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Fernando Rodrigues de Amorim2, Rubens de Oliveira Eliziário 3, Leonardo Augusto Amaral Terra 4
RESUMO – Os incentivos do governo por meio de planos de políticas agrícolas com subsídios têm como umas
de suas características o fortalecimento da agricultura familiar. Além disso, corroboram para os indicadores
contábeis, por sua vez, garantindo a segurança alimentar do pessoal ocupado no campo e na cidade, através
da produção de alimentos a custos ponderáveis. No entanto, o setor agropecuário tem riscos de inadimplência
como qualquer outra atividade. Por sua vez, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar,
o PRONAF, é um importante mecanismo disponível aos agricultores familiares. Com isso, o objetivo deste
trabalho foi analisar o grau de endividamento de 38 assentados do Assentamento Rural de Ibitiúva, através
da concessão de crédito do PRONAF e os motivos que os levaram a não quitar suas obrigações junto às instituições
financeiras, buscando compreender quais são os fatores que estão associados a este contexto. O método utilizado
foi de caráter descritivo, cujo procedimento para a coleta de dados estrutura-se na técnica de estudo de caso,
com abordagem qualitativa e quantitativa de dados. O estudo apontou que 51% dos assentados estão inadimplentes,
sendo um dos fatores mais relevantes, o descontrole financeiro, foi causado pela falta de gestão nas propriedades.
ABSTRACT – The government incentive plans through agricultural subsidy policies have as one of its
features the strengthening of family agriculture. Besides this, corroborate the accounting indicators, in
turn, guarantee the food security of persons employed in rural and urban areas, through the production
of food ponderable costs. However, the agricultural sector has default risks as any other activity. In turn,
the National Program for Strengthening Family Agriculture, the PRONAF, is an important mechanism
available to family farmers. Thus, the objective of this study was to analyze the degree of indebtedness
of 38 settlers Settlement of Rural Ibitiúva by lending the PRONAF and the reasons that led them to not
settle their obligations with financial institutions, seeking to understand what are the factors that are
associated with this context. The method used was descriptive, whose procedure for data collection is
structured in the art of case study approach with qualitative and quantitative data. The study found that
51% of the settlers are delinquent, one of the most important factors, the financial disarray caused by
the lack of management in the properties.
1
Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor.
2
Mestre em Agroecologia e Desenvolvimento Rural, Instituição: Universidade Federal de São Carlos, campus de Araras,
fernandorodriguesdeamorim@yahoo.com.br.
3
Técnico em Desenvolvimento Agrário da fundação ITESP do GTC/Bebedouro, Advogado, Instituição: Uniara Centro universitário
de Araraquarara, rubenseliziario@yahoo.com.br.
4
Mestre em Administração de Organizações, Instituição: Universidade de São Paulo, FEA/USP de Ribeirão Preto, leoterra@usp.br.
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produtivo. Como resultado desta mudança os agricultores bancário deve pagar aos proprietários
optaram por suas formas tradicionais de produção em desses recursos), eles só podem ser
busca de maiores produções, incentivados pelo uso emprestados a uma taxa igual à taxa de
exagerados de agrotóxicos e insumos, como os adubos juros de captação acrescida um spread
minerais. (que cubra os custos administrativos e
dê lucros aos bancos) (Bacha, 2012, p.60).
Segundo Bacha (2012), o crédito de investimento
Ademais, dentre os créditos concedidos com taxas
reporta-se aos recursos necessários para a construção
diferenciadas no âmbito do crédito agrícola para os
de instalações e compra de equipamentos. E o crédito
agricultores familiares, o que mais vem se destacando
de comercialização está ligado à política de preços mínimos
é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
(Bacha, 2012). Porém, para Martine & Beskow (1980),
Familiar (PRONAF), sendo assim, a seguir,
esta segunda linha destinada ao investimento teve
demonstraremos o significado de sua sigla e o quanto
sua repercussão ao beneficiar as indústrias fabricantes
isso vem sendo importante para a permanência desta
de máquinas agrícolas e, portanto, a mecanização das
parcela de agricultores no campo.
atividades rurais.
