Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Breitenbach
Disponível em
http://www.desafioonline.com.br/publicações
Desafio Online, Campo Grande, v. 2, n. 2, Mai./Ago. 2014
Raquel Breitenbach1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Professora
raquel.breitenbach@sertao.ifrs.edu.br
RESUMO
O Brasil tem se destacado como um importante produtor e exportador de produtos derivados
do Agronegócio, gerando vantagens comerciais importantes frente a outros países. Porém,
quando se fala em agronegócio se considera uma cadeia complexa de organizações, dentre as
quais se encontra a produção nas propriedades rurais, a qual ainda sofre com algumas
limitações importantes, as quais prejudicam a produção. Dentre estas limitações está a gestão
eficiente dos estabelecimentos rurais e, mais especificamente, a gestão de custos. Com base
nesse contexto, o presente trabalho visa discutir acerca dos principais desafios da gestão rural
no contexto do agronegócio e como a administração eficiente das UPAs (Unidades de
Produção Agropecuárias) pode contribui para o desenvolvimento rural. O trabalho visa,
portanto, fazer algumas reflexões acerca do tema, buscando uma sustentação teórica e tendo
por base o visualizado na prática a partir de projetos de pesquisa e extensão. Constatou-se a
ainda baixa escolaridade dos agricultores, o seu despreparo para a gestão rural e de custos e,
por outro lado, a falta de profissionais qualificados e dispostos a prestarem serviços de gestão
rural eficiente.
ABSTRACT
Brazil has emerged as a major producer and exporter of products derived from Agribusiness,
generating substantial economic advantages over other countries. But when it comes to
agribusiness is considered a complex chain of organizations, among which is the production
on farms, which still suffers from some important limitations, which hamper production.
Among these limitations is the efficient management of farms and, more specifically, cost
management. Based on this context, this paper aims to discuss about the main challenges in
the context of rural management and agribusiness as the efficient management of PSUs
(Agricultural Production Units) can contribute to rural development. The work therefore aims
1
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul,
Câmpus Sertão. Sertão, Rio Grande do Sul – Brasil.
R. Breitenbach
to do some thinking on the subject, seeking a theoretical framework and based on the number
displayed on practice from research projects and extension. It found the still low level of
education of farmers, their unpreparedness for the rural management and cost and, secondly,
the lack of qualified and willing to provide efficient rural management services.
1. INTRODUÇÃO
715
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
716
seja, são muitos países importantes que precisam de nossos produtos para abastecer suas
nações e contribuir com sua segurança alimentar. No total são U$$ 76 bilhões em exortações,
gerando um Superávit de U$$ 63 bilhões só do Agronegócio, sendo o total de superávit de
todos os setores brasileiros, de U$$ 20 bilhões.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento acrescenta que o Brasil tem
um modelo de agricultura sustentável e competitivo e é pioneiro no apoio a programas de
redução de emissão dos gases de efeito estufa, além de estar em 14º lugar no ranking de países
emissores de Carbono. Alerta ainda o MAPA, que quase metade (47%) das fontes da matriz
energética brasileira é renovável, sendo a cana de açúcar a segunda mais importante, seguida
de energia hidráulica e elétrica e biomassa. Ocorreu uma evolução muito significativa em
produtividade no país, ocorrendo um baixo aumento na área utilizada para agropecuária, se
comparado com o aumento da produção, como pode ser visualizado na Figura 2.
É com base nesses números e nessa realidade, que alguns países se espelham no Brasil
e buscam aqui formas de aumentar sua produção interna e de criar maneiras de potencializar o
setor, já que possuímos exemplos promissores de produção agropecuária. São exemplos disso,
países da África, como Cabo Verde, Angola e Moçambique, além de próprio Portugal, um
país Europeu, com exemplos expressivos de produção e agregação de valor aos seus produtos
agrícolas, mas que reconhece o potencial brasileiro como exemplo.
Porém, é importante ressaltar que esses dados generalizam um setor que é marcado por
diversidade e complexidade. O Brasil possui distintas realidades e, dentre essas realidades,
algumas mais promissoras e outras mais carentes. Carentes de recursos, de tecnologia e,
especialmente, de conhecimento. Agronegócio não representa só a produção agropecuária,
mas todos os demais setores que estão ligados a ela, ou seja, quando se referem ao rural, a
R. Breitenbach
produção dentro das propriedades propriamente dita, os dados mostram uma realidade com
potencial e necessidade de melhoria.
Essa diversidade mostra exemplos muito positivos, com atividades de alta
produtividade a um custo aceitável; produtos com alta qualidade; agregação de valor através
da agroindustrialização, dos selos de denominação de origem, da comercialização local e
valorização do produto regional; além da geração de renda expressiva para o homem do
campo a partir dessas iniciativas. Porém, a realidade de muitas unidades produtivas mostra
uma escassez de recursos, baixa produção e produtividade, nenhuma agregação de valor, o
que, entre outros fatores, vem provocando a descapitalização desses agricultores e a
necessidade, em alguns casos, de vender seu imóvel e migrar para o meio urbano em busca de
outras atividades.
