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Investimentos estatais que favorecem a agricultura familiar frente

ao agronegócio

Autoria: Derek Bisland Marchesan, Guilherme Arakaki Rodrigues de Oliveira, Jeniffer de


Souza França e Juan Carlos Sertori de Oliveira.

RESUMO

Este artigo aborda o tema dos investimentos estatais voltados para a agricultura
familiar, em contraste com o apoio que o agronegócio recebe. A agricultura familiar
desempenha um papel crítico na garantia da segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e
desenvolvimento rural. No entanto, essas empresas de pequena escala muitas vezes enfrentam
dificuldades na aquisição de recursos e assistência governamental. Por outro lado, o
agronegócio recebe investimentos governamentais mais significativos devido às suas
contribuições para a economia e para a balança comercial. O objetivo desta pesquisa é
esmiuçar os investimentos estatais que favorecem a agricultura familiar, tomando como
exemplo políticas e programas implementados em diversos países. A pesquisa analisará os
efeitos desses investimentos, bem como compartilhará as melhores práticas e lições
aprendidas. O estudo destaca a importância da agricultura familiar como opção sustentável
para a produção de alimentos e recomenda táticas para aumentar e ampliar o apoio do Estado,
promovendo um sistema agrícola mais abrangente e equitativo.

Palavras-chave: Agricultura familiar; Agronegócio; Pronaf; Governo.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste escrito trabalho é esmiuçar e deliberar sobre a destinação de


investimentos estatais que priorizem a agricultura familiar ao invés de financiamentos
direcionados ao agronegócio. A agricultura familiar é fundamental para garantir a segurança
alimentar, o crescimento das áreas rurais e a manutenção da sustentabilidade ambiental. No
entanto, apesar de suas contribuições significativas, a agricultura familiar frequentemente
encontra obstáculos na obtenção de recursos e apoio governamental em comparação com o
agronegócio.
A marca da agricultura familiar reside na sua propriedade e gestão pelas famílias, bem
como na sua dependência do trabalho dos membros da família. Este tipo de cultivo é
conhecido por sua produção variada e estreita ligação com o meio ambiente local. Além de
sua importância econômica, a agricultura familiar também serve para manter as práticas
agrícolas tradicionais e preservar a cultura local. Além disso, é um fator vital para a garantia
da segurança alimentar, atribuindo-se-lhe uma percentagem assinalável da produção alimentar
local e regional.
O agronegócio se destaca pela ênfase na exportação de produtos agrícolas, bem como
pelo uso intensivo de tecnologia e capital para produção em larga escala. Essa forma de
agricultura tem conquistado maior apoio financeiro e investimentos do governo devido ao seu
potencial de geração de renda e sua contribuição para a balança comercial do país. No
entanto, essa vocação para o agronegócio muitas vezes leva a disparidades e dificuldades
enfrentadas pela agricultura familiar de pequena escala.
Compreender como os investimentos do Estado podem ser direcionados para apoiar a
agricultura familiar é crucial para alcançar o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

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Investimentos direcionados, incluindo melhor acesso ao crédito, assistência técnica,
infraestrutura e políticas de comercialização, podem aumentar muito a resiliência e a força da
agricultura familiar diante de vários desafios.
O objetivo deste artigo é explorar as instâncias de financiamento governamental que
foram implementadas em vários países para promover a agricultura familiar e examinar suas
consequências e resultados. Isso envolverá uma análise minuciosa de estudos de caso e
pesquisas que examinam as políticas e programas estabelecidos para ajudar a agricultura
familiar em diversos contextos, mostrando abordagens bem-sucedidas e conhecimentos
adquiridos.

