são menos agressivas que as
forrageira que deve ser plantada e sim aquelas que te, ou seja, ambientalmente correto. gramíneas e por isso muitas vezes são dominadas
se adaptam em cada área. Há casos de leguminosas que chegam a fixar pelos capins.
Nas áreas de pouca declividade e alta fertilidade 600 kg de nitrogênio por hectare por ano, sem con-
pode ser implantadas gramíneas como a Tifton, Pio- tar que oferecem pastagens de melhor qualidade, QUALIDADE DA PLANTA FORRAGEIRA
neiro ou Mombaça. Já em áreas de menor fertilida- alta digestibilidade, melhor cobertura de solo e alto
de, com relevo mais acentuado pode ser implantado teor de proteína. A vaca leiteira é um animal exigente de boa ali-
pastagens menos exigentes como a Missioneira, No consórcio de pastagens há o plantio ou se- mentação, pois além dos alimentos para sua ma-
Hemártria e Braquiárias. meadura de gramíneas e leguminosas juntas, que nutenção e seu crescimento, necessita de nutrien-
Vale lembrar que obterá melhores resultados as são consumidas pelas vacas ao mesmo tempo, é tes para o terneiro que se desenvolve dentro dela e
pastagens consorciadas com leguminosas, devido à diferente de pastagem misturada, em que apenas também para a produção leiteira.
fixação biológica de nitrogênio, da qual a gramínea há dois ou três tipos de gramíneas. Se o capim for velho, com alto teor de fibras e
se beneficia dos altos teores de proteína que as le- A maioria das gramíneas tropicais produz grande lignina (não digestível), o rúmen fica cheio desse ali-
guminosas possuem, beneficiando as vacas. quantidade de pasto, porém com qualidade inferior mento de baixa qualidade, o que limita o consumo
as leguminosas como a Leucena, Amendoim forra- e dificulta a digestão, além de aumentar os custos,
CONSÓRCIO DE PASTAGENS geiro, Estilozantes, Desmódio e Alfafa. já que é preciso aumentar a oferta de concentrados
As leguminosas, principais componentes dos para manter a produção leiteira.
O objetivo do consórcio das pastagens é buscar consórcios, fixam o nitrogênio do ar, por meio dos Devemos buscar uma pastagem que tenha ele-
a complementaridade entre as espécies utilizadas. nódulos de suas raízes com a ação de bactérias de- vada produção, quilogramas de matéria seca por

5
Tipos de pastagens    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

hectare, com rápido crescimento, com elevado valor cie com altíssima produtividade é usada, principal- ção é feita por mudas, sendo os estolões com 5 a
nutritivo e que tenha eficiência na resposta a luz, mente, em pequenas áreas. Muitas vezes é cortada 7 gemas as melhores. É fundamental, para se ter
água e fertilizante. e fornecida no cocho aos animais, mas também é sucesso, plantar logo após o corte. A melhor época
As pastagens perenes de verão, principalmente usada para pastejo com bons resultados. Multipli- de plantio é a primavera e deve ser feito com espa-
as tropicais, são uma alternativa viável a alimentação ca-se por mudas, como de pelo menos três nós e, çamento de 50 cm entre mudas. Necessita cerca de
de bovinos leiteiros, devido seu altíssimo potencial preferencialmente, com mais de 90 dias de idade. A duas toneladas de mudas para implantar um hecta-
de produção e baixo custo, principalmente as do melhor época de implantação é a primavera, em que re. A entrada dos animais é feita quando as gramas
gênero Pennisetum. Dentre as Pennisetum, tem o as mudas são colocadas a cada 70 cm. A entrada estão com 25 cm e a saída de 5 a 7 cm. Pode ser
Pioneiro que pode produzir mais de 30 toneladas de dos animais é feita quando as gramíneas estão com consorciada com amendoim forrageiro. Essa grama
massa seca por hectare com 13% de proteína bruta 100 cm e a saída com 30 cm. Existe inúmeras cul- geralmente necessita de roçadas, portanto, o local
e do gênero Pannicum como Mombaça com produ- tivares, dentre elas: Pioneiro, Elefante, Anão, Roxo, de implantação deve ter baixa declividade e pou-
ção de mais de 25 toneladas de massa seca com Cameroon, Napier etc. O seu plantio não é recomen- ca pedregosidade. Tem capacidade de suporte de 5
14% de proteína. dado em áreas declivosas, devido à exposição do vacas, em média, por hectare. Produz em torno de
Vale lembrar que para escolher uma forrageira solo a erosão. Além disso, não tolera solos sujeitos a 18 toneladas de massa seca, com 18% de proteína
devemos considerar sua produtividade e qualidade, encharcamento. Esse capim pode suportar 7 vacas e potencial produtivo de 13 kg por vaca por dia sem
além da adaptação ao clima e ao solo de cada pro- por hectare na estação de crescimento e 12 kg de suplementação. Produz feno de alta qualidade.
priedade. leite por dia sem suplementação, produz cerca de t Hemártria (Hemarthria altissima) – Tem boa
30 toneladas de massa seca por hectare. adaptação, inclusive a solos úmidos. A multiplica-
TIPOS DE PASTAGENS DE VERÃO t Gramas bermudas (Cynodon sp.) - Dentre as ção é feita por mudas, estolões. A época de plantio
mais conhecidas destacam-se a Tifton, Coastcross, é na primavera e deve ser feito com espaçamento
Gramíneas Perenes Florakirk e Estrela Africana. Adaptam-se melhor as de 50 cm, a altura para a entrada dos animais é de
t Capins elefantes (Pennisetum purpureum) regiões mais quentes. São muito exigentes em fer- 25 cm e a saída de 5 cm. Consorcia-se bem com
e também denominados de capineiras. Essa espé- tilidade, mas são muito produtivas. Sua multiplica- amendoim forrageiro e adapta-se a solo declivoso.