Uma das causas desses problemas/gargalos em nível de propriedade rural, sendo que
atinge especialmente as unidades familiares de menor porte ou menor renda, é o acesso a
informação e a utilização adequada dessa informação. Ou seja, muitos agricultores tem
escassa informação, seja informação técnica de produção, das novas tecnologias e seu uso.
Porém, a defasagem maior é de informações que se referem a gestão dos seus
estabelecimentos e, mais especificamente, na gestão de custos de suas atividades produtivas.
É nessa linha de ação que o presente artigo se concentra, objetivando discutir acerca
dos principais desafios da gestão rural no contexto do agronegócio e como a administração
eficiente das UPAs (Unidades de Produção Agropecuárias) pode contribui para o
desenvolvimento rural. O trabalho visa, portanto, fazer algumas reflexões acerca do tema,
buscando uma sustentação teórica e tendo por base o visualizado na prática a partir de
projetos de pesquisa e extensão.
2. METODOLOGIA
717
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
718
Portanto, para dar suporte científico a presente pesquisa, dados secundários foram
consultados em bases de dados oficiais do Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento; artigos científicos relacionados ao tema gestão rural, gestão rural e desafios,
gestão rural e limitações, ensino da gestão rural, profissionais da gestão rural. Objetivava-se
com essa pesquisa, levantar argumentos que corroborassem e argumentassem acerca dos
principais desafios da gestão rural no contexto do agronegócio e como a administração
eficiente das UPAs (Unidades de Produção Agropecuárias) pode contribui para o
desenvolvimento rural.
Por muitos profissionais que prestam assistência técnica e extensão rural no Brasil, a
teoria utilizada para administrar/gerir estabelecimentos urbanos, os quais têm dinâmicas
próprias, têm sido utilizada de forma direta para o gerenciamento de empresas rurais.
Portanto, pode-se dizer que a literatura da área de administração, de um modo predominante,
trata os estabelecimentos (urbanos e rurais) com uma dinâmica única, com os mesmos
métodos e técnicas. Isso ocorre, muitas vezes, pela compreensão da necessidade de tratar as
propriedades rurais como empresas e, sendo empresas, precisam ser geridas como tal.
Não há nada de errado em considerar como empresas as propriedades rurais,
independentemente de seu tamanho. Isso porque elas também visam como fim essencial o
lucro, objetivando otimizar os fatores de produção e remunerar o empresário eficientemente.
Porém, o que se alerta é que a maioria das teorias desenvolvidas para a análise e
gerência das empresas urbanas, quando aplicadas ao rural sem adequações, acabam
desconsiderando as particularidades da agricultura. Quando cometem esse equívoco,
potencializa a possibilidade de erros no decorrer do processo de gestão. É possível destacar,
conforme mostra a Figura 3, as características particulares das empresas rurais, ou, como
comumente se lê, as especificidades da agricultura:
R. Breitenbach
719
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
720
721
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
722
723
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
724
que o agricultor se limita a decidir por outros fatores, ou pelo que ele acha que tem de lucro e
custo e não baseado na realidade analisada.
Outro fator pouco considerado na gestão das propriedades é a importância da
diversificação da propriedade, bem como a consideração da importância das atividades
destinadas tanto para comercialização como para o consumo e subsistência da família. Na
Figura 5 é possível observar a representação da diversidade que pode existir em apenas uma
unidade produtiva, bem como o fato de que as atividades se correlacionam, por exemplo, o
milho para silagem e alimentação animal, a pastagem para alimentação animal, a uva para
produção de vinho, o leite para a produção do queijo, além da utilização de muitos
maquinários e equipamentos para mais de uma atividade produtiva. Esse contexto imprime
uma complexidade ao gestor, que precisa considerar todas as atividades como importantes e
passíveis de análise financeira, bem como necessita gerir eficientemente as conexões entre
essas atividades.
Por fim, outro fator que influencia de maneira constante na gestão dos
estabelecimentos rurais e na eficiência dessa gestão, diz respeito a necessidade de considerar
R. Breitenbach
725
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
726
Observa-se, portanto, que o gestor rural tem muitos desafios para permitir a eficiência
e eficácia de sua propriedade rural. Portanto, fica o questionamento e reflexão se o agricultor
está preparado para efetuar essa gestão eficientemente? Caso não esteja, quem vai o auxiliar
nessa tarefa? Estão os extensinistas rurais preparados para auxiliar os agricultores,
especialmente no que se refere à gestão financeira?