REFERENCIAL TEÓRICO

A Agricultura Familiar no Brasil


Segundo o IBGE, 3,9 milhões de propriedades se encaixam na classe de agricultura
familiar, representando 77% dos estabelecimentos rurais no Brasil, monetariamente essa
classe movimenta R$107 bilhões, sendo 23% de toda produção agropecuária brasileira
(CENSO, 2017). Assim, entende-se que, além de ser a base da alimentação mundial, no Brasil
carrega responsabilidade de levar alimento para a mesa de seus residentes e dispensa dados
para defender sua importância (Hoffmannn, pg. 420, 2014,).
Lima, Silva e Iwata (2019) destacam a diversidade de formas de agricultura existentes
no país, ressaltando a importância da agricultura familiar para a preservação dos recursos
naturais, segurança alimentar e desenvolvimento local. Dessa forma, essa classe se caracteriza
pelo envolvimento direto da família no processo produtivo, com base em conhecimentos
tradicionais e práticas sustentáveis. Com isso, esse sistema de produção se destaca por escalas
menores de produção e o uso constante da mão de obra familiar.
Para Mattei (2014), a agricultura familiar efetua uma responsabilidade primordial na
geração de emprego e renda, colaborando para a redução da pobreza e a promoção da
inclusão social no meio rural. Além disso, Mattei ressalta a habilidade da agricultura familiar
em promover a segurança alimentar e a produção de alimentos saudáveis. Vale ressaltar que,
apesar das barreiras enfrentadas pelos agricultores familiares, como acesso limitado a
recursos e infraestrutura, eles têm demonstrado resistência e adaptabilidade, buscando
alternativas menos agressivas ao meio ambiente para a produção agrícola.
Outrossim, observa-se a importância do agronegócio familiar no Brasil, no que tange a
geração de emprego e renda, na produção de alimentos e no fortalecimento das economias
locais (GUILHOTO et al., 2006). Consequentemente, faz-se necessário a adoção e adesão de
políticas que promovam a articulação entre o agronegócio familiar e as cadeias produtivas,
visando a valorização e o desenvolvimento sustentável desse setor. Assim, entende-se também
os diferenciais dessa classe no que tange às vantagens competitivas, como a produção de
alimentos diversificados, a preservação dos recursos naturais e a contribuição para a fixação
das famílias no campo.
A discussão sobre o conceito de agricultura familiar tem sido objeto de debates
acadêmicos e políticos complexos, destacando a necessidade de compreender sua natureza
multifacetada e dinâmica. Autores como Long (2001) enfatizam a importância de considerar
não apenas os aspectos produtivos e econômicos, mas também os laços familiares, as relações
sociais e a gestão do trabalho no âmbito da agricultura familiar. Essa perspectiva mais
abrangente busca contextualizar a agricultura familiar dentro de seu contexto sociocultural,
reconhecendo-a como uma forma de organização econômica e social que abrange múltiplas
atividades e relações. Nesse sentido, a agricultura familiar não se restringe apenas à produção
agrícola, mas também abrange aspectos como a reprodução social, a cultura, a transmissão de

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conhecimentos e a identidade. Essa abordagem holística contribui para uma compreensão
mais completa e aprofundada da agricultura familiar como uma realidade complexa e em
constante evolução.
Por outro lado, é importante mencionar que há abordagens mais restritas que buscam
definir a agricultura familiar com base em critérios mais específicos. Kay (2002), por
exemplo, propõe uma visão mais focada na propriedade e gestão familiar da terra como
fatores determinantes para a identificação da agricultura familiar. Nessa perspectiva, a
agricultura familiar é caracterizada principalmente pela presença da família como unidade de
trabalho e gestão, com a propriedade da terra sendo transmitida de geração em geração. Essa
abordagem mais restrita estabelece critérios claros para distinguir a agricultura familiar de
outras formas de produção agrícola, destacando sua ligação intrínseca com a família e a
propriedade familiar. No entanto, é importante ressaltar que essa definição pode negligenciar
outras dimensões importantes da agricultura familiar, como a diversidade de atividades
econômicas, a participação em redes sociais e econômicas, e as estratégias adaptativas
adotadas pelos agricultores familiares.
Além das discussões sobre a definição ampla ou restrita da agricultura familiar,
também é fundamental reconhecer a diversidade existente dentro dessa categoria. A
agricultura familiar engloba uma ampla variedade de contextos, realidades e condições
socioeconômicas, refletindo a heterogeneidade presente nas diferentes regiões e países.
Autores como Teixeira (2009) argumentam que a agricultura familiar é um conceito complexo
e multifacetado, influenciado por fatores como a agroecologia, a agricultura de subsistência, o
acesso a recursos produtivos, a participação em mercados e as dinâmicas territoriais. Essa
diversidade implica que não existe um único modelo de agricultura familiar, mas sim uma
multiplicidade de formas e práticas adaptadas às particularidades de cada contexto.
Reconhecer e valorizar essa diversidade é essencial para o desenvolvimento de políticas e
estratégias que atendam às necessidades e demandas específicas dos agricultores familiares
em suas diferentes realidades, promovendo sua resiliência, sustentabilidade e inclusão social.
Todavia, entende-se a necessidade de um olhar mais atento à classe, principalmente no
que diz respeito à relação entre agronegócio e agricultura familiar no Brasil, visto a urgência
de uma transformação democrática no meio rural. Entende-se a importância de políticas
públicas adequadas e estratégias que valorizem a agricultura familiar como uma alternativa
viável e sustentável de produção agrícola. Para que, só assim, seja saudável uma coexistência
entre o agronegócio e a agricultura familiar, buscando equilíbrio e produtividade que resultem
em segurança alimentar. (DELGADO, 2012).