6
Aumento da produção    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

Produz cerca de 10 kg de leite por vaca dia sem ção. Possui média tolerância à cigarrinha e pouca sistente a seca e adaptada a solos arenosos. Neces-
suplementação. Em 8 cortes, chega a 14 toneladas pilosidade. Ótima palatabilidade e proteína bruta em sita calor para germinar, por isso deve ser semeado
de massa seca por hectare, com 14% de proteína. torno de 14%. Implantação por sementes, cerca de a partir de outubro. A propagação é por sementes,
Possui ótima aceitação pelos animais e há alta ocor- 10 kg por hectare, produz em torno de 25 toneladas sendo necessários 20 kg/hectare, semeado a no
rência de invasoras, por isso aceita bem o consórcio de massa seca por hectare, em 7 cortes. máximo 2 cm de profundidade. O início do pastejo
com leguminosas. t Braquiária Brizanta (Brachiaria brizantha) se dá 40 dias após a emergência da plântula. A altu-
t Missioneira Gigante (Axonopus catharinen- – Pastagem com alta produção de massa, média ra de entrada é de 40 cm e saída com 10 cm.
sis) – Possui hábito de crescimento cespitoso (tou- exigência em fertilidade, tolera falta de correção t Capim Sudão ou Aveia de Verão (Sorghum
ceiras), rizomas (caule subterrâneo) e estolonífero com calcário e média tolerância a cigarrinha das sudanense) – Possui alta produção e grande tole-
(baraço), não tolera solo úmido e é muito resistente pastagens. Existem várias cultivares, dentre elas: rância à seca. A época ideal de semeadura é outu-
a geadas, além de ser tolerante ao sombreamento. Marandú, MG-5, Piatã e Xaraés. Demora cerca bro, novembro e dezembro, devem ser usados 25
Sua implantação é feita por mudas, que devem ser de 120 dias para sua plena formação, cresce kg/ha de sementes puras e viáveis. Produz cerca de
implantadas a cada 50 cm. Também possui ótima em touceiras, não tolera encharcamento. Possui 15 toneladas de massa seca por hectare e por ano.
palatabilidade e digestibilidade, além de ser pouco proteína bruta em torno de 12%. Multiplicação por Exige fertilidade média e tolera bem déficit hídrico.
exigente em fertilidade de solo. Capacidade de su- sementes, aproximadamente 10 kg de sementes Seu hábito de crescimento é ereto e produz pasto
porte de 3 unidades animal por hectare, produz cer- por hectare. Produz cerca de 15 toneladas de mas- com 15% de proteína bruta.
ca de 15 toneladas de massa seca em 9 cortes, com sa seca por hectare, em torno de 6 cortes por ano. t Sorgo Forrageiro (Sorghum bicolor) – As cul-
14% de proteína bruta. Entrada dos animais com 30 Também possui boa tolerância à seca. tivares comercializadas, normalmente, são híbridas.
cm e saída com 5 cm, dispensa a necessidade de A época de implantação é de outubro a dezembro,
roçadas. Gramíneas Anuais necessita de 20 kg de sementes por hectare. É ne-
t Mombaça (Pannicum maximum) – Pasta- t Milheto (Pennisetum americanum) – Possui cessário um cuidado no início do desenvolvimento
gem de porte alto com sistema radicular profundo, rápido desenvolvimento e alta produção, em torno devido à alta concentração de ácido cianídrico que
apta para o consumo em 90 dias após a implanta- de 60 toneladas de massa verde por hectare. É re- pode provocar intoxicação nos animais e até levá-