Contudo, Bacha (2012) explicita a importância de 1.1.2. PRONAF e sua importância junto aos seus
se saber a origem das fontes dos recursos para o beneficiários
fornecimento de crédito rural no Brasil. Nos dias atuais, O PRONAF, como dito anteriormente no significado
existem duas fontes: uma com baixo custo de captação da sua sigla é um programa de crédito rural, voltado
e outras fontes com custos financeiros usuais de captação. à agricultura familiar com o intuito de melhorar a geração
Sendo assim, os recursos com baixo custo na captação de renda desse grupo de agricultores.
são:
Para compreendermos o quanto o PRONAF é
os oriundos da emissão de moeda, da importante para os agricultores, Kageyama (2003, p.2)
obrigatoriedade de certa parcela dos
analisou vários municípios com o intuito de obter
depósitos à vista ser destinada a
empréstimos à agropecuária (são recursos respostas sobre o quanto este crédito corrobora na
da exigibilidade sobre os depósitos à vista) vida deste grupo de agricultores e qual o montante
e as transferências de recursos do em Reais, o governo federal disponibilizou para essas
Orçamento do Tesouro. Esses três tipos famílias.
de recursos, ao serem repassados ao
Neste sentido a autora elaborou alguns dados
sistema bancário, permitem a concessão
nesta pesquisa, onde demonstraram que entre “1995
de empréstimos sem grande preocupação
com custo de captação dos mesmos. Com até ao final do ano 2000, o programa havia liberado
isso, os bancos podem emprestar estes R$ 10,2 bilhões para os pequenos produtores,
recursos a taxas de juros abaixo das do contabilizando aproximadamente 4 milhões de contratos
mercado (Bacha, 2012, p.60). até a safra de 2000/2001”. Desta forma, mostramos
a seguir a evolução do disponibilizado e do realizado
Os recursos captados com custos financeiros
pelo PRONAF, entre os anos de 1999/2000 a 2008/2009
normais são procedentes da:
(Kageyama, 2003, p.2).
Caderneta de poupança rural (poupança
A Figura 1 retrata a evolução constante de crédito
ouro do Banco do Brasil), os recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), disponível para os agricultores familiares entre 1999/
do Programa de Geração de Emprego Rural 2000 a 2008/2009. A disponibilidade de crédito do
(Proger-rural), os recursos captados no PRONAF, segundo o MDA, é para financiar projetos
exterior e os recursos livres captados pelo individuais e coletivos proporcionando renda aos
sistema bancário (através, por exemplo, agricultores familiares e assentados. Contudo, para
de Certificados de Depósitos Bancário o enquadramento no programa, no caso dos assentados
e Recibo de Depósito Bancário). Como que buscam o acesso ao crédito, existem duas opções:
esses recursos têm custo normal de custeio e investimento para aquisição de máquinas,
captação (igual aos juros que o sistema equipamentos, infraestrutura de produção e serviços
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Figura 1 - Evolução dos valores de crédito liberado por meio do PRONAF, entre os anos de 1999/2000 a 2008/2009 – disponibilizado
(bilhões de reais) e realizado (%)
Fonte: Brasil (2012 a).
agropecuários ou não agropecuários. Após a decisão que observado o disposto na Lei 4.504,
do que financiar, o assentado deve procurar o órgão de 1964, especialmente em seus artigos
responsável, no caso, o ITESP, para a elaboração de 60 e 61, bem como no art.5º, caput e incisos
projeto e seu encaminhamento à agência que o qualificará II, III e IV, do Decreto 3.991, de 2001
com uma Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP). (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2012).
