Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Alessandra Troian
2
Dionéia Dalcin
3
Sibele Vasconcelos de Oliveira
1
Mestranda. Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: xatroian@gmail.com
2
Mestranda. Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: dioneiadalcin @yahoo .com.br
3
Economista. Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: sibele_oliveira @yahoo.com.br
1. INTRODUÇÃO
A análise histórica da economia agrícola brasileira mostra que a atividade leiteira foi
a mais penalizada pelas políticas públicas. Os efeitos provocados pelo tabelamento de
preços, ainda estão vivos na lembrança do produtor. Assim, a atual situação tem muito a ver
com as políticas públicas que discriminaram essa atividade (GOMES, 1995).
Segundo Gomes (1995) a característica mais marcante das políticas públicas que
afetaram a atividade leiteira diz respeito à busca de resultados imediatos ou de curto prazo.
Pouco se fez numa perspectiva de longo prazo, objetivando solucionar os problemas
estruturais da atividade. Dessa forma, é injusto atribuir somente ao produtor a culpa do
atraso tecnológico, este apenas acomoda as condições que lhe são impostas.
A exploração da atividade leiteira no Brasil compõe significante atividade do setor
agrícola e desempenha papel relevante no processo de desenvolvimento econômico e
social do país. O mercado do leite vem sofrendo sérias transformações nos aspectos,
econômicos, de qualidade e higiene, desde sua produção até a comercialização. As
especificidades do produto final, em especial a qualidade, se encontram intimamente ligada
à sua matéria-prima advinda da propriedade rural.
Segundo Peraci (2007), representante do MDA em entrevista ao MilkPoint, o leite
pode ser considerado um dos produtos mais importantes para a agricultura familiar
brasileira. Além de estar presente em mais de 1,8 milhões de propriedades rurais,
representar 52% do valor da produção de leite brasileiro, a atividade leiteira gera rendas
mensais para os agricultores facilitando a gestão do capital da propriedade.
Além de produto indispensável na alimentação humana, o leite apresenta-se como
uma atividade econômica de suma importância na economia do Brasil e, em especial, para
um número significativo de agricultores familiares. O país encontra-se em sétimo lugar na
produção mundial. No ano de 2005, foram produzidos aproximadamente 23,3 bilhões de
litros, tendo, nos últimos anos, produção e crescimento contínuo (EMBRAPA, 2006). O Rio
Grande do Sul é o segundo estado brasileiro produtor de leite, produz 10,6% da produção
nacional, sendo 85% dessa advinda da produção familiar (CORLAC, 2004).
Assim, evidencia-se que a atividade leiteira é típica de pequenas propriedades,
apresentando-se como fonte de renda mensal da família, ao contrário de outras culturas e
criações, proporcionando vantagem pelo baixo percentual de perdas durante períodos secos
e pela rápida recuperação após a época das chuvas.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4
Entende-se Sistema Agrário, como um instrumento teórico para estudo da realidade, sendo definido como “um
modo de exploração do meio historicamente constituído e durável, um sistema (técnico) de forças produtivas,
adaptado às condições bioclimáticas de um espaço dado, compatível com as situações e necessidades sociais
do momento” (DUFUMUIER, 2007, p. 62).
O estudo contou com duas etapas: uma marcada pelo levantamento de informações
secundárias e revisão bibliográfica e, outra pela investigação in loco, a qual utilizou
entrevista semi-estruturada e convívio na unidade de produção.
Para a análise econômica foram utilizados os dados financeiros obtidos a partir da
média dos anos agrícolas de 2003, 2004 e 2005, visto que a pesquisa realizou-se em
setembro de 2005.
Para a obtenção dos resultados econômicos utilizaram-se das seguintes medidas:
Produto Bruto (PB): Expresso pelo valor monetário da produção física gerado
exclusivamente pela unidade de produção durante um ciclo de produção.
Consumo Intermediário (CI): Expresso pelo valor dos bens e serviços consumidos
no decorrer do ciclo de produção.
Depreciação (D): Corresponde à fração de valor dos meios de produção que são
consumidos do decorrer de vários ciclos. Fórmula: D: (valor novo-valor residual)/número de
anos.
Valor Agregado Líquido (VAL): Quando o produtor acrescenta trabalho aos
insumos e ao capital fixo de que dispõe, ele gera novas riquezas, agregando valor a essas
mercadorias. Formula: VAL= PB - CI – D.
Renda Agrícola (RA): É a parte do Valor Agregado que fica com o produtor após o
pagamento de todos os encargos. Fórmula: RA= VA – J - S –T –I.
4. O MUNICÍPIO DE CAIÇARA
5
O valor do salário mínimo é referente ao ano de 2005, ou seja, R$ 300,00.
6
NRS: um salário mínimo, para fins de cálculos utilizou-se 13 meses.
O NRS por UTF, é ultrapassado, apenas com a atividade leite, possibilitando
ainda que se desenvolvam outras atividades. Resultado de 7,15 salários mensais por UTF.
O retorno de capital que o leite proporciona é de R$ 2,58 (PB/CI).
À renda que a atividade leite proporciona é mensal.
Ter associação para diminuir custos, melhorar a genética e eficiência da
atividade.
As políticas públicas são importantes para a unidade, em especial para
financiamentos, para capital de giro, e no inicio da atividade. Também é destaque a IN 51 a
qual proporciona ao produtor ter uma propriedade considerada Top de linha, por apresentar
boas características de higienização e instalações e assim obter melhores preços.
6. CONCLUSÃO
PELLINI, T.; TANAKA, J. M. U.; SOUZA, L. G. A.; LIMA, M. R.; TELLES, T. S. Agricultura
Familiar: pecuária leiteira como lócus das Políticas Públicas paranaenses. In: XLIV
Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2006, Fortaleza.
Anais do XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural. Brasília:
Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2006.
VILELA, D.; BRESSAN, M.; GOMES, S. T.; et al. O agronegocio do leite e políticas
públicas para o seu desenvolvimento sustentável. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite,
2002.
WANDERLEY, M. de N. B. Raízes históricas do campesinato brasileiro. In: TEDESCO, João
Carlos (org). Agricultura familiar: realidades e perspectivas. 2 ed. Passo Fundo: EDIUPF,
1999.