Agricultura familiar versus Agronegócio


Dada a relevância da agricultura familiar e do agronegócio para o desenvolvimento
rural no Brasil, as discussões sobre a relação entre agricultura familiar e agronegócio são de
grande interesse no meio acadêmico e nas políticas públicas. Caracterizada por unidades
produtivas de pequeno e médio porte, a agricultura familiar desempenha papel fundamental
na segurança alimentar, preservação cultural e desenvolvimento socioeconômico das
comunidades rurais. Já o agronegócio é formado por grandes empresas e cadeias produtivas
de escala industrial responsáveis ​pela produção em larga escala, exportação e competição nos
mercados globais. Essas duas realidades convivem e interagem no contexto da agricultura
brasileira, gerando debates sobre seu impacto econômico, social e ambiental
Delgado (2012) lança luz sobre os desafios que a agricultura familiar enfrenta para
expandir o agronegócio no Brasil. Os autores destacam a importância das transições
democráticas no meio rural, destacando a necessidade de políticas públicas inclusivas que
promovam a sustentabilidade socioambiental e reduzam as disparidades socioeconômicas

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existentes no meio rural. Ele enfatizou a importância de ver a agricultura familiar como uma
forma viável de produção que contribui para a segurança alimentar, preservação cultural e
conservação dos recursos naturais.
Ademais, vale questionar também acerca da dicotomia entre agronegócio e agricultura
familiar, já que esses setores não devem ser vistos como antagônicos, mas complementares.
Destaca-se a importância da agricultura familiar na promoção da diversidade produtiva, que
tem papel fundamental na oferta de alimentos diversos e de qualidade e na manutenção da
agrobiodiversidade. Por outro lado, é necessário reconhecer o papel do agronegócio na
comercialização, agregação de valor e acesso a mercados, enfatizando a necessidade de
colaboração entre os dois setores para promover um desenvolvimento rural mais equilibrado e
inclusivo (BATALHA E SOUZA FILHO, 2003)
De igual modo, faz-se necessário discutir a dinâmica sociopolítica do Brasil rural,
destacando os conflitos e tensões entre a agricultura familiar e o agronegócio. Vale mencionar
as disputas por recursos naturais, terras, políticas públicas e representação política que podem
gerar desigualdade e impactar negativamente a agricultura familiar. Entende-se que a
concentração de poder e influência no agronegócio pode pressionar a agricultura familiar,
limitando seu potencial de crescimento e reprodução social. Assim, é importante promover
políticas que valorizem e fortaleçam a agricultura familiar e promovam sua participação ativa
nas decisões que afetam o meio rural (SAUER, 2008).
Para Bruno (2016), as desigualdades existentes entre o agronegócio e a agricultura
familiar no Brasil, abordando as assimetrias de poder, acesso a recursos e oportunidades
econômicas entre os setores. Destaca-se a importância de políticas públicas que visem reduzir
essas desigualdades e promover a integração social e econômica da agricultura familiar. Ela
enfatizou a necessidade de reconhecer e valorizar o papel da agricultura familiar como
produtora de alimentos saudáveis ​e preservadora do patrimônio cultural e ambiental, além de
promover a geração de emprego e renda no meio rural.
Outrossim, observa-se falsos contrastes entre agricultura familiar e agricultura. A
polarização entre os setores é superficial e parece não refletir a complexidade das relações
entre eles. Assim, a agricultura familiar pode ser parte integrante de um empreendimento
agrícola, atuando em diferentes etapas da cadeia produtiva, desde a produção até a
comercialização. Observa-se ainda que o agronegócio pode coexistir e colaborar com a
agricultura familiar por meio de parcerias, compras diretas e mercados diferenciados. De
igual modo, enfatiza-se a importância de uma abordagem mais ampla e integrada que
reconheça as interações e sinergias entre os setores, com o objetivo de um desenvolvimento
rural sustentável e inclusivo (CAUME, 2009).
Por fim, vale também uma análise partindo de uma perspectiva ideológica. Da Silva e
Breitenbach (2013) argumentam que a polarização entre setores tem sido alimentada por
discursos ideológicos que simplificam a realidade e limitam a compreensão das diversas
formas de agricultura existentes. Eles enfatizam a importância da superação dessas gaiolas
ideológicas e de uma abordagem mais ampla que leve em conta a diversidade de práticas
agrícolas, valorize os diferentes sistemas de produção e promova a cooperação entre a
agricultura familiar e o setor agrícola.
Em síntese, compreender as interdependências, complementaridades e tensões entre
essas áreas é essencial para desenvolver políticas públicas mais adequadas que promovam a
inclusão, a sustentabilidade e a justiça social no meio rural brasileiro.