7
Tipos de pastagens    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

-los a morte, por isso só deve ser consumido quando enche o rúmen e provoca inchaço, podendo levar o por ano. Leguminosa muito rústica e tolerante ao
atingir 80 cm de altura. Outro cuidado importante é animal a morte. Produz cerca de 20 toneladas de sombreamento.
acostumar os animais aos poucos, deixando apenas massa seca com 24% de proteína bruta. t Leucena (Leucena leucosephala) – A im-
algumas horas nos primeiros dias, além de evitar t Amendoim forrageiro (Arachis pintoi) – Tem plantação dessa leguminosa é feita a partir de se-
colocar animais jovens. alta produção e qualidade, compete bem com as in- mentes, cerca de 10 kg por hectare. É uma planta
vasoras e resiste ao inverno. Um dos pontos positi- arbustivo-arbórea, porte alto, que produz cerca de
Leguminosas Perenes vos dessa leguminosa é que não causa timpanismo. 20 toneladas de massa seca. Possui boa tolerância
t Alfafa (Medicago sativa) – É conhecida Multiplica-se por sementes ou mudas, as mudas ou a seca e não tolera encharcamento. Na composição
como a rainha das forrageiras devido a sua alta pro- estolões devem ser plantados com espaçamento bromatológica chega a 25% de proteína bruta.
dutividade e qualidade. Mas, exige solos profundos, de 50 cm e quando por sementes deve-se usar 12
férteis e sem excesso de umidade. O principal uso kg/hectare. A cultivares mais usadas são Alqueire, MANEJO DAS PASTAGENS
é o feno de altíssima qualidade. Sua multiplicação é Amarillo e Belmonte. O amendoim forrageiro pode
feita por sementes, em torno de 15 kg por hectare, ser usado solteiro ou em consórcio com legumino- Há propriedades com baixa oferta de forragem,
que devem ser semeadas no início da primavera. sas, o que é indicado, pois aumenta a produtividade. piquetes raspados demais, o chamado super-pas-
É importante lembrar que as sementes devem ser Possui em torno de 22% de proteína bruta e fixa 180 tejo. Há outras com sobra de pastagem, assim o
inoculadas com a bactéria específica para a fixa- kg/hectare de nitrogênio. Pode ser implantado junto aproveitamento é baixo, chamado de sub-pastejo. É
ção biológica de nitrogênio, fixa em torno de 250 ou sobre a gramínea já estabelecida, também tolera fundamental para manejar bem a pastagem respei-
kg de nitrogênio por hectare. Uma das variedades bem o sombreamento. tar os limites fisiológicos da planta e fazer o possível
mais usadas é a Crioula, devido sua resistência a t Desmódio (Desmodium sp.) – Também cha- para chegar ao rúmen do animal a maior e melhor
doenças. O corte deve ser feito no início da floração, mado de pega-pega, possui hábito de crescimento quantidade de pasto possível.
deixando de 6 a 8 cm de resíduo. Como outras legu- estolonífero, lento crescimento inicial, boa tolerân- Em média, as vacas necessitam de 8 horas de
minosas a Alfafa também pode causar timpanismo, cia ao frio. É uma leguminosa que prefere solos bem pastejo, concentrado no alvorecer e entardecer. Para
que devido à fermentação forma uma espuma que drenados e fixa até 600 kg de nitrogênio por hectare consumir uma quantidade suficiente de forragem,

