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I CINGEN- Conferência Internacional em Gestão de Negócios 2015

Cascavel, PR, Brasil, 16 a 18 de novembro de 2015


UNIOESTE-Universidade Estadual do Oeste do Paraná
CCSA-Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Desafios para a Agricultura Familiar dentro das Perspectivas Agrícolas Brasileiras


Valdir Serafim Junior (Unioeste) jr_valdir@hotmail.com
Nardel Luiz Soares da Silva (Unioeste) nardel.silva@unioeste.br
Adriana Maria de Grandi (Unioeste) adrianadegrandi@yahoo.com.br
Fabíola Graciele Besen (Unioeste) fabiolagracielebesen@gmail.com
Resumo:
É notória a importância da agropecuária no desenvolvimento econômico brasileiro. O
país é um dos maiores fornecedores de produtos agrícolas do mundo, capaz de atender a
crescente demanda, principalmente dos países asiáticos, porém a busca pelos retornos
financeiros originados pelo agronegócio vem pela contra mão da agricultura familiar e a
utilização dos recursos naturais. Nesse contexto, estão inseridos os agricultores
familiares, com técnicas menos eficientes em suas propriedades do que as ditadas pelo
padrão do agronegócio, com dificuldades mercadológicas de integração e
competitividade, pela sua baixa capitalização e maior custo de produção, às vezes
considerados como atrasados, incapazes e ineficientes. Diante desse contexto atual e
como base para este estudo, será analisado o relatório “Perspectivas Agrícolas 2015-
2024” publicado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO) em conjunto com a Diretoria de Comércio e Agricultura da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento dedica um capítulo
à produção agropecuária brasileira e o objetivo desse artigo é analisar as perspectivas
apontadas no documento com enfoque principal às necessidades voltadas a agricultura
familiar, demonstrando pontos relevantes que contribuem para o seu desenvolvimento
rural sustentável. O presente trabalho classifica-se como pesquisa bibliográfica e
descritiva e a abordagem é qualitativa. Os dados analisados contribuem para a
caracterização deste setor quem tem importância econômica e social para o país.

Palavras chave: agricultura familiar, sustentabilidade, perspectivas agrícolas.

Área Temática: Desenvolvimento Econômico, Regional, Rural e de Empreendimentos


Locais

1 Introdução
A agricultura familiar sustenta uma mudança cultural no meio rural, é altamente
dependente de políticas que promovam o seu desenvolvimento e sua viabilidade
econômica está relacionada a acesso a créditos de custeios e investimentos bem como
novas oportunidades de negócio, com necessidade de inclusão social e acesso a
informações e tecnologias.
A expansão agrícola exerce pressão econômica sobre a agricultura familiar,
pratica métodos e atividades de produção agrícola de maneira intensiva e de escala, com
a utilização de grande quantidade de insumos agropecuários, sendo responsável nos
últimos anos pelo aumento dos padrões de produção e produtividade. Seus avanços
tecnológicos marcam uma revolução histórica na agricultura brasileira, porém somente
ao alcance dos produtores mais capitalizados e com danos inestimáveis ao meio
ambiente pelo uso indevido da terra e recursos hídricos, grande utilização de insumos,
defensivos e alterações genéticas nas culturas.
Nesse contexto, estão inseridos os agricultores familiares, com técnicas menos
eficientes em suas propriedades do que as ditadas pelo padrão do agronegócio, com
dificuldades mercadológicas de integração e competitividade, pela sua baixa
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capitalização e maior custo de produção, as vezes considerados como atrasados,
incapazes e ineficientes. Esses agricultores familiares, por terem estabelecimentos com
tamanho médio inferior aos organizados de forma patronal, podem ter maiores custos
em virtude da escala de produção, assim como de comercialização, tanto de insumos,
como da colheita. (IBGE, 2010)
Atualmente o Brasil enfrenta uma recessão econômica, com diminuições de
postos de trabalho desde o início de 2015, perda de poder aquisitivo da moeda, redução
de consumo e previsões pessimistas para o segundo semestre, afetando diretamente a
agricultura familiar, que representa um papel importante na segurança alimentar do país,
pelo fornecimento de alimentação básica a população. As incertezas também estão
relacionadas a crise política e ao cumprimento da meta fiscal 2015, com cortes no
orçamento que podem vir a prejudicar os investimentos governamentais no setor.
Diante desse contexto atual e como base para este estudo, será analisado o
relatório “Perspectivas Agrícolas 2015-2024” publicado pela Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em conjunto com a Diretoria de
Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). O documento dedica um capítulo à produção agropecuária
brasileira e este artigo tem como objetivo geral analisar as perspectivas apontadas no
documento com enfoque principal às necessidades voltadas a agricultura familiar,
demonstrando pontos relevantes que contribuem para o seu desenvolvimento rural
sustentável.