Para obter o crédito, o assentado necessita fornecer Outro grupo que o assentado pode fazer parte
alguns dados na declaração, tais como: renda anual é o A/C, caracterizado por ser composto por agricultores
e atividades exploradas, além de provar que está isento familiares assentados do PNRA ou por beneficiários
de dívidas. Por fim, as formas e condições de pagamento do PNCF que:
e suas taxas de juros são fixadas de acordo com a linha
de crédito escolhida pelo assentado. A) Apresentem DAP para o Grupo “A/
C”, fornecida pelo INCRA para os
Para o enquadramento do assentado no DAP, o beneficiários do PNRA ou pela Unidade
agricultor tem a necessidade de descrever em qual Técnica Estadual ou Regional (UTE/UTR)
modalidade faz parte, começamos pelo grupo que se para os beneficiados pelo PNCF;
enquadra no grupo A: B) Já tenham contratado a primeira
Agricultores familiares assentados pelo operação no Grupo “A”;
Programa Nacional de Reforma Agrária C) Não tenham contraído financiamento
(PNRA) ou beneficiários de Programa de custeio, exceto no Grupo “A/C”
Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2012).
que não foram contemplados com operação
de investimento sob égide do Programa Ademais, para liberação dos créditos, os
de Crédito Especial para a Reforma Agrária beneficiários do PNRA e do PNCF devem seguir algumas
(PROCERA) ou que ainda não foram “normas” para serem enquadrados nos grupos “A”
contemplados com o limite do crédito de e “A/C” do PRONAF, como:
investimento para estruturação no âmbito
do PRONAF. Também estão incluídos no Os créditos do Grupo “A” são de
Grupo “A” os agricultores familiares investimento e devem ser concedidos
reassentados em função da construção mediante apresentação de projeto técnico,
de barragens para aproveitamento admitindo-se, a critério da instituição
hidroelétrico e abastecimento de água financeira, a substituição do projeto por
em projetos de reassentamento, desde proposta simplificada, desde que as
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cúbicos de água, quando a exploração é ocupado da seguinte maneira: 33.574,2 ha com cana-
se efetivar em tanque-rede; silvicultores de-açúcar, 1.173,6 ha com soja, 815,7 ha com pastagens,
que cultivem florestas nativas ou exóticas 786,8 ha com amendoim, 260 ha com milho, 223,4 ha
e que promovam o manejo sustentável com eucalipto e 149,6 ha com laranja, verificando-se
daqueles ambientes; se enquadram nas assim a prevalência da monocultura da cana-de-açúcar
alíneas; extrativistas que exerçam o
(SÃO PAULO, 2010).
extrativismo artesanalmente no meio rural
excluído os garimpeiros e faiscadores; O assentamento ocupa uma área de 727,01 hectares
integrantes de comunidades quilombolas que pertenciam ao Horto Florestal de Ibitiúva. A ocupação
e rurais; povos indígenas e todos os povos do Horto Florestal de Ibitiúva teve início em 1998,
e comunidades tradicionais (BANCO assentando 43 famílias e destinando 12,0 hectares de
CENTRAL DO BRASIL, 2012). terras por família, sendo suas coordenadas as seguintes:
Kageyama (2003) confirma a importância do PRONAF, 20°59’22"S de latitude 48°20’22.44"W e com uma altitude
demonstrado no seu trabalho de pesquisa de campo 635 metros. O acesso à localidade se dá pela Rodovia
em 21 municípios, abrangendo oito Estados brasileiros, Armando Sales Oliveira, conforme mostra a Figura 2.
onde visitou 1.994 domicílios de produtores rurais para Os hortos florestais foram criados como forma
comparar agricultores que utilizaram PRONAF e as de abastecimento de dormentes para as linhas férreas
pessoas da mesma redondeza que não utilizaram. Portanto, principalmente constituídas no país ao longo do final
seu trabalho deixa claro que os agricultores que utilizam do século XIX e da primeira metade do século XX.