8
Aumento da produção    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

portanto, o manejo adotado não deve limitar o con- rebanho em dois lotes, ou seja, o primeiro lote que a produção desejada. Para isso, é necessário pasto
sumo devido à falta de tempo, que durante 24 ho- entra no piquete é composto de vacas em lactação com elevados teores de proteína, energia e digesti-
ras é distribuído em pastejo, ruminação e ócio dos que tem a oportunidade de selecionar primeiro a bilidade, além de lotação adequada, quantidade de
animais. pastagem e, em seguida, vem o segundo lote, com- forragem suficiente, água, sombra e instalações.
O manejo de uma planta forrageira busca atingir posto de novilhas e vacas secas que consomem a É necessário evitar que o animal fique próximo
os objetivos desejados, que são: parte mais baixa e menos nutritiva da pastagem, aos estábulos, na sala de ordenha ou outros locais
- maximizar o lucro do produtor, por meio da efi- sem prejuízos, pois sua exigência em nutrientes é sem pastagem, com o objetivo de aumentar o tempo
ciência da produção; menor do que das vacas em lactação. ofertado para o consumo máximo de forragens. O
- evitar riscos e estresses desnecessários aos O objetivo deve ser de oferecer às vacas o melhor ideal é que, entre o tempo de deslocamento e a volta
animais, ou seja, contribuir para o bem-estar ani- pasto possível, no ponto certo e com a fertilidade do aos piquetes, o tempo máximo seja de duas horas
mal; solo adequada. O manejo intensivo de pastagens dá por ordenha, totalizando quatro horas por dia.
- manter o equilíbrio do sistema, alta produtivi- atenção principalmente a reposição de nutrientes Também é ideal manter as vacas o ano inteiro na
dade em curto, médio e longo prazo com foco na retirados pela pastagem do solo. Pode-se dessa for- pastagem, diminuindo os custos e exigência de mão
sustentabilidade. ma aumentar os lucros e conservar o meio ambiente de obra, não necessitando levar o pasto no cocho,
Uma das formas de aumentar a produtividade devido a não necessidade de explorar novas áreas, nem o esterco na pastagem. Mas, as pastagens de
leiteira é intensificar o uso das pastagens. Um dos apenas aproveitar melhor as já abertas. verão concentram sua produção nessa estação e só
pontos básicos do manejo é que as vacas leiteiras é possível prover pasto o ano todo com consórcio ou
são manejadas duas vezes por dia, há oportunidade CONSIDERAÇÕES misturas de pastos de verão e inverno.
de trocar de piquetes duas vezes por dia e isso oti- O consórcio de pastagens usando gramíneas
miza o uso da pastagem, pois as vacas sempre es- A produção de leite com pastagens somente será e leguminosas simultaneamente é uma forma de
tão em um piquete novo o que estimula o consumo otimizada se o manejo for adequado, principalmente, aumentar a qualidade da forragem consumida e,
e evita grandes perdas pelo pisoteio. se for dado aos animais condições de consumirem também, o aporte de nitrogênio para a pastagem de
Outra forma de intensificar os ganhos é dividir o pastos em quantidade e qualidade suficientes para maneira econômica.

9
Tipos de pastagens    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

É fundamental lembrar que a implantação de


uma pastagem possui custo elevado. Assim, para
evitar insucessos na escolha da forrageira mais
adaptada, o empresário do leite deve buscar mais
informações e técnicas confiáveis desvinculadas ao
interesse puramente comercial.
O alimento mais barato produzido é a pastagem
manejada intensivamente, em torno de R$ 0,01 por
quilograma de massa seca, enquanto que a silagem
de milho custa ao redor de R$ 0,25 por kg de massa
seca.
Valoriza-se o leite de qualidade, produzido de
forma sustentável. Isto oferece competitividade e,
somente desta forma, os empreendedores do leite
prosperarão na atividade.