2 Agricultura familiar
É notória a importância da agropecuária no desenvolvimento econômico
brasileiro, o país é um dos maiores fornecedores de produtos agrícolas do mundo, capaz
de atender a crescente demanda, principalmente dos países asiáticos, porém a busca
pelos retornos financeiros originados pelo agronegócio vem pela contra mão da
agricultura familiar e a utilização dos recursos naturais.
O Estatuto da Terra pela Lei nº 4.504/64 define em seu artigo 4º parágrafo
segundo a agricultura familiar:
II - "Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente
explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho,
garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área
máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente
trabalho com a ajuda de terceiros; (Lei nº 4.504/64)

A Lei 11.326/06 estabelece diretrizes para a formulação da Política Nacional de


Agricultura Familiar e empreendimentos familiares rurais:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e
empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural,
atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos
fiscais;
II - utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades
econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;
III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades
econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;
IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. (Lei nº
11.3426/06)

A c amada agricultura patronal pode ser de inida por e clus o o ue n o osse


do tipo amiliar seria ent o classi icada de patronal u ent o, pode-se buscar
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diretamente os atributos relevantes na delimita o do conceito. A agricultura patronal
con ece tamb m outras denomina es Por ve es, recebe rótulos tais como agricultura
comercial, agricultura empresarial corporate arm , agricultura de e porta o, grande
agricultura, agricultura capitalista e outros. Todas essas formas de referi-la cometem
abusos e imprecis es empli icado os erros, tamb m a agricultura amiliar pode ser
comercial, empresarial e de e porta o. Ademais, no Brasil a orma organi acional
amiliar da agricultura tende a ser pe uena, mas em países mais desenvolvidos a
modalidade amiliar associa-se a grandes e tens es de terras e a elevados níveis de
produ o. (Feijó, 2010).
De acordo com o autor, a agricultura familiar também tem potencial econômico,
porém na maioria das vezes fica atrelada a uma produção de subsistência e sua produção
voltada a mercados específicos, aparece à sombra dos indicadores gerados pela
agricultura patronal ou agronegócio, mesmo com a importância que exerce sobre a
segurança alimentar.
Na agricultura patronal, as economias de escala tem maior impacto nas decisões
estratégicas, como por exemplo, atribuição de preço, estratégia de entrada e adaptação
aos mercados, tendo dessa forma vantagem competitiva. (BESANKO, et al, 2006.)
Conforme Schneider (2003), a agricultura familiar, além de produzir e fornecer
alimentos básicos de preço acessível e de boa qualidade para a população, ainda
reproduz-se como segmento social diferenciado no mundo capitalista.
De acordo com o IBGE - Censo agropecuário 2006 identifica-se a importância
da agricultura familiar para o desenvolvimento econômico nacional, por representar a
maioria dos estabelecimentos rurais, porém com a menor distribuição de área.

Tabela 1 – Tipos de estabelecimentos e utilização de terras


Agricultura Estabelecimentos % Área (ha) %
Familiar Lei 11.326 4.367.902 84 80.250.453 24
Não familiar 807.587 16 249.690.940 76
Total 5.175.489 100 329.941.393 100
Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006, adaptado pelos autores

relatório “Perspectivas Agrícolas 2015-2024” publicado pela Organização das


Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em conjunto com a Diretoria de
Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) expõe que na próxima década o Brasil deve concentrar esforços em
suas políticas internas e comerciais, prioridades estratégicas nas áreas de produtividade,
investimentos e medidas para a garantia um desenvolvimento sustentável futuro.