o PRONAF estão com uma melhor situação no quesito Com a decadência do transporte ferroviário e sua
escolaridade e produtividade; no entanto, esses grupos superação pelo rodoviário, a malha ferroviária passou
utilizam tecnologias químicas e mecânicas em suas para o governo federal e assim os hortos florestais
propriedades, que por sua vez, têm apresentado impactos formados com eucaliptos, que antes supriam a
ambientais como: aumento de erosão e aumento na necessidade das ferrovias, perderam a função e foram
frequência de uso de agrotóxicos. O trabalho da autora ocupados por assentados de reforma agrária em vários
não evidenciou nenhum trabalho de ação de recuperação municípios do Estado de São Paulo, como Pitangueiras,
de áreas degradadas ressaltando que o programa deveria Araras, Cordeirópolis, Bebedouro, Jaboticabal, Sumaré,
dar uma atenção especial ao uso do “pacote tecnológico dentre outros.
produtivista” pelo uso abusivo e sem controle de
agrotóxicos, trazendo consequências “trágicas” para
o meio ambiente. Diante de toda essa avaliação sobre
o PRONAF, deixamos uma proposta aberta, imposta
a seguir pela autora:
O programa deve ir além do simples financiamento
de práticas produtivas modernas, mas deve contribuir
para introduzir mudanças nos sistemas produtivos no
sentido de diminuir a sua dependência de insumos
externos, bem como utilizar práticas que sejam
ambientalmente mais adequadas a cada situação e que
respeitem a cultura tecnológica dos agricultores familiares
(Kageyama, 2003, p.12).
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maioria dos 21 assentados (64%) aderiu à modalidade utilizaram o PRONAF para a construção de poços
de custeio de suas lavouras. Esse recurso é destinado artesianos. Também com 5 respostas, apresentou o
ao financiamento das atividades agropecuárias e de resultado sobre a criação de frangos de corte e galinhas
beneficiamento ou industrialização e comercialização poedeiras. Com 4 respostas, demonstrou o resultado
de produção própria ou de terceiros agricultores familiares sobre a criação de suinos, ainda com 4 respostas,
enquadrados no PRONAF. aquisição de implementos agrícolas e 3 respostas sobre
aquisição de animais. E por fim, 2 respostas para a
O Gráfico 2 demonstra de forma mais detalhadas
implantação da cultura da laranja.
de como foi utilizado o PRONAF.
Retornando à pesquisa, 100% dos assentados que
O Gráfico 2 demonstra 9 respostas para aquisições
fizeram o PRONAF relataram que foi de grande
de insumos. Como exemplo de insumos, destacam-se:
importância para a permanencia das famílias no
fertilizantes químicos, sementes e agrotóxicos. Este
assentamento e os 100% dos assentados responderam
resultado corrobora com o resultado de Barone &
que ajudaram a aumentar a renda familiar.
Bergamasco (2008), o qual relataram que o PRONAF
é também muito utilizado em assentamentos para a Uma questão a seguir, é sobre o grau de
implantação do canavial, para o custeio da cultura da inadimplência do PRONAF no assentamento, e neste
cana junto ao assentamento Santa Terezinha da Alcídia, quesito, o resultado é demonstrado no Gráfico 3.
em Teodoro Sampaio – SP teve a sua produção financiada
O resultado acima evidencia o percentual de
pelo PRONAF. No entanto, 6 dos nossos pesquisados
inadimplência com o PRONAF, sendo que a maioria,
não souberam dizer como utilizou o PRONAF; 5 respostas
51%, estão inadimplentes com o PRONAF e 49% estão
regularizados com o programa. Este resultado corrobou
com a pesquisa de Barone & Bergamasco (2008) relatando
que muitos dos assentados do assentamento Santa
Terezinha tiveram dificuldades para saldar a dívida na
instituição financeira onde fizeram o empréstimo do
PRONAF, pois os autores afirmaram que 92,3% estavam
com dificuldades para saldar as dívidas.
No entanto, o que aconteceu que dificultou o
pagamento do PRONAF? Para responder a questão,
veremos o resultado do Tabela 1, a seguir.