10
Fontes    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

AGUIAR, Adilson P. A. Técnicas de medição da produção da pastagem e planejamento alimentar em sistemas de produção a pasto. Consupec. Disponível em:www.
consupec.com.br/enviados/200616155025.doc. Acesso em: 23 set. 2012.
BOLSON, Dheyme C.; PEREIRA, Dalton Henrique; PEDREIRA, Bruno C. Consorciação de gramíneas e leguminosas forrageiras em pastagens. MilkPoint.29 mar.
2012. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/mypoint/76960/p_consorciacao_de_gramineas_e_leguminosas_forrageiras_>. Acesso em: 23 set.2012.
COSTA, C.M.R; HERMANN, G.; PINTO, I. A; COSTA, P.A.M (org.). Planejando a Propriedade Rural: Um guia para o corredor ecológico da Mantiqueira. Valor natural.
Disponível em:<http://www.valornatural.org.br/cartilha.pdf>. Acesso em: 22 set. 2012.
Espécies forrageiras para a Região Sul do Brasil. Embrapa clima temperado. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/forrageiras/index.php>. Acesso em:
23 set. 2012.
FREIXIAL, R.M.C; BARROS, J.F.C; Forragens. Departamento de fitotecnia, escola de ciências e tecnologia, Universidade de Évora, 2012. Repositório Digital de
Publicações Científicas da Universidade de Évora. Disponível em: <http://www.rdpc.uevora.pt/bitstream/10174/5106/1/Sebenta forragens.pdf>. Acesso em: 22 set.
2012.
Gramas bermuda e estrela. Embrapa Clima Temperado. Disponível em:<http://www.cpact.embrapa.br/forrageiras/estrela.php>. Acesso em: 29 set. 2012.
HANISCH, Ana Lúcia; RECH, Ângela F.; DALGALLO, Daniel; Comportamento produtivo de seis gramíneas forrageiras tropicais no Planalto Norte Catarinense.
Engormix. 27 jun. 2012. Disponível em: <http://pt.engormix.com/MA-pecuaria-corte/nutricao/artigos/comportamento-produtivo-seis-gramineas-t700/141-p0.
htm>. Acesso em: 23 set. 2012.
Manejo intensivo de pastagem é lucrativo. Portal Dia do Campo. 04 jul. 2012. Disponível em:<http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.
asp?id=26717&secao=Pacotes%20Tecnol%F3gicos>. Acesso em: 23 set.2012.
MARTINEZ, Junio C. Produção de leite a pasto: manejo do pastejo é fundamental para manter a produção. MilkPoint. 16 fev 2009. Disponível em: <http://www.
milkpoint.com.br/radar-tecnico/nutricao/producao-de-leite-a-pasto-manejo-do-pastejo-e-fundamental-para-manter-a-producao-51710n.aspx>. Acesso em: 23
set. 2012.
Outros tipos de forrageiras. Sementes Santa Fé. Disponível em: <http://www.sementesantafe.com.br/informacoes-outros-tipos-de-forrageiras-496027?PHPSESSI
D=7adb0d4c282883c3cf50a73805ce777e>. Acesso em: 29 set. 2012.

11
Fontes    Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas
Santa  Catarina

Plantio de pastagens de verão exige cuidados específicos. O presente. 08 nov. 2010. Disponível em:<http://www.opresente.com.br/geral/plantio-de-pastagens-
de-verao-exige-cuidados-especificos-6748/>. Acesso em: 22 set. 2012.
Vantagens da consorciação de capins com leguminosas. Embrapa. 25 nov. 2004. Disponível em: <http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2001/janeiro/
bn.2004-11-25.3377288194/?searchterm=qualidade ou quantidade no pasto>. Acesso em: 23 set.2012.

12
www.sebrae-sc.com.br/sis

Dúvidas ou sugestões sobre o conteúdo do relatório envie um email para:


atendimento.sis@sebrae.sc.com.br

Faça também suas contribuições para o SEBRAE-SC enviando um email para:


falecom.sis@sebrae.sc.com.br

Todos os direitos reservados.


A reprodução não autorizada
desta publicação, no todo ou
em parte, constitui violação dos
direitos autorais (Lei nº 9.610)

Distribuição e informações:
   Serviço  de  Apoio  às
 Micro  e  Pequenas  Empresas SEBRAE Santa Catarina
Santa  Catarina
Endereço: Av. Rio Branco, 611
Telefone : 0800 570 0800
Bairro : Centro Cep : 88015203
Florianópolis – SC
Internet: http:// www.sebrae-sc.com.br/sis

Coordenador: Marcondes da Silva Cândido


Gestor do Projeto: Douglas Luís Três
Conteudista: Jonas Ramon

Você também pode gostar