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0,80 € Fundado em 1870 por M. A. Tavares de Resende

Director Paulo Hugo Viveiros | Director Executivo Osvaldo Cabral

Diário Açores
Sábado, 17 de Julho de 2021 | Ano 152 | N.º 42.529

Ano
152º

O quotidiano mais antigo dos Açores

dos
José Gabriel Ávila Rubens Pavão Escrevem
caminhada o novo convento nesta edição

sinodal diocesana
opinião//Pág. 8
da esperança
opinião//Pág. 7

Arnaldo Ourique

forbes elege os açores como Hernâni Bettencourt

um dos melhores destinos

para os americanos viverem regional
Pag. 2

Alexandra Manes

Carlos Furtado,
Furtad deputado independente
Georgette, a nova
“A minha saída tira margem coqueluche do Pico
de manobra
ma ao Chega e entrevista//págs. 4 e 5

oPPAN tira-lhe o resto do

espaço;
es portanto, o Chega
manda
m ‘zero’ no Governo” Tânia Ferreira
regional//pág. 2
regi

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alargada a cobertura
financeira para recuperar
listas de espera de cirurgias regional//pág. 6
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5 2 159 151 2 1 5 136 5820 3360 1 1 63

296 096 096



 %


 %  %




 %
 2 REGIONAL
Carlos Furtado, deputado independente
“A minha saída tira margem de manobra ao
Chega e o PAN tira-lhe o resto do espaço;
portanto, o Chega manda ‘zero’ no Governo”
Carlos Furtado, ex-líder do Chega
nos Açores e agora deputado inde-
pendente, afirma que o partido, “nos
últimos tempos, tem-se tornado uma
centrifugadora de militantes”.
“O Chega tem de se reorganizar,
tem de respeitar o seu quadro de mi-
litantes, sob pena de acontecer aquilo
que tem acontecido: vão saindo mili-
tantes atrás de militantes, dirigentes
atrás de dirigentes, porque há um li-
mite para tudo”, defende Carlos Fur-
tado em declarações à TSF.
O líder do Chega retirou-lhe a con-
fiança política, mas Carlos Furtado
diz não entender o processo de expul-
são do partido.
“Sinceramente, ainda não percebi
a verdadeira razão do processo de ex-
pulsão. Não ofendi o dr. André Ventu-
ra nem nenhum membro da direção.
Apenas cumpri aquilo que tinha dito:
que queria afastar-me e que não tinha
condições para continuar”, indica.
O dirigente político admite que es-
perava uma palavra de André Ventura
- “um entendimento, com um telefo-
nema ou de forma presencial” -, mas
que este “desvalorizou completamen-
te” as suas palavras, pelo que confessa
“desencanto” com a liderança do par-
tido.
“O Chega é um partido que não
respeita quem está a fazer tudo por
tudo para deixar bem visto o nome do
partido”, condena Carlos Furtado. “Se
uma direção nacional não respeita um
dirigente, como é que vai respeitar os
Revista Forbes elege os Açores
como um dos melhores destinos
para os americanos viverem
por Eurico Mendes, nos EUA
Braga, Algarve e Açores estão entre
os 20 melhores destinos europeus para
os norte-americanos viverem, investi-
rem e trabalharem, segundo critérios
como qualidade de vida e sistema de
saúde.
A selecção dos melhores destinos eu-
ropeus foi divulgada pela revista ame-
ricana Forbes e baseou-se em “vários
critérios, incluindo a existência de uma
escola internacional, qualidade de vida,
17 de Julho de 2021 . www.diariodosacores.pt
militantes de base e os populares que
não votaram no partido? Quando não
respeita os próximos, como é que vai
respeitar os outros?”, questiona.
Apesar de deixar o partido, Carlos
Furtado irá manter-se como deputado
não-inscrito no parlamento açoriano.
Fica, no entanto, comprometida a po-
sição do Chega no acordo de Governo
Regional nos Açores.
“No decorrer dos trabalhos parla-
mentares, nos últimos meses, tem-se
percebido que o partido PAN não quer
deixar cair a solução governativa e, no
sistema de saúde, ligação à Internet,
proximidade de aeroportos com voos
internacionais, custo de vida , comuni-
dade estrangeira ativa e baixo índice de
criminalidade”.
A lista não é numerada e o artigo não
especifica se a ordem de aparecimento
dos destinos se traduz numa hierar-
quia, mas o certo é que Braga aparece
primeiro.
Duas qualidades importan-
tes são citadas como “abertura e
empreendedorismo”, pois várias start-
limite, tira todo o protagonismo ao
Chega”, nota.
“A saída de um deputado para inde-
pendente, que é o meu caso, tira mar-
gem de manobra ao Chega e o PAN
tira-lhe o resto do espaço. Portanto,
atualmente, o Chega manda “zero” no
Governo dos Açores”, declara Carlos
Furtado. “André Ventura teve um dia-
mante nas mãos e não o soube apro-
veitar”, conclui.
Entretanto, vários partidos, in-
cluindo o PS, têm pedido a interven-
ção do Representante da República,
-ups e multinacionais estão lá e a cida-
de já recebeu eventos internacionais.
Em defesa deste destino, a publi-
cação lembra que “os portugueses são
qualificados e trabalhadores e falam
inglês muito melhor do que muitos dos
seus vizinhos europeus”.
Portugal surge novamente em oita-
vo lugar, onde o sol do Algarve assume
a liderança, mas também a existência
de várias escolas internacionais e boas
redes de ligação à Internet em muitas
das grandes cidades são motivos para
alegando que a configuração do par-
lamento, agora, é diferente do que
quando o governo de coligação tomou
posse.
Vasco Cordeiro, líder parlamentar
do PS, disse aos jornalistas, à mar-
gem do plenário, reunido na cida-
de da Horta, que o representante da
República para os Açores “não pode
ficar quieto e calado” perante as alte-
rações nos pressupostos que levaram
à indigitação do Governo de coligação
(PSD, CDS e PPM), com o apoio do
Chega e da IL.
Catarino não intervém
Para Vasco Cordeiro, “basta ler
aquele que foi o comunicado do se-
nhor representante da República, no
dia 7 de novembro de 2020, sobre a
indigitação do presidente do Governo
Regional, para perceber que, toda esta
instabilidade política, que já se verifi-
cava, mas que se agrava agora, obriga
a que ele não possa ficar nem quieto,
nem calado”.
O “Diário dos Açores” sabe que
o Representante da República não
irá intervir, porque nada se altera no
apoio à coligação.
O deputado do Chega mantém o
acordo incial que assinou com o PSD
e Carlos Furtado garante que apoia a
coligação em forma de acordo de inci-
dência parlamentar, à semelhança do
deputado Nuno Barata, da Iniciativa
Liberal.
trocar o continente americano pelo
Algarve.
A lista, que abre com um destino
português, fecha da mesma forma, fi-
cando os Açores em 20º lugar.
A revista destaca que “as nove ilhas
dos Açores estão bem comunicadas – a
preços acessíveis – de avião e de barco”
e têm “voos diários diretos para o conti-
nente português e os Estados Unidos”.
Exclusivo Portuguese Times/
Diário dos Açores

Bolieiro quer acabar com “subsidiodependência
de mão estendida”
O Presidente do Governo Regio-
nal dos Açores, José Manuel Bolieiro,
disse que o executivo pretende “aca-
bar com a subsidiodependência de
mão estendida”, potenciando “a ca-
pacidade de melhorar rendimentos”.
De acordo com um comunicado
do Governo, numa intervenção na
Assembleia Legislativa Regional,
José Manuel Bolieiro destacou que o
atual Governo (PSD/CDS-PP/PPM)
criou um programa que visa a “mu-
dança de paradigma” no combate à
pobreza, acrescentando ter a “pro-
funda convicção” de que nas causas
se podem “atacar as consequências
da pobreza”.
“Temos a profunda convicção de
que nas causas podemos atacar as
consequências da pobreza e sim, o
Programa do Governo, as Orienta-
ções de Médio Prazo são um pressu-
posto planeamento que vão ao en-
contro desta mudança e alteração das
causas”, disse o líder do executivo.
O governante disse ter dado “prio-
ridade máxima à educação, como ele-
vador social para combater a exclusão
e promover a inclusão”.
Além disso, o Governo adotou “a
saúde pública como elemento essen-
cial para garantir que o acesso à saú-
de transforme a sociedade, do pre-
sente e do futuro”, tornando-a “mais
capaz de contribuir para o trabalho,
para a felicidade e para a capacidade
de criação”.
José Manuel Bolieiro adiantou
ainda que o Governo Regional defi-
niu “a qualificação profissional como
Deputados aprovam medidas para o
relançamento económico dos lacticínios
Os deputados na Assembleia Re-
gional dos Açores aprovaram uma
iniciativa do PS, que visa a adoção
de medidas para o “relançamento
económico do setor do leite e laticí-
nios” na região.
A iniciativa foi votada no plená-
rio da Assembleia Regional, tendo
tido o voto contra do deputado do
PAN e a aprovação das restantes
bancadas.
A medida do PS recomenda ao
Governo Regional (PSD/CDS-PP/
PPM) que adote medidas para que
as indústrias do setor “possam pro-
mover acordos de tarifas com a dis-
tribuição”, para que essas “tarifas
revertam inteiramente para o pro-
dutor”, lê-se na proposta.
A iniciativa aprovada pretende
ainda a “internacionalização e ex-
portação dos produtos lácteos” aço-
rianos e incentivar a “união de todos
os intervenientes” no setor do leite.
Na apresentação da proposta, o
deputado do PS Carlos Silva des-
tacou que os produtores de leite
dos Açores estão a atravessar uma
17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
essencial para aumentar o nível das
qualificações das pessoas para o
mundo da integração no mercado de
trabalho na produção da riqueza”.
“Apostamos numa desoneração fis-
cal”, para dar às empresas, famílias e
consumidores “mais rendimento dis-
ponível para as outras necessidades
essenciais da sua vida”, observou.
O chefe do executivo disse ain-
da que se potenciou “complementos
remuneratórios que compensassem e
libertassem rendimentos para aque-
les que não beneficiam dessa redução
fiscal e fruto do seu trabalho têm ren-
dimentos escassos para a dignificação
do seu trabalho e da sua dedicação à
criação de riqueza”.
“situação particularmente difícil”,
devido ao custo do preço do leite e
aos “aumentos dos custos de produ-
ção”.
“É preciso agir no que diz respei-
to à liquidez das explorações, aos
custos com as matérias-primas, à
escassez de mão obra e principal-
mente face à progressiva descida do
preço do leite pago aos produtores”,
assinalou o parlamentar do PS.
O deputado do PSD Bruno Belo
realçou que a medida socialista
advoga uma “ação administrativa”
para “influenciar o preço do leite
pago ao produtor”, tendo questio-
nado o PS sobre o “impacto” desta
ação em “toda a cadeia de valor”.
O secretário da Agricultura e De-
senvolvimento Rural, António Ven-
tura, criticou a “falta de estratégia”
dos anteriores executivos açorianos
do PS para o setor do leite.
Ventura avançou ainda que o
Governo dos Açores vai criar uma
“agenda para a investigação do lei-
te” uma vez que “não é possível con-
tinuar com os mesmos produtos de
Bolieiro disse ter-se apostado na
solidariedade, “apoiando com meios
de sobrevivência quem mais pre-
cisa” e através de uma “política de
descentralização”, envolvendo o po-
der local com meios para acudir às
necessidades mais emergentes.
O responsável citou a aposta no
apoio às IPSS e Misericórdias, des-
tacando-as “como auxiliares da pro-
moção e da inclusão na rede social
pública”, permitindo “acudir às prin-
cipais necessidades”.
Para o presidente do Governo, “o
elemento habitacional é decisivo no
combate à pobreza, mas sobretudo
na inclusão da sociedade”.
“Criámos complementos
há 20 anos”.
O deputado do CDS-PP, Rui
Martins, referiu que existe um “lon-
go percurso a trilhar” para assegu-
rar a “notoriedade” dos produtos
lácteos açorianos no mercado.
O líder parlamentar do BE/Aço-
res, António Lima, afirmou que a
proposta do PS é o “reconhecimen-
to” de que a “liberalização do mer-
cado não funcionou” para os produ-
tores açorianos.
O deputado do PPM Paulo Estê-
vão classificou a iniciativa como um
“conjunto de ideias e banalidades”
que do “ponto vista concreto não
REGIONAL 3
remuneratórios àqueles que são
uma pobreza envergonhada,
designadamente os reformados, os
pensionistas, e tivemos o comple-
mento aprovado aqui, por largo es-
petro dos deputados desta casa”,
lembrou.
Numa declaração política, o as-
sunto foi abordado no Plenário pelo
deputado do BE António Lima, de
acordo com quem “não será com este
governo que os Açores mudarão” e
que “a pobreza e a desigualdade” vão
diminuir nos Açores, descreve um
comunicado do partido.
“Este governo tem como opção
de desenvolvimento para os Açores
a mesma economia e a mesma so-
ciedade desigual, e além disso, para
agradar ao Chega – parceiro que su-
porta o Governo – ainda ataca aos
pobres, nomeadamente aqueles que
recebem o RSI [Rendimento Social
de Inserção], apontou hoje o líder
do Bloco de Esquerda no parlamen-
to, citado numa nota de imprensa do
partido.
De acordo com o comunicado,
António Lima “criticou a postura
do Governo do PSD, CDS e PPM,
com o apoio do Chega e do IL, que
chama subsídio-dependentes aos
beneficiários do RSI”.
O deputado frisou que, em 2020,
8,9% dos beneficiários do RSI ti-
nham rendimentos do trabalho e
38,1% são idosos e crianças, pelo
que “praticamente metade dos
beneficiários nos Açores não pode
trabalhar ou trabalha”.
trazem absolutamente nada”.
O deputado da IL, Nuno Barata,
destacou que o “problema” do setor
do leite reside na “relação dos pro-
dutores com a indústria e da indús-
tria com os mercados”, defendendo
que “não é o Estado que vai resol-
ver” as dificuldades do setor.
Os deputados também aprova-
ram por unanimidade uma proposta
do PSD que recomenda ao Governo
dos Açores que invista no abasteci-
mento de água aos produtores agro-
pecuários da freguesia da Lomba de
São Pedro, no concelho da Ribeira
Grande, em São Miguel.
 4 ENTREVISTA 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

O Pico está
Georgette, a nova coque
Como escrevemos na semana passada, a ilha do Pico está na moda há muito temp
gastronómicos da ilha. É neste sentido que o “Diário dos Açores” está a publicar, regularm
por estes dias. Hoje damos-lhe a conhecer mais um espaço, o Georgette Restaurante, situa
Em outubro de 2020, um casal
francês abriu o Georgette Restaurante,
na ilha do Pico, para onde se muda-
ram de “armas e bagagem”.
Localizado no lugar dos Foros,
freguesia de Calheta de Nesquim,
concelho das Lajes do Pico, este
novo restaurante na ilha do Pico é já
um fenómeno de popularidade en-
tre os locais, sendo recomendado a
nível nacional pelo Guia Boa Cama
Boa Mesa 2021 do Jornal Expresso.
Fomos conhecer a Vanessa e o
Brice.

