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0,80 € Fundado em 1870 por M. A. Tavares de Resende

Director Paulo Hugo Viveiros | Director Executivo Osvaldo Cabral

Diário Açores
Sábado, 24 de Julho de 2021 | Ano 152 | N.º 42.535

Ano
152º

O quotidiano mais antigo dos Açores

dos
José Gabriel Ávila Arnaldo Ourique Escrevem
pico e s. jorge, aula de política regional nesta edição

tão próximos
opinião//Pág. 8
sobre leis
opinião//Pág. 10

Medidas de Alto Risco Hernâni Bettencourt

para P. Delgada, Lagoa,

Angra e Praia, concelhos
em situação de calamidade entrevista//págs. 6 e 7
Quinta da Paródia
Uma quinta Alexandra Manes

na Lagoa
onde reina
o divertimento
entrevista//págs. 6 e 7

Tânia Ferreira
Lançado no
Pico o primeiro
vinho branco de
regional uvas tintas dos
Pag. 2
Açores Daniel Bastos
regional//pág. 3

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Dia do Alfaiate
e da Modista
A arte de criar
roupa personalizada
reportagem de creusa Raposo//págs. 4 e 5
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ERA

"
 $ PONTA DELGADA
pontadelgada@era.pt | era.pt/pontadelgada

296 650 240

ERA
PORTAS DA CIDADE
portasdacidade@era.pt | era.pt/portasdacidade
296 247 100
ERA
RIBEIRA GRANDE
 ##!  ##! 
 

 

#% ribeiragrande@era.pt | era.pt/ribeiragrande

2500 4 2 - 201 235 4420 3 2 1 154

296 096 096
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  '
 2 REGIONAL
A partir de segunda-feira
Alto Risco para P. Delgada, Lagoa, Angra e
Praia porque estão em situação de calamidade
O Governo dos Açores aprovou on-
tem uma resolução que declara que os
concelhos de Ponta Delgada e de La-
goa, na ilha de São Miguel, bem como
os concelhos de Angra do Heroísmo
e da Praia da Vitória, na ilha Tercei-
ra, se encontram em situação de ca-
lamidade pública regional, bem como
os concelhos de Ribeira Grande e de
Vila Franca do Campo, na ilha de São
Miguel, se encontram em situação de
contingência, determinando ainda
um conjunto de medidas a aplicar a
todo o Arquipélago.
As medidas entram em vigor a par-
tir das zero horas de segunda-feira.
As medidas para P. Delgada,
Lagoa, Angra e Praia
Assim, para os concelhos em Alto
Risco (Ponta Delgada, Lagoa, Angra
e Praia da Vitória) aplicam-se as se-
guintes medidas:
a) Encerramento de cafés e outros
estabelecimentos de bebidas e simila-
res às 20h00, respeitando, durante o
período de funcionamento, a lotação
máxima de um terço da capacidade
do estabelecimento em causa;
b) Proibição da circulação pedonal,
automóvel, motorizada ou similar, na
via pública entre as 00:00 horas e as
05:00 horas, sem prejuízo do dispos-
to no n.º 3 seguinte;
c) Sem prejuízo pelo disposto na
alínea a), obrigatoriedade de encerra-
mento de toda a atividade comercial
às 23:00 horas, com exceção das far-
mácias, clínicas médicas e consultó-
rios, postos de abastecimento de com-
bustíveis com venda ao postigo, lojas
de conveniência de venda de bens
essenciais integrados em postos de
combustíveis, ou não, estabelecimen-
tos situados no interior dos aeropor-
tos da Região Autónoma dos Açores,
em área localizada após o rastreio e
controlo de segurança dos passagei-
ros, que podem laborar após aquelas
horas;
d) A realização de velórios e fune-
rais só pode ocorrer até às 22:00 horas,
ficando, ainda assim, condicionada à
adoção de medidas organizacionais
que garantam a não existência de
aglomerados de pessoas e as regras de
distanciamento social recomendadas
pelas autoridades de saúde regionais,
designadamente a fixação de um limi-
te máximo de presenças, a determinar
pela autarquia local que exerça os po-
deres de gestão do respetivo cemité-
rio, não podendo deste limite resultar
a impossibilidade da presença de côn-
juge ou unido de facto, ascendentes,
descendentes, parentes e afins.
As medidas para Ribeira Gran-
de e Vila Franca
Para os concelhos de Ribeira Gran-
de e Vila Franca, que se encontram
em Médio Alto Risco, aplicam-se as
24 de Julho de 2021 . www.diariodosacores.pt
Encerramento de cafés e outros estabeleci-
mentos de bebidas e similares às 20h
seguintes medidas:
a) Limitação de ajuntamentos na
via pública de um número máximo
de quatro pessoas, exceto se forem do
mesmo agregado familiar;
b) Encerramento de todos os es-
tabelecimentos de restauração, bebi-
das e similares às 23:00 horas, exceto
para efeitos de take away ou entrega
ao domicílio, com a limitação de que,
durante o período de funcionamen-
to, a capacidade máxima por mesa é
de quatro pessoas, salvo se perten-
cerem ao mesmo agregado familiar,
respeitando uma lotação máxima de
um terço da capacidade do estabele-
cimento em causa;
c) Recomendação de abertura dos
centros de atividades ocupacionais e
centros de dia, com recomendação de
permanência dos utentes das estru-
turas residenciais para idosos e uni-
dades de cuidados continuados nas
respetivas instituições, e, nos casos
em que se verifique a saída de algum
utente, o respetivo regresso à insti-
tuição em causa fica sujeito às regras
impostas pela Autoridade de Saúde
Regional.
Mais 71 casos positivos
Nas últimas 24 horas em relação a
ontem foram diagnosticados nos Aço-
res 71 novos casos positivos de Covid-
19, sendo um na Graciosa, um em São
Jorge, dois nas Flores, cinco no Pico,
30 na Terceira e 32 em São Miguel,
decorrentes de 2.406 análises realiza-
das nos laboratórios de referência da
Região.
Na Graciosa foi diagnosticado um
novo caso positivo, em Santa Cruz,
no âmbito de atividade laboral, ainda
por aferir.
Em São Jorge foi diagnostica-
do um novo caso, em Velas, por
sintomatologia.
Nas Flores há dois novos casos, um
relativo a um viajante, não residente,
na Fajãzinha, concelho das Lajes, com
rastreio positivo ao 6º dia. Um outro
caso positivo, em Santa Cruz, origi-
nou uma cadeia de transmissão local
primária, partilhada entre Santa Cruz
das Flores e a Madalena do Pico.
No Pico, dois novos casos positivos
agora diagnosticados integram cadeia
de transmissão local primária ante-
rior, no concelho das Lajes. Um dos
novos casos originou nova cadeia de
transmissão local primária também
no concelho das Lajes. Dois casos, re-
ferem-se a dois viajantes, um não re-
sidente, com rastreio à chegada e ou-
tro residente, com rastreio positivo ao
6º dia, respetivamente na Madalena e
em São Roque.
Na Terceira, quatro dos novos ca-
sos referem-se a viajantes com aná-
lise positiva ao 6º dia, sendo um
não residente e três residentes. Os
restantes casos integram as cadeias
ativas. Assim, no concelho de Angra
do Heroísmo há 16 novos casos e no
concelho da Praia da Vitória foram
registados 14 novos casos.
Em São Miguel, dois dos novos ca-
sos correspondem a outros tantos via-
jantes, um não residente com análise
positiva à chegada e outro, residente,
com análise positiva ao 6º dia. Assim,
no concelho da Lagoa há um novo
caso, no concelho de Ponta Delgada
foram registados 18 novos casos e no
concelho da Ribeira Grande há 13 no-
vos casos.
Dois doentes evacuados
de S. Jorge
Também nas últimas 24 horas fo-
ram registadas 19 recuperações.
À data de hoje estão internados 17
doentes, sendo 12 no Hospital do Di-
vino Espírito Santo, em Ponta Delga-
da (com um em UCI), quatro no Hos-
pital de Santo Espírito, em Angra do
Heroísmo (dois dos quais evacuados
das Manadas da ilha de São Jorge) e
um no Hospital da Horta.
Um dos casos reportados anterior-
mente, na freguesia de Rabo de Peixe,
no concelho da Ribeira Grande, apre-
sentou documentação comprovativa
de uma anterior infeção e respetiva
recuperação, não sendo considerado
caso ativo.
O arquipélago conta presentemen-
te com 495 casos positivos ativos,
sendo 308 em São Miguel, 151 na Ter-
ceira, 13 no Pico, oito em São Jorge,
seis no Faial, sete nas Flores e dois na
Graciosa.
Praia da Vitória cancela eventos
A Câmara Municipal da Praia da Vi-
tória, na ilha Terceira, Açores, decidiu
cancelar eventos e adotar o regime de
teletrabalho, “sempre que exequível”,
devido ao aumento de casos de infe-
ção por SARS-CoV-2 no concelho.
Também o outro município da ilha
Terceira, o de Angra do Heroísmo, já
tinha anunciado o cancelamento dos
“eventos do mês de julho”, devido à
“atual situação epidemiológica”, reve-
lando que serão “adiados para data a
definir”.
Já o Hospital de Santo Espírito da
Ilha Terceira decidiu suspender tem-
porariamente as visitas, “tendo em
vista a segurança dos utentes inter-
nados, dos profissionais de saúde e da
comunidade em geral”, mantendo “as
situações e autorizações excecionais
com os motivos justificativos já pre-
vistos nas normas em vigor”.
Governo decide expropriar
terrenos Furnas-Povoação
O Conselho do Governo deci-
diu autorizar a transferência de
2.150.000 euros para a Lotaçor, des-
tinados a aumento de capital daque-
la empresa, dotando aquela empre-
sa de robustez financeira necessária
para permitir uma melhor gestão
das suas participações sociais.
Decidiu ainda declarar a utilidade
pública, com carácter de urgência,
da expropriação das parcelas de ter-
reno e dos direitos a elas inerentes,
necessárias à execução da obra de
“Melhoria da acessibilidade Furnas/
Povoação – 1.º Lanço (Melhoria
da acessibilidade à freguesia das
Furnas)”.

Restauração propõe nove medidas ao
Governo dos Açores para “salvar o sector”
A AHRESP - Associação da Hotelaria,
Restauração e Similares de Portugal
apresentou ao Governo dos Açores nove
medidas para salvar, na região, os seto-
res mais prejudicados pela Covid-19, o
alojamento turístico e a restauração e
similares.
“Das medidas apresentadas destaca-
se um conjunto de soluções de Incentivo
ao Consumo. O levantamento gradual
das medidas ao normal funcionamento
dos estabelecimentos, designadamente
o alargamento dos horários, bem
como a clareza e oportunidade da
implementação das medidas decidas
pelo Governo, são fatores determinantes
para o incremento do consumo”, descre-
ve a associação, em comunicado.
O plano com nove medidas, nas áreas
do Consumo, Liquidez, Financiamentos,
Fiscalidade, Emprego e Qualificação, foi
criado depois de a AHRESP se ter reu-
nido com os associados dos Açores para
auscultar as suas preocupações”, descre-
ve a nota de imprensa.
Já o presidente do Governo Regional
dos Açores, José Manuel Bolieiro, subli-
nhou, também em comunicado, que é
responsabilidade do executivo “fazer um
equilíbrio entre o controlo da pandemia
de covid-19, com foco no processo de va-
cinação, e as decisões tomadas em tor-
no de constrições a algumas atividades
económicas”.
O governante falava no Palácio de
Sant’Ana após se ter reunido com uma
delegação da AHRESP.
No encontro estiveram, entre outros,
o Primeiro Vice-Presidente da entidade,
Lançado no Pico o primeiro vinho
branco de uvas tintas dos Açores
No passado sábado, na Adega Amaral,
na freguesia de Candelária, ilha do Pico,
aconteceu a apresentação do primeiro e
único vinho branco de uvas tintas, pro-
duzido nos Açores, sendo que é um vi-
nho feito com as castas Merlot, Syrah e
Cabernet Sauvignom.
Lucas Lopes Amaral explica ao Jornal
do Pico que este vinho “apresenta uma
atrativa e muito ligeira tonalidade dou-
rada, um aroma elegante, leves notas a
banana e maracujá, e na boca denota
uma acidez destacada, boa textura e vo-
lume, considerado um terroir único”.
Três castas
“O Tinto é um vinho feito com as cas-
tas Merlot, Syrah e Agronómica, apre-
sentando notas de pimentos e tem uma
acidez exuberante proveniente dos Aço-
res”, sendo que “apresenta ainda um final
de boca intenso e temperado com notas
de baunilha e chocolate do estágio de seis
meses em aparas de Carvalho Francês e
Americano”, explica o produtor.
24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
Carlos Moura, e a Presidente da Comis-
são Diretiva nos Açores, Cláudia Cha-
ves.
Para a AHRESP, a implementação
das nove medidas propostas “é essencial
para que as empresas consigam sobre-
viver até à retoma da atividade econó-
mica”.
“Só com medidas robustas, ágeis e
céleres, é que será possível alcançar o
equilíbrio entre economia e saúde”, as-
sinala.
O plano da AHRESP apresentado
ao governante aponta, na vertente da
Liquidez, “a Compensação do agrava-
mento da TSU suportada pelo emprega-
dor por força da atualização do Salário
Minino Regional”.
Lucas Amaral frisou que “o Pico é
uma região de vinhos brancos”, na sua
opinião, ”esta é uma forma de aprovei-
tar todas as uvas tintas produzidas na
ilha”.
2 mil garrafas já vendidas
O jovem empresário, sempre apoia-
do pela sua família, no que toca a este
novo desafio, realça que o que motivou
“foi nunca ter sido feito antes, e porque o
meu maior objetivo é fazer vinhos novos
e que marquem pela diferença”.
“As outras Adegas poderão futura-
mente também o fazer, contudo, eu fui,
com muito orgulho, o primeiro a ter esta
iniciativa”, diz com emoção, esclarecen-
do que “está a correr muito bem, pois a
aceitação e as críticas que tenho recebido
têm sido excelentes”.
As 2000 garrafas deste néctar dos
deuses já estão praticamente todas ven-
didas.
Neste momento a Adega Vitivinícola
Lucas Amaral conta com dois vinhos
No âmbito das Qualificações, “a
AHRESP propõe um plano integrado
de ações para fazer face às carências de
formação e de capacitação nos setores
de alojamento turístico, restauração e
similares”, descreve.
“Mais de um ano depois do início da
crise pandémica provocada pela covid-19
e com o habitual reforço das tesourarias
na tradicional época alta neste momento
comprometido, a AHRESP tem vindo a
defender, de forma reiterada, a necessi-
dade da criação de novos mecanismos de
apoios para as empresas”, acrescenta.
Para a associação, “os estudos e dados
oficiais confirmam e chegam mesmo a
ultrapassar o que a AHRESP sempre
estimou”.
Esboçopódio DO Pico, o Verdelho e o
Arinto dos Açores e com três vinhos Ca-
dmar- -Vor IG IG Açores, o Fernão Pires,
REGIONAL 3
“As empresas ligadas aos vários se-
tores do turismo, desde o alojamento
turístico à restauração e similares, têm
sido especialmente impactados pela crise
pandémica. São disso exemplos os mais
recentes dados revelados no relatório de
“Combate à fraude e evasão fiscais e adu-
aneiras 2020”, que refere que os setores
do Alojamento e da Restauração (Canal
HORECA) registaram uma quebra de
41% em 2020 face a 2019”, observa.
Tal significa, diz, “que se perderam
mais de 6,5 mil milhões de euros”.
Na nota de imprensa do Governo,
manifesta-se que a responsabilidade do
executivo “fazer o equilíbrio entre aque-
las que são as preocupações de contro-
le epidemiológico e as necessidades, as
ambições de inibição de constrições à
atividade económica”.
O evoluir do processo de vacinação
contra a covid-19, lembrou o presidente
do Governo, é um elemento que se jun-
tou aos diversos que se unem na tomada
de decisões sobre a pandemia.
Bolieiro referiu ainda que a redução
fiscal na Região, nomeadamente no que
refere ao IVA, foi um “sinal” de apoio ao
consumo, sendo também de destacar a
entrada em vigor do vale de 35 euros --
de consumo em atividades económicas
- para os viajantes de fora da Região que
se deslocam com testes prévios à covid-
19.
O governante sublinhou ainda ter
tomado “boa nota” do conjunto de pro-
postas apresentadas pela AHRESP a
propósito da retoma do setor, refere o
comunicado.
e o branco de uvas tintas e o tinto.
Exclusivo Jornal do Pico/
Diário dos Açores
 4 REPORTAGEM
“Em Portugal, ao contrário da grande parte das express
“Al-Kaiat”, sendo que o verbo “khata” significa “coser”. Do
remendar um tecido roto com outro pedaço de tecido semelhante
Por Creusa Raposo
O Dia do Alfaiate e da Modista tem lu-
gar no calendário a 23 de Julho.
Os alfaiates e costureiras surgiram
como profissões de destaque na sociedade,
devendo estes profissionais acompanhar
as modas e actualizar o seu leque de teci-
dos e de modelos para satisfação dos seus
clientes.
Estas profissões tradicionais con-
sistem na criação de roupa de forma
artesanal e exclusiva: à medida da pessoa
e de acordo com as suas preferências.
Apesar de serem das profissões mais
antigas do mundo, elas encontram-se ago-
ra em vias de extinção, com a massificação
das lojas de roupa e dos modelos disponí-
veis para compra.
Neste dia pode aproveitar para dar
vida à tradição: pode visitar um alfaia-
te ou modista para tirar medidas e fazer
roupas à sua medida e gosto.
A história do traje e da indumentária
europeia usufruiu de um longo percur-
so desde a invenção da agulha até aos
tempos actuais. Desenvolveu-se de for-
ma significante para o nosso estudo a
partir do século XII com a sobreposição
de várias peças, inclusão de novas cores
e tecidos provenientes do oriente.
Até então predominava a túnica, véu e
manto e o vestuário era complementado
por adornos como cintos, faixas, co-
lares, entre outros. A túnica era usada
desde o Egipto Antigo até ao período
Bizantino.
Na época Moderna o traje sofreu al-
terações consideráveis que originaram
o início da história da alfaiataria. Até
então, na grande maioria, o pano era a
característica que distinguia o vestuá-
rio, e aquele que o vestia era o respon-
sável pelo design e pela produção das
próprias peças.
Gradualmente o alfaiate foi assu-
mindo uma importância equivalente à
do tecelão, chegando por fim a ultra-
passá-lo. Mestres Alfaiates tornaram-se
responsáveis por satisfazer as necessi-
dades de vestuário da sociedade.
Em Portugal, ao contrário da grande
parte das expressões europeias, o ter-
mo “alfaiate” deriva da expressão árabe
“Al-Kaiat”, sendo que o verbo “khata”
significa “coser”. Do latim herdámos a
expressão “sarcir” que se refere à técni-
ca de remendar um tecido roto com ou-
tro pedaço de tecido semelhante e que
advém do verbo “sarcire” que significa
“coser”.
A mais antiga referência a este ofício
remonta ao século XII altura em que a
profissão proliferava no reino de Portu-
gal e especialmente entre o povo judeu.
24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
Dia do Alfaiate
Trajes usados no período Bizantino
El-rei D. Afonso V confiava as suas ves-
tes aos dotes do alfaiate Latão e D. João
II ao Mestre Abraão.
O peso e importância desta profissão
na sociedade era tal que o apelido “Al-
faiate” baptizou muitas famílias e uma
localidade na Beira Baixa, destacou-se
no tempo e na História, por ter desen-
volvido durante a Idade Média uma for-
ma de organização administrativa asso-
ciada à profissão de talhar fatos.
À semelhança da ida das senhoras à
costureira, os homens habituaram-se a
frequentar o alfaiate quando o armário
exigia uma nova peça de roupa. O ritual
exigia a recolha minuciosa das medidas
do cliente, a marcação rigorosa do teci-
do com giz, o corte assertivo dos mol-
des da peça e muitas horas de costura
à mão, no entanto, e ao fim de algumas
provas, o resultado era sempre o mais
exclusivo e personalizado possível.
Juntamente com a ascensão da Bur-
guesia, no final da Idade Média e início
do Renascimento, surgiu o fenómeno
“moda”. Os nobres, em especial da corte
de Borgonha, começaram a mudar fre-
quentemente as linhas dos seus trajes,
numa tentativa de se distanciarem dos
burgueses. Quando os seus trajes eram
copiados, surgiam novas ideias, o que
instituiu um ciclo de criação de concep-
ções para os trajes. Colocadas em prá-
tica permitiram o nascimento da moda
como um diferenciador social, entre os
sexos, valorizando o status e ainda com
carácter sazonal.
Durante o período do Renascimento
houve um crescimento do comércio, da
indústria e também da vida cultural nas
cidades através da acção de mecenas
na arte. Neste período a indumentária
mudou consideravelmente tornando-se
mais requintada. As cidades italianas
de Génova, Veneza, Florença e Milão
passaram a fabricar tecidos de alta qua-
lidade, como veludos, brocados, cetins
e sedas. Cada uma das cortes europeias
contribuiu com diversas particularida-
des no modo de trajar e de adornar, no
entanto, existia uma certa similaridade
entre elas.
O período Barroco era caracteriza-
do por uma ornamentação opulenta e o
mesmo reflectiu-se no traje. As cortes
europeias exerceram alguma influência
umas sobre as outras, como anterior-
mente referido, mas o que se destacou
foi o excesso visual. A Espanha, por
exemplo, continuou a usar o austero
preto, influenciando também a Holanda
e o uso do rufo manteve-se e adquiriu
ainda contornos mais exagerados. A
gorgeira também conhecida como rufo
ou lechuguilla (do castelhano, que sig-
nifica “alface”) foi uma gola que se usou
na Europa Ocidental no século XVI e
XVII. Tratava-se de uma gola em tela
branca, muito armada e por vezes ren-
dada. Foi utilizada por homens, mu-
lheres e crianças e evoluiu de pequena
franja rendilhada no pescoço da camisa.
O rufo era um acessório separado que
se podia tirar para lavar. A sua rigidez
conseguida com goma obrigava a quem
o usasse a manter uma postura direita,
tornando-se num símbolo de riqueza e
estatuto social.
Durante o reinado do rei sol, Luís
XIV da França, Versailles ditou novos
padrões de comportamento, de etiqueta
e de moda. Houve uma valorização das
formas femininas onde a cintura e qua-
dris foram acentuados. Neste período
os homens começaram a vestir-se com
mais destaque do que a indumentária
feminina. Surgiu para os homens um
lenço de renda usado no pescoço como
uma espécie de gravata.
O período seguinte, Rococó, marcou
ainda mais bustos e cinturas e dividiu
vestidos entre abertos e fechados, des-
tacando a saia de baixo muito orna-
mentada.
D. Afonso V

e e da Modista
sões europeias, o termo “alfaiate” deriva da expressão árabe
latim herdámos a expressão “sarcir” que se refere à técnica de
e que advém do verbo “sarcire” que significa “coser”.
Rufo
O século XIX é marcado pelo estilo
império, vitoriano, eduardiano e ainda
belle epoque que teve características pró-
prias do traje em cada período.
A época vitoriana, por exemplo, ficou
marcada pelo uso da crinolina. Era uma
armação usada por baixo das saias para
lhes conferir volume. As crinolinas fo-
ram usadas de 1852 a 1870 e chegaram
a todos os cantos do planeta, atingindo
o auge da sua popularidade na década
de 1860. Eram inicialmente feitas arte-
sanalmente, com crinas de cavalo tran-
çadas, mas a partir de 1855, passaram
a ser produzidas industrialmente, utili-
zando tirantes e finos arames de aço. O
seu uso marcou o momento em que sur-
Trajes do período rococó
24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
giu a indústria da moda propriamente
dita, sendo este o primeiro modismo
que podemos chamar de “universal”.
Com o aproximar do século XX sur-
giram as roupas para banhos no mar.
A roupa para tal actividade ainda não
tinha nenhuma relação com a de hoje,
uma vez que eram de malha, cobriam o
tronco e atingiam a altura dos joelhos.
A moda infantil, pela primeira vez
na história, começa a deixar de ser có-
pia da roupa dos adultos. Por influên-
cia dos banhos de mar apareceu a moda
marinheiro, que ao longo de todo o sé-
culo XX foi alvo de várias alterações.
A partir do século XX a moda passa a
evoluir por décadas, o que permitiu o
Coco Chanel no seu ateliê
nascimento das casas de alta-costura
que ainda conservam o nome dos seus
proprietários originais. Na sua gran-
de maioria começaram como peque-
nos alfaiates e modistas, por exemplo,
o Christian Dior, o Yves Saint Laurent,
Cristóbal Balenciaga, Louis Vuitton, ou
Gabrielle mais conhecida como Coco
Chanel na primeira metade do século
XX. Valentino Garavani, Miuccia Pra-
da, Giorgio Armani, Versace, Domenico
Dolce e Stefano Gabanna, Oscar de la
Renta são nomes que ganharam maior
destaque no último quartel do século
passado. Em Portugal destacam-se no-
mes como: Fátima Lopes, João Rôlo ou
Ana Salazar.
REPORTAGEM 5
Também nos Açores existiram alfaia-
tes e modistas. Era frequente, as mulhe-
res serem conhecidas como costureiras,
apesar de algumas efectuarem roupa
exclusivamente feminina. É o caso da
Sr.ª Olga, que trabalhou na cidade de
Ponta Delgada, dando dias de costura
em casas particulares da elite, durante
os anos 50 do século passado, conforme
nos contou a sua filha.
“A minha mãe aprendeu o ofício
muito cedo e aos 20 anos já trabalha-
va sozinha. Na grande maioria fazia
os vestidos de baile para as meninas e
senhoras das casas. Geralmente eram
vestidos para serem utilizados nos bai-
les de gala, de Carnaval e de debutante”,
disse-nos Filomena Silva.
“Antigamente era assim, a menina
era apresentada à sociedade num baile
onde dançava primeiro com pai e de-
pois com diversos pares”, acrescentou a
filha da Sr.ª Olga.
“A minha mãe chegou a lamentar não
ter nenhuma fotografia destes vestidos,
mas descrevia-os frequentemente e to-
dos tinham decotes generosos com os
ombros de fora, a cintura era marcada
com corpetes, saia longa e rodada e vá-
rios detalhes feitos quer em tecido, quer
com aplicações. Usava-se muito a ren-
da”, frisou Filomena Silva.
Contudo a alfaiataria é uma arte,
onde o alfaiate ainda crê em criar rou-
pa de forma personalizada. Os artesãos
têm conseguido sobreviver e mesmo
prosperar, demonstrando a óbvia exis-
tência de algo único e pessoal nas nos-
sas vidas, nesta época do insípido e da
produção em massa. Os alfaiates po-
dem ser considerados os representantes
do produto único e de qualidade, sendo
esta a marca da sua tradição.
jornal@diariodosacores.pt
 6 ENTREVISTA 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

No lugar da Atalhada, no concelho da Lagoa

Quinta da Paródia: uma quinta

onde reina o divertimento,
a brincadeira e a animação
Aberta em 2019, a Quinta da Paródia é um espaço que conjuga a produção
agrícola e animal às actividades que ali têm ao seu dispor. Com um concei-
to diferenciador, neste espaço, as famílias, especialmente os mais novos, têm
oportunidade de vivenciar “experiências únicas em meio rural e ter acesso a
alimentos saudáveis produzidos localmente”. A proprietária desta quinta lú-
dico-pedagógica, Sofia Borrego falou-nos um pouco sobre este seu projecto e
como o mesmo tem decorrido nestes últimos tempos.
por Rita Frias

dizagem num ambiente rural seguro e

Como surgiu este projecto?
Este projecto surgiu da vontade e do
sonho de criar um espaço rural atractivo
e visitável (do tipo quinta lúdico-pedagó-
gica) onde pudéssemos aliar a produção
de produtos agroalimentares saudáveis
à oferta de um conjunto de serviços de
recreação e lazer destinados tanto a re-
sidentes como a turistas. Somos uma fa-
mília de quatro amantes de animais e do
mundo rural. Eu, em particular, sempre
adorei ir a espaços do género onde pu-
desse contactar com os animais e a natu-
reza. Talvez, por isso, tenha surgido esta
vontade de possibilitar o mesmo a outras
pessoas. Queremos muito promover a
vivência de experiências enriquecedoras
ao ar livre, o contacto com os animais, um
estilo de vida saudável e o convívio fami-
liar e entre gerações.
Achámos que existia uma lacuna no
mercado micaelense deste tipo de espaços
e serviços e, em 2011, quando encontrá-
mos este terreno na Lagoa, decidi criar a
empresa Quinta da Paródia – Parque Ru-
ral de Entretenimento Educativo, Uni-
pessoal, Lda e começar esta aventura. No
final de 2016, a aprovação da candidatura
ao PRORURAL+, através do “Fundo Eu-
ropeu Agrícola de Desenvolvimento Ru-
ral – A Europa investe nas zonas rurais”,
viabilizou o investimento e a construção
das infraestruturas necessárias. Em Se-
tembro de 2019, demos inicio às festas de
aniversário e no Verão de 2020, começá-
mos as visitas guiadas particulares.
Qual a sua missão?
A missão da Quinta da Paródia é a
de oferecer um conjunto de produtos e
serviços que contribuam para a saúde,
bem-estar e qualidade de vida dos seus
utilizadores e para a preservação do meio
ambiente e proporcionar momentos enri-
quecedores de convívio, diversão e apren-
agradável.
Fale-nos da escolha do nome.
O nome Quinta da Paródia foi esco-
lhido porque somos uma quinta onde
queremos que reine o divertimento, a
brincadeira e a animação (sinónimos de
paródia). Embora paródia possa designar
também a imitação sarcástica ou humo-
rística de um assunto, de uma obra ou de
uma personagem, neste caso aplica-se o
significado mais popular desta palavra.
O nome mais completo é Quinta da Pa-
ródia – Parque Rural de Entretenimento
Educativo porque se trata de um espa-
ço rural aberto ao público onde são re-
alizadas actividades de entretenimento
educativo. O termo mais utilizado para
designar este tipo de espaços em Portugal
é quinta pedagógica. Nós somos isso, mas
com uma forte componente lúdica, daí a
escolha do termo paródia.
Como são as infra-estruturas?
Estamos inseridos num terreno silvo-
pastoril com cerca de 43.500 m2, carac-
terizado pelo emparcelamento rural com
muros de pedra de grande altura e ali-
nhamentos pétreos de compartimentação
dos solos construídos outrora para pro-
teger as culturas. Dispomos de um edifí-
cio com 300 m2 onde se localiza a loja,
a esplanada, duas salas de actividades, a
cozinha, as copas suja e limpa, os wcs e
os balneários/vestiários. No exterior, te-
mos as instalações dos animais (galinhas,
patos, gansos, perus, coelhos, cabras, ove- Sofia Borrego decidiu criar este espaço colmatando uma lacuna em São Miguel, tendo
lhas, vacas, póneis, uma mula, um burro escolhido um terreno na Lagoa para a Quinta da Paródia
e um cavalo) e as zonas de diversão e lazer
devidamente equipadas. grupos de pessoas que já convivem ha- Apesar de tal não abonar muito a favor
bitualmente por pertencerem à mesma dos resultados económicos da empresa,
Que actividades têm ao dispor? bolha familiar, à mesma turma escolar é o que nos cumpre fazer neste momento
Neste momento, devido à pandemia, ou outros motivos. Optámos por não pro- pois não queremos de forma nenhuma ser
estamos apenas a promover visitas e ac- mover actividades que possam levar à parte do problema e eventualmente con-
tividades por marcação para pequenos reunião de pessoas de diferentes origens. tribuir para o aumento do número de ca-
 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt ENTREVISTA 7

“Sempre adorei ir a
espaços do género onde
pudesse contactar com
os animais e a natureza.
Talvez, por isso, tenha sur-
gido esta vontade de possibi-
litar o mesmo a outras pes-
soas. Queremos muito pro-
mover a vivência de expe-
riências enriquecedoras ao
ar livre, o contacto com os
animais, um estilo de vida
saudável e o convívio fami-
liar e entre gerações.”

“O feedback tem sido muito

positivo. A vida na quinta
é uma animação. Os nossos
animais são uns amores e
fazem as delícias não só das
crianças, mas também dos
adultos.”

sos. No futuro, quando for viável e segu-

ro, abriremos como parque, voltaremos a
organizar festas de aniversário (ou outras
celebrações), iniciaremos as actividades
de tempos livres e os campos de férias e
abriremos a nossa “farm shop” ao públi-
co. Para já, vamos vendendo os produtos
da quinta aos nossos visitantes e seguido-
res no dia da visita ou por encomenda e
agendamento da recolha.