2.1 Desenvolvimento econômico e social


Devido ao grande crescimento agrícola brasileiro nas últimas duas décadas, a
abertura para a exportação de commodities para o mercado mundial de alimentos,
projeta-se estudos econômicos voltados ao aumento do PIB, o qual coloca o país entre
as 10 maiores economias mundiais.
Existem segmentos da agricultura familiar que apresentam dificuldades no seu
desenvolvimento econômico, de acordo com o ambiente social em que estão inseridos,
um produtor que está em uma região de maior pobreza vai apresentar maiores
dificuldades em colocar sua produção no mercado do que os que estão em ambientes
mais desenvolvidos. O ambiente local e regional é predominante para o
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desenvolvimento social e econômico, gerando acesso a informações, tecnologias e
financiamentos.
Barros, Henriques e Mendonça (2000) afirmaram que o principal determinante
para os elevados níveis de pobreza do país reside na própria estrutura da desigualdade
brasileira, que se configura em uma perversa desigualdade na distribuição da renda e
das oportunidades de inclusão social. Neste caso, concretiza-se a ideia que o Brasil não
é um país pobre, mas com grande quantidade de pessoas pobres, sendo que existe falha
nas distribuições de recursos e não em sua escassez.
A agricultura familiar é considerada em muitos casos como agricultura de
subsistência, que comercializa os excedentes em mercados locais e regionais, e a
pobreza e desigualdade social são desafios a serem vencidos para sua estratégia de
desenvolvimento. Para uma análise desse contexto serão utilizados os índices de
produção vegetal do Brasil no ano de 2006, extraído do IBGE, Censo Agropecuário
2006, verificando a participação no desenvolvimento econômico e social.

Tabela 2 – Produção Vegetal Brasil - 2006


Produção vegetal Totais Familiar % Não familiar %
Arroz em casca
Estabelecimentos 396.628 354.677 89% 41.951 11%
Quantidade produzida (kg) 9.447.256.712 3.199.460.329 34% 6.247.796.383 66%
Área colhida (ha) 2.409.589 1.167.376 48% 1.242.213 52%
Valor da produção (R$) 4.030.144.741 1.414.740.013 35% 2.615.404.728 65%
Feijão preto
Estabelecimentos 269.018 242.398 90% 26.620 10%
Quantidade produzida (kg) 692.536.879 531.637.055 77% 160.899.824 23%
Área colhida (ha) 764.423 639.512 84% 124.911 16%
Valor da produção (R$) 495.122.014 378.617.041 76% 116.504.973 24%
Feijão de cor
Estabelecimentos 462.380 411.963 89% 50.417 11%
Quantidade produzida (kg) 1.294.306.522 697.231.567 54% 597.074.955 46%
Área colhida (ha) 1.424.848 1.015.718 71% 409.130 29%
Valor da produção (R$) 1.066.802.571 557.814.212 52% 508.988.359 48%
Feijão fradinho
Estabelecimentos 782.034 706.323 90% 75.711 10%
Quantidade produzida (kg) 1.122.139.467 939.931.471 84% 182.207.996 16%
Área colhida (ha) 2.138.425 1.855.299 87% 283.126 13%
Valor da produção (R$) 936.825.220 780.120.429 83% 156.704.791 17%
Mandioca
Estabelecimentos 832.189 753.524 91% 78.665 9%
Quantidade produzida (kg) 16.093.941.608 13.952.605.062 87% 2.141.336.546 13%
Área colhida (ha) 2.702.102 2.418.155 89% 283.947 11%
Valor da produção (R$) 3.686.631.520 3.254.035.260 88% 432.596.260 12%
Milho em grão
Estabelecimentos 2.030.122 1.795.248 88% 234.874 12%
Quantidade produzida (kg) 42.281.799.675 19.424.085.538 46% 22.857.714.137 54%
Área colhida (ha) 11.724.362 6.412.137 55% 5.312.225 45%
Valor da produção (R$) 11.362.642.143 5.344.665.578 47% 6.017.976.565 53%
Soja
Estabelecimentos 215.977 164.011 76% 51.966 24%
Quantidade produzida (kg) 40.712.683.088 6.404.494.499 16% 34.308.188.589 84%
Área colhida (ha) 15.646.991 2.707.649 17% 12.939.342 83%
Valor da produção (R$) 17.141.484.536 2.891.786.309 17% 14.249.698.227 83%
Trigo
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CCSA-Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Estabelecimentos 34.027 23.542 69% 10.485 31%
Quantidade produzida (kg) 2.257.597.697 479.272.647 21% 1.778.325.050 79%
Área colhida (ha) 1.300.008 323.922 25% 976.086 75%
Valor da produção (R$) 904.443.429 187.652.912 21% 716.790.517 79%
Café arábica em grão (verde)
Estabelecimentos 241.637 193.328 80% 48.309 20%
Quantidade produzida (kg) 1.889.718.525 645.340.928 34% 1.244.377.597 66%
Área colhida (ha) 1.292.292 513.681 40% 778.611 60%
Valor da produção (R$) 7.356.607.152 2.231.728.778 30% 5.124.878.374 70%
Café canephora em grão (verde)
Estabelecimentos 97.708 82.185 84% 15.523 16%
Quantidade produzida (kg) 471.037.419 259.180.331 55% 211.857.088 45%
Área colhida (ha) 395.562 253.437 64% 142.125 36%
Valor da produção (R$) 1.210.327.298 624.106.515 52% 586.220.783 48%
Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006, adaptado pelos autores