Quem dá alma ao Georgette Res-

taurante, quem são a Vanessa e Bri-
ce? Qual o vosso passado profissio-
nal?
Vanessa: sou franco-britânica, tra-
balhei 20 anos na indústria aeronáuti-
ca e tornei-me chefe de pastelaria há 3
anos.
Brice: sou da região francesa da
Bretanha, trabalhei 20 anos na indús-
tria cinematográfica e também como
cozinheiro em França e Itália (na re-
gião da Toscana).
Vanessa: Georgette é a minha avó e
é em sua homenagem o nome dado ao acabou por chegar ao Pico, ficando en- gestão do restaurante, também queria
restaurante. Queríamos criar um local Quando surgiu a ideia para este cantado com a ilha. estar na cozinha.
onde as pessoas se sintam em casa. projeto? Como surge na vossa vida a Quando conheci o Brice, ele tinha Estudei pastelaria em vários cursos
Brice: a alma da cozinha do Geor- oportunidade de investir na área da acabado de comprar um terreno na e estágios ao longo de 3 anos.
gette está no “terroir” Açoreano através restauração? ilha e eu sempre tive o sonho de um dia Durante esse tempo o Brice veio
da utilização dos produtos da região e Vanessa: O Brice visitou os Açores abrir um restaurante. ao Pico uma vez por mês para acom-
criando pratos diferentes dos tradicio- pela primeira vez há 8 anos. Foi assim que avançámos com a panhar os trabalhos de construção do
nais. Depois de São Miguel e Terceira ideia. Eu não queria fazer apenas a restaurante.
Depois procurámos por produtos
portugueses a açorianos para decora-
ção do espaço. Recorremos a uma car-
pintaria local na Ponta da Ilha (fregue-
sia da Piedade), adquirimos os pratos à
Costa Nova e faqueiro à cutelaria Belo
Inox. Trouxemos também várias peças
de artesãos regionais: Marina Mendon-
ça (Santa Maria), Gabriel Garcia (Pico)
e azulejos da Isabelle Clerc (francesa
radicada na ponta da ilha, Piedade).

Fale-nos um pouco sobre a carta

e as origens dos ingredientes. Quais
as vossas apostas, qual o vosso con-
ceito? O que têm os Açores e Pico de
bom (gastronomicamente falando)
e como tiram partido disso na vossa
cozinha?
Os nossos pratos são todos casei-
ros, não importamos nada para além
do chocolate e alguns ingredientes de
pastelaria.

á na moda
eluche da ilha Montanha
po. Na restauração começam a surgir boas propostas, trabalhando os enormes recursos
mente, algumas destas propostas, com o intuito de ajudar às escolhas de quem visita o Pico
ado nos Foros, propriedade de um casal estrangeiro que adoptou o Pico como sua ilha
A inspiração do Brice vem dos Aço-
res e desde cedo tivemos oportunida-
de de conhecer jovens permacultores
do Faial que começaram a trabalhar
connosco em parceria.
Descobrimos depois a qualidade da
Carne Ramo Grande (DOP) e também
o peixe dos Açores.
Como tributo à carne e ao pei-
xe, investimos em equipamento de
maturação de carne e defumação de
peixe.
O Brice está muito empenhado em
divulgar os produtos através da sua
cozinha. Não utilizamos congelados e
alteramos o nosso menu todas as se-
manas para o ajustar às estações e aos
produtos disponíveis.
Por exemplo, no inverno a dispo-
nibilidade de alguns produtos é mais
limitada, então temos de ser mais cria-
tivos.
Apreciamos muito o uso de frutas
e vegetais orgânicos e o conhecimen-
to de produtores no Pico ajudou-nos a
manter este desígnio. O porco açoriano
também desempenha um papel impor-
tante na nossa cozinha, a par dos quei-
jos e dos vinhos.
A nossa carta de vinhos é muito
diversificada.
Temos vinhos do continente com
boa qualidade/preço e conhecemos os
produtores pessoalmente.
Para os vinhos dos Açores quería-
mos representar a maior parte dos pro-
dutores a um preço acessível aos locais
e muitas vezes conseguimos ter preços
melhores que um supermercado.
Para os nossos pratos estabelecemos
17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
o preço pensando em oferecer uma ex-
periência de degustação completa com
entrada, prato e sobremesa ( 23 os 3
pratos).
Porquê a abertura do restauran-
te nos Foros, Calheta de Nesquim,
um dos locais mais remotos da ilha
do Pico, ao invés de uma das vilas da
ilha?
A compra do terreno perto dos Fo-
ros, aliada à oferta muito limitada de
restauração entre a Piedade e as Lajes
do Pico, fez-nos pensar que os Foros
seriam um bom local para criar um es-
paço aberto e diferenciado para o pica-
roto.
Não queríamos competir com os
restaurantes já consagrados das 3 vilas
da ilha, que são instituições do Pico.
Queríamos muito dar à ilha um es-
paço diferente e confortável. Alguns
clientes dizem-nos que para eles é uma
viagem vir ao Georgette Restaurante e
que gostam muito.
O mercado alvo é o Turista que vi-
sita a ilha? A porta vai estar aberta
todo o ano? Há receios em relação aos
meses de inverno (sazonalidade)?
Abrimos principalmente para os
picarotos com a criação deste espaço
aberto na maior parte do ano.
O nosso restaurante é pequeno e por
sermos só nós os dois, nunca tivemos a
ideia de ser um lugar com foco na épo-
ca turística.
Abrimos em outubro de 2020 e pre-
tendemos estar abertos a maior parte
do ano.
Com certeza que iremos tirar férias,
mas queremos fazer parte da ilha todo
o ano, mesmo que o movimento seja
menor em dezembro quando compa-
rado com Julho.
Que desafios encontra enquanto
empresário do sector da restaura-
ção?
A nossa maior dificuldade foi en-
contrar os produtos e os fornecedores
certos.
De facto, a maioria dos bons produ-
tos açorianos (como, por exemplo, al-
gumas espécies de peixe e peças de car-
ne, entre outros) são exportados, visto
que são vendidos muito mais caros no
continente ou estrangeiro.
Além disso, existem muitos poucos
produtores de vegetais e frutas orgâni-
cas, embora seja um setor em expan-
são.
De qualquer forma, tivemos a opor-
tunidade de ser bem acolhidos pelos
picarotos e pelos produtores com quem
trabalhamos.
Trabalhar e gerir um restaurante
é uma tarefa muito exigente?
Com certeza é um trabalho difí-
cil. Mesmo que não estejamos abertos
todos os dias, não temos nenhum dia
para descansar, pois fazemos tudo des-
de a preparação, gestão de stock, a lim-
peza e, claro, a configuração do menu
que é um grande exercício, mudando
todas as semanas
Poderíamos ter mais Franceses a
visitar a ilha? Como vê a evolução do
turismo na ilha do Pico?
Claro que sim, os franceses viajam
cada vez mais e vêm para os Açores e
para o Pico.
O Pico parece ser o lugar da moda
ENTREVISTA 5
por estes dias, mas admitimos que não
nos preocupamos muito com o turis-
mo, apenas fazemos o que achamos
certo colocando os locais em primeiro
lugar.
Têm outros projetos em mente?
Sentem-se pessoas realizadas?
Acabamos de inaugurar o Georgette
Restaurante e esse é o nosso foco prin-
cipal atualmente. Temos muitas ideias
que não podemos colocar em prática
por causa da COVID-19, mas guar-
damos as mesmas para um momento
mais adequado.
De qualquer forma já pedimos ao
nosso carpinteiro a construção de uma
vigia no nosso terraço, para equipar
a mesma com binóculos. Os sortudos
poderão conseguir ver golfinhos e
cachalotes!
Qual horário de funcionamento
do Restaurante Georgette?
Como é o nosso primeiro ano em
funcionamento e como não temos fun-
cionários, limitamos os nossos dias de
abertura. No inverno abrimos apenas
às sextas e sábados para o jantar e aos
domingos para o almoço.
Desde abril alargámos o horário e
também abrimos às quintas para o jan-
tar e oferecemos pratos do dia e pratos
para compartilhar para o almoço às
sextas e sábados.
Aconselhamos reserva através de
telefone (92 737 46 46) ou página de
Facebook.
Estrada Regional 1-2 N°12, Foros
9930-055 Calheta de Nesquim
https://www.facebook.com/profile.
php?id=100057187580688
jornal@diariodosacores.pt
6 REGIONAL
Governo conclui acordo com os técnicos
de diagnóstico e terapêutica
O Secretário Regional da Saú-
de, Clélio Meneses, anunciou que
está “concluído” o acordo com os
técnicos de diagnóstico e terapêuti-
ca, com a atribuição de um ponto e
meio por ano de serviço.
No plenário da Assembleia Re-
gional, o secretário regional avan-
çou que o acordo foi “concluído com
o envolvimento dos trabalhadores
na solução encontrada”.
“A solução encontrada vai no
sentido de que há a valorização de
um ponto e meio para todos os téc-
nicos superiores de diagnóstico e
terapêutica, independentemente do
vínculo a que estão ligados”, acres-
centou o governante do executivo
açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
O secretário da Saúde intervinha
durante a discussão de uma propos-
ta do BE que pretendia garantir a
“justiça e equidade para os técnicos
superiores de diagnóstico e tera-
pêutica dos Açores (TSDT)”.
A iniciativa do BE/Açores aca-
bou reprovada com os votos contra
de PSD, CDS, PPM, Chega, IL e do
deputado independente Carlos Fur-
tado, tendo tido o voto favorável do
BE, do PS e do PAN.
A deputada Alexandra Manes do
BE afirmou que a questão “não está
resolvida”, uma vez que os profis-
sionais reivindicavam a atribuição
de dois pontos entre 2004 e 2008.
Em resposta, Clélio Meneses lem-
Alargada a cobertura financeira para
recuperar listas de espera de cirurgias
A Secretaria Regional da Saú-
de e Desporto acaba de publicar o
Despacho n.º 1436/2021, de 6 de
julho de 2021, que determina que
“a produção acrescida cirúrgica é
remunerada aos profissionais de
saúde, na percentagem definida
pela unidade de saúde para cada
classe profissional, não podendo
ultrapassar setenta por cento do
total faturável ao serviço regional
de saúde, subsistema, seguradora,
entidade, ou utente, de acordo com
a tabela aplicável”.
O valor anterior era de 60% e es-
ses 10% extra de remuneração para
os envolvidos na recuperação das
Listas de Espera “foi uma luta em
que a Presidente do Conselho de
Administração do HDES se empe-
nhou pessoalmente, por entender
que será fundamental para nivelar
um pouco melhor os diversos fun-
cionários envolvidos nesta estraté-
gia”, segundo nota do Hospital de
Ponta Delgada.
“Já não é segredo que o presen-
te Conselho de Administração pre-
17 de Julho de 2021 . www.diariodosacores.pt
brou que entre 2004 e 2008 aqueles
trabalhadores ficaram “excluídos do
processo de relevância do tempo de
serviço”, uma vez que não tiveram a
“carreira revista”.
Alexandra Manes reforçou ser
necessário “resolver a situação” para
que seja atribuído os dois pontos
naquele período: “quando o senhor
secretário diz que está resolvido,
não está resolvido”.
O deputado do PS Tiago Lopes
acusou Clélio Meneses de “dene-
grir o passado para escamotear a
inação do presente”, referindo que
o PSD concorda com a atribuição
dos dois pontos aos profissionais
tende tornar as Listas de Espera
em Cirurgia residuais na altura em
que o seu mandato terminar, den-
tro de 3 anos. E com a medida ago-
ra tomada, o Executivo dá prova
de estar em sintonia com o HDES
neste propósito”, sublinha a nota
do HDES.
Para Cristina Fraga, Presiden-
te do HDES, há listas e tempos de
espera cirúrgicos que são “inacei-
táveis” e estão a ser desenvolvidos
esforços para que se cumpram os
Tempos Máximos de Resposta Ga-
rantidos, primeiro através da pro-
posta de aumento do volume de
produção com recurso aos meios
próprios, e, quando isso não é pos-
sível, com recurso a protocolos com
o exterior.
O primeiro desses protocolos já
está em execução, através da Fun-
dação AMA, com incidência ao
nível da Oftalmologia e Otorrino-
laringologia – a primeira sendo a
especialidade com maior número
de inscritos, e a última ocupando
o 3º lugar.
entre 2004 e 2008, ao contrário do
governante.
O deputado do PSD João Bruto
da Costa considerou a proposta do
BE “completamente ultrapassada”,
“inútil” e “ilegal”.
O social-democrata colocou em
causa a legalidade do ponto da pro-
posta em que é sugerido ao Gover-
no Regional a “inclusão dos TSDT
em cada uma das três categorias da
nova carreira, extinguindo quotas,
mantendo os quadros circulares e
acautelando uma grelha salarial
equiparada a outras carreiras da
administração pública”.
O deputado do CDS-PP Rui
O diploma refere que “a neces-
sidade de prontidão, adequação
e segurança da resposta dos esta-
belecimentos e serviços do Servi-
ço Regional de Saúde à pandemia
do vírus SARS-COV-2 tem con-
duzido ao adiamento de atividade
assistencial não urgente que, pela
sua natureza ou prioridade clínica,
não implique risco de vida para os
utentes, limitação do seu prognós-
tico ou limitação de acesso a tra-
tamentos periódicos ou de vigilân-
cia.
Martins enalteceu a “justiça” e a
“equidade” com que Governo Regio-
nal trata os profissionais de saúde,
realçando que a reivindicação dos
TSDT era a atribuição de um ponto
e meio.
Pedro Neves, do PAN, elogiou o
anúncio do secretário regional, mas
referiu que “agora é necessário dar
resposta a outros profissionais de
saúde”.
A 22 de junho, o secretário regio-
nal da Saúde dos Açores disse que,
“até final de julho”, deveriam estar
concluídas as negociações com vista
à reposição das carreiras dos técni-
cos superiores de diagnóstico e te-
rapêutica, que terá efeitos práticos
“este ano”.
A 26 de março, a Assembleia
dos Açores aprovou, por unanimi-
dade, uma proposta do CDS para a
contabilização do tempo de serviço
dos técnicos superiores de diagnós-
tico e terapêutica (TSDT), atribuin-
do um ponto e meio na avaliação
entre 2009 e 2018.
Em setembro de 2020, os técni-
cos superiores de diagnóstico e te-
rapêutica dos Açores anunciaram
um período de greve, em reivindi-
cação pela revisão da carreira e pela
contagem do tempo de serviço.
Os técnicos de diagnóstico e te-
rapêutica já tinham realizado uma
greve em julho de 2020, organizan-
do protestos em várias ilhas.
Este facto tem tido impacto nos
tempos de espera para a realização
de cirurgias referenciadas no âm-
bito do SIGICA.
Ora, considerando não só a rele-
vância da recuperação da atividade
assistencial não realizada ou adia-
da pela pandemia do vírus SARS-
COV-2, mas também a necessidade
de motivar todos os elementos das
equipas cirúrgicas, urge introduzir
excecionalmente uma alteração ao
Despacho n.º 2488 /2015, de 6 de
novembro”.

Rubens Pavão
Coincidindo com a celebração centenária deste
ano em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres,
a Congregação das Filhas de Maria Imaculada,
acolhidas no Convento da Esperança há cerca de
70 anos, teve que regressar à sua origem por terem
considerado - depois de muita reflexão - «que a
sua missão e carisma em terras açorianas deixara
de ser significativa como fora há uns anos atrás,
sendo mais necessária noutras cidades e comuni-
dades que temos», segundo declarou a Irmã supe-
riora, Célia Faria.
Tocaram-me profundamente aquelas afirma-
ções, porquanto vejo afastar do nosso meio mais
uma Congregação que nos deixou marcas muito
significativas no acolhimento e formação de jo-
vens cujas famílias tinham e continuam a ter pro-
blemas de desagregação.
Mas desta vez não foi – como aconteceu ain-
da com alguma proximidade no Lar Mãe de Deus
- porque faltassem vocações de continuidade no
trabalho, mas sim porque o acolhimento e a fun-
ção educativa, social e religiosa eram diferentes…
São os chamados «novos tempos», quanto ao
trabalho que foi desenvolvido nos Açores, em vá-
rias áreas do ensino, por congregações religiosas
de espírito cristã.
Ainda com uma presença marcante de há mais
de um século, creio que o Colégio de S. Francisco
Xavier continua felizmente por aqui a derramar os
seus frutos; mas em várias partes do país, algumas
das suas casas de ensino/ educação já encerraram,
porque não podiam competir com as leis do Ensi-
no Público…
Como paroquiano da freguesia de S. José e até
membro do seu Conselho Pastoral, sempre nos ha-
bituamos a ver como as Irmãs de Maria Imaculada
proporcionaram – no início dos anos cinquenta –
a abertura de novos caminhos à juventude femini-
na desta ilha, pois sendo essas jovens acolhidas no
Convento da Esperança, viram acrescentar uma
nova esperança nas suas vidas futuras através do
ensino que se foi actualizando em função das ne-
cessidades pessoais e locais.
E, até nisso, foram uma como que uma comu-
nidade que considero mesmo de progressista no
pensamento e na acção!
Refiro também ter sido essa Congregaçãoa
«menina dos olhos» do meu pároco, Monsenhor
António de Almeida Maia e também do seu cole-
ga, Padre Artur Botelho de Paiva, dois nomes que
registo por estarem na origem do seu estabeleci-
mento em Ponta Delgada, quando era governador
civil, o capitão Aniceto dos Santos e houve uma
grande cooperação institucional entre a Igreja
Açoriana e as autoridades do distrito já envolvidas
em problemas sociais.
Por outro lado, as Religiosas de Maria
Imaculada, também apoiaram a Catequese, en-
contros de formação e de dinamização de outros
Movimentos, mesmo de cariz missionário; e, em
tardes recreativas «infanto/juvenis» desenvolve-
ram a música e o teatro.
Mas o encontro mais amorável e terno com a
comunidade açoriana e até de todo o mundo, fize-
ram-no na qualidade de guardiãs do culto ao Se-
nhor Santo Cristo dos Milagres, num diálogo sem-
pre mediador com tantos devotos que diariamente
17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
O Convento da Esperança:
Numa nova perspectiva educativa,
social e de acolhimento de doentes
ali iam pedir e ouvir alguma palavra de conforto
«naquela que foi a mediação e a confidência de
muitas orações sempre em momentos de aflição
ou de alegria pelas graças alcançadas, mas tam-
bém de muita Fé! ».
Recordo a Irmã Beatriz – num terno sotaque
espanhol e com aquele toque de muita elegância e
afectividade- falar do «seu» Senhor Santo Cristo,
da história das suas capas, do sentido das jóias que
o adornavam, das graças recebidas, tudo nos aju-
dando a olhar a Veneranda Imagem com aquela
misticidade que a envolvia e que sabia projectar
em cada devoto que diariamente acorria ao coro
baixo.
Evoco também tantas outras irmãs que ali co-
nhecemos sempre numa atitude de missão e de
serviço para com todos os que demandavam o
Convento, abrangendo todas as ilhas dos Açores,
o que possibilitou que mesmo quando não havia
residências universitárias e as casas particulares
tinham arrendamentos nem sempre compatíveis
com as bolsas das famílias, fosse ali que as jovens
eram acolhidas e conseguissem até cursos superio-
res.
Da minha parte, vai agora aquela saudação de
muito afecto e louvor para com as que permanece-
ram, de pé - como as arvores que Madre Teresa da
Anunciada plantou na cerca do Convento - até que
tiveram que seguir outros destinos e também de
saudade para as que partiram para a Eternidade.
A história regista que, após serenar a longa épo-
ca dos «malhafrades», foi dada autorização oficial,
para que a Igreja pudesse reclamar os seus bens
culturais em poder do Estado, o que permitiu que,
em 1928,o Conde de Albuquerque, que era Pro-
vedor da Confraria do Senhor Santo Cristo, pedir
uma reunião dos irmãos com o Bispo D. António
Augusto de Castro Meireles, no sentido de solici-
tar aos poderes públicos a cerca do Convento, onde
mantinham um recolhimento ou asilo de senho-
ras, bem como propunham proceder à sustentação
de aulas de ensino e oficinas de trabalho manual,
para a educação de raparigas, cujas famílias não
tivessem meios.
OPINIÃO 7
O Bispo de Angra que era um Homem de ex-
cepcional cultura religiosa e humanista foi logo ao
encontro desta ideia, até porque o Colégio de S.
Francisco Xavier havia sido encerrado no dia se-
guinte à proclamação da República…
E, essa actividade educativa a criar no Conven-
to da Esperança, foi desde logo viabilizada pela
vinda de irmãs pertencentes à Ordem da Visitação
de Santa Maria - uma comunidade de carisma
contemplativo, mas preparada para o ensino da
docência –onde as educandas aprendiam além das
matérias do ensino primário, economia doméstica
e bordados.
Já no tempo do bispado de D. Guilherme
da Cunha Guimarães – e após um conflituoso
interregno de anos com aquela comunidade re-
ligiosa –o Convento voltou a ser um Colégio de
Ensino Particular infantil, primário e secundário,
de novo dirigido pela Congregação de S. José de
Cluny.
Ontem como hoje, o problema repete-se em
relação à saída das Irmãs de Maria Imaculada,
porquanto o Convento, se é um espaço que se
abre à nossa comunidade, em variados serviços, é
também - desde os seus primórdios- um lugar de
«vida monástica», como cuidadoras da maior de-
voção ao culto do Senhor Santo Cristo.
Daí as preocupações desde logo expressas pelo
Reitor do Santuário, cónego Adriano Borges, em
conseguir uma Ordem Religiosa que possa con-
tinuar não só a ser mediadora entre o Convento
e a Imagem do Senhor Santo Cristo, como ainda
cooperadora na nova estrutura que está ali a ser
montada para acolher pessoas que, vindo das ou-
tras ilhas para tratamento e não tendo aqui fami-
liares, possam viver em ambiente propício à sua
recuperação, usufruindo de um espaço com uma
vertente tão humana como cristã.
Confiemos e tenhamos esperança…
E, quem tiver disponibilidade – e há tantos ges-
tos de abnegação por aqui – se dispunha a ajudar
o Santuário a concretizar essa intenção de amor e
de solidariedade.
8 OPINIÃO 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
Caminhada sinodal
José Gabriel Ávila*
diocesana
jgazores@gmail.com
No mais profundo do universo insular, onde a paisagem natural
e ambiental se sobreleva no quotidiano a uma sociedade urbana em
declínio, não é possível esquecer as preocupações que dominam e inva-
dem o mais profundo pensar e sentir. A presença das ilhas em frente,
separadas por um mar pejado de memórias de tantas idas e vindas,
suscitam recordações antigas de quando, nos verdes anos, alimentá-
vamos ilusões de renovar a Igreja envelhecida em processos pastorais
desadequados e anquilosada em conceitos teológicos medievais que,
resistiram aos ditames do Vaticano II e barraram a renovação conciliar
que tantos ansiavam.
Passados mais de 50 anos, pode afirmar-se que a resistência à mu-
dança e ao renovamento pastoral, deveu-se sobretudo à falta de reflexão
e atualização teológica dos principais dirigentes diocesanos, secundados
por solícitos e obedientes agentes pastorais a quem foram atribuídas
responsabilidade do anúncio e do exemplo evangélicos, da catequese e
da transmissão da Fé.
Nos recônditos lugares onde os crentes ainda mantém as suas con-
vicções religiosas, a tradição mantém-se intocável e estática, como na
década de 60, quando se ambicionava por mudanças que “tocassem” a
generosidade dos jovens, a simplicidade das crianças e a Fé dos adul-
tos cansados de ouvir repetir conceitos mal explicados, sem direito a
contestar, a comentar e a propor novos métodos, adequados à sua vida
quotidiana.
As celebrações litúrgicas aconteciam nas mais diversas etapas de
vida, do nascer ao morrer, mas ninguém ousava questionar a forma e
os conteúdos da transmissão da Fé. Os leigos, nas suas comunidades
rurais e urbanas, eram crentes-fiéis, mas sem palavra ativa na gestão e
orientação pastoral e, mesmo assim, mantinham-se devotos e crentes
na “divina misericórdia”, tudo aceitando em “louvor e glória de Deus”.
Esta obediência piedosa moldou os fiéis mais submissos, mas deixou
de apaixonar muitos e muitos jovens e adultos. Provavelmente porque
as práticas celebrativas, permaneciam sempre iguais, desadaptadas dos
contextos sociais, familiares e individuais, desenvolvendo uma apostasia
silenciosa, que já não se revia nos valores da antiga cristandade, nem nos
caminhos da modernidade.
Do Concílio do Vaticano II que pretendeu dar à Igreja – Povo de Deus -
novas respostas às “alegrias e às esperanças, às tristezas e às angústias dos
homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem”, por
se sentir “real e intimamente ligada ao género humano e à sua história”1,
pouco se introduziu na ação pastoral. Muitos movimentos laicais, como
a Ação Católica definharam e acabaram por morrer, sem que outros os
substituíssem, e os que ainda duram, são eivados de um espiritualismo
desencarnado que pouco ou nada demove os homens de hoje, sedentos
do Deus-Amor-Misericórdia, “em tudo igual a nós exceto no pecado.”
Ou como afirmou Bento XVI na sua mensagem de Natal (2013) “Deus,
o Deus verdadeiro, Criador de tudo, percorreu como homem as nossas
estradas, entrando no tempo do homem, para nos comunicar a sua pró-
pria vida (cf. 1 Jo 1, 1-4). E fê-lo não com o esplendor de um soberano
que com o seu poder submete o mundo, mas com a humildade de um
menino.” Quão afastada está a Igreja açoriana, nas suas estruturas, ce-
lebrações e atuações desta afirmação do Papa Emérito!
A presente pandemia revelou-nos uma Igreja Diocesana, com comu-
nidades desintegradas, de costas voltadas para os problemas humanos,
indiferentes às situações reais de centenas de famílias que suportaram os
efeitos da pandemia e de outras doenças, os conflitos familiares muitos
em resultado do desemprego, das dificuldades de aprendizagem dos seus
filhos, e de outras carências de vária ordem, sem que fossem organiza-
das respostas convenientes de auxílio que manifestassem na prática a
solidariedade e a caridade que tanto se prega como o maior dos manda-
mentos. É verdade que a ajuda-mútua, aconteceu, de forma silenciosa,
para debelar situações mais aflitivas. Todavia, a grande preocupação da
hierarquia e de muitos párocos, em particular, foi proporcionar aos fiéis,
através das redes sociais e da TV celebrações litúrgicas, para manter a
piedade individual e a ligação à Fé.
A chamada Caminha Sinodal, projeto que se augurava de enorme
valia para o tão necessário “aggiornamento”, recebeu, inicialmente, uma
enorme expetativa, originada pelo impulso renovador do Papa Francisco
e da sua prática pastoral junto dos mais carenciados, a que ele designou
por periferias. Passado pouco tempo, verificou-se que, afinal, os respon-
sáveis diocesanos, impregnados por um atávico clericalismo, demolidor
de vontades e desencorajador da participação dos fiéis, impuseram e
impõem as suas normas, sem ouvir o Povo de Deus, temendo, eventual-
mente, que surgissem propostas que abanassem com o “main stream” e
desalojassem os eclesiásticos de um protagonismo evangelizador que é
Missão de Toda a Igreja.
Se o Sínodo é uma caminhada, impõe-se, ao longo do percurso, ir
procedendo a alterações de processos, da prática pastoral e da prática
celebrativa. Não o fazer é perder a oportunidade de dar voz ao dina-
mismo do Espírito Santo que atua no Povo de Deus, muito para além
dos símbolos etnográficos que crenças populares criaram ao longo dos
séculos e que, infelizmente, são usados por instituições públicas, com a
participação e conivência das autoridades eclesiásticas.
A caminhada sinodal para se conformar com a liberdade profética e o
Evangelho, não pode deixar de pronunciar-se sobre a atividade humana
e o rumo que as sociedades tomam para atingir o bem comum universal
e o direito de todos à felicidade. Isto obriga a que a Igreja, na sua missão
de ensinar e evangelizar se pronuncie, destemidamente, sobre situações
que afrontam os direitos humanos, não se refugiando num discurso inó-
cuo que não defende os sem-voz, nem proclama as bem-aventuranças.
Nesta ordem de ideias, compete ao clero conhecer, anunciar e deixar-se
interpelar pela doutrina social da Igreja, denunciando corajosamente,
situações flagrantes que grassam nos meios pequenos e nos meios urba-
nos, violando direitos à saúde, à alimentação, à habitação, ao trabalho, ao
salário justo, à proteção na doença e na velhice. Como há dias lembrou
a Comissão Nacional “Justiça e Paz”: “A crise social gerada em Portugal
pela pandemia da covid-19 deu origem a cerca de 400 mil novos pobres
(um aumento de 25% da taxa de risco de pobreza) e a um aumento da
desigualdade em cerca de 9%. Na verdade, esta crise não atinge todos
por igual e atinge sobretudo grupos sociais mais pobres e vulneráveis.”
Faltam profetas e líderes religiosos competentes, fervorosos e determi-
nados que coloquem as suas preocupações mais no anúncio do Evangelho
que nas suas carreiras pessoais.
A caminhada sinodal tem de mudar também os critérios de colocação
dos sacerdotes, respondendo às necessidades das comunidades cristãs e
não a interesses individuais e de grupos de pressão. Uma “Igreja serva e
pobre”, como diria o teólogo Yves Congar, é um desígnio constante que
urge perseguir, sem demora, para que “creiam que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome (João 20:31).
Engrade, Pico, 15 julho 2021
*jornalista c.p. 239 A
http://escritemdia.blogspot.com
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“Gaudium et Spes”, nº 1, Concílio Vaticano II, 1965
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10 OPINIÃO 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
A lei do Provedor Regional
do Animal
Arnaldo Ourique
“Ora, a evolução da humanidade na compreensão do mundo que a rodeia
tem sustentação universal na matriz civilizacional de que tudo é importante
para a vida, não apenas os animais complexos (...) ”
Foi recentemente aprovado o Provedor Regional do Animal através
do Decreto Legislativo Regional 20/2021/A, de 29 jun. É um importante
instituto jurídico porque uma grande franja da população entende, e
bem, que a defesa do animal necessita de muito trabalho, e um provedor
é figura muito apreciada (embora com alguma inocência de que pela
mera palavra se altere o estado das coisas). Não se discutindo nem a
oportunidade nem a instituição – essenciais à democracia da atualidade;
cumpre, em todo o caso, discutir o seu modelo. E nesta parte, infeliz-
mente, trata-se da pior lei desta legislatura – por não acreditar que se
faça, nos restantes três anos e meio, pior exemplo de lei; se até agora este
novo parlamento estava a produzir bem a legislação regional, com este
diploma dá um sinal de enervante incapacidade e alguma inoperância
inesperada dada a facilidade da matéria.
Há leis que pecam por não ter um preâmbulo que explique as razões
de oportunidade política; e há outras que pecam por os fazer, e é o caso
desta. Está sustentado num registo fundacional desatualizado e erróneo,
porque compreende a necessidade do Provedor devido às investigações
que têm provado que os animais têm «substratos neuroanatómicos,
neuroquímicos e neurofisiológicos de estados de consciência e, como
tal, são detentores de capacidade para exibir comportamentos inten-
cionais». Ora, a evolução da humanidade na compreensão do mundo
que a rodeia tem sustentação universal na matriz civilizacional de que
tudo é importante para a vida, não apenas os animais complexos (com
sistemas nervosos de maior dimensão, como são os cães e os gatos, os
ursos e os elefantes), mas também com os animais com sistema neurais
muito mais simples (formigas e abelhas); mas ainda mais, também aque-
les ainda mais pequenos que têm apenas pequenos filamentos neurais
(como as importantes bactérias) e outros ainda mais distantes (como os
extraordinários vírus que não são organismos vivos, mas têm inteligên-
cia não-explícita por via da sua competência oculta quando encontram
condições propícias). Isto é, justificar um diploma na base apenas dos
animais que têm sistemas nervosos de grande amplitude; pior ainda,
como a lei o faz, distinguindo os «animais não-humanas dos animais
humanos», é um provincianismo que já não deve existir e muito menos
no preâmbulo duma lei. «Esta aproximação do animal humano ao não
humano, ao nível da dotação da consciência, deixa de ser compatível com
a velha ideia do «ser», muito de origem bíblica, com o homem a tomar
lugar no topo de uma cadeia biológica», discurso impróprio para uma
lei que, tendo de ter intrinsecamente alguma moralidade, não o pode
fazer no texto da lei tão claramente. Falar ao mesmo tempo dos «animais
não-humanos» para distingui-los dos «animais humanos» mostra um
registo de pensamento...
Há leis que esclarecem; e leis que confundem, como esta. Referencia a
história para dignificar o valor do instituto de “provedor”; mas depois, na
concretização, o articulado da lei diminui-o significativamente. A RAA
quis na revisão do Estatuto em 2009 a possibilidade de criar provedores
sectoriais regionais; tal desejo era errado, e por isso não foi conseguido:
1º, porque a RAA pode criar, através de leis, quaisquer provedores em
função da matéria, pois este tipo de instituto até pode fazer parte das
orgânicas da administração pública autonómica; 2º, porque ao colocar
tal matéria de provedor no Estatuto Político, sendo este a lei política
fundamental da RAA, colidia com o cargo constitucional de Provedor
de Justiça que está previsto nas primeiras disposições da Constituição
Portuguesa (no artº23º), portanto, no corpo central dos princípios gerais
dos direitos fundamentais, como os da universalidade, igualdade, sus-
pensão de direitos, direito de resistência. O erro desta lei, como aquela
noutro ângulo, é diminuir o cargo de Provedor: equiparando-o a Chefe
de Divisão; determinar, num registo negativo, a mera função adminis-
trativa «sem poder decisório ou capacidade sancionatória», esse tipo de
não-poder tem de estar escrito em moldes legísticos e jurídicos próprios,
porque o articulado duma lei não é o de um jornal, nem é o de uma
sebenta penal; e porque em lugar de universalidade e mérito projeta
a fixação de que o Provedor seja um professor universitário que, nesse
caso, acumulará as funções de docente e provedor, quando, como é muito
evidente, as funções do cargo são de conhecimento legal e administrativo
e não de biologia animal.
Nós sabemos que este diploma no parlamento regional foi aprovado
com os votos contra do PSD, CDS, PPM e Chega; mas isso não é sufi-
ciente. Um diploma legislativo é o registo mais emblemático da autono-
mia: é através das leis que se promove o desenvolvimento, pois políticas
governativas sem a sua fundamentação legal não são apropriadas para
a democracia. Tem de existir um esforço conjunto de todos os deputa-
dos: esta lei, em termos de justificação, e em termos de articulado, é o
pior exemplo desta sessão legislativa; e sê-lo-á também até ao fim, por
constituir-se tão fraca nesse registo legístico– que será muito difícil, em
toda a legislatura, encontrar paralelo. Nesses elementos em concreto –
justificação e legística, se não nos falha a memória, é o pior exemplo da
história política dos Açores desde o regime constitucional de 1976.
A primeira atribuição deste Provedor é «receber queixas e sugestões
relativamente à atuação dos órgãos ou serviços públicos em matéria de
bem-estar animal»; ou seja, quando a primeira função de um provedor é
a de um cargo que, com autonomia técnica, garante a efetiva garantia dos
direitos inerentes aos animais – eis que este limita-se a caixa de queixas e
a caixa de sugestões. Atribuindo-lhe a capacidade para «ser ouvido pre-
viamente à aprovação de atos legislativos ou regulamentares, em matéria
de bem-estar animal, pronunciando-se no prazo de 10 dias úteis», como
se fosse possível dar pareceres na generalidade e eminentemente jurídicos
nesse prazo fixo, fixação de prazo que não existe para as restantes insti-
tuições que são auscultadas pelo parlamento em virtude do Regimento
Parlamentar. Compete-lhe «prestar, por escrito, todas as informações
solicitadas pelo Governo Regional ou pela Assembleia Legislativa da
Região Autónoma dos Açores, relativamente ao bem-estar animal, no
prazo máximo de 30 dias após a sua receção»; isto é, um parecer em 10
dias, mas para uma informação, 30 dias; coisa estranha.
Isto é, assim em síntese, este é um órgão mal configurado na sua
posse, mal configurado nas suas atribuições e mal configurado no seu
funcionamento. Por que motivo o parlamento regional ainda não sabe
construir leis regionais tão simples? Já agora: a mera indicação do artº37º
do Estatuto para criar esta lei – não é suficiente. Nada impede, por exem-
plo, nestes termos, que o governo regional a altere através de um decreto
regulamentar regional, ajeitando o diploma como regulamento da lei
regional.
 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt OPINIÃO 11

Contos curtos
Pirata
Tânia Ferreira

Estamos em águas agitadas, em mares revoltos pela urgência do tempo e do
poder, pela imposição do Eu, num mundo de iguais. Vivemos em contexto de
formatação, na crença de que somos únicos e de que temos capacidade crítica.
Estamos ocos.
Precisamos de gerir a nossa própria embarcação. Precisamos de mar e preci-
samos de amar. Cada outro é um tesouro onde reside a oportunidade de formar
comunidade, conexão eaceitação. Cada outro é, e deve ser, diferente. Cada nós,
pela sua diversidade, é resposta às inquietudes humanas.
Vamos vestir a pele de piratas dos tempos modernos, vamos agregar tesouros,
tesouros que palpitam em pessoas, corações que bombeiam amor. Amor que
acalma as águas revoltas, riquezas humanas que se perpetuam e multiplicam
em bem-querer.

Reconhecimento
Alexandra Manes*
ao Serviço Público
O dia 23 de junho foi designado como o Dia Internacional do Serviço Pú-
blico pela Resolução nº 57/277 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 20
de dezembro de 2002. Também foi decidido no mesmo documento encorajar
os Estados Membros a celebrar aquela data para salientar o contributo dos
serviços públicos no desenvolvimento das sociedades.
Num tempo em que os profissionais da saúde, da educação, da segurança
social e outras áreas desempenharam e desempenham um papel fundamental
no apoio às pessoas afetadas pela pandemia, o reconhecimento da importância
dos serviços públicos ganha ainda mais sentido.
As políticas neoliberais que aclamam sistematicamente as pretensas
virtudes do mercado e relatam o Estado como “mau gestor”, defendendo a
liberalização, desregulação e privatização dos serviços públicos revelaram-se
contrárias ao que proclamam: criaram uma fratura social entre os que têm e
os que não têm acesso aos serviços, criaram o crescimento das desigualdades,
o aumento do gasto público e a degradação da qualidade dos serviços.
As políticas de austeridade impulsionadas pela União Europeia após a crise
financeira de 2008 cortaram o financiamento dos serviços públicos, dimi-
nuindo o número de efetivos e condenando quem trabalha na administração
pública a contratos precários e a baixas remunerações, enfraquecendo a sua
capacidade de resposta às necessidades sociais. Agora, a redução da dívida ou
cortes orçamentais não podem ser as prioridades das prioridades. É premente
um investimento nos serviços públicos.
Como salientou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, o papel do
serviço público é mais importante do que nunca para enfrentar a devastação
da pandemia Covid-19. E perante os planos de recuperação económica, social
e ambiental em marcha são necessárias administrações públicas fortes para
combater o uso indevido de recursos públicos e para evitar a fuga aos impostos,
a violação das normas ambientais ou a exploração de quem trabalha. Também
são fundamentais o bom funcionamento do sistema judicial e das entidades
responsáveis pelo combate à concorrência desleal e aos paraísos fiscais, tantas
vezes usados como meio para a corrupção.
O Estado e Região têm um papel fundamental em setores estratégicos
como a educação, a saúde, o ambiente e a importância da prestação de serviços
públicos de qualidade e proximidade e não podem descuidar de investir nestes
setores, garantindo respostas de qualidade a toda e a qualquer pessoa. É este
o maior travão aos populismos da extrema direita que assolam a Europa e
ganham espaço no nosso país.
Na nossa Região, temos um governo que facilmente cedeu às políticas da
extrema direita para satisfazer os seus egos e a sua sede de poder.
Reconhecendo a importância dos Serviços Públicos, o Bloco de Esquerda
apresentou um voto de congratulação pelo Dia Internacional do Serviço Públi-
co e pela contribuição das trabalhadoras e trabalhadores dos serviços públicos
da saúde, educação e segurança social na resposta a quem foi afetado pela
pandemia Covid 19. O voto a todas estas pessoas foi aprovado. No entanto,
aprovado por maioria porque CDS, Chega e IL optaram por não reconhecer
o mérito que estas e estes trabalhadores merecem.
*Deputada pelo BE à ALRAA

Lurdes Alfinete defende prioridade na contratação de bens e serviços

a fornecedores sedeados na Ribeira Grande
A candidata do PS à Câmara Mu-
nicipal da Ribeira Grande defendeu “a
reconhecida qualidade das empresas da
Ribeira Grande”, afirmando, neste sen-
tido, que o município deve sempre, “no
estrito cumprimento do quadro legal,
priorizar a contratação e adjudicação de
empreitadas e serviços a empresários e
trabalhadores locais, sempre que isso for
possível e proveitoso para a autarquia”.
Lurdes Alfinete falava na Ribeira
Seca, após reunir com a Administra-
ção do Centro Empresarial dos Aço-
res (CEmpA) e com várias empresas lá
sedeadas. A candidata do PS defendeu
que é necessário “potenciar ainda mais
a qualidade que já existe nas empresas
da Ribeira Grande”, convidando-as a
“transformarem positivamente o Conce-
lho, pois são elas que conhecem melhor a
nossa realidade”. Para Lurdes Alfinete, a
Câmara Municipal deve ser sempre uma
“facilitadora e parceira, promotora de so-
luções que levem à captação de investi-
mento e à geração de economia na Ribei-
ra Grande”. A esse respeito, a candidata
do PS lançou, igualmente, a ideia de criar
na autarquia um Departamento de Fo-
mento ao Empreendedorismo e de Apoio
ao Empresário, que “preste auxílio técni-
co e consultadoria às nossas empresas e
reforce o esforço de captação de fundos
comunitários, ajudando as nossas em-
presas a aceder a estas fontes de finan-
ciamento”. Lurdes Alfinete quer, tam-
bém, “criar um Fundo Tecnológico que
estimule o desenvolvimento tecnológico
e a inovação das empresas sedeadas na
Ribeira Grande”. “Este é um dos projec-
tos que proponho para a revitalização
económica da iniciativa privada na Ri-
beira Grande: preferir os nossos, ajudar
os nossos e ajudá-los a poder ter acesso
a cada vez melhores condições”.
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 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt OPINIÃO/REGIONAL 13

De manta de retalhos ao caos…

em 8 meses!
Hernâni Bettencourt*

No passado dia 19 de junho, escrevi neste Jornal um artigo intitulado
“Um Deputado amordaçado e sequestrado pela coligação!”. No referido
artigo constava, entre outras coisas, que “O partido Chega, no início deste
mês, tornou público que a atividade parlamentar do partido “fica coordenada
inequivocamente por Carlos Furtado, líder do partido e da bancada parla-
mentar, o único deputado que está mandatado para representar o partido”.
Referindo o comunicado, em seguida, que “todos os atos parlamentares, sem
exceção, onde também se incluem, propostas, declarações, intervenções,
publicações e sentido de voto, ficam sujeitos à aprovação prévia pelo líder
da bancada.” Perante este cenário, escrevi na altura o seguinte: “Temos,
portanto, em plena vigência na casa da Democracia, uma mistura entre
mordaça e lápis azul! O Deputado José Pacheco está em silencio total. Por
enquanto, senta-se atrás do Deputado Carlos Furtado. Ambos pertencem,
formalmente, ao grupo parlamentar do Chega. Um grupo sui generis. Na
verdade, materialmente, trata-se de uma representação parlamentar (1 único
Deputado)… com dois votos. Esta situação, como todos sabem, é insusten-
tável por muito mais tempo.” Não, não sou bruxo. Nem tenho qualquer bola
de cristal. A situação era evidente. Limitei-me, por isso, a prever o óbvio.
Menos de um mês depois, aí está a solução. Ou, pelo menos, uma tentativa
de clarificação do caos que sempre orbitou em redor do partido Chega e,
por arrasto, do imberbe XIII Governo dos Açores. Sim, mesmo que alguns
tentem disfarçar este facto, é indesmentível que a sustentação política do
atual Governo depende do apoio parlamentar do Chega. Do Chega, na ver-
são grupo parlamentar (2 Deputados). Do Chega, na versão representação
parlamentar (1 Deputado) acrescida do ex Deputado deste partido que foi
já “cooptado” para a bancada original (PSD). Confuso? Sim, mas não só
agora. Quem estendeu a mão ao Chega sabia ao que ia. Sabia que, rapida-
mente, estaria sujeito às birras e exigências do Sr. André Ventura. Bolieiro,
empurrado pela ala radical do PSD, tal como Artur Lima e Paulo Estevão,
movidos ambos pela ânsia de poder, fizeram de conta que o inevitável não
aconteceria. Tal como o Senhor Representante da República que, instruído
pelo Chefe de Estado, fechou os olhos e de sorriso escondido, numa decla-
ração aos jornalistas, referiu à data “Tendo em conta que os deputados dos
três partidos que integram a coligação e dos dois partidos que a apoiam
(Chega e Iniciativa Liberal) ocupam 29 dos 57 lugares do parlamento aço-
riano, perfazendo assim maioria absoluta, decidi indigitar o dr. José Manuel
Bolieiro como presidente do próximo Governo Regional.”Ora bem, e agora?
28 Deputados é a soma atual dos subscritores dos acordos que conduziram
Bolieiro ao Palácio de Sant’Ana. Já falta 1 para a maioria absoluta! Será o
Deputado Independente Carlos Furtado? O mesmo que que disse por estes
dias, em sessão plenária, dirigindo-se a Bolieiro, o seguinte: “(…) em outubro
passado, o Chega que negociou consigo o acordo de incidência parlamentar
era um Chega moderado, sério, não populista…” O Sr. Presidente do Gover-
no vai continuar a assobiar para o lado? Ou só falará depois de mais uma
audiência com o imperador do Chega? E o Sr. Representante, vai manter
por quanto tempo mais este silêncio ensurdecedor?
*Jurista

Ponta Delgada e Belmonte assinaram Protocolo

de Geminação “com o objectivo de partilhar laços
históricos e culturais e de interesse comum”
A Presidente da Câmara Munici-
pal de Ponta Delgada, Maria José Le-
mos Duarte, e o Presidente da Câma-
ra Municipal de Belmonte, António
Dias Rocha, assinaram o Protocolo de
Geminação entre os dois Municípios
com o objectivo de partilhar laços his-
tóricos e culturais e do interesse co-
mum e também aprofundar a coope-
ração bilateral.
A assinatura do documento decor-
reu no Museu Judaico de Belmonte,
no âmbito da visita da Presidente da
autarquia de Ponta Delgada a este
concelho a convite do seu homólogo.
“Esta Geminação é a expressão
institucional e política do interesse
em aprofundar os laços históricos e
culturais entre dois Municípios, que
partilham um legado hebraico que não
só na referência na História de Portu-
gal, como também identifica e valoriza
cada um dos territórios numa pers-
pectiva histórica, cultural e também
turística”, sustentou a autarca.
Maria José Lemos Duarte subli-
nhou “que estão criadas as condições
para uma maior dinamização das ac-
ções e projectos que convergem para
a promoção destes laços culturais e
para o desenvolvimento cultural, so-
cial e económico de Ponta Delgada e
Maria José Lemos Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada,
recebeu uma porção de pó do Panteão dos Cabrais, onde se encontram os restos
mortais de Pedro Álvares Cabral
Belmonte”.
Na mesma sessão, foi assinado o
Protocolo de Cooperação e Desenvol-
vimento da Cultura Hebraica entre o
Museu Hebraico Sahar Hassamain –
Antiga Sinagoga de Ponta Delgada e o
Museu Judaico de Belmonte, que visa
aprofundar as relações culturais he-
braicas assentes no interesse cultural
e religioso de ambos os museus e seus
legados hebraicos. “Estou convencida
de que, quer um, quer outro protocolo,
darão um renovado ímpeto ao nosso
interesse comum no aprofundamento
das relações bilaterais entre dois con-
celhos que têm em comum, entre ou-
tros, a existência de uma Sinagoga, en-
quanto espaços que atestam a herança
hebraica nos dois Municípios”, decla-
rou a autarca de Ponta Delgada.
A edil fez entrega ao Município de
Belmonte de 120 livros de “autores dos
Açores, filhos dos Açores ou que escre-
vem sobre os Açores” e um Registo do
Senhor Santo Cristo dos Milagres.
Já na visita ao Panteão dos Cabrais,
onde estão os restos mortais de Pedro
Álvares Cabral, natural de Belmonte
e descobridor do Brasil, a Presidente
da Câmara de Ponta Delgada, acom-
panhada por José de Mello, dirigente
da Unidade Orgânica de Património
Cultural da autarquia, recebeu uma
porção de pó deste Monumento Na-
cional que ficará na Praça Gonçalo Ve-
lho Cabral, em Ponta Delgada, junto
à estátua de Gonçalo Velho Cabral,
povoador de São Miguel e de Santa
Maria e seu primeiro Capitão Dona-
tário.
 14 MOTORES
TOP 10 SUV’S VW ID.BUZZ
O PÃO DE
VENDA EM PORTUGAL FORMA
ELÉTRICO
Não é novidade que há um apetite voraz por
SUV’s em todo mundo. Sejam eles pequenos, mé-
dios ou grandes, os SUV’s estão em alta e com
cada vez mais opções, inclusive Coupes.
Ora bem, Portugal não é excepção e o ritmo
de matrículas desta “nova” espécie é motivador
1 2
RENAULT CAPTUR 3613 UNIDADES
3 4
SEAT ARONA 1387 UNIDADES
5 6
PEUGEOT 3008 1370 UNIDADES
7 8
NISSAN JUKE 1113 UNIDADES
9 10
17 Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
para que apareçam cada vez mais no mercado
luso.
Em baixo temos uma lista com os 10 SUV
preferidos dos portugueses que marca pela di-
versidade de marcas, embora praticamente todos
pertençam ao segmento B-SUV. Conheça-os.
PEUGEOT 2008 2897 UNIDADES
VOLVO XC40 1371 UNIDADES
HYUNDAI KAUAI 1166 UNIDADES
FORD PUMA 963 UNIDADES
A Volkswagen já se encontra a testar os protó-
tipos reais do Volkswagen ID.Buzz, o novo furgão
eléctrico da marca alemã que também terá uma
versão furgão de mercadorias que recebe a desig-
nação ID.Cargo.
Surgiram na internet algumas imagens do fu-
turo modelo em testes já com uma carroçaria que
mostra os rasgos de design do modelo de produção.
As linhas de design são distintas das da Volkswagen
T6, mas mais parecidas com as da T7. Na verdade,
o protótipo até se parece mais com uma Renault
Trafic do que propriamente uma Volkswagen.
A marca alemã já anunciou alguns detalhes so-
NOVO SKODA FABIA!
JÁ COMEÇA A SAIR
DO “FORNO”
O Novo Skoda Fabia é produzido em Mladá
Boleslav, República Checa.
Apresentado em maio, o novo Skoda Fabia
apresenta-se com várias novidades, sendo a utili-
zação da plataforma MQB-A0 do Grupo Volkswa-
gen uma delas. Assim, o utilitário checo passa a
ter a mesma base dos “primos” Audi A1, Volkswa-
gen Polo ou Seat Ibiza. Esta quarta geração do
Fabia vai ser produzida lado a lado com os Scala e
Kamiq em Mladá Boleslav, República Checa, uma
fábrica que recebeu várias modificações num in-
vestimento de 110 milhões de euros.
“Os lançamentos de produção são sempre
momentos muito especiais para os quais nos pre-
paramos meticulosamente. Hoje, estamos a co-
memorar o início oficial da produção do novo Fa-
por: Ricardo Martins
bre o novo modelo, como a capacidade da bateria,
que deverá oscilar entre os 48 e os 111 kWh e a
autonomia, que deverá alcançar os 550 km. Quanto
a potência, o motor elétrico será de 150 kW (204
CV), um propulsor já utilizado pelos modelos ID.3
e ID.4. Mas há ainda outros detalhes, como a tração
integral opcional ou a velocidade máxima limitada
a 160 km/h. A Volkswagen anuncia inovações como
os painéis solares no teto que poderão dar um al-
cance adicional de 15 km. A partir de 2025, o ID
Buzz será o primeiro furgão elétrico e o primeiro
carro da marca a contar com condução totalmente
autónoma.
bia. No total, investimento 110 milhões de euros
na modernização, bem como na automatização
dos processos de produção. Tudo vale a pena: é
ótimo ver tudo a funcionar corretamente, com
todos os mecanismos a funcionar em perfeita
harmonia.”, refere Michael Oeljeklaus, Membro
do Conselho de Produção e Logística da Skoda
Auto.

Abertas candidaturas ao Programa de Apoio
Extraordinário à Cultura
A Secretaria Regional da Cultura, da
Ciência e Transição Digital, através da
Direcção Regional da Cultura, informa
que, está aberto até ao próximo dia 12
de Agosto o período de candidaturas
destinado aos profissionais da Cultura
que exercem actividade, como pessoa
singular ou como pessoa colectiva, na
Região Autónoma dos Açores, no âm-
bito do Programa de Apoio Extraordi-
nário à Cultura.
Recorde-se, que a resolução ema-
nada do Conselho do Governo n.º
172/2021, de 13 de Julho, foi aprova-
do pelo Decreto Legislativo Regional
n.º 13/2021, de 4 de maio, que proce-
deu à criação do Programa de Apoio
Extraordinário à Cultura, visa mitigar
os efeitos da crise pandémica no sector
cultural.
Assim, a submissão de candidatura é
efectuada através de formulário próprio
e o apoio atribuído pode revestir-se de
três formas: o apoio a título excepcio-
nal, temporário e a fundo perdido, com
Câmara Municipal da Lagoa integra rede nacional
de municípios amigos da juventude
A Câmara Municipal da Lagoa pas-
sou a estar integrada na Rede Nacio-
nal de Municípios Amigos da Juven-
tude.
De referir que, a Rede Nacional
de Município Amigos da Juventude
tem como missão consolidar a liga-
ção e cooperação entre o movimento
associativo juvenil e as autarquias,
através de uma rede de contacto e
compromissos na promoção de polí-
ticas de juventude.
A pertença a esta rede eleva o com-
promisso da edilidade com a juventu-
de lagoense que, ao longo dos últimos
Parque da Rua do Moinho de Vento vai criar mais de 50 lugares
de estacionamento gratuito
Está a decorrer a empreitada de
construção do novo parque de estacio-
namento da Rua do Moinho de Vento,
uma obra da Câmara Municipal de Pon-
ta Delgada que reforça os lugares de es-
tacionamento gratuito e de proximidade
ao centro da cidade.
O novo parque, implantando numa
área de cerca de 1.627 m2, vai criar 53
lugares de estacionamento para veícu-
los ligeiros e representa um investimento
superior a 100 mil euros, a que acrescem
223 mil euros da compra do terreno, em
resposta a uma necessidade dos morado-
res desta rua da freguesia de São Pedro.
De acordo com o projecto da emprei-
tada em curso, será criada uma via inte-
rior com dois sentidos de trânsito com
final numa bolsa de inversão de marcha
17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
um limite máximo de 2.500 euros para
pessoas singulares, e de 10.000 euros
anos, tem contado com inúmeras ini-
ciativas implementadas no concelho,
através de parcerias com estabeleci-
mentos de ensino, IPSS, colectivida-
des culturais e desportivas que, para
o desenvolvimento do seu plano anual
de actividades, contam com o apoio da
Câmara Municipal de Lagoa.
Para a Presidente da Câmara Mu-
nicipal da Lagoa, Cristina Calisto, a
entrada na Rede Nacional de Muni-
cípios Amigos da Juventude insere-se
na estratégia definida para o pelouro
da Juventude, onde se destaca para
além do Orçamento Participativo, o
no topo norte do terreno. Os passeios/
espaços de circulação pedonal vão ser
realizados em betão hidráulico.
Pedro Furtado, Vice-Presidente da
autarquia, explica que esta intervenção
“está integrada num conjunto de obras
que a Câmara Municipal está a executar
não só no centro da cidade, mas tam-
bém nas freguesias fora do perímetro
urbano de Ponta Delgada, para atender
às necessidades de estacionamento dos
moradores e do comércio local”.
O autarca frisa ainda que “a opção
da autarquia, para dar boa resposta às
legítimas aspirações dos população no
que à oferta de estacionamento gratuito
diz respeito, tem sido pela requalificação
dos parques existentes; pela criação de
novos parques através de reconversões de
para pessoas colectivas.
Outro dos critérios, prende-se
Cartão Jovem Municipal que está a
ser desenvolvido. Este último é uma
iniciativa exclusiva para os jovens,
residentes ou estudantes, de adesão
gratuita, que congregará um conjunto
alargado de benefícios, pretendendo,
essencialmente, ser assumido como
uma iniciativa de maior proximida-
de dos jovens com o município e as
suas estruturas. A estes dois projec-
tos municipais juntam-se ainda outros
vocacionados para os jovens como a
Rede dos Modelos Inspiradores, o Mês
da Alfabetização e das Literacias, as
Sessões de Educação Política e para a
imóveis na malha urbana e próximos dos
moradores; e ainda pela reconfiguração
REGIONAL 15
com a atribuição de incentivo não
reembolsável a pessoas singulares e
colectivas com CAE ou Código de IRS
principais no sector da cultura, no valor
total de 6 vezes o indexante dos apoios
sociais, por cada trabalhador indepen-
dente, posto de trabalho ou pessoa co-
lectiva.
Por último, o programa prevê a
atribuição de Bolsas de Apoio à Cria-
ção Artística Regional, semestrais ou
anuais, com o valor de 7.500 euros e 15
mil euros, respectivamente, destinadas
a promotores, produtores e agentes cul-
turais, com domicílio fiscal na Região
até 1 de Janeiro de 2020, e cujos produ-
tos culturais deverão ser posteriormen-
te integrados na Temporada Cultural
da Direcção Regional da Cultura.
A Direcção Regional da Cultura in-
forma que estes e outros eventos estão
disponíveis para consulta na Agenda
Cultural do Portal Cultura Açores, no
seguinte endereço eletrónico: www.cul-
turacores.azores.gov.pt.
Cidadania, as Sessões de História, Ge-
ografia e Cultura dos Açores, o projeto
Lagoa Activa Famílias em Movimento
e Projeto Náutica/0.
De salientar que, a plataforma da
Federação Nacional das Associações
Juvenis (FNA J), criada no final do
ano de 2020, já conta com mais de
100 municípios portugueses, sendo
que, a Lagoa é um dos municípios
mais recentes a integrar a Rede Nacio-
nal de Municípios Amigos da Juven-
tude, sendo que esta adesão acentua
e potencia mais e melhores políticas
amigas da juventude.
de espaços verdes onde se verificava es-
tacionamento abusivo”.
 16 INFORMAÇÕES 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

FARMÁCIAS MUSEUS MOVIMENTO AÉREO MOVIMENTO MARÍTIMO TABELA DAS MARÉS

Ponta Delgada – Farmácia Garcia Parque Atlântico Ponta Delgada 01:32 - Baixa-mar
Azores Airlines NAVIOS DA MONTE BRASIL – Em
Rua da Juventude, 38, Loja 22 Museu Carlos Machado Chegada a Ponta Delgada de:
Inverno (de 1 de outubro a 31 de março)
TRANSINSULAR P. Delgada largando para 07:43 - Preia-mar
Telefone: 296302420 Paris: 16:05
Terça a domingo, das 9h30 às 17h Funchal: 06:20, 13:00 Caniçal e Lisboa 10:11- Quarto crescente
Ribeira Grande - Farmácia Central Verão (de 1 de abril a 30 de setembro) Lisboa: 07:25, 15:00, 20:30 13:51 - Baixa-mar
Porto: 14:00 MONTE DA GUIA – Em
Rua S. Francisco 19-23 Terça a domingo, das 10h às 17h30
Museu Hebraico Sahar Hassamaim de Ponta viagem de Leixões para 20:09 - Preia-mar
Telefone: 296473135
Partida de Ponta Delgada para: Ponta Delgada
Delgada - Portas do Céu (Sinagoga) TEATRO MICAELENSE
HOSPITAIS Segunda a Sexta, das 13h00 às 16h30
Paris: 07:30
Funchal: 08:10, 20:10 PONTA DO SOL – Em P. Delgada largando para
Museu Militar dos Açores Lisboa: 07:30, 14:55, 21:25
Ponta Delgada - 296 203 000 V. Porto e Leixões
Nordeste - 296 488 318 - 296 488 319
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Porto: 08:25 SEM EVENTOS
Sábado e Domingo das 10h00 às 13h30 e MARGARETHE – Em viagem das Flores para P.
Vila Franca - 296 539 420
das 14h00 às 18h00 Air Açores Delgada chegando hoje
EM AGENDA
R. Grande - 296 472 128 - 296 472727 Chegada a Ponta Delgada de:
Encerrado aos feriados S. JORGE – Na Horta largando para Flores e Velas
Povoação - 296 585 197 - 296 585 155 Flores: 19:25 COLISEU MICAELENSE
Ribeira Grande Horta: 13:25, 18:40
POLÍCIA Museu Municipal
Pico: 10:20, 15:10, 16:05
São Jorge: 10:25, 18:50 SEM EVENTOS
Ponta Delgada - 296 282 022, Museu “Casa do Arcano” Santa Maria: 07:55, 12:20, 20:35 INSULAR - Em via-
296 205 500 e 296 629 630 Museu da Emigração Açoriana Terceira: 07:40, 12:15, 14:50, 14:55, 19:20, gem para Ponta Del- AGENDADOS
Trânsito - 296 284 327 Museu Vivo do Franciscanismo 19:35, 21:50
R. Grande 296 472 120, 296 473 410 Casa Lena Gal gada
Lagoa - 296 960 410 Partida de Ponta Delgada para:
ASSOCIAÇÃO DE TÁXIS
Aberto de 2ª a 6ª - 09.00/17.00H REBECCA S - Em viagem para Lisboa
Vila Franca - 296 539 312 Flores: 12:50 DE SÃO MIGUEL
Furnas - 296 549 040, 296 540 042 Museu Municipal do Nordeste Horta: 08:40, 14:20
Povoação - 296 550 000, 296 550 001, 296 Aberto de 2.ª a 6.ª das 09h00 Pico: 08:00, 12:50, 13:55
550 005 e 296 550 006 às 12h00 e das 13h00 às 16h00 São Jorge: 08:05, 16:35
NAVIOS CORVO - Em Lisboa
Nordeste - 296 488 115, 296 480 110, Santa Maria: 06:30, 10:55, 19:10
Terceira: 08:00, 09:00, 10:50, 15:25, 15:35, DA MUTUALISTA FURNAS - Em Viana do
296 480 112 e 296 480 118
Maia - 296 442 444, 296 442 996 SERVIÇOS CULTURAIS 19:50, 20:05 AÇOREANA
Castelo
R. Peixe - 296 491 163, 296492033
Capelas - 296 298 742, 296 989 433 Povoação TAP
Santa Maria - 296 820 110, Chegada a Ponta Delgada de:
Biblioteca: Lisboa: 12h15
296 820 111, 296 820 112 e 296 820 110 BAÍA DOS ANJOS: Em
De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00 (INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE
GNR Museu do Trigo Partida de Ponta Delgada para: Ponta Delgada PÚBLICA)
De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00 Lisboa: 12h55 Transporte Marítimo
Largo Dr. Manuel Carreiro, 9504-514 Ponta Delgada
Sábados, Domingos e Feriados 11h00 às 16h00
Parece Machado, Lda Central 296 30 25 30
TelFixo: 296 306 580 / Fax: 296 306 598 296 20 50 50
Horário de Funcionamento
Email: ct.acr@gnr.pt
Ribeira Grande
EFEMÉRIDES
POLÍCIA MUNICIPAL TÁXIS
Centro Comunitário e de Juventude 1790 - Morre Adam Smith, econo- de Estados e de Governo de Portu-
Rua Manuel da Ponte, n.º 34 de Rabo de Peixe mista e filósofo escocês. gal, Brasil, Angola, Moçambique,
9500 – 085 Ponta Delgada Teatro Ribeiragrandense 1843 - Nasce o general Júlio Cabo-Verde, Guiné-Bissau e Tomé
Tel. 296 304403/91 7570841 Horário da 2ª a 6ª das 9h às 17h
Fax: 296 304401 Argentino Roca, presidente da Ar- e Príncipe.
E-Mail: policiamunicipal@mpdelgada.pt gentina. 2005 - Morre o ex-primeiro-minis-
MISSAS 1920 - Nasce Juan António Sama- tro britânico, Edward Heath.
BOMBEIROS Semana - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo ranch, presidente do Comité Olímpico 2006 - Morre Mickey Spillane, 88
Ponta Delgada - Urgência 296 301 301 dos Milagres; 09.00 - Santuário Senhor Santo Internacional. anos, escritor policial norte-americano,
Normal 296 301 313 Cristo dos Milagres; 12.30 – Igreja Paroquial 1936 - Uma rebelião conservadora criador do detective Mike Hammer.
Ginetes - 296950950 da Matriz (São Sebastião); 18.00 – Igreja
Nordeste - 296488111 contra o recém-eleito governo espa- 2007 - Um avião Aribus da com-
Vila Franca - 296539900
Imaculado Coração de Maria e Igreja Paroquial
de São José; 18.30 – Igreja Paroquial da Matriz nhol de esquerda da Frente Popular panhia brasileira TAM, com 187, 296 38 2000
Ribeira Grande: 296 472318, origina a guerra, durante a Guerra pessoas a Bordo, explode ao aterrar
296 470100
(São Sebastião); 19.00 – Igreja Paroquial de São
Pedro, Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Igreja Civil Espanhola. no aeroporto de Congonhas São Paulo,
96 29 59 255
Lomba da Maia - 296446017, 296446175
Povoação - 296 550050, 296 550052 de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima (de 1954 - Nasce Angela Merkel, depois de se despistar e chocar com 91 82 52 777
Centro de Enfermagem Bombeiros de terça feira à sexta feira) e Igreja Paroquial de Primeira-ministra da Alemanha. um edifício da empresa provocando
Ponta Delgada Santa Clara (de terça feira à sexta feira) 1973 - O Afeganistão tornase uma 198 mortos. JOGOS SANTA CASA
Todos os dias das 17h00 – 20h00 Euromilhões
Sábado - 08.00 – Santuário Senhor Santo República.
Incluindo Sábados, Domingos e Feriados Próximo Sorteio Sexta-Feira
Cristo dos Milagres; 12.30 - Igreja Paroquial 1994 - O Brasil conquista o tetra- Pensamento do dia: “Quem muito
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MARINHA da Matriz (São Sebastião); 16.00 – Igreja Nª campeonato na Copa do Mundo de corre, tropeça” - anónimo. Último Sorteio 13/07/2021
Sra. Das Mercês (Bairros Novos); 17.00 – futebol (FIFA). 5 6 8 11 22 + 3 4
Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Ma- Clínica do Bom Jesus (Suspensa); 17.30 – Igreja
rítimo (MRCC Delgada) 1996 - É Criada em Lisboa, a Este é o centésimo nonagésimo
Imaculado Coração Maria (S. Pedro); 18.00 – M1lhão
Tel. 296 281 777 Comunidade dos Países de Língua oitavo dia do ano. Faltam 167 dias
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Polícia Marítima de Ponta Delgada (PM Delgada) de Santa Clara; 19.00 - Igreja Paroquial de São
Portuguesa (CPLP), pelos Chefes para acabar 2021.
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Tel. 296 205 246 Pedro, Igreja Nossa Senhora Fátima e Igreja de Último sorteio 09/07/2021
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Estação Costeira Porto de Abrigo Domingo - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo CINEPLACE PARQUE ATLÂNTICO Totoloto
Tel. 296 718 086 dos Milagres; 09.00 - Santuário Senhor Santo Próximo sorteio quarta-feira
Cristo dos Milagres; 09.30 – Clínica Do Bom € 5.300.000
GABINETE DE APOIO À VÍTIMA Jesus (Suspensa); 10.00 – Igreja Matriz e Igreja Sala 2 O Amor é uma Aventura 2D Último sorteio 10/07/2021
Imaculado Coração de Maria (S. Pedro) e Igreja Mulher Maravilha 1984 21:30 3 17 34 45 49 + 10
296 285 399 (número regional) Paroquial Santa Clara; 10.30 – Casa de Saúde
707 20 00 77 (número único) 15:10, 18:10, 21:00
Nª Sra. Conceição e Hospital Divino Espírito Sala 4 Lotaria clássica
apav.pontadelgada@apav.pt
Santo (Suspensa); 11.00 – Igreja Paroquial São Sala 3 Vic o Viking: A Espada Mágica 2D (VP) Próxima Extração 19/07/2021
2.ª a 6.ª das 9:30 às 12:00 e das 13:00
às 17:30 Pedro e Igreja Paroquial de São José; 11:30 - Trolls: Tour Mundial 2D (VP) 16:00, 18:20 € 600.000
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Última Extração 12/07/2021
16:20
BIBLIOTECAS Cima; 12.00 – Igreja Matriz, Santuário Santo Sem Saída 2D
1º PRÉMIO 32775
Ponta Delgada Cristo e Igreja Nossa Senhora Fátima; 12.15 O Mundo Secreto dos Dragões 2D (VP) 21:40
De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 19h00 – Ermida de São Gonçalo (São Pedro)*; 17.00 Lotaria popular
Sábado das 14h00 às 19h00 18:30 Próxima extração 15/07/2021
Biblioteca Municipal Ernesto do Canto – Igreja Paroquial da Matriz (São Sebastião);
€ 112.500
Rua Ernesto do Canto s/n 9500-313 18.00 – Igreja Paroquial São José **; 19.00 –
Tel: 296 286 879; Fax: 296 281 139
Última extração 08/07/2021
Igreja Paroquial São Pedro
Email: biblioteca@mpdelgada.pt 1º Prémio 63263
Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada
Horário de verão (durante as férias escola- * Não há no mês de Agosto Totobola
res): 2ª a 6ª feira das 8h30 às 16h3 ** Nos meses de Julho e Agosto não haverá Horário das Exposições
Próximo concurso domingo
Ribeira Grande Eucaristia Dominical às 18h, na Igreja de São € 9.000
Arquivo Municipal; Biblioteca Municipal José. Esta será retomada no 1º Domingo do mês 2.ª feira a 6.ª feira: das 9h00 Sábados: das 14h00 às 17h00
Último concurso 11/07/2021
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 17h00 de Setembro. às 17h00 XX2 21X 11X X122 1

151 Internet: http://www.diariodosacores.pt

Diário dos Açores

ANOS

Director: Paulo Hugo Viveiros E-mail geral: jornal@diariodosacores.pt

Director Executivo: Osvaldo Cabral Publicidade: publicidade@diariodosacores.pt
Redacção: Rita Frias, Creusa Raposo
Paginação: João Sousa, Flávio Cordeiro Preço avulso: 0.60 Euros – Assinatura mensal: 12 Euros - IVA incluído
Design gráfico: Luís Craveiro Tiragem desta edição: 3.050 exemplares
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Editor: Empresa Diário dos Açores - Rua Dr. João Francisco de Sousa, nº 16 - 9500-187 Ponta Delgada Fotografia: Pedro Monteiro
São Miguel - Açores Serviços Administrativos: Lúcia Moreira Governo dos Açores
Membro
Registo na ERC n.º 100552 – NIPC: 512003300 Impressão: Gráfica Açoreana, Lda. Rua Dr. João Francisco de Sousa nº. 16, 9500-187 Ponta Delgada Honorário Esta publicação tem o apoio do
Conselho de Gerência: Américo Natalino Pereira Viveiros e Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros da Ordem PROMEDIA - Programa Regional
Sócio com mais de 5% do capital da empresa: Gráfica Açoreana, Lda. de Mérito de Apoio à Comunicação Social Privada
Sede e redacção: Rua Dr. João Francisco de Sousa nº.16, 9500-187 Ponta Delgada -
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Estatuto Editorial disponível na página da internet em www.diariodosacores.pt
da Câmara Municipal de Ponta Delgada

Governo Regional dos Açores investe
na promoção da mobilidade eléctrica
Em nota de imprensa enviada a
Direcção Regional da Energia desta-
ca que já existem “30 localizações de
carregamento, distribuídas pelas nove
ilhas do arquipélago, estando o Go-
verno dos Açores a empenhar esforços
no sentido de reforçar o número de
infraestruturas disponibilizadas aos
açorianos”.
“A existência de uma rede pública
de carregamento é uma das medidas
de promoção da mobilidade elétrica
que o Governo dos Açores tem vindo
a implementar”, justificou. Isto, “a par
de outras iniciativas políticas, como é
o exemplo da disponibilização de um
sistema de incentivos à aquisição de
Alexandre Gaudêncio reivindica um melhor
Centro de Saúde para a Ribeira Grande
Alexandre Gaudêncio reivindica me-
lhores condições físicas para o Centro de
Saúde da Ribeira Grande, assim como a
vinda de mais serviços de saúde para o
concelho.
O autarca manifestou esse de-
sejo durante a apresentação da sua
recandidatura à Câmara Municipal da
Ribeira Grande, que aconteceu no Teatro
Ribeiragrandense na passada sexta-feira,
9 de Julho, numa sessão que contou com
a presença de José Manuel Bolieiro, pre-
sidente do PSD/Açores e presidente do
Governo dos Açores.
“Ao longo do último ano e meio as
fragilidades do nosso sistema regional de
saúde saltaram à vista de todos. Aqui, na
Ribeira Grande, não foi diferente. Nunca
foi tão urgente olharmos para as condi-
ções de trabalho dos nossos profissionais
de saúde e dos seus utentes” começou por
referir Alexandre Gaudêncio.
O edil da Ribeira Grande e novamen-
te candidato continua, considerando
insuficiente o actual Centro de Saúde,
Ponta Delgada recolhe contributo de todos na elaboração
da Estratégia Local de Habitação
17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
veículos eléctricos, com uma dotação
orçamental de 300 mil euros”, pros-
seguiu a Direcção Regional.
Aquela entidade promoveu hoje
uma reunião com diversos parceiros
que têm estado envolvidos no proces-
so de instalação de pontos de carre-
gamento para veículos eléctricos, bem
como, com “entidades que poderão vir
a instalar num futuro próximo estas
infraestruturas de carregamento”.
Este encontro decorreu no âmbito
do projecto EMOBICITY, financiado
pelo programa Interreg Europa, que
tem como objectivo melhorar as me-
didas regionais de apoio à mobilidade
eléctrica.
ao referir que “um concelho que ostenta
ser o segundo que mais contribui para a
riqueza regional, não pode ter um cen-
tro de saúde com as actuais condições
físicas”.
Por isso, Alexandre Gaudêncio afir-
ma ser “urgente melhorar as suas infra-
estruturas e trazer mais serviços de saúde
para o concelho. A política de proximi-
dade faz-se com acções em concreto e
os cuidados de saúde devem ser uma
prioridade para o novo executivo regio-
A Câmara Municipal de Ponta Del-
gada, presidida por Maria José Lemos
Duarte, está a elaborar a sua Estratégia
Local de Habitação (ELH), um docu-
mento que terá por base um diagnóstico
das carências habitacionais existentes no
concelho.
Para este efeito, a autarquia está a
recolher informação sobre as principais
dificuldades e necessidades no acesso à
habitação, junto da população que reside
REGIONAL 17
nal”, num claro lançar de um desafio ao
Governo dos Açores.
O autarca aproveitou o momento para
enaltecer a importância e o desempenho
dos profissionais de saúde ao serviço dos
ribeiragrandenses.
Alexandre Gaudêncio agradeceu “aos
homens e mulheres que desde a primeira
hora em que a pandemia chegou ao nosso
concelho, nunca deixaram de trabalhar,
deixando muitas vezes as suas famílias
para segundo plano e dedicando-se de
corpo e alma ao bem-estar daqueles que
precisavam de cuidados de saúde”.
Desde a primeira hora que o ago-
ra (re)candidato à Câmara da Ribeira
Grande, enquanto seu presidente, em
conjunto com o seu executivo, tudo fez,
com o concelho chegando a ser pioneiro
nos Açores, no apoio e sentido de parce-
ria com a Secretaria Regional da Saúde,
com a Direcção e com a Autoridade Re-
gionais de Saúde e ainda com a Unidade
de Saúde da Ilha de São Miguel, na luta
contra a pandemia de Covid-19.
ou pretende residir no concelho de Pon-
ta Delgada, através de um questionário
online ( https://bit.ly/estrategialocal-
dehabitacao).
Desta forma, com o contributo de
todos (Juntas de Freguesia, Instituições
Particulares de Solidariedade Social e da
população em geral), o Município pre-
tende tomar opções estratégicas de futu-
ro nesta matéria que possam refletir-se
nas melhorias das condições de vida.
 18 TELEVISÃO 17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

13:15 - Alta Definição T3 - Ep. 29 - SIC 20:45 - Bem me Quer - Ep. 212 - TVI
signos
Astrólogo Luís Moniz
site: http://meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO BALANÇA
(21/03 a 20/04) (23/09 a 23/10)

Durante esta fase atípica, adote uma pos- Algumas ideias bastante criativas e ino-
tura equilibrada e tente não lidar com os vadoras podem obter apoios e serem
07:30 Açores Hoje 04:45 Relíquias 04:45 Água De Mar T1 04:30 Camilo, O Presi- 04:45 Os Batanetes problemas apenas ao seu jeito. Ou seja, levadas à prática. Está num período as-
08:20 Zig Zag Perdidas Dos - Ep. 34 dente 05:00 Curious George ouça as outras pessoas. cendente em termos profissionais.
08:35 Zig Zag Templários - Além dos destinos
05:32 Repórter África O mundo de
Ep. 2 da Junta, Camilo
08:50 Zig Zag George está cheio
05:30 Zig Zag 06:00 Euronews dirige também TOURO ESCORPIÃO
09:06 RTP3 / RTP os Bombeiros de personagens (21/04 a 20/05) (24/10 a 21/11)
07:00 Bom Dia
Açores Portugal Fim de 07:00 Espaço Zig Zag Voluntários; bem bondosas que
16:00 Noticias do Semana 07:01 Banda Zig Zag como o Fanecas Atravessa uma longa época de estabilida- Todos os seus atos devem ser claros e
vivem em harmo-
Atlântico 09:00 Extinções - Ep. 9 Sport, sendo líder de, mas evite investimentos arriscados e
T1 - Ep. 9 da Associação nia, ajudando-se transparentes. No entanto, certamente
16:30 Atlântida Açores Numa estepe
montanhosa na 13:50 Folha de Sala dos Aplicados da mutuamente. Em faça planos bem delineados. O setor eco- os assuntos económicos terão desfecho
2021
Mongólia, dois Sueca, do Grupo cada episódio, nómico está muito protegido. favorável aos seus interesses.
18:02 À Boleia com o 13:55 Ciclismo: Volta dos Amigos da
cavalos com patas George dedica-se
Toy listadas, olhos A França 2021 Malha, da Liga
dos Industriais de a explorar o mun-
19:12 Bem-vindos a para cima, orelhas (EM DIRECTO) Fanecas de Cima, do ao seu redor. GÉMEOS SAGITÁRIO
Beirais compridas e
da Rádio Central Graças ao seu de- (21/05 a 20/06) (22/11 a 20/12)
20:00 Telejornal Aço- pescoços robustos 16:15 Cuidado com a
de Fanecas de sejo insaciável de
res são vistos a brin- Língua! T4 - Ep.
car. São os cava-
Cima, do Movi- Perspetivam-se mudanças favoráveis e No trabalho, os grandes êxitos serão al-
20:37 Regresso Ao mento Aeroporto entender como as
los de Przewalski, 13 tudo tende a decorrer de forma bastante cançados a título individual. Neste senti-
Palco em Fanecas e coisas funcionam,
os últimos cavalos 16:30 Nicolas Le da Frente Unida vive aventuras
positiva. De qualquer maneira, cabe a si do, use a sua experiência para atingir os
21:37 Cá Por Casa verdadeiramen-
Floch T5 - Ep. 4 TGV, em Fane- incríveis.
aproveitar as oportunidades. propósitos pretendidos.
com Herman te selvagens cas.
José - Especial do mundo. Há 17:25 Candice Renoir 05:00 Etnias T21 - Ep. 05:23 Detective Mara-
Nelo e Idália dezenas de 29 vilhas CARANGUEJO CAPRICÓRNIO
T8 - Ep. 10
22:28 No Ar milhares de anos, 05:45 Uma Aventura 06:30 Campeões E (21/06 a 22/07) (21/12 a 19/01)
esta espécie era 18:20 De Lisboa A T5 - Ep. 1
22:56 Excursões Air Detectives
representada nas Estocolmo - 06:22 Uma Aventura Novas aproximações imprevistas e irre- Preste muita atenção a pormenores em
Lino 07:15 Diário Da Manhã
pinturas rupestres T5 - Ep. 2
23:35 Visita Guiada Ep. 2 08:00 Vida Animal sistíveis influenciam o seu relacionamen- todas matérias relacionadas com o setor
pré-históricas. 07:00 Uma Aventura
00:11 Noticias do 10:00 Aqui Portugal: T5 - Ep. 3 09:00 Inspetor Max to. Se está disponível, não tenha medo de económico. Faça estudos rigorosos e es-
18:40 Folha de Sala
Atlântico Sangalhos (Ma- 08:00 Estamos Em 10:00 Querido, Mudei realizar as suas fantasias. cute a opinião da sua família.
00:41 Atlântida Açores nhã) 18:45 Um Mundo Casa T1 - Ep. 28
A Casa!
2021 11:59 Jornal da Tarde Novo 11:00 Nosso Mundo
13:15 Hora dos Portu- 12:00 Primeiro Jornal 11:00 VivaVida
02:13 À Boleia com o LEÃO AQUÁRIO
20:30 Jornal 2 13:15 Alta Definição 12:00 Jornal Da Uma
gueses (23/07 a 22/08) (20/01 a 19/02)
Toy T3 - Ep. 29
14:00 Aqui Portugal: 20:45 Página 2 13:00 Conta-me
03:18 Bem-vindos a 14:00 E-Especial T3 -
Sangalhos (Tar-
21:00 Festival Ao Ep. 28
14:00 Em Família Confie nas suas capacidades, apresente Talvez tenha vontade de iniciar novos
Beirais de)
04:00 Telejornal Aço- Largo - Música 14:45 Alô Marco Paulo 18:57 Jornal Das 8 as suas ideias com convicção e eviden- estudos ou uma valorização pessoal.
18:00 O Preço Certo
res 18:59 Telejornal
- Ep. 7 20:45 Bem me Quer - cie o seu caráter bondoso de modo a Evidentemente, os conhecimentos po-
Para Cinema 19:00 Jornal Da Noite
04:36 Regresso Ao 20:00 É Urgente O Ep. 212 merecer manter a sorte na sua vida. dem trazer-lhe melhores oportunida-
22:10 Folha de Sala 20:45 Terra Nossa
Palco Amor - Ep. 1 22:00 O Amor Aconte- des.
22:00 Quem Quer
21:30 Não Te Esque- 22:15 Água E Sal Namorar Com O ce – Compacto
05:38 Cá Por Casa
ças Da Letra! - Agricultor? (A 00:00 GTi
com Herman Ep. 14 23:45 Mulheres Na VIRGEM PEIXES
Semana) T4 - Ep. 00:15 A Visita (23/08 a 22/09)
José - Especial 23:00 Programa a Resistência - (20/02 a 20/03)
7
Nelo e Idália designar 02:00 Fascínios
Ep. 1 00:45 Regresso Ao
06:30 RTP Arena 00:00 Suburbicon Futuro T1 - Ep. 5 - Ep. 101 Está em condições de descobrir uma Canalize toda a sua vitalidade para a sua
06:57 No Ar 02:00 Televendas 00:40 Euronews 02:30 Televendas 03:15 TV Shop nova fonte de rendimentos, mas acredite família e mostre os seus afetos Natural-
em si e demonstre uma atitude confiante mente, o ambiente do lar pode trazer-lhe
Qualquer alteração à programação que publicamos é da responsabilidade das respectivas estações em todas as suas intervenções. segurança e bem-estar.

Previsão do estado do tempo nos Açores
Informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Frente fria Frente quente Frente Oclusa Frente Estacionária
GRUPO OCIDENTAL
Períodos de céu muito nublado com boas abertas.
Aguaceiros fracos na madrugada.
Vento oeste bonançoso a moderado (10/30 km/h).
ESTADO DO MAR
Mar de pequena vaga.
Ondas noroeste de 1 a 2 metros.
Temperatura da água do mar: 22ºC
TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS
Santa Cruz das Flores: 18 / 23ºC
ESTATUTO EDITORIAL
O Diário dos Açores é um jornal
centenário de edição diária, de informa-
ção regional, independente, livre e regi-
do por critérios de rigor.
O Diário dos Açores assume os
princípios fundadores da Civilização
Ocidental, perseguindo o ideal europeu.
O Diário dos Açores orienta-se pe-
los valores da democracia, da liberdade
e do pluralismo.
O Diário dos Açores quer contri-
buir para uma opinião pública informa-
da e interveniente. Valoriza a discussão
franca, considerando que a existência de
uma opinião pública informada é a base
essencial para o exercício dinâmico da
democracia.
O Diário dos Açores dirige-se a um
público de todos os meios sociais e de
todas as profissões.
O Diário dos Açores procurará fór-
mulas atrativas e pertinentes de apresen-
tação da informação, mas dispensando o
sensacionalismo.
Centro Centro O Diário dos Açores acompanha
de Alta Pressão de Baixa Pressão o processo de mudanças tecnológicas e
está atento à inovação, promovendo a
GRUPO CENTRAL GRUPO ORIENTAL interação com os seus leitores.
O Diário dos Açores assume o
Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Céu muito nublado, com abertas para a tarde. compromisso de dar cumprimento rigo-
Vento norte fraco a bonançoso (05/20 km/h), rodando gradu- Condições favoráveis à ocorrência de trovoada na madrugada
e manhã. roso aos princípios deontológicos e éti-
almente para oeste. Períodos de chuva por vezes FORTE na madrugada e manhã, cos respeitantes à actividade jornalística,
ESTADO DO MAR passando a aguaceiros fracos. fazendo valer os Direitos inerentes ao
Vento sudoeste fraco a bonançoso (05/20 km/h), rodando livre exercício da prática informativa
Mar encrespado a de pequena vaga.
para norte. num Estado de Direito Democrático,
Ondas noroeste de 1 metro. ESTADO DO MAR
sendo veículo de transmissão de opi-
Temperatura da água do mar: 22ºC Mar encrespado a de pequena vaga.
Ondas do quadrante norte de 1 metro. nião, desde que tal expressão não viole o
TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS
Temperatura da água do mar: 22ºC cumprimento rigoroso de normas legais
Horta: 17 / 23ºC TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS aplicáveis à comunicação social.
Angra do Heroísmo: 17 / 23ºC Ponta Delgada: 18 / 24ºCPonta Delgada: 19 / 24ºC

Empresários dos Açores preocupados
com atrasos nas medidas de apoio ao sector
A Direção da Câmara do Comér-
cio e Indústria dos Açores (CCIA)
reuniu anteontem, tendo analisado
e debatido um conjunto de assuntos
de interesse para as empresas e para
a economia em geral.
Dos assuntos analisados a estru-
tura representativa dos empresários
dos Açores diz ter “decidido pro-
mover a realização de um encon-
tro com associações empresariais
regionais, tendo como objetivos a
análise da situação atual provocada
pela pandemia, as medidas de apoio
disponíveis às empresas e, princi-
palmente, perspetivar as soluções
mais adequadas para ajudar o teci-
do empresarial no processo de re-
cuperação pós pandemia e, ainda
concertar posições entre as diversas
estruturas associativas empresa-
riais”.
Os empresários dizem constatar
“que não há ainda sinais consisten-
tes de uma recuperação económica
sustentada, designadamente ao ní-
vel do setor do turismo. Nesse sen-
Empresas do Terinov Mais 39 casos
expandem-se positivos nos Açores
para o Nonagon
A SimplifyPRO e a Nine Media
Company, empresas instaladas na
incubadora de do TERINOV – Par-
que de Ciência e Tecnologia da ilha
Terceira estão a trabalhar na ex-
pansão dos seus serviços para São
Miguel, através de um ‘softlanding’
para o NONAGON – Parque de Ci-
ência e Tecnologia de São Miguel.
Os Parques de Ciência e
Tecnologia dos Açores, TERINOV
e NONAGON promovem o ‘softlan-
ding’ dos seus projetos e empresas
de e para ambas as incubadoras.
A SimplifyPRO e a Nine Media
Company são as primeiras empre-
sas a usufruir desta vantagem.
Instaladas no TERINOV há mais
de um ano, trabalham agora na ex-
pansão dos seus produtos e serviços
para São Miguel, uma transferência
enquadrada no já existente proto-
colo de cooperação entre ambos os
Parques com o objetivo de promo-
ver a regionalização das empresas
dos Açores.
“Com estes acordos permitimos
uma presença efetiva das nossas
empresas noutras ilhas do arquipé-
lago”, afirma o diretor executivo do
TERINOV, Duarte Pimentel.
O ‘softlanding’ de projetos e em-
presas entre o TERINOV e o NONA-
GON tem em conta um conjunto de
benefícios que vão desde a redução
do valor da mensalidade associada
à utilização dos espaços até à sim-
17 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
tido, a Direção considera impres-
cindível que sejam reeditados até
ao final do corrente ano, com indis-
pensáveis ajustamentos, as medidas
públicas direcionadas para as em-
presas, nomeadamente ao nível do
apoio à liquidez e ao emprego, de
forma a preservar ao máximo possí-
vel o tecido empresarial regional”.
plificação do processo de admissão
dos projetos e empresas em ambas
as incubadoras.
Para os promotores das empresas
migrantes, as vantagens vão muito
além das já mencionadas.
Pedro Fragoso, CEO da Nine
Media Company acredita que a ex-
pansão de serviços para São Miguel
será um importante marco para a
empresa que contabiliza cada vez
mais clientes nesta ilha.
Já no entender da Marta Reis,
promotora da Simplify PRO, “na
fase atual da empresa, a expansão
é sempre algo importante, nomea-
damente em São Miguel, devido à
forte componente empresarial exis-
tente na ilha.”
Atualmente, o TERINOV acolhe
61 projetos e empresas responsáveis
pela afetação de cerca de 200 recur-
sos altamente qualificados, apre-
sentando-se como um importante
polo de massa crítica nos Açores.
REGIONAL/PUBLICIDADE
Manifestam, por isso, “preocupa-
ção com os atrasos que se têm vindo
a verificar na análise e aprovação
de medidas de apoio às empresas,
nomeadamente no que se refere às
candidaturas ao Programa Manu-
tenção de Emprego (PME II)”.
Considera a Direção da CCIA que
“é indispensável que seja acelerado
Os Açores contam com mais 39
novos casos positivos de covid-19,
dos quais 28 foram identificados
em São Miguel, sete na Terceira,
três nas Flores e um em São Jor-
ge, segundo a Autoridade de Saúde
açoriana.
No boletim diário de ontem, a
Autoridade de Saúde Regional indi-
ca os dados referentes às últimas 24
horas indicam que, na ilha de São
Miguel, dois dos casos são de “via-
jantes, não residentes” que “revela-
ram análises positivas ao 6.º dia”,
enquanto os restantes 26 doentes
resultaram de “transmissão comu-
nitária”.
No concelho de Ponta Delgada,
foram registados 13 novos casos, na
Lagoa oito, Ribeira Grande três e no
concelho de Vila Franca do Campo
há quatro novos doentes com covid-
19.
Na Terceira, há sete novos casos
no concelho da Praia da Vitória e
nesta ilha “surgiram duas novas ca-
deias de transmissão local
Nas Flores há três novos casos,
referentes “a viajantes, não residen-
tes” e “com resultados positivos ao
6.º dia”.
Em São Jorge foi também regis-
tado um novo caso de “um viajante,
não residente, com resultado positi-
vo ao 6.º dia”.
Estes casos foram identificados
após 1.923 análises realizadas, nas
últimas 24 horas, nos laboratórios
de referência da Região.
Também nas últimas 24 horas
foram registadas 22 recuperações,
19
o processo de análise das candida-
turas, para que as empresas possam
planear de uma forma mais consis-
tente a sua atividade”.
Analisada a evolução da
operacionalização do Plano de Re-
cuperação e Resiliência (PRR),
aguardando a Direção da CCIA,
com expetativa, a necessária
implementação dos diversos instru-
mentos de apoio direcionados para
as empresas e a sua indispensável
adequação à realidade e necessida-
des do tecido empresarial regional.
A Direção reiterou a sua total
disponibilidade e interesse em con-
tinuar a colaborar com as entidades
regionais na formatação dos referi-
dos instrumentos.
“Analisada a evolução do proces-
so de melhoria da operacionalidade/
ampliação do aeroporto da Hor-
ta, a Direção congratulou-se com
as perspetivas de avanço da sua
viabilização através de acesso a fun-
dos comunitários”, conclui o comu-
nicado final do encontro.
20 das quais em São Miguel, uma
na Terceira e outra nas Flores.
10 doentes internados
em S, Miguel e Terceira
Hoje estão internados 10 doen-
tes (menos três do que na quinta-
feira).
Nove pacientes foram hospita-
lizados no Hospital do Divino Es-
pírito Santo, em Ponta Delgada,
ilha de São Miguel, e um no Hos-
pital de Santo Espírito de Angra do
Heroísmo, na Terceira.
O arquipélago conta presente-
mente com 428 casos positivos ati-
vos, sendo 366 em São Miguel, 30
na Terceira, 14 no Pico, sete em
São Jorge, oito nas Flores e três no
Faial.
Estão ativas no arquipélago 10
cadeias de transmissão local primá-
ria, sendo cinco na Terceira, duas
no Pico, uma no Faial, uma em São
Jorge e uma São Miguel/Flores.
Desde o início da pandemia fo-
ram diagnosticados nos Açores
6.900 casos positivos de covid-19,
tendo recuperado da doença 6.294
pessoas e falecido 34.
Desde 31 de dezembro de 2020
e até 8 de julho, já foram “adminis-
tradas nos Açores 250.705 doses de
vacinas contra a covid-19, havendo
129.190 pessoas com, pelo menos,
uma dose (53,21% da população)
e 121.515 pessoas com vacinação
completa (50,05%)”, no âmbito do
Plano Regional de Vacinação, infor-
ma ainda o comunicado.

Última
Diário Açores Ano
146º
dos
Edição de 17 de Julho de 2021
Parlamento regional aprova voto
de solidariedade com povo de Cuba
O autor do voto de saudação, o
centrista Pedro Pinto, referiu que, “56
anos depois de um regime socialista e
totalitário, o povo cubano tem saído às
ruas reclamando por alimentos, medica-
mentos e liberdade”.
Na Assembleia Legislativa Regional,
que decorre na Horta, ilha do Faial o de-
putado do BE António Lima disse estar
perante um “anti-socialismo primário
expresso no texto” do voto de saudação
do CDS-PP, tendo referido que não se
pode “omitir o crime que os Estados Uni-
dos fazem sobre o povo cubano há de 60
anos com o embargo”.
António Lima, que manifestou soli-
dariedade com a luta do povo cubano,
referiu que é “uma hipocrisia e um bran-
queamento” da história não abordar o
papel norte-americano nesta questão.
“Temos fome”, “Liberdade” e “Abaixo
a ditadura” foram algumas das palavras
de ordem repetidas na mobilização sem
precedentes em Cuba, país onde as úni-
cas concentrações autorizadas são geral-
mente as do Partido Comunista Cubano
(PCC, partido único) e onde as últimas
manifestações deste tipo aconteceram há
quase 30 anos, em 1994, em Havana.
Após os protestos, o Governo cortou
Governo Regional dos Açores permite utilização de gasóleo
agrícola pelos apicultores
Na resposta a um requerimento do
PSD/Açores, o executivo açoriano avan-
ça que “está a preparar uma proposta de
alteração” à portaria que estabelece as
actividades que podem consumir gasóleo
agrícola na região.
A alteração visa incluir a apicultura
no sistema de abastecimento de gasóleo
à agricultura.
No documento, assinado pelo subse-
cretário da Presidência, Pedro de Faria
e Castro, o Governo Regional revela que
pretende que a alteração decorra “até ou-
tubro deste ano, mês a que corresponde
ao período normal de apresentação de
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a internet, reforçou o controlo policial e
acusou os Estados Unidos de financia-
rem a revolta social no país.
Pedro Pinto, do CDS-PP, destacou
que “os portugueses são um exemplo da
conquista da liberdade”, tendo-a alcan-
çado “de forma pacifica”.
“Apesar de, em determinado período
deste processo de libertação, ter havido
uma tentativa de deriva que poderia ter
levado à instalação de um regime do
género daquele que foi instalado em
Cuba, soube-se inverter o rumo e hoje
vive-se numa democracia plena”, decla-
rou o deputado.
O deputado Vasco Cordeiro, líder do
maior partido da oposição (PS), indicou
que, “para o PS dos Açores, a questão não
é se é um regime de esquerda, de direi-
ta ou do centro, se é socialista, marxista
ou fascista”, mas sim a “liberdade, que
alguns gostam de apregoar mas que não
resistem a condicionar, que não pode ser
posta em causa”. Cordeiro observou que
o teor e apresentação do voto “diz muito
mais de quem o propõe do que aqueles a
quem se dirige”.
O parlamentar do PAN, Pedro Neves,
referiu que “isto foi uma provocaçãozi-
nha, giro de ver, à esquerda, seja ela de
novas candidaturas”.
Habitualmente, o período de inscri-
ção e registo no sistema de abastecimen-
to de gasóleo à agricultura decorre de 01
de Outubro a 14 de Novembro.
No requerimento, o PSD/Açores de-
fendeu a importância de os apicultores
terem acesso ao gasóleo agrícola, uma
vez que a “apicultura nos Açores consti-
tui uma importante atividade agrícola,
cujo desempenho é fundamental para
garantir a produtividade nos sectores
da horticultura e fruticultura”.
Os social-democratas lembram que
o secretário da Agricultura e do Desen-
extrema esquerda ou não”, e que o seu
partido, “pelo objecto”, se associava ao
voto de saudação ao povo de Cuba na sua
luta pelo directo à liberdade.
Para o líder da bancada parlamen-
tar do PSD/Açores, Pedro Nascimento
Cabral, que condenou ditaduras de di-
reita ou esquerda, “é certo que o regime
vigente em Cuba é de esquerda, comu-
nista, havendo que falar das coisas tal
qual como elas são, sem virar a cara à
realidade dos factos”.
O deputado José Pacheco, do Chega,
declarou que “jamais no mundo pode ha-
ver um povo que diga que tem fome seja
numa ditadura de direita ou de esquer-
da”, ressalvando que “o povo de Cuba
não tem culpa de ter esta ditadura de
esquerda”.
O deputado PPM Paulo Estevão afir-
mou que o PS e o BE, “nesta matéria,
evoluíram, porque nos primeiros tempos
da revolução portuguesa existia um certo
fascínio sobre Cuba”.
O parlamentar da IL/Açores, Nuno
Barata, considerou que estes protestos
“podem ser o princípio do fim de uma
ditadura” imposta a “12 milhões de pes-
soas “confinadas a uma ilha, sujeitos ao
vírus mortal do totalitarismo”.
volvimento Rural, António Ventura, afir-
mou a 02 de Março de 2021 que o exe-
cutivo regional pretende dar um “forte
impulso à apicultura” na região.
Na portaria que regula o sistema
de abastecimento de gasóleo à agricul-
tura está incluída a vitivini-cultura, a
horticultura, a floricultura e a fruticul-
tura, sem qualquer referência à apicul-
tura.
O Governo dos Açores, liderado pelo
social-democrata José Manuel Bolieiro, é
suportado no parlamento pelos partidos
que integram o executivo (PSD, CDS-PP,
PPM) e pelo Chega e Iniciativa Liberal.
Mineradora anuncia
maior venda de diamante
da sua história
A Petra Diamonds, mineradora
internacional de diamantes, que tem
sede no Reino Unido, divulgou que
realizou a maior venda da história da
companhia.
Conforme noticiado, a pedra pre-
ciosa, um diamante azul Tipo llb, de
39,3 quilates, foi ofertado por nada
menos que 40 milhões de dólares.
Empresáriosda Beira
Baixa queixam-se de falta
de mão-de-obra
Na Beira Baixa, a maioria dos em-
presários está a queixar-se de não con-
seguir gente para trabalhar. Esta falta
de mão-de-obra, no distrito de Castelo
Branco, já levou a associação empre-
sarial a solicitar medidas.
A escassez de mão-de-obra está
mesmo a deixar em risco muitos ne-
gócios. Por isso, os empresários pedem
incentivos à mobilidade, fixação e va-
lorização das pessoas.
Investigadores
procuram ovos
de dinossauro no Cabo
Espichel
Investigadores que se encontram
a desenvolver trabalho de campo na
zona do Cabo Espichel, Sesimbra,
acreditam que é possível encontrar
ovos de dinossauro naquele local, à se-
melhança do que aconteceu na Louri-
nhã, e também de crocodilo.
“Podemos ter aqui ovos de
dinossauro e podemos ter ovos até de
crocodilo”, disse o geólogo Pedro Pro-
ença e Cunha, professor catedrático no
Departamento de Ciências da Terra da
Universidade de Coimbra. Especialis-
ta em estratigrafia e sedimentologia,
Pedro Proença e Cunha estudou ovos
de dinossauro encontrados na Louri-
nhã.