Tentando ensaiar uma resposta aos questionamentos acima, pode-se destacar que pela
formação dos agricultores, estes necessitariam de maior informação e conhecimento para
fazer a gestão financeira de seus estabelecimentos. Um estudo realizado por Hoffmann e
Gomes Ney (2004) que inclui uma análise utilizando os dados da PNAD (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios), no período de 1992 a 2002, mostrou que a condição
socioeconômica dos agricultores, medida pelo nível de escolaridade e renda, é muito inferior à
condição dos indivíduos ocupados nas atividades secundária e terciária, sendo que essa
diferença não apresentou tendência de queda. Os autores destacam ainda, que a escolaridade
média dos agricultores, em 2002, era de 3 anos, enquanto que a média das pessoas ocupadas
na indústria era de 6,9 anos, nos serviços, 8,3 anos, e na economia brasileira em geral 7,2 anos
de estudo. A Tabela 1 tenta mostrar em números a realidade da educação no campo.
Tabela 1- Escolaridade média das pessoas ocupadas, por setor de atividade. Brasil, 1992-
2002
É possível destacar ainda, que a educação formal pode não dizer tudo acerca da
preparação para gestão financeira, já que muitos agricultores poderiam buscar essa formação
em outros ambientes. Porém, é pouco provável que isso ocorra, já que, via de regra, os
agricultores buscam sempre desenvolver as atividades mais urgentes, sendo que a gestão
R. Breitenbach
financeira não é considerada por eles. Portanto, utilizam o tempo para as atividades laborais
da propriedade e pouco tempo para atender as necessidades de gestão.
Por outro lado, o que se questiona é a condição formativa dos profissionais da área
agropecuária, futuros e atuais extensionistas rurais para assessorar os agricultores na gestão de
custos. A saída para isso seriam profissionais da área de gestão? E estes estão preparados para
dar o suporte necessário? E o conhecimento técnico na área agropecuária bem como da
realidade do rural, o que permite a adequação das teorias empresarias para a realidade da
agricultura? Ou seja, a dúvida para a qual não se tem uma resposta simples, reside na situação
de que se os agricultores não estão preparados sozinhos para gerir financeiramente suas
propriedades, quem estaria atualmente.
O que se observa nas formações de estudantes das Ciências Agrárias, é que estes
majoritariamente focam seus estudos em disciplinas da área técnica, deixando marginalizadas
as disciplinas da área de gestão, como administração rural, economia rural, planejamento e
projetos. Portanto, por uma questão muitas vezes de preferência dos estudantes, outras vezes
por opção do curso, a formação nessa área não é prioridade, resultando num profissional com
limitações para auxiliar os agricultores. Cella (2002) corrobora com essa afirmação
destacando que a análise dos currículos escolares dos cursos de Ciências Agrárias demonstra a
ênfase na parte técnica, enquanto outros aspectos da propriedade acabam sendo
desconsiderados. Outro alerta do autor, é a falta de sintonia entre as visões dos extensionistas
e dos produtores rurais, resultando num perfil conservador destes últimos (Cella, 2002).
Pimentel et al (2008) alerta que a os profissionais formados para atuarem como
assessores técnicos e extensionistas rurais apresentam uma tendência à reprodução do pacote
tecnológico oriundo da modernização verde, via difusão de tecnologias, sem levar em conta as
especificidades dos agricultores. Quando o tema abordado é o discutido nesse trabalho, ou
seja, a gestão de propriedades rurais, Cella (2002) aponta a necessidade de que o profissional
que fará essa gestão considere os objetivos do agricultor, os quais podem, em alguns
momentos e especialmente quando se trata de unidades de produção familiares, não visar a
maximização dos lucros. Portanto, o profissional deve considerar a situação familiar, ciclo de
vida pessoal e da exploração produtiva, a capacidade e a disposição para mudanças, os custos
pessoais de aprendizagem e de saída das atividades, entre outros.
A não consideração por parte dos extensionistas que praticam a gestão rural de outros
fatores que não só os econômicos, leva a uma compreensão parcial dos horizontes dos
727
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
728
produtores rurais, bem como às falhas na assistência técnica prestada e na aplicação de planos
de desenvolvimento. Essa afirmação se dá baseada no entendimento de que a melhoria da
prestação da assistência técnica é possível somente a partir do entendimento claro dos
objetivos dos agricultores (Sebillote, 1988).
Portanto, a melhoria dos processos gerenciais em propriedades rurais, tem uma relação
direta com a própria formação dos profissionais que pretendem atuar na área. É visível
algumas iniciativas de formações alternativas que visam sanar essas lacunas, citando o
exemplo do Curso Superior de Tecnologia no Agronegócio, o qual busca a formação de
profissionais para atuarem na área da gestão dentro do agronegócio, seja a nível de
propriedade rural ou demais empresas do setor. Porém, visivelmente muitos avanços precisam
ocorrer, seja a partir de novos cursos ou na melhoria dos já existentes, um processo que é
urgente, porém lento e necessariamente contínuo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
aceito como dado, muito menos imposto de uma cultura ou de uma sociedade a outra
(Escobar, 1995; Sachs,1995; Tucker, 1996).