Dentre as commodities agrícolas mais exportadas pelo Brasil está a soja, o milho
e o café, e de acordo com os dados do censo agropecuário 2006 a participação dos
estabelecimentos não familiares nesse mercado é bem superior a agricultura familiar, na
cultura da soja 24% dos estabelecimentos não são familiares, que concentram 83% da
área colhida e 84% da quantidade produzida, a quantidade de produção é de 2.651 kg/ha
contra 2.365 kg/ha da agricultura familiar; o milho aparece com 12% de
estabelecimentos não familiares, concentrados em 45% da área colhida e 54% da
quantidade produzida, com produção de 4.302 kg/ha contra 3.029kg/ha da agricultura
familiar; o café arábica apresenta produção em 20% de estabelecimentos não familiares,
concentrados em 60% da área colhida e 66% quantidade produzida, produção de 1.598
kg/ha contra 1.256 kg/ha da agricultura familiar.
Quanto ao trigo, o Brasil é tradicionalmente importador, pois há grande demanda
no mercado interno para a fabricação de farinha para panificação, exportando em
algumas épocas do ano o excedente, na sua cultura 31% de estabelecimentos não
familiares concentram 75% da área colhida e 79% da quantidade produzida, produzindo
1.821 kg/ha contra 1.479 kg/ha da agricultura familiar.
O arroz é uma dos cereais mais consumidos no mundo, o Brasil é auto-suficiente
em arroz, exportando atualmente 5% de sua produção, necessita de clima e tecnologia
específicos em seu cultivo, ou arroz irrigado, ou pré-germinado ou de sequeiro, sua
produção em 11% de estabelecimentos não familiares, concentra em 52% da área
colhida e 66% quantidade produzida, produção de 5.029 kg/ha contra 2.740 kg/ha da
agricultura familiar.
É verificada na produção de feijão a grande participação dos estabelecimentos
familiares, concentrando na cultura do feijão preto , 90% dos estabelecimentos são
familiares, com 84% da área colhida e 77% da quantidade produzida, produção de 831
kg/ha contra 1.288 kg/ha dos estabelecimentos não familiares; na cultura do feijão de
cor, 89% são estabelecimentos familiares, com 71% da área colhida e 54% da
quantidade produzida, produção de 686 kg/ha contra 1.459 kg/ha dos estabelecimentos
não familiares e o feijão fradinho com 84% de estabelecimentos familiares envolvidos
na sua produção, representando 87% da área colhida, produção de 506 kg/ha contra 643
kg/ha dos não familiares.
A cultura da mandioca é uma das mais comuns no território brasileiro, em vários
regiões é considerada de subsistência, porém apresenta importante papel econômico
pela produção de farinha, amido, consumo de mesa e seu uso na alimentação animal.
Não é uma cultura que exige um grande aparato tecnológico e cuidados excessivos,
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devido a estas características está presente massivamente em estabelecimentos
familiares, estes representam 91% dos estabelecimentos produtores, com área colhida de
89% e 87% da quantidade produzida, com produção de 5.770 kg/ha contra 7.541 dos
estabelecimentos não familiares.
Para Chiavenato (1994) todas as organizações devem ser analisadas sob o
aspecto de eficácia e eficiência, ao mesmo tempo:

[...] eficácia é uma medida normativa do alcance dos resultados, enquanto


eficiência é uma medida normativa da utilização dos recursos nesse processo.
(...) A eficiência é uma relação entre custos e benefícios. Assim, a eficiência
está voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou
executadas (métodos), a fim de que os recursos sejam aplicados da forma mais
racional possível (...) (Chiavenato, 1994).

