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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS DEPUTADO JESUALDO CAVALCANTI


CURSO: BACHARELADO EM ZOOTECNIA
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO E COOPERATIVISMO RURAL
PROFESSOR: KILMER OLIVEIRA
ALUNA: ALINE BERNARDO DA SILVA/ 7° PERÍODO

EVOLUÇÃO HISTORÍCA DO CRÉDITO RURAL

Desde o princípio da colonização é reconhecida a importância da agropecuária para a


economia nacional, destacando-se na história do Brasil os ciclos da cana-de-açúcar, do algodão
e do café, além de outros como o da mandioca, o do milho e, mais recentemente, o da soja.
Dada essa relevância, ao decorrer dos anos o governo criou estratégias para produção
agropecuária. O presidente Humberto Castello Branco sancionou a Lei no 4.829, que
institucionalizou o Crédito Rural, em 05 de novembro de 1965, materializando-o nos “planos
de safra”, geralmente divulgados no início do segundo semestre civil de cada ano.
Os planos de safra beneficiam as medidas de incentivo à produção de determinados produtos
e o volume de recursos destinados à agropecuária, inclusive a quantia de crédito a juros
favorecidos a ser disponibilizado no ano safra (período compreendido de julho do ano corrente
a junho do ano seguinte).
Desde de 1965 o crédito rural tem como objetivo estimular o desenvolvimento de tecnologias
e investimentos rurais de grandes, médios e pequenos produtores e o fornecimento de subsídios
para custear a produção e comercialização de produtos agropecuários. O crédito rural é
fornecido por diversos órgãos básicos, vinculados e articulados como por exemplo o Banco do
Brasil, Banco Central do Brasil, Banco do Nordeste, Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) entre outros. Ao longo dos anos vem sendo adicionados leis,
decretos e programas para se adaptar à realidade da agropecuária moderna e da evolução do
crédito rural, já que a legislação foi elaborada num contexto bastante diferente da atualidade.
Diante disso, algumas medidas tomadas foram verdadeiros marco na evolução do credito
rural, pois várias vezes aconteceu diversos descompasso entre o custo do financiamento e o
preço dos produtos. Atualmente, O campo se profissionalizou. Os produtores atuam em toda a
cadeia produtiva e com reduzidos índices de inadimplência. O perfil do financiamento da
produção nacional também se modificou. Em números redondos, o Crédito Rural é responsável
por 30% da demanda de crédito anual. Outros 30% são atendidos pelas vendas antecipadas,
inclusive Cédula de Produto Rural (CPR), trocas de produtos por insumos ou adiantamento de
fornecedores e os restantes 40% são provenientes de recursos próprios dos produtores. O Banco
do Brasil é o principal aplicador de recursos no crédito rural, tornando-se responsável por 60%
dos aportes de recursos junto com o Sistema Nacional, fornecendo linhas de créditos para
agricultura familiar e demais produtores.
PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA
FAMILIAR – PRONAF

PRONAF é um financiamento para o fortalecimento de atividades e serviços agropecuários


e não agropecuários, desenvolvidos em estabelecimentos rurais ou em áreas comunitárias
próximas, cujo o objetivo é ajudar os pequenos agricultores (produção conduzida pela sua
própria força de trabalho e de seus familiares) no investimento em suas propriedades
integrando-o à cadeia do agronegócio por meio da modernização do sistema produtivo. Com
isso, o produto fabricado por ele passa a contar com um valor agregado, o que, no final, também
refletirá em um aumento da renda familiar.
Esse programa foi criado em 1996 por Fernando Henrique Cardoso através da reformulação
do Programa de Valorização da Pequena Produção Rural (Provap) que foi desenvolvido em
1994 pelo governo Itamar Franco devido a demanda dos trabalhadores rurais que pediam uma
política agrícola especifica para os pequenos produtores.
Os agricultores familiares podem utilizar os créditos em diversas atividades e serviços,
como: aquisição de sementes, fertilizantes, insumos, entre outros itens para o dia a dia da
produção agrícola ou pecuária, recuperação de pastagens, implantação de sistemas de irrigação
e de armazenagem, modernização de equipamentos e maquinários, e até mesmo reforma e
ampliação das estruturas de produção.
Para ter acesso a linha de créditos do PRONAF, o pequeno produto precisa se encaixar em
algumas categorias e requisitos comprovadas por declaração de aptidão (DAP). Existem
também diversos tipos de créditos dentro do programa, como por exemplo, o PRONAF
agroindústria, mulher, mais alimentos, agroecologia, jovem, bioeconomia, semiárido, floresta
e custeio, cada um com uma finalidade e exigência diferente.
Para a obtenção desse financiamento o produtor além de atender os requisitos e a declaração
de aptidão, precisa realizar a elaboração do Projeto Técnico de Financiamento, descrevendo a
finalidade do crédito, prazos e taxas de juros, e é preciso da participação da família. E por fim,
é preciso entregar os documentos para avaliação em uma agência do Branco do Brasil, Banco
do Nordeste ou Banco da Amazônia, que são parceiros financeiros.

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