Programas investidos pelo governo


Além disso, visto a importância dos agricultores familiares, na qual foram crescendo
nas últimas décadas, em termos de produtividade, relevância e impacto no consumo interno

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do Brasil, com isso foram direcionados por políticas públicas e programas de apoio à
produção e necessidades desses trabalhadores. Consequentemente, os agricultores
conseguiram auxílio em atendimentos diferenciados, nas quais envolvem diminuir a
insegurança alimentar, apoio na produção e investimentos por parte do Estado. Assim, os
agricultores familiares conseguem fornecer produtos de qualidade para toda a população.
Em primeiro plano, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf), que surgiu em 1995, teve como intuito auxiliar os agricultores, por possuírem
poucos recursos ou equipamentos para as atividades agrícolas. Segundo o BNDES, o Pronaf
auxilia também no financiamento e investimentos para desenvolver a capacidade produtiva,
comercialização de seus produtos e aprimoramento da qualidade dos produtos. Também ajuda
no apoio na exploração de atividades turísticas rurais.
Por conseguinte, o Pronaf, na questão operacional, aprimora as capacidades de
atuação, como fornecimento do crédito de custeio, financiamento para a infraestrutura interna
dos agricultores, além dos serviços municipais em todo o território nacional. Também fornece
ensinamentos profissionalizantes para desenvolver as capacidades, por meio de cursos e
treinamentos, nas quais conselheiros municipais e profissionais são responsáveis pela
implementação de políticas para o desenvolvimento das atividades rurais (SCHNEIDER,
Sergio; 2004).
Com isso, pelos diversos apoios, vários agricultores familiares decidiram aderir a este
programa, na qual o quadro abaixo exemplifica, sendo que o número de contratos em 1995,
era de trinta e dois mil, enquanto em 1998 era de setecentos e dez mil aproximadamente.
Logo, demonstra que em um período de 3 anos, houve um crescimento em mais de vinte
vezes desde o período de sua criação. Sendo que atualmente, o Pronaf recebeu mais de
cinquenta e três bilhões de reais de recursos pelo Governo Federal, demonstrando a
importância das capacidades que o Pronaf fornece aos agricultores.