A eficiência está relacionada em fazer as coisas certas, em nível operacional, em


relação ao controle dos recursos utilizados, ao tempo desprendido, a mão de obra, ao
orçamento, deve-se conhecer o processo, ter habilidade e rapidez, se preocupa com os
meios, fator interno. A eficácia está relacionada em nível de gerência desses recursos
disponíveis, ser eficaz é fazer com que as coisas certas sejam feitas, se preocupar com
os fins para o cumprimento de metas e objetivos, está relacionado com o externo.
Com dados extraídos do IBGE, Censo Agropecuário 2006, poderemos refletir
sobre essa questão.

Tabela 3 – Comparativo da eficácia produtiva do estabelecimento não familiar e familiar (kg/ha)


Produto vegetal Não familiar Familiar %
Arroz em casca 5.030 2.741 -45,51%
Feijão preto 1.288 831 -35,48%
Feijão de cor 1.459 686 -52,98%
Feijão fradinho 644 507 -21,27%
Mandioca 7.541 5.770 -23,48%
Milho em grão 4.303 3.029 -29,61%
Soja 2.651 2.365 -10,79%
Trigo 1.822 1.480 -18,77%
Café arábica em grão (verde) 1.598 1.256 -21,40%
Café canephora em grão (verde) 1.491 1.023 -31,39%
Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006, adaptado pelos autores.

Considerando os fatores de produção, terra ou recursos naturais, trabalho, capital


e capacidade empresarial, o desempenho dos estabelecimentos familiares é inferior aos
não familiares, demonstrando que internamente, estes estabelecimentos têm maior
dificuldade na gestão de recursos e tecnologias; já os não familiares apresentam maior
desempenho produtivo, tornando-se mais eficazes que os familiares, impulsionados pelo
crescimento da atividade agrícola, gerando desempenho econômico direcionado a
grande produção. Os estabelecimentos não familiares preocupados com as metas ditadas
pelo mercado, utilizam todos os recursos, mesmo que para alcançá-los os métodos não
sejam convencionais ou sustentáveis. Pode-se citar a grande expansão de terras
agrícolas e encolhimento de florestas nativas e intensificação de uso de agrotóxicos e
fertilizantes.
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Ainda deve-se considerar que a amostra é relacionada a nível Brasil, dentre estes
estabelecimentos familiares temos os consolidados, que estão adaptados as exigências
do mercado, tem acesso as tecnologias, maiores e melhores áreas de terra mecanizáveis,
se relacionam com agroindústrias e cooperativas; os em transição, que possuem áreas
de terras menores ou com menor aproveitamento, suas benfeitorias estão em construção
e pelo tamanho da propriedade, em muitos casos não há viabilidade para grandes
investimentos e os periféricos com pouco ou nenhum acesso a políticas de crédito ou
assistência técnica, com infra-estrutura mínima e falta de capital para investimentos.
Os dados utilizados para essa análise levam em consideração o conceito de
agricultura familiar regido pela Lei 11.326/06, limitando a agricultura familiar a quatro
módulos fiscais, sendo este uma unidade de medida agrária expressa em hectares
utilizada como parâmetro para a classificação fundiária do imóvel rural quanto à sua
dimensão, sendo variável, fixada para cada município. Leva em consideração os tipos
de exploração existentes e suas significâncias na renda e área utilizada, sendo que se
forem utilizados dados regionalizados, poderão ser obtidos resultados significativos
para a agricultura familiar de acordo com as características desses estabelecimentos,
como consolidados, em transição ou periféricos.