Ao mesmo tempo em que as sociedades contemporâneas atravessam processos globais
de caráter universal, também tem suas dinâmicas locais. Para tanto, surgem estratégias de
desenvolvimento centradas nas características e implicações dos atores locais que, ao mesmo
tempo, buscam responder às novas estruturas de oportunidades resultantes do processo de
globalização e as geradas em próprio âmbito local. Neste contexto, o meio rural não deve ser
visto simplesmente como sustentação geográfica do setor agricultura, mas também como base
de um conjunto diversificado de atividades e mercados potenciais, para que seus horizontes
possam ser ampliados (Yáñez, 1998).
A concepção de desenvolvimento aceita aqui, portanto, é aquela que considera os
aspectos econômicos, sociais e ambientais. A gestão rural pode e deve contribuir nesses
aspectos. A forma de contribuição pode ser indireta, muitas vezes não é obvia, mas é um
instrumento essencial para auxiliar nesse processo. Quando se trata do aspecto econômico,
talvez seja a forma que a gestão rural mais pode contribuir, já que é a partir da gestão
econômica que o agricultor saberá se suas atividades estão sendo economicamente viáveis ou
não. Caso não estejam, a gestão ainda tem o desafio de estabelecer estratégias para a
identificação e eliminação dos gargalos que impedem a eficiência econômica.
No que se refere aos aspectos sociais, por ser algo subjetivo, dificulta a avaliação da
importância da gestão rural. Porém, sabe-se que gestão rural engloba também a gestão do
tempo, a divisão de tarefas, a escolha de atividades, fatores estes que interferem diretamente
no bem estar social dos indivíduos. Essas escolhas, portanto, serão e devem ser realizadas
com base não só nos fatores econômicos, mas também nos aspectos sociais, nas realizações
pessoais, na felicidade familiar, fatores estes que serão distintos para cada pessoa e para cada
realidade.
O terceiro fator a ser discutido se refere às questões ambientais e a primeira vista pode
parecer difícil que a gestão rural possa contribuir nesse aspecto. A forma prática que se
visualiza essa contribuição está relacionada diretamente com o Código Florestal Brasileiro.
Recentemente o Brasil passou por uma rediscussão importante no que se refere ao CFB,
visando uma readequação do mesmo frente à realidade da agricultura brasileira. A Lei do
CFB que foi rediscutida e remodelada visando à preservação do meio ambiente sem prejuízos
significativos a produção agropecuária, despertou - por outro lado - uma maior ação por parte
729
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br
730
dos responsáveis legais no sentido regulatório e punitivo, algo com que os agricultores não
estavam acostumados. Ou seja, embora a CFB exista a décadas, a sua efetividade sempre foi
precária, o que pretende ser mudado atualmente, seja com instrumentos regulatórios como a
concessão de crédito só para unidades produtivas regulares, ou punitivos, como as multas para
as irregulares.
Essa nova postura governamental despertou uma reação defensiva dos agricultores.
Estes passaram a afirmar que suas unidades produtivas se tornariam inviáveis
economicamente, caso se adequassem ao CFB. Mas a questão que se coloca é como os
produtores podem fazer essa afirmação se, como afirmado anteriormente, raros são os que
fazem a análise econômica de suas unidades de produção agropecuárias?
Portanto, esse é um exemplo de como a gestão rural pode contribuir de forma prática
para o desenvolvimento, tendo como base a conservação dos recursos naturais, já que será
capaz de demonstrar se as propriedades se tornarão ou não inviáveis economicamente com o
CFB. A partir desse exemplo, podemos buscar a inserção da gestão rural em geral e da gestão
de custos em particular, como uma ferramenta facilitadora dos processos de desenvolvimento.
REFERÊNCIAS
GUERRERO, M. G. (1996). La red social como elemento clave del desarrollo local. Lisboa
: Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, 1996.
LIMA, Arlindo Jesus Prestes de. et. al. Administração da unidade de produção familiar:
modalidades de trabalho com agricultores. 2.ed. Ijuí: UNIJUÍ, 2001.
SOUZA, M. L. A teorização sobre o desenvolvimento em uma época de fadiga teórica, ou: sobre
a necessidade de uma Teoria Aberta do desenvolvimento sócio espacial. In: Território. Rio de
Janeiro: LAGET-UFRJ/Garamont. n. 3. Jul-Dez 1996.
731
Desafio Online, Campo Grande, v.1, n.II, art.8, Mai/Ago 2014. www.desafioonline.com.br