Gráfico 2 - Detalhes da forma de utilização do PRONAF. Gráfico 3 - Percentual de inadimplencia com o PRONAF.
Fonte: Pesquisa de campo, 2014. Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
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A Tabela 1 retratou que a maioria dos assentados, de trabalho “mais rentável” nas cidades, criando um
totalizando 11 respostas, tem carênca de gestão grande problema social, consequentemente, não
financeira, com isso carência para permanecer na atividade melhorando os dados estatísticos do êxodo rural.
e ter índices de lucratividade razoáveis. Retornando
à pesquisa, quatro assentados tiveram divergências 5. LITERATURA CITADA
com o banco, dois assentados tiveram problemas de
saúde na família e dois assentados tiveram problemas BACHA, C.J.C. Economia e política agrícola no
Brasil. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2012. 226p.
com o clima.
BARONE, L.A.; FERRANTE, V.L.S.B.;
4. CONCLUSÕES BERGAMASCO, S.M.P.P. Os parceiros da cana:
O artigo apresenta uma “radiografia” da situação dilemas do desenvolvimento dos assentamentos
do assentamento rural de Ibitiúva, o qual o resultado rurais em São Paulo frente à produção agrícola para
o etanol. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 32.,
vai ao encontro de dezenas de pequenas propriedades
2008, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPOCS, 2008.
agrícolas do pais, pois estas famílias conduzem suas Disponível em: <https://www.google.com.br/
propriedades como no passado, com características search?q=os+parceiros+da+cana&ie=utf-8&oe=utf-
da produção orgânica, aderindo ao uso mínimo de 8&aq=t&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-
insumos externos e pouca tecnificação, contudo diferente a>. Acesso em: 23 dez. 2012.
de vários agricultores que tem bons resultados no
contexto dos orgânicos, aqui o resultado foi insatisfatório. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Agrário.
Cartilha: O encontro da agricultura familiar com
Atualmente, não basta somente produzir, sendo a alimentação escolar. Disponível em: http://
necessário também saber o que, como e quando produzir, www.mda.gov.br/portal/saf/publicacoes/pageflip-
além de como e quando vender. Estas questões view?pageflip_id=5996963. Acesso em: 21 jul. 2012.
apresentam difícil resolução, em uma etapa de
______. Evolução histórica do
planejamento de curto prazo, mas coma implantação
PRONAF. Disponível em: <http://
de cursos e palestras voltados à gestão da propriedade www.mda.gov.br/portal/saf/programas/pronaf/
essas famílias que correspondem aos 51% dos assentados 2259286>. Acesso em: 14 jan. 2013.
inadimplentes, poderiam ter administrado de forma
eficiência os recursos disponíveis pelo governo através BUAINAIN, A.M.; SOUZA FILHO, H.M. Política
do PRONAF e melhorar suas receitas. agrícola no Brasil: evolução e principais
instrumentos. In: BATALHA, M.O. (Org.).
Ademais, os resultados de inadimplência a partir Gestão agroindustrial. 4.ed. São Paulo:
da falta de gestão das propriedades geram um grande Atlas, 2007. v.2, p.302-362.
descontentamento no meio rural desta comunidade
que vivem de esperanças entre uma colheita e outra. GIL, A.C. Como elaborar projetos de
Sem visualizar novas oportunidades, acabam por jogar pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2009. 200p.
a culpa dos insucessos no caos do mundo moderno.
GOLDBERG, R.A. Agribusiness
Com isso, a forma de inclusão dessas famílias, por meio
coordination: a systems approach to the
da reforma agrária, tende a voltar à estaca a zero, pois wheat, soybean, and Florida orange economies.
os filhos destas famílias deixam suas casas em busca Boston: Harvard University, 1968. 256p.
Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável (RBAS), v.4, n.1, p.53-62, Julho, 2014
62 AMORIM, F.R. et al.
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