2.2 Agricultura Familiar e as Perspectivas Agrícolas no Brasil - OCDE-FAO 2015-


2024
relatório “Perspectivas Agrícolas 2015-2024” publicado pela FA em
conjunto com a OCDE, em seu capítulo destinado à produção agropecuária brasileira
relata o desempenho do setor impulsionado pela expansão de terras agrícolas com
aumento de 34 milhões de hectares entre 1990 e 2012, introdução de novas tecnologias
de administração de terras e estímulo político, as perspectivas permanecem positivas,
mesmo considerando que o crescimento vai ser mais lento, tanto na demanda interna
quanto na internacional.
Relaciona desempenho e sustentabilidade, e em números médios o Brasil
apresenta pressões ambientais em seus diversos tipos de lavoura com utilização de
insumo intenso e alto uso de fertilizantes, preocupação com o uso da água na
agricultura e sua contaminação por pesticidas. Considera que houve avanços na
utilização da terra devido a técnica de plantio direto, reduzindo os riscos de erosão,
porem é significante a perda de área florestal e de biodiversidade.
Capra (1996) afirma que uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz suas
necessidades sem diminuir as expectativas das gerações futuras.
Segundo Sachs (1997), O conceito de sustentabilidade seria formado por cinco
componentes:
• a sustentabilidade social, que abrange a gritante desigualdade;
• a sustentabilidade econômica, voltada para a discrepância na concentração de
bens e riquezas em poucos;
• a sustentabilidade ecológica, ligada à preservação da biodiversidade e à
qualidade ambiental;
• a sustentabilidade espacial, que se refere à distribuição adequada dos
assentamentos humanos e, conseqüentemente, a distribuição territorial e, por
fim,
• a sustentabilidade cultural, voltada para a necessidade de se evitar conflitos
culturais .
Para Almeida (2007), concentra-se o bônus – a riqueza em parte auferida pelo
uso não sustentável dos serviços ambientais – nas mãos da minoria e distribui-se o ônus
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– na forma de poluição e quebra da infra-estrutura ambiental – para a maioria ou, pior,
para as futuras gerações.
Há uma necessidade premente para gerenciar o uso da biodiversidade e dos
recursos, e para conservar e restaurar os processos ecológicos. Isto requer o
desenvolvimento de métricas adequadas para medir e gerenciar a diversidade biológica
e as suas mudanças através de extinções e invasões (GALLEGO-ÁLVAREZ,
GALINDO-VILLARDÓN, RODRÍGUES-ROZA, 2015, pg. 104)
Por muito tempo a irresponsabilidade imperou sobre as atividades agrícolas, com
danos irreversíveis ao meio ambiente. Há necessidade de técnicas mais sustentáveis que
contemplem produtividade, mantenham as terras agricultáveis sem que percam suas
qualidades, qualificando os agricultores para que possam utilizar técnicas com menor
índice de agressão ao meio ambiente, que possam manter-se economicamente ativos,
possam ter condições de se manter no campo e não percam suas identidades culturais;
são estas algumas intervenções que podem ser destinadas aos pequenos produtores.
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece um compromisso claro com o
desenvolvimento, a distribui o da ri ue a, o combate pobre a e s desigualdades
sociais, os direitos sociais e a proteção do meio ambiente, por um lado, e com a
democracia participativa, de outro (Smanio, Gianpaolo, 2013).
As políticas públicas devem atender aos interesses da maioria da população,
deve existir a participação entre os envolvidos, seja na sua concepção ou para validação
ou avaliação de políticas já existentes, principalmente quando está relacionada a níveis
locais, dependendo desse envolvimento para a identificação de limites, possibilidades e
dificuldades.
A política agrícola historicamente vem se subordinando aos interesses mais
amplos da política econômica, entendida não apenas como políticas macroeconômicas,
quer monetária, iscal ou cambial, mas tamb m como políticas gerais voltadas
industrialização, a medidas previdenciárias e aos instrumentos gerais para interferir na
produção e na distribuição de renda (FEIJO, 2010).
O relatório aponta como marco para o fortalecimento da agricultura familiar e
como elemento c ave o “Fome Zero” programa de iniciativa do governo ederal, criado
em 2003 para o enfrentamento da fome e da miséria, no combate de suas causas
estruturais que geram exclusão social e para garantir a segurança alimentar, e que veio
de encontro ao Programa Nacional para Fortalecimento da Agricultura Familiar –
PRONAF.
Criado em 1996, O PRONAF tem o objetivo de promover o desenvolvimento
sustentável da agricultura familiar e surgiu para reparar falhas do mercado que levaram
os pequenos produtores a uma redução de seus cultivos, gerando diminuição de renda e
precariedade no acesso aos alimentos. O financiamento está relacionado a projetos
individuais ou coletivos, apresenta taxas de juros reduzidas em relação ao créditos
oferecidos por instituições financeiras privadas.
Mesmo com a oferta de linhas de crédito para o financiamento agropecuário,
verifica-se que ainda existem barreiras que dificultam essas obtenções pelos
estabelecimentos.