Além do Pronaf, existem dois programas que são de extrema importância para os
agricultores, sendo eles o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA). O PNCF tem como objetivo a redução da falta de recursos
dos agricultores e desenvolver a qualidade de vida deles. Sendo por meio de aquisições de
terras, na qual poderia oferecer a capacidade de autoconsumo e produção para o mercado.
(GALINDO, Ernesto; 2015).
O motivo dessa importância para aquisição de terras, além da produção, é por conta da
facilidade do acesso ao crédito, pela questão do título de terra. Com o crédito, os agricultores
conseguiriam desenvolver suas plantações e ter maior investimento interno.
Consequentemente, diminuiria a pobreza por parte dos agricultores, melhoraria a qualidade
dos produtos agrícolas, diminuiria a insegurança alimentar e teria maior capacidade de
investimento para seus campos rurais (GALINDO, Ernesto; 2015).
O PNCF é dividido em duas formas de financiamento, sendo eles o Combate a
Pobreza Rural (CPR), auxiliando os mais necessitados nos campos rurais. O público principal

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da CPR é o nordeste, especificamente a região do semiárido, sendo que auxiliam em possíveis
financiamentos de imóveis e infraestrutura, desenvolvendo as terras dos agricultores.
Também, a Consolidação da Agricultura Familiar (CAF), com o foco em fornecer terras aos
agricultores. A intenção do CAF é oferecer terras aos responsáveis pelos minifúndios com o
intuito de aumentarem suas terras, porém, não possuem capacidade financeira (GALINDO,
Ernesto; 2015).
Assim, o principal impacto do PNCF é o aumento do patrimônio dos indivíduos, por
conta dos financiamentos e aquisições de novas terras, demonstrando em um aumento de 70%
do crédito fundiário em relação aos beneficiários do PNCF, no período de 2006 a 2012.
Também, em relação à renda, no período de 2006 a 2010, os novos beneficiários tiveram um
aumento de 110%, enquanto os beneficiários de 167%, mostrando o enorme impacto por
conta desse programa. Além de auxiliarem bastante a região nordestina, pelo acesso a
financiamentos, crédito e possíveis investimentos (BRITO, Marcos; 2013).
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado em 2003 com o intuito de
diminuir a fome no Brasil, especialmente para pessoas com insegurança alimentar e fortalecer
os agricultores familiares. A operação da PAA envolve comprar os alimentos produzidos
pelos agricultores e depois oferecer às pessoas com necessidades, sendo que, essa ajuda
melhorou tanto na comercialização de produtos, quanto em promover incentivos a produtos
orgânicos (HESPANHOL, Rosângela; 2013).
Em dados do PAA, entre 2006 a 2011, houve um aumento relevante dos participantes,
sendo um aumento de 46% na região nordeste, 23% na região sudeste e 19% na região sul.
Logo, aumenta as capacidades de atuação do programa e maior aderência por parte dos
agricultores. Também, especificamente na região sudeste, o PAA auxilia o município de
Dracena e região, por conta das dificuldades industriais e da grande importância da
agropecuária. Sendo que, a principal comercialização da cidade é relacionada especificamente
a alimentos, por conta de ser a principal atividade econômica da região, logo, a PAA
conseguiria aumentar essa comercialização e diminuir as necessidades desses agricultores
(HESPANHOL, Rosângela; 2013).
A PAA atualmente é de grande importância, por conta dos aumentos da insegurança
alimentar no Brasil, por conta dos agricultores familiares terem dificuldade em comercializar,
produzir e possuir produtos para autoconsumo, além da questão da qualidade. Além de
auxiliar em incentivos para cultivar, vender e melhorar o desenvolvimento interno na questão
estrutural e técnica (ASSIS, Silmara; 2015).

METODOLOGIA E COLETA DE DADOS

A necessidade de compreender a agricultura familiar no Brasil precisa de uma análise


de literatura, sendo uma pesquisa para aprofundar o conceito, exemplificar as dificuldades
destes trabalhadores, longo período de resposta, por parte do governo, para auxiliar este
grupo, por meio de investimentos ou políticas públicas de apoio. Com isto, favorece a
aplicação teórica, promovendo o desenvolvimento do tema “agricultura familiar”, logo, o
referencial teórico permite o maior entendimento sobre a atual situação desses trabalhadores,
por meio de dados coletados pelas notícias, artigos científicos e as atuais políticas públicas
para os trabalhadores rurais.
Consequentemente, o presente trabalho tem o intuito de compreender o lado dos
agricultores familiares, demonstrando como os investimentos estatais ou apoio por políticas
públicas, auxilia no desenvolvimento de suas capacidades. Por conseguinte, a análise envolve
um estudo por meio de dados quantitativos (como o IBGE e Censo Agropecuário) , pelos
artigos, notícias analisadas, leis e políticas públicas. Com isso, será possível compreender

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esses dados, para uma melhor compreensão da importância desses investimentos para os
trabalhadores, como, por exemplo, aumento da capacidade produtiva, diminuição da
insegurança alimentar e melhoria da qualidade dos produtos produzidos.
Em primeiro plano, sobre as dificuldades do agricultor familiar, envolve a falta de
investimento interno (por serem humildes), pouco estudo sobre maneiras de se utilizar as
técnicas agrícolas, insegurança alimentar, clima, falta de apoio do Estado, dificuldades para
vender os produtos, entre outros. Sendo que, durante a pandemia da COVID-19, segundo o
site Globo Rural, os agricultores estavam com dificuldades em manter protocolos sanitários.
Por conseguinte, os trabalhadores estavam com dificuldades em vender seus produtos pelo
medo dos consumidores em se contaminar com a doença da COVID.
Também, segundo os dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e
Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), relatou em 2022 que 18,6% dos agricultores
familiares passam por insegurança alimentar grave. Sendo que, 63,8% dos trabalhadores
rurais passam por algum tipo de insegurança alimentar, na qual os dados desde 2013,
demonstraram que a insegurança vem aumentando, de 35,3% para 46,4% em 2018. Inclusive,
em 2018 houve uma queda de 14% dos gastos, por parte dos trabalhadores, em relação à
alimentação.
Ademais, a agricultura familiar, segundo os dados do IBGE 2017, relatam que 77%
dos estabelecimentos rurais, são considerados dessa classificação. Além de 23% da área rural
do Brasil, representa esses trabalhadores, na qual possui aproximadamente 10 milhões de
trabalhadores, representando 67% do número total de trabalhadores no meio rural. Sendo que,
81% são homens e 19% mulheres, na qual a faixa etária deste grupo é entre 45 a 54 anos,
além de apenas 5% terem ensino superior.
Com isso, segundo o Censo Agropecuário de 2017, relatou que a agricultura familiar
trouxe uma receita de 106,5 bilhões de reais, sendo 23% do total. Também, na participação de
hortaliças e alguns outros produtos, tem uma participação de aproximadamente 80% da
produção. Além disso, tem a participação de 31% na produção bovina, aproximadamente 45%
na de aves e 51% nos suínos. Assim, a seguinte tabela do Censo Agropecuário, demonstra
outros produtos e sua participação na agricultura familiar.

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Portanto, com essa coleta de dados, juntamente com notícias, artigos, referenciais
teóricos, será possível analisar e discutir, para assim, aprofundar a questão da importância da
agricultura familiar no Brasil. Além disso, também é possível aprimorar a discussão sobre
como os investimentos podem ser relevantes para esses trabalhadores, pelo quesito de terem
muito impacto na produção interna, tanto de verduras, hortaliças, carnes, entre outros.
Logo, demonstra mais ainda porque esses agricultores não podem ser negligenciados,
ainda mais por serem pessoas humildes, consequentemente, tem dificuldades em utilizar
técnicas agrícolas, problemas com insegurança alimentar, vendas dos produtos e capacidade
de produzir produtos de qualidade. Sendo por meio de Programas de auxílio aos agricultores,
leis, investimentos do Estado, possibilidade de utilizar o crédito e possíveis ensinamentos
sobre como plantar e manter corretamente a qualidade de vida de seus produtos, além de
evitar doenças e seguir corretamente os protocolos sanitários.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Apesar de suas intenções várias, o valor real daqueles programas mencionados (Pronaf,
PAA, etc.) só pode ser visto através dos resultados das suas aplicações, e de como afeta
aqueles que eles são destinados a ajudar. E é isso que fizemos a partir de uma análise
bibliográfica.
Em um estudo realizado sobre os agricultores familiares no município de Ijuí/RS
(BELTRAME,PEREIRA,2017), houve a afirmação de grande melhoria de acesso aos
programas financeiros, trazidos pelo programa Pronaf, aos agricultores da região. Com as
linhas de crédito disponíveis (de Pronaf) permitindo um acesso melhor de finanças, que levou
os agricultores a afirmar que tivesse levado ao acesso de subsídios financeiros e dado apoio
aos produtores. Pode ser percebido um resultado disso política de dar acesso aos produtores
de renda pequena ao investimentos na sua produção (e, por consequência, oportunidade de
seu próprio desenvolvimento econômico):
“Os agricultores conseguiram com o Programa investir
em novos galpões, aprimorar ou adquirir novas estufas,
comprar maquinário agrícola, investir na terra, entre
tantos outros.” (Resultados do Pronaf aos agricultores).

Apesar dos benefícios que a Pronaf está demonstrando de trazer aos agricultores
familiares, há ainda a sugestão, a partir de dados trazidos pelo artigo Impactos
Socioeconômicos Ocasionados pelo Pronaf para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar
(BELTRAME,PEREIRA,2017), de algumas deficiências ainda presentes no campo com a
presença do Pronaf. Um ponto notável é que parece que há uma disparidade de gênero
sugerido pelo fato que 90% de respondentes entrevistados no estudo em questão eram
masculinos. Mas, mais significante são os pontos concluídos pelos autores que, ainda que o
Pronaf traz amplo acesso ao Crédito para os agricultores familiares (e assim, o capital
necessário para investir no desenvolvimento de sua produção), ainda há uma grande obstáculo
para esses produtores no momento de venda, na forma de incerteza com o mercado, e assim,
com a rentabilidade de sua produção. Citando o artigo em se, o Pronaf:
“...sozinho não gera maiores ganhos às famílias, uma
vez que a agricultura familiar está à margem do
mercado e precisa trabalhar bastante para garantir seu
sustento.” (BELTRAME, PEREIRA, 2017).

“Muitas famílias agricultores se sentem desmotivadas.

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De um lado, o governo apoia o acesso ao Pronaf…
...Por outro lado, o mesmo governo não os apoia no
momento de vender…” (BELTRAME, PEREIRA,
2017).

Isso não só prejudica o bem estar, e segurança financeira dos agricultores, mas também
desmotiva-os a expandir a sua produção, possivelmente reduzindo o potencial rural sobre a
quantidade de alimentos produzidos. Pois, com pouco garantia de vender as suas bens
produzidas ao mercado, um produtor rural possui pouco incentivo de investir em aumentando
na sua produção, e até pode reduzi-lo, se as suas níveis atuais trazem perdas excessivas. De
acordo com os dados do artigo, de 50% á 60% da renda dos produtores familiares tem que ser
reinvestidos na produção como consequência (BELTRAME,PEREIRA,2017), e com o fato
que o preço de seus produtos, seguindo o artigo, é de baixíssimo valor no mercado, isso deixa
pouco espaço para grandes retornos dos seus investimentos.
Complementando os avanços da programa Pronaf, e ajudando-lo com algumas das suas
deficiências, é a Programa de Aquisição de Alimentos, que (junto com a Programa Nacional
de Alimentação Escolar) era o foco do artigo de pesquisa ‘Efeitos dos Programas
Governamentais de Aquisição de Alimentos para a Agricultura Familiar em Espera Feliz,
MG’ ( ). Esse estudo (com dados de 2014, seguindo famílias agrícolas em Espera Feliz, MG)
anotou que, para aqueles agricultores envolvidos no estudo, as compras institucionais
envolvidas na PAA tiveram sucesso em superar as dificuldades em acessar os outros
mercados.
Aqui, o programa deu, para os agricultores, um mercado garantido, levando a uma maior
confiança nos agricultores ao produzir mais, com menos probabilidade dos prejuízos
financeiros trazidos por um mercado instável. A consequência disso é que, para 83,6%
daqueles agricultores entrevistados houve aumento na sua produção de alimentos a partir da
inserção no PAA e PNAE. Esses dados mostram um claro resultado de como a demanda
maior trazida por esses programas permite agricultores familiares aumentarem a sua oferta, e
assim, com menos probabilidade de perda de bens produzidos, garantindo receitas maiores
para reinvestir no seu desenvolvimento.
Uma resultada que pode ser ligado ao isso (como consequência da inserção dos agricultores
no PAA e PNAE), é a aumenta da heterogeneidade e qualidade de produtos agrícolas que
pode ser associada aos programas ( ), possivelmente devido ao maior confiança dos
agricultores em investir na produção de novos bens de alimento, e em novas técnicas de
produção. Isso aumenta a diversidade e qualidade de bens de alimentos e têm consequência de
trazer maior diversidade nutricional às comunidades rurais alimentadas por esses produtores,
e assim leva a uma aumento de saúde para aqueles quem os acessa.
Um outro estudo sobre os efeitos da programa PAA, com as suas dados coletados numa
outra municipalidade em Minas Gerais no mesmo ano (Ubá, MG, 2014) mostrou um índice
de percepção de aumenta de produção (devido ao inserção ao programa PAA) um pouco
menos adequado, com somente 51,72% de respondentes dizendo que houve, para eles, maior
exigência/adequação ao Banco de Alimentos (com o fornecimento de comida ao Bancos de
Alimentos, a partir das agricultores familiares, sendo um foco do estudo), e somente 60,34%
dizendo que eles eram satisfeitas com os inscritos deles na programa PAA. Apesar desse
resultado, as famílias inscritas ainda tiveram renda de 94,83% dentro da categoria
operacional, e tenderam ter tido melhorado econômico por ser inscrito no programa. Por esse
motivo, os autores concluíram que:“É necessário que o PAA se torne cada vez mais um instrumento
fortalecedor da agricultura familiar” (Ubá, MG, 2014).
A partir desses resultados analisados, pode-se perceber a utilidade desses programas, e de
como os programas PAA e PNAE complementam aqueles deficiências mostradas pelo Pronaf.

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Com isso, a análise de resultados retrata como é de extrema importância os investimentos, por
parte do Estado, para os agricultores familiares, por conta do aumento da produtividade,
diminuição da insegurança alimentar, desenvolvimento da qualidade dos produtos, aumento
da circulação de suas mercadorias e melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O foco deste trabalho sonda em torno do tema dos investimentos estatais com ênfase
específica na agricultura familiar, destacando a disparidade de apoio em relação ao
agronegócio. A agricultura familiar desempenha um papel crucial na garantia da segurança
alimentar, na promoção da sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento rural. No
entanto, essas empresas de menor porte frequentemente encontram obstáculos no acesso a
recursos e ajuda governamental. Por outro lado, o agronegócio se beneficia de investimentos
substanciais do governo devido às suas contribuições substanciais para a economia e a
balança comercial.
O objetivo deste estudo é examinar os investimentos governamentais que priorizam a
agricultura familiar, usando como exemplos políticas e programas de vários países. Por meio
dessa análise, a pesquisa visa avaliar o impacto desses investimentos e compartilhar
estratégias de sucesso e insights valiosos. A pesquisa ressalta a importância da agricultura
familiar como uma abordagem viável e sustentável para a produção de alimentos e sugere
medidas para aprimorar e ampliar a assistência do Estado, promovendo um sistema agrícola
mais inclusivo e justo.
A partir dos dados coletados, ao analisar os dados levantados, pode-se observar
claramente a eficácia das iniciativas governamentais voltadas ao fomento da agricultura
familiar, como o Pronaf, o PAA e o PNCF. Esses programas provaram ser eficazes para
enfrentar os desafios encontrados pelos agricultores familiares em termos de acesso ao
mercado e apoio financeiro. Além disso, eles facilitam um aumento nos níveis de produção e
melhorias na qualidade de sua produção agrícola.
No entanto, ainda existem obstáculos que devem ser enfrentados para garantir o
progresso integral e de longo prazo da agricultura familiar. É imprescindível defender
medidas governamentais que valorizem e valorizem a agricultura familiar, além de estimular
sua participação ativa na determinação das questões que impactam a paisagem rural. Além
disso, é fundamental reconhecer e valorizar a diversidade da agricultura familiar, fomentando
políticas e abordagens que atendam às distintas necessidades e exigências dos agricultores
familiares em seus contextos únicos.
Para formular efetivamente políticas públicas que estimulem a inclusão, a
sustentabilidade e a justiça social no campo brasileiro, é imprescindível compreender as
intrincadas conexões, sinergias e conflitos entre a agricultura familiar e o agronegócio. Além
disso, é fundamental persistir na destinação de recursos para iniciativas que assistam e
promovam o crescimento sustentável da agricultura familiar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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