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Recentes Avanços em Estratégias de Suplementação de Bovinos de Corte em


Pasto

Chapter · August 2017

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10 authors, including:

Edenio Detmann Luciana Navajas Rennó


Universidade Federal de Viçosa (UFV) Universidade Federal de Viçosa (UFV)
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Deilen Sotelo Moreno Luciano Prímola de Melo


Universidade Federal de Viçosa (UFV) Universidade Federal de Viçosa (UFV)
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Recentes Avanços em Estratégias de Suplementação de
Bovinos de Corte em Pasto 1

Mário Fonseca Paulino2, Edenio Detmann3, Luciana Navajas Rennó4, Ághata


Elins Moreira da Silva5, Deilen Sotelo Moreno6, Lara Vilhena Calderaro5,
Luciano Prímola de Melo5, Marcos Rocha Manso5, Román Enrique Maza
Ortega6, Victor Valério de Carvalho6
1 Apoio: CNPq e FAPEMIG,

2 Engº-Agrônomo, D.Sc., Professor Titular, Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa.


Pesquisador do CNPq mpaulino@ufv.br

3 Zootecnista, D.Sc., Professor Associado, Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa.


Pesquisador do CNPq detmann@ufv.br

4 Médica Veterinária, D.Sc., Professora Adjunta, Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de


Viçosa. Pesquisador do CNPq lucianarenno@ufv.br

5 Zootecnista, Mestrando, Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa

6 Zootecnista, Doutorando, Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa

A produção de carne bovina envolve sistemas biológicos complexos,


sujeitos a interações diversas na busca pela sustentabilidade social, econômica
e ecológica na linha do tempo. A tecnologia da suplementação múltipla está
definitivamente inserida no elenco de fundamentos indispensáveis à
bovinocultura virtuosa. Estratégias que potencializem o desempenho animal e
ou a eficiência de uso da terra impactam substancialmente a rentabilidade dos
sistemas.

ECOSSISTEMAS E ESTABILIDADE PRODUTIVA EM PASTAGENS

Em um sistema de produção de bovinos, existem diversos fatores que


interagem entre si, tais como clima, solo, planta, animais e o manejador do
sistema.
No caso de pastagens, onde os ciclos de produção são longos e até
permanentes, existe uma variação sazonal inerente ao próprio clima e aos
estádios fenológicos das plantas forrageiras, onde a flutuação entre as
estações seca e chuvosa será sempre uma constante.
Os ecossistemas são complexos porque eles abrigam várias entidades
que interagem entre si de diversas maneiras a diferentes níveis de
organização. O grau de complexidade depende das diversidades e
heterogeneidades, mas também de como o sistema é organizado e o grau das
interrelações entre seus componentes.
O acúmulo de matéria seca potencialmente digestível (MSpd) de
forragem pode ser decomposto nos componentes: magnitude, variação
estacional e variações entre anos. A maior parte da variação estacional na
produção de forragem é devida ao padrão climático sazonal. A variação na
produção de forragens entre anos constitui-se em uma fonte de risco de
produção do sistema. Esses aspectos dão suporte às abordagens de equilíbrio
e não-equilíbrio. A caracterização e alternativas tecnológicas para
sustentabilidade da produção de bovinos nos sistemas em equilíbrio e em não-
equilíbrio merecem diferenciação (Paulino et al., 2006b).

OS PASTOS TROPICAIS

Uma vez que as gramíneas tropicais são as fontes de energia mais


baratas para bovinos, devem-se enfatizar maneiras para aumentar a proporção
da energia na pastagem que pode ser convertida em produto animal. O
entendimento da interface planta-animal para aumentar a proporção de energia
utilizável na matéria seca produzida, via o eficiente manejo das pastagens, é de
suma importância no equacionamento das relações entre a disponibilidade de
forragem em termos quantitativos e qualitativos e o desempenho animal.

Os fatores ambientais nos trópicos favorecem a partição do pool


metabólico nas plantas para a síntese de componentes de parede celular, em
geral representados pela fibra detergente neutra (FDN). Uma preocupação a
respeito da digestão da fibra é seu consequente efeito sobre o consumo de
energia e, portanto, sobre o desempenho dos animais.

Neste contexto, a interpretação da forragem disponível ao pastejo como


recurso nutricional basal deve ser conduzida sob a ótica da fração
potencialmente convertível em produto animal, o que pode ser alcançado pela
aplicação do conceito de matéria seca potencialmente digestível (MSpd),
segundo a equação(Paulino et al., 2006a):

MSpd  [0,98  (100  FDN)]  ( FDN  FDNi )  [0,98  (100  FDN)]  FDN pd ;

em que: MSpd = matéria seca (MS) potencialmente digestível (% da MS); FDN


= fibra em detergente neutro (% da MS); FDNpd = FDN potencialmente
digestível (% da MS); FDNi = FDN indigestível (% da MS); e 0,98 = coeficiente
de digestibilidade verdadeiro para os componentes não-FDN.

Os efeitos da ampliação da disponibilidade de MSpd junto ao sistema de


produção são verificados de forma direta, uma vez que o incremento na
disponibilidade de recursos basais obviamente resulta em decréscimo nas
necessidades de inputs de recursos suplementares ao sistema. Segundo
Paulino et al. (2002b; 2006a), a aplicação de conceitos integrados de manejo
de pastagens, visando equilibrar aspectos quantitativos e qualitativos da
forragem a ser produzida, possibilita incrementar a disponibilidade de MSpd
para o pastejo.
ESTAÇÕES DE PASTEJO E FLUXO DE NUTRIENTES

Durante o ano as plantas forrageiras são influenciadas por variáveis


climáticas, intercalando períodos favoráveis ao seu crescimento com aqueles
que induzem a dormência das plantas, o que gera oscilações na quantidade e
qualidade da forragem disponível para os bovinos. Mesmo durante o período
de crescimento das plantas, a biomassa disponível para pastejo não apresenta
estabilidade nutricional, pois a forma como o crescimento vegetal ocorre e a
interação do animal com a forragem disponível induz alterações qualitativas do
material ingerido. Estas modificações influenciam diretamente o desempenho
dos animais

CICLOS DE PRODUÇÃO E MATRIZ DIETÉTICA

As pastagens tropicais raramente constituem uma dieta balanceada no


senso que seus constituintes orgânicos e inorgânicos estejam presentes nas
concentrações e proporções que melhor satisfaçam as necessidades dos
animais. Portanto, os bovinos geralmente sofrem carências múltiplas de
proteína, energia, minerais e ou vitaminas. Sob o princípio do equilíbrio oferta e
demanda, compete corrigir estes desequilíbrios por meio de uso criterioso de
suplementos de natureza múltipla, envolvendo a associação de nitrogênio
solúvel, minerais, fontes naturais de proteína, energia e ou vitaminas visando
proporcionar o crescimento contínuo dos bovinos em pastejo, registrando que a
qualidade da forragem disponível como alimento básico é fator fundamental na
determinação da composição do suplemento ideal (Paulino et al., 1983).
Imprimiu-se, portanto, movimento a uma linha de pensamento de considerar o
sistema pasto/suplemento como dieta, com a especificidade que a mistura dos
ingredientes acontece pós-ingestão e a magnitude das intervenções quali -
quantitativas é relacionada com a fase do ano, ciclo de produção, o
desempenho almejado.
A lógica da suplementação traz embutida a adição de nutrientes
adicionais ao sistema, com vistas a contornar as deficiências múltiplas, com
reflexo no incremento das taxas de degradação da MSpd, consumo de
forragem, concentração de nutrientes, disponibilidade de energia, equilíbrio na
magnitude dos pools de precursores bioquímicos do metabolismo e
desempenho (Paulino et al., 2004).
Neste contexto, o aumento na disponibilidade de compostos
nitrogenados para animais em pastejo nos trópicos aumenta a proporção de
nitrogênio utilizada para fins anabólicos e, consequentemente, amplia o
desempenho animal e otimiza a utilização dos recursos nutricionais basais e
suplementares (Detmann et al., 2015). .
A nutrição é sem dúvida o parâmetro de manejo que mais altera a idade
ao abate e ao primeiro parto. Portanto, a precocidade ou a taxa com que o
animal aproxima do seu peso adulto é muito sensível às alterações do
ambiente nutricional.
O planejamento e a proclamação dos fundamentos da associação ciclos
de produção e matriz dietética de bovinos úteis incorporam a essencialidade do
conceito de status nutricional pleno. Considerando a diversidade da população
microbiana, são condições primárias: assegurar que os microrganismos do
rúmen não tenham restrições de nitrogênio e outros substratos essenciais, e
que o animal não tenha restrição de aminoácidos glicogênicos e essenciais
(Paulino et al., 1995). Merece destaque, a necessidade das dietas
incorporarem proporções adequadas de precursores aminogênicos,
glicogênicos e lipogênicos.
A importância relativa da ação sobre a metabolizabilidade da dieta ou
sobre o metabolismo animal pode variar em magnitude em cada fase do ano.
Nesta linha, aventada a hipótese de animais responderem a proteína
aumentada durante o período de crescimento das plantas, podem ser
acionadas estratégias para possibilitar o incremento de suprimento de
aminoácidos ao nível de intestino delgado (Paulino et al., 1996).
A unidade é o conceito; a diferença reside em ajustes para fragmentos
de interesses em função de variações temporais e diversidades locais e
regionais.

AVANÇOS NA CONSOLIDAÇÃO DE UM SISTEMA DE EXCELÊNCIA

A produção de carne bovina, no Brasil, desenvolve-se em uma ampla


variedade de condições ambientais. Dentro dos princípios da bovinocultura
inovadora, deve-se estabelecer a estratégia ótima sob o foco local e ou
regional. Assim, o ponto de produtividade ótima, na perspectiva da
sustentabilidade social, produtiva, econômica e ambiental depende de quanto
se é hábil em delinear planos específicos de manejo da dieta, sob a
perspectiva de estabelecimento de uma matriz dietética otimizada.

Ambientes nutricionais e limitações de consumo de alimentos

O animal molda seu comportamento alimentar para explorar seu


ambiente. Três ambientes nutricionais tomados como pontos sobre um
contínuo ilustram as restrições sobre o consumo de bovinos. Em um extremo
da escala estão as pastagens naturais, onde prevalecem baixa densidade e
qualidade heterogênea de forragem; aqui o comportamento ingestivo,
controlado principalmente pela disponibilidade de forragem, limita consumo
(fatores não nutricionais). Ao centro do contínuo estão as pastagens cultivadas,
onde forragem é abundante, mas a densidade de energia é baixa a moderada
e menos rapidamente disponível; as curvas de resposta de consumo à
disponibilidade de forragem tipicamente designa que função do rúmen,
influenciada largamente pela qualidade, é o principal fator limitante de consumo
nesses ambientes de pastagens (fatores nutricionais). No outro extremo estão
os confinamentos com alto concentrado, em que a disponibilidade de alimento
e a densidade de energia e nutrientes são altas e os fatores que limitam o
consumo são primariamente fisiológicos (Paulino et al., 2006b).
Vários outros pontos do contínuo (posições intermediárias),
caracterizados por combinações de fatores ou técnicas auxiliares de produção,
são encontrados, tais como, sistema pasto/suplemento; integração lavoura –
pecuária - floresta; pastagens irrigadas, forrageiras de inverno.

Modelos dietéticos
O planejamento alimentar nos sistemas pastoris envolve acomodar um
complexo conjunto de interações existentes entre animais e pasto, na busca do
ajuste quantitativo e ou qualitativo da demanda e o suprimento de alimento,
energia e nutrientes, coerentes com um desempenho alvo.
O modelo pasto, que enseja a colheita da dieta in situ, constitui mais de
90% da dieta dos bovinos. A taxa de crescimento das plantas não é constante,
nem sazonal nem anualmente, em função de fatores ambientes altamente
variáveis.
As decisões no planejamento de alimento baseadas nas taxas médias
de crescimento das plantas fornecem somente um guia básico de suprimento e
demanda de alimento sobre uma base anual. Para efeito de manejo prático,
são necessários ajustes em resposta a mudanças nas condições sazonais no
médio e curto prazo, para igualar suprimento e demanda sobre uma base
constante.
Portanto, manejar pasto é um exercício de administrar variabilidade,
para garantir alocação de biomassa que garanta altos níveis de utilização do
pasto e desempenho animal.

Ordenação das alternativas tecnológicas ao modelo de exploração

A bovinocultura funcional demanda o delineamento de modelos


dietéticos inseridos em sistemas de produção designados para satisfazer
padrões de produção pré-determinados. Neste contexto, a evolução do
processo produtivo atual enseja a ordenação de itinerários tecnológicos com
base na definição prévia de bovinocultura explorando ganho compensatório ou
crescimento contínuo.

MODELOS DIETÉTICOS COM EXPLORAÇÃO DE GANHO


COMPENSATÓRIO

Pastagens naturais e mistura mineral

As áreas ocupadas pelas pastagens nativas são preferentemente


utilizadas nas atividades de cria e recria. Durante o período seco ou frio os
animais geralmente perdem peso quando mantidos em pastagens nativas;
durante o período de crescimento das plantas os ganhos podem atingir de 200
a 500 g/dia, mesmo que por curtos períodos.
Uma característica comum a esses sistemas é baixa produção de
matéria seca potencialmente digestível - MSpd no extrato herbáceo. Portanto, a
pressão de pastejo é reduzida e a produtividade da terra auferida situa-se na
faixa de 6 a cerca de 100 kg de peso corporal por hectare por ano (Paulino et
al., 2006b).
Face à diversidade vegetal os animais devem ter chance de exercitar o
pastejo exploratório. A seleção da dieta é a chave do processo que influencia o
status nutricional do animal; isso reforça a importância da seletividade para o
desempenho animal ao ponto dela ser considerada o aspecto mais importante
do comportamento de pastejo. A lógica é administrar a seletividade e não
suprimi-la.

Pastagens naturais e suplementos múltiplos fenados


Uma vez que a disponibilidade de forragem é esporádica e
temporalmente instável, admite - se alguma forma de intervenção do
manejador no sistema para exercer controle e tamporar as flutuações extremas
de oferta de MSpd. Sob estas circunstâncias, com a finalidade de evitar o
colapso generalizado do sistema, os alimentos volumosos são incorporados no
processo produtivo na forma de suplementos (suplemento múltiplo fenado).
Nesta situação admite-se o uso da suplementação como complemento
para cobrir as deficiências quantitativas de matéria seca, além de corrigir os
desequilíbrios de nutrientes apresentados pelo recurso forrageiro básico. A
suplementação delineada sob esses princípios tem efeito positivo sobre a
produção quando a quantidade de matéria seca de pasto oferecida for baixa e
seu efeito se deve à diminuição no consumo de matéria seca de forragem
promovida pelo fornecimento do suplemento, possibilitando que a massa de
forragem pré-pastejo seja utilizada por um número maior de animais, ou seja, a
taxa de lotação da pastagem pode ser aumentada pela suplementação.
Uma visão adicional é a suplementação que priorize o uso de produtos
regionais menos onerosos como constituintes majoritários dos suplementos, o
que permite o uso em quantidades mais liberais (Tabela 1; Paulino et al.,
2010).
Tabela 1 - Fontes de produtos regionais em suplementos múltiplos para bovinos em
pastejo1

Época do oFase Produto no GMD2 Fonte


ano suplemento (g/dia)
Seca Recria 15% de feno de 478 Paulino (1991)
guandu
Seca Engorda 30% de feno de 628 Paulino et al
guandu (1993)
Seca Recria 15% de casca de café 372 Paulino et al
(1994)
Seca Recria 9% de casca de café 373 Paulino et al,
(1995a)
Seca Recria 6% de casca de café 367 Paulino et al
(1995b)
Águas Recria 75% de feno de 800 Paulino et al
guandu associado com (1996a)
farelo de soja
Seca Recria 50% de feno de 283 Paulino et al
guandu associado com (1996b)
mandioca
Seca Recria 50% de feno de 611 Paulino et al
guandu associado com (2005b)
mandioca
1
Dados processados; para acessar dados individualizados consultar as referências
bibliográficas.
2
Ganho médio diário.

Faz–se necessário explorar o pasto nativo associado a tecnologias para


elevar os índices zootécnicos para níveis compatíveis com uma pecuária
sustentável com enfoques regionalizados. Na perspectiva de valorização das
pastagens nativas e da crescente ênfase à necessidade de exploração sustentável
dos recursos naturais, há necessidade de mais informações sobre as pastagens e
forrageiras nativas em termos de diversidade, valor nutritivo, preferência animal e
capacidade de suporte, para viabilizar seu manejo adequado. Neste aspecto,
destaca-se a sua vocação natural para o uso múltiplo, dadas a sua riqueza botânica
e a preferência diferenciada dos animais.
Uma alternativa de suplemento fenado, usando produtos mais comerciais,
incluindo casca de soja e farelo de girassol, foi apresentada por Silva-Marques
(2015). Uma evolução natural do conceito consolidou- se no desenvolvimento dos
fundamentos do confinamento a pasto, aplicável também nos sistemas em
equilíbrio, que incorporam a substituição de forragem e incremento de uso da terra
(Zervoudakis et al., 2014).
Regionalmente, alternativas, envolvendo leucena, palma forrageira, parte
área da mandioca, derivados da industrialização da mandioca, derivados da
industrialização do cacau, caroço de algodão, farelo de mesocarpo do babaçú,
solicana, sacharina, maniçoba, rolão de milho (pé de milho com espiga seco
triturado), dentre outros, podem ser aventadas.
Ainda sob a lógica de uso de suplementação volumosa para contornar
carência alimentar quantitativa, a cana de açúcar in natura em diferentes formas
constitui opção com vantagens comparativas robustas (Paulino & Ruas, 1988).
Pastagens cultivadas com manejo convencional e mistura mineral

O potencial de produção da pastagem é determinado pela taxa de


crescimento da forragem, mas é a quantidade de forragem consumida por meio
do pastejo que representa esse potencial modificado pela eficiência de
utilização. Desta forma, a produção animal sustentada na exploração de
pastagens reflete o balanço entre os processos de crescimento, senescência e
consumo como resposta a diferentes propostas de manejo.
No manejo convencional baseado na manutenção do meristema apical e
índice de área foliar, como o crescimento do colmo não foi interrompido,
observa-se que, mesmo a intervalos frequentes de pastejo, ocorre acúmulo de
material residual, caracterizado pela presença de colmos lignificados e partes
mortas da planta, capaz de prejudicar o consumo e utilização da forragem.
Historicamente, as intervenções no sistema pasto envolveram o manejo
convencional associado aos períodos de descanso e de ocupação fixos e foco na
troca de cultivares; pelo lado nutricional, ênfase no uso de mistura mineral com
discussões em torno de fontes de minerais. Nesta realidade, ao longo do ano
ocorrem mudanças na disponibilidade e composição de alimentos, ensejando um
modelo em que os animais são submetidos a alimentos que são incapazes de
fornecer uma dieta balanceada. Portanto, estas tentativas de solução mostraram
pouco impactantes no sistema produtivo, gerando projeções para pastagens
tropicais de ganho diário médio anual de 500 g por animal /dia e produções por área
de 300 a 400 kg por ha/ano.

Pastagens cultivadas com manejo para qualidade e mistura mineral:


moldando o substrato

Animais de elevado mérito genético são demandadores de nutrientes e


energia compatíveis com as suas funções fisiológicas. Pastos com oferta
reduzida de biomassa e ou de baixa qualidade podem ensejar limitação ao
atendimento das demandas, gerando déficit de alimento, energia e ou
nutrientes.
Os altos conteúdos de fibra, especialmente a sua fração indigestível
(FDNi), e taxas de degradação lentas das gramíneas tropicais, manejadas de
forma convencional, limitam o consumo voluntário dos bovinos em pastejo,
aumentam a defasagem nutricional e comprometem o nível de resposta animal.
A implementação de ações de manejo pré ingestão para moldar a
estrutura de pasto, minimizando a concentração de FDNi na biomassa forrageira
com o intuito de prover os animais com condições de relvado que não sejam
limitantes ao consumo, constitui o fundamento do manejo para qualidade e
consequente oferta com base em matéria seca potencialmente digestível – MSpd
(Paulino et al., 2006a), que pode ser adaptado a padrões de altura pré
desfolhação e de resíduo pós pastejo, possibilitando redimensionar o potencial
produtivo do substrato gramínea forrageira tropical (Tabela 2). Os valores
referenciais apresentados podem e devem ser ajustados regionalmente, afim de
compatibilizá-los com as especificidades e interações pertinentes com o ambiente
reinante.
Tabela 2 - Alturas do pasto para a entrada e saída dos animais associada a 95% da
interceptação luminosa incidente pelo dossel

Altura do pasto (cm)


Capim Referência
Pré-pastejo Pós-pastejo
Aruana 30 15 Zanini et al. (2012)
Massai 55 15 a 30 Barbosa et al. (2010)
Milênio 90 30 a 50 Barbosa et al. (2009)
Carnevalli et al.
Mombaça 90 30 a 50 (2006)
Tanzânia 70 25 a 50 Barbosa et al. (2007)
Marandu 25 10 a 15 Trindade et al. (2007)
Xaraés 30 15 a 20 Pedreira et al. (2007)
Cameroon 100 40 a 50 Voltolini et al. (2010)
Andropógon 50 27 a 34 Souza (2009)
Decumbens 20 5 a 10 Braga et al. (2008)
Mulato 30 15 a 20 Silveira (2010)

Fonte: Brandão (2013).

A adoção deste conceito associada com o uso de misturas minerais que


valorizam o atendimento quali - quantitativo das exigências de minerais, tem
contribuído para elevar os patamares de desempenho dos bovinos em
pastagens tropicais (Tabela 3; Paulino et al, 2012). Deve-se registrar que este
sistema não afasta o impacto da sazonalidade; portanto, os desempenhos
refletem o princípio da exploração de ganho compensatório e os ciclos são
superiores a 30 meses.

Tabela 3 – Desempenho de bovinos em pastagens cultivadas com manejo para


qualidade, no Brasil1

Época do GMD (g/dia) Produção por área Fonte


ano (kg/ha)
Águas 829 a 1034 767 a 1410 Almeida et al.(2000)

Águas 1220 Paulino et al.(2000a)

Águas 1015 Paulino et al.(2000b)

Águas 590 a 850 437 a 1040 Corrêa et al.(2001)

Águas 1065 Moraes et al. (2006)

Águas 1160 Paulino et al.(2005a)


1
Dados agregados; para acessar dados individualizados consultar as referências
bibliográficas.

Pastagens cultivadas com manejo para qualidade e suplementos múltiplos

As ações de forrageamento ótimo são divididas em manejo pré pastejo,


pelo lado da oferta, e o processamento pós-ingestão. O consumo de matéria
seca pode ser controlado pela energia ou pela fibra consumida. Em condições
em que o consumo for controlado pela demanda de energia, possibilitando aos
animais consumirem tanto alimento como necessário para satisfazer o nível de
produção desejado alcançar-se-ia o nível de excelência no manejo para
qualidade.
Entretanto, as interações da demanda do animal e os recursos
alimentares – o pasto e os suplementos - ao criarem um déficit de alimento,
energia ou nutrientes relativo à produção potencial, causam as respostas
variáveis à suplementação, base para o estabelecimento de estratégias
dietéticas diferenciadas.
O entendimento desse processo daria suporte ao desenvolvimento de
programas de suplementação delineados para complementar as necessidades
nutricionais de bovinos consumindo as forrageiras tropicais.
Os suplementos múltiplos têm sido usados na indústria pecuária quando
o suprimento de energia e ou nutrientes oriundos do pasto não satisfizer a
demanda animal.
A classificação de suplementos em termos de seu consumo potencial e
suprimento de nutrientes e ou energia é essencial para determinar seu nicho no
sistema de produção específico, face à grande amplitude de condições de
alimentação.
A quantidade e a qualidade do suplemento fornecido devem ser
compatíveis com a magnitude do desempenho alvo e o estádio do ciclo de
produção onde ele é fornecido. A resultante foi a geração de uma família de
suplementos múltiplos, que permite estabelecer modelos dietéticos para
diversas épocas do ano (Paulino et al., 2002) e para diferentes ciclos de
produção e categorias de bovinos (Paulino et al., 2001; 2004 e 2006b).

Modelo pasto/mistura sal mineral - uréia


A mistura sal – uréia - mineral é útil na mantença de peso de animais
durante a época seca e constitui-se em um método simples e econômico a ser
usado no rebanho, quando se busca a adaptação dos bovinos ao uso de uréia
ou quando o sistema prevê o uso mais intensivo de suplementos múltiplos em
alguma fase do sistema de produção (Paulino et al.,1982).
Em uma exploração racional seria benéfico assegurar pelo menos a
mantença de peso nos períodos críticos do ano. Assim, o diferimento das
pastagens associado a um baixo nível de suplementação, durante o período da
seca, seriam utilizados visando prevenir um dano permanente na atividade
fisiológica do animal, de forma a possibilitá-lo sobreviver numa condição que
possa tirar vantagens do ganho compensatório, que ocorre em períodos de
pastagem abundante e nutricionalmente adequada (Paulino & Ruas, 1988).
Este sistema associa-se a ciclos de produção entre 27 e 30 meses de idade.

Modelo pasto/sal nitrogenado

Os custos requeridos com o transporte e a distribuição diária de


suplementos para bovinos de corte em pastejo são bastante expressivos.
As formulações de suplementos, fornecidas no sistema de auto-
alimentação, permite o controle de consumo pelo próprio animal, nos níveis
estabelecidos, bem como facilita o manejo e racionaliza a utilização de mão-de-
obra na distribuição de suplementos na pastagem, a qual pode ser executada,
obedecendo a uma periodicidade semanal ou mesmo quinzenal. Além disso,
evita que o animal crie dependência pelo suplemento e apresenta aspectos
positivos sob o ponto de vista nutricional, tais como equilíbrio de pH e amônia,
dentre outros.
Os suplementos múltiplos, que usam fonte de nitrogênio não-protéico
associada a fontes de energia e minerais, são comumente chamados sais
nitrogenados. O sistema pasto/sal nitrogenado quando associado à fase de
recria, envolve oferta de suplemento entre 0,1 e 0,3% do peso corporal
(Paulino et al., 1983).
Produtos desta linha estão associados a recria de fêmeas semiprecoces
e recuperação de escore corporal de matrizes no pré parto (Paulino et al.,
2001), podendo garantir melhor desempenho reprodutivo na próxima estação
de monta.
Em condições específicas o conceito pode ser adaptado para engorda
de bovinos em pastagens (Acedo et al., 2003).

Modelo pasto/sal proteinado

Associada à utilização de uréia, tanto como fonte de amônia quanto para


limitar o consumo (junto com o sal), a adição de fonte natural de proteína aos
suplementos múltiplos de baixo consumo é desejável no sentido de fornecer
peptídeos, aminoácidos e ácidos graxos de cadeia ramificada (isoácidos) aos
microrganismos do rúmen, e ou, proteína não degradada no rúmen aos
animais. Neste contexto, as fontes naturais de proteína e energia devem ser
portadoras de características biológicas compatíveis com a otimização da
eficiência microbiana e utilização de uréia e forragens. A linha de produtos que
segue estes fundamentos é classificada como sais proteinados, quando
fornecidos em quantidades de até 0,3% do peso corporal para animais em
recria ensejando ganhos de 200g a 500g/dia/cabeça (Paulino et al., 2008).
Produtos nesta linha podem ser usados para terminação, sendo
fornecidos na base de 1% do peso corporal (Paulino et al., 2012), possibilitando
a minimização da sazonalidade da produção de carne em pastagens tropicais.

Dieta de alto concentrado no pasto

O uso de dieta de alta densidade de energia e nutrientes na engorda em


pasto eventualmente caracterizado como “sistema de confinamento no pasto”
consiste em alocar os animais em uma determinada área de pasto previamente
vedada, e fornecer suplementos múltiplos em quantidades próximas a 2% do
peso corporal do animal. Trata-se, portanto, de dietas de alto concentrado, que
demanda cuidados para garantir uma boa saúde ruminal, tais como, escolha de
fontes alimentares com menor potencial de promoção de acidez e ou uso de
aditivos.
O sistema permite a tomada de decisão rápida, quanto à terminação de
bovinos, com o objetivo de aproveitar oportunidades de mercado. Sua
viabilidade depende de combinações favoráveis entre custos dos insumos e
preços de arroba.

MODELOS DIETÉTICOS COM EXPLORAÇÃO DE CRESCIMENTO


CONTÍNUO

Potencializando o crescimento contínuo

A bovinocultura de corte tem sido induzida a aumentar os índices


produtivos e econômicos da atividade, porém com responsabilidade social e
ambiental. A bovinocultura eficaz baseada em pastos tropicais, leva à
necessidade de adequar as práticas nutricionais às metas do sistema e
atenção nas interações com os demais componentes dos sistemas de
produção.
Na busca da otimização dos sistemas em pastagens fica claro que o
arranjo produtivo, além de contornar a sazonalidade, deve garantir a
exploração do maior desenvolvimento e condição corporal dos animais durante
os períodos favoráveis de primavera-verão e início do outono, devido ao menor
custo econômico.
Uma tendência atual da bovinocultura é a busca por alternativas
nutricionais e de manejo para as diferentes categorias de bovinos de corte que
possibilitem aumento do desfrute do rebanho e maior produção de carne, com
o objetivo de aumentar o rendimento econômico do produtor e a qualidade da
carne produzida.
Administrada a questão quantitativa (oferta de 4 a 6% do peso corporal
em MSpd) e qualitativas (manejo para qualidade) do pasto, as técnicas que
reconhecem a natureza múltipla da suplementação têm possibilitado minimizar
os efeitos da sazonalidade, e potencializar o desempenho dos bovinos durante
a época de crescimento das forrageiras, possibilitando ganho adicional de 150
a 300 g/dia em relação a aquele obtido no sistema pasto/mistura mineral
(Paulino et al., 2008). A consequência é abate de animais com idade entre 16 e
20 meses, eliminando a segunda época seca da vida do animal, e cobertura de
fêmeas com 14 a 20 meses de idade, obedecendo o limite imposto pela
genética.

Suplementação de bezerros (as) de corte lactentes

Sob a ótica da exploração da bovinocultura de ciclo curto em regime de


pastagens, o ganho de peso contínuo desde a fase de amamentação é
fundamental para o sucesso do sistema de produção.
Em sistemas intensivos de produção de bovinos, nos quais o peso à
desmama dos bezerros (as) tem importância primordial, visualiza-se a
suplementação dos animais em amamentação, sob o sistema creep – feeding,
que consiste em fornecimento de alimentos suplementares aos bezerros
criados ao pé das matrizes, sem que estas tenham acesso ao suplemento.
Neste sistema a dieta dos animais é constituída de leite, pasto e alimento
concentrado e possibilita desmama de machos com peso entre oito e dez
arrobas (Tabela 4) e fêmeas entre oito e nove arrobas.

Tabela 4 - Desempenho de bezerros em amamentação no sistema


pasto/suplemento1
Foco do estudo Peso Ganho Fonte
corporal adicional 2

final (kg) (g)


Relação 233,0 214 Valente et al.
proteína/carboidrato (2013a)
Níveis de 243,1 164 Barros et al.
suplementação (2014)
Planos nutricionais 250,5 200 Lopes et al
(2014)
Planos nutricionais 273,4 200 Lopes et al.
(2014)

1Dados processados; para acessar dados individualizados consultar as


referências bibliográficas.
2Em relação ao tratamento recebendo mistura mineral.

Modelo pasto/suplementos múltiplos para machos superprecoces

Os sistemas de excelência adotam tecnologias de precisão. As


informações preliminares caracterizam uma bovinocultura em movimento,
ensejando a eliminação da segunda seca da vida dos animais destinados ao
abate, e sinalizam o limite do possível, para mercados demandadores de
carcaças com acabamento mínimo.
Para viabilizar a produção do novilho superprecoce em pastagens
(Tabela 5), deve-se estabelecer manejo alimentar que permita ganhos de peso
do nascimento ao abate de cerca 800g/animal/dia para abate com 18 meses e
de 900g/animal/dia, para abate com 16 meses de idade. Neste sistema devem-
se fornecer suplementos múltiplos em quantidades que variam de 0,4 a 0,6%
do peso corporal, durante toda vida do animal.
Tabela 5 - Desempenho de novilhos superprecoces, com idade de 16 a 20
meses, no sistema pasto/suplemento1

Foco do estudo Peso corporal Fonte


final (kg)
Perfis proteicos 460,00 Fernandes (2009)
Relação 438,30 Valente et al.
proteína/carboidrato (2013b)
Planos nutricionais 447,00 Paula et al.
(2012)

1Dados processados; para acessar dados individualizados consultar as


referências bibliográficas.

Modelo pasto/suplementos múltiplos para recria de novilhas


superprecoces

Para que o sistema de acasalamento de fêmeas com quatorze a quinze


meses de idade seja viabilizado, o manejo nutricional deve possibilitar
crescimento contínuo no pós-desmame, com magnitude em torno de
650g/animal/dia.
Para obtenção de níveis de ganhos mais elevados durante a recria, faz-se
mister o refinamento da composição dos suplementos, bem como proporcionar
consumos entre 0,3 a 0,5% do peso corporal.
Havendo mérito genético, na medida em que o peso e o ganho de peso
assegurem a maturidade sexual, as fêmeas apresentam melhores condições
fisiológicas para manifestarem cio. Visando garantir boa eficiência reprodutiva
das matrizes primíparas é necessário garantir o crescimento contínuo dos
animais na estação seca subsequente, garantindo o parto com peso
equivalente a 80% do peso adulto.

REFERÊNCIAS

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