Tabela 4 – Estabelecimentos que não obtiveram financiamento, por motivo da não obtenção, segundo a
agricultura familiar - Brasil - 2006

Estabelecimentos que não obtiveram financiamento


Agricultura
Total Motivo da não obtenção
I CINGEN- Conferência Internacional em Gestão de Negócios 2015
Cascavel, PR, Brasil, 16 a 18 de novembro de 2015
UNIOESTE-Universidade Estadual do Oeste do Paraná
CCSA-Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Falta de
Falta de Não sabe pagamento Medo de
Outro Não
garantia como Burocracia do contrair
motivo precisou
pessoal conseguir empréstimo dívidas
anterior

Total 4.254.808 77.984 61.733 355.751 133.419 878.623 538.368 2.208.930

Familiar - Lei 11. 326 3.586.365 68.923 56.205 301.242 116.861 783.741 462.701 1.796.692
Não familiar 668.443 9.061 5.528 54.509 16.558 94.882 75.667 412.238

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

Pelos dados do IBGE, Censo Agropecuário 2006, de um total de 5.175.489


estabelecimentos, 4.254.808 não obtiveram financiamentos, correspondendo a 82,21%
do total, destes 84,29 % são estabelecimentos são familiares, sendo que 1,92% não
obtiveram por falta de garantia pessoal, 1,57% não sabem como conseguir, 8,40%
devido a burocracia, 3,26% estão inadimplentes com o empréstimo anterior, 21,85%
tem medo de contrair dívidas, 12,90% apontaram outros motivos e 50,10% não
precisaram de financiamentos.
Além desses fatores, deve-se levar em consideração, segundo Bittencourt (2003,
pg. 120):
que o Sistema Nacional de Crédito Rural no Brasil é seletivo, concentrador
de renda e demasiado caro para a União. É seletivo porque não consegue
atender toda a demanda, especialmente dos agricultores mais pobres, além de
estar muito concentrado nas regiões mais ricas do país. É concentrador de
renda porque os subsídios são vinculados ao valor financiado e não aos
produtores. Poucos agricultores como empréstimos de elevado valor ficam
com grande parte dos subsídios. É muito caro porque utiliza fontes com
elevado custo e paga aos bancos operadores um spread relativamente alto.

Mas deve-se destacar a importância do Programa para Aquisição de Alimentos


(PAA), implantado em 2003, que tem como objetivo garantir o acesso aos alimentos em
quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de
insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão social no campo por meio do
fortalecimento da agricultura familiar. Em 2009, o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE), que já existe desde 1955, exigiu que as escolas públicas adquirissem
no mínimo 30% dos alimentos de compras diretas dos agricultores familiares, abrindo
mercado para esses estabelecimentos.
A transferência de tecnologia é citada como medidas tomadas pela Embrapa e
organizações estaduais de pesquisa, implementando projetos em diversos setores como
pecuária, frutas e vegetais e colheitas de alimentos essenciais, proporcionando maiores
oportunidades à agricultura familiar em produtos onde a produção em escala é menos
evidente, gerando um aumento de renda e maior contribuição para melhorias na
segurança alimentar e nutrição.
O relatório reforça o papel do governo, com compromisso permanente com a
pesquisa e o desenvolvimento agrícola, mantendo parcerias entre setores públicos e
privados, promovendo melhorias em infra-estrutura e qualificação de capital humano,
serviços de extensões e suporte institucional, pois considera que os investimentos do
país nesses setores é relativamente baixo, sendo estes investimentos de longo prazo.

A participação dos agricultores no crescimento econômico do Brasil pode ser


aprimorada por maior investimento em educação, treinamento e serviços de
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extensão que proporcionem uma maior disseminação das tecnologias
existentes. Para muitos agricultores tradicionais, a chave para seu
desenvolvimento será o desenvolvimento rural balanceado que crie empregos
fora, e dentro da agricultura. O suporte ampliado, inclusive suporte à
educação e saúde pública, pode ajudar a consolidar os sucessos do Brasil na
redução da pobreza e eliminação da fome, assegurando o crescimento da
renda até níveis sustentáveis bem abaixo do limiar da pobreza. (OCDE-FAO,
Perspectivas Agrícola do Brasil 2015-2024)

Se dentro das perspectivas de crescimento da próxima década forem


consideradas melhorias não somente em quantidade produzida, mas também em
produções de forma sustentável, será diminuída a pressão exercida sobre os recursos
naturais, e nesse contexto deve-se dar atenção especial para a agricultura familiar que
dependem de apoio para que possa se manter na atividades agrícolas.

3 Metodologia
O presente trabalho classifica-se como pesquisa bibliográfica e descritiva.
Bibliográfica, pois buscou referências a fim de fundamentar os elementos base da
pes uisa e descritiva, em un o da análise e etuada no relatório “Perspectivas
Agrícolas 2015-2024” publicado pela FA em conjunto com a CD , em seu capítulo
destinado à produção agropecuária brasileira.
Quanto a abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa, visto que analisa os
dados publicados no relatório para a caracterização da agricultura familiar e sua
importância econômica para o país. A seleção dos materiais bibliográficos foi realizada
por meio da consulta às bases de dados do Spell (http://www.spell.org.br/), Portal de
Periódicos da CAPES e Google Acadêmico (http://scholar.google.com.br/), mediante
uso de palavras-chave relacionadas ao tema estudado, como: agricultura familiar,
sustentabilidade, economia, FAO, entre outros. A forma de registro e sistematização de
dados em condições de interpretação por parte do pesquisador decorre da técnica de
analise de conteúdo, que faz descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas,
ajudando a reinterpretar as mensagens e a atingir uma nova compreensão de seus
significados (SILVA, 2003).
4 Considerações finais
Os dados analisados contribuem para a caracterização deste setor quem tem
importância econômica e social para o país. A agricultura familiar sofre a pressão
econômica do modelo do agronegócio, sua eficácia, ou seu potencial de produção a
nível nacional é desproporcional aos estabelecimentos não familiares, dependendo de
uma análise local ou regional dos ambientes onde estão inseridos.
Esta eficácia está relacionada aos meios necessários para a produção agrícola,
onde os agricultores familiares são menos eficientes, com maior dificuldade na gestão
dos recursos e tecnologias, também pode-se relacionar a característica destes
estabelecimentos, como consolidados, em transição ou periféricos, sendo estas
informações não objeto de análise dentro dos dados colhidos.
Para o desempenho da agricultura familiar, é necessária a visão do Estado nas
suas várias condições, sua inserção socioeconômica, a sua disponibilidade de recursos
(terra, água, capital e tecnologia), sua localização geográfica, suas oportunidades de
acessos a mercados, insumos e informações e a conjuntura econômica do país que vão
influenciar na capacidade produtiva.
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Dentro das perspectivas agrícolas do país, os estabelecimentos familiares
encontram-se atrelados a políticas governamentais que possam fornecer apoio suficiente
para o aumento do potencial de renda agrícola, alem dos benefícios fornecidos a curto
prazo através dos programas de suporte ao preço e crédito, fomentar políticas a longo
prazo, que sirvam de alicerce para o desenvolvimento apoiado na produção rural.
É necessário para isso criar parcerias público privadas que estimulem a prática
de gestão nas pequenas propriedades, embasadas em capital humano, estimulando o
espírito empreendedor para que possam ser inseridos nas oportunidades de negócios,
tenham capacidade inovadora através de pesquisas e extensões relacionadas ao
desenvolvimento agrícola.
Todo esse envolvimento do estado é necessário para que a renda agrícola destes
estabelecimentos seja maior que o custo de oportunidade de trabalhos não agrícolas,
garantindo o espaço para a agricultura familiar no Brasil, que é parte significativa do
setor rural brasileiro, ter uma visão geral do problema e definir estratégias de
desenvolvimento de acordo com as necessidades locais.

Referências

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BITTENCOURT, G.A. Abrindo a Caixa Preta: o financiamento da agricultura


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Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Campinas, 2003.Disponível em:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000307081&fd=y.
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I CINGEN- Conferência Internacional em Gestão de Negócios 2015
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https://www.fao.org.br/download/PA20142015CB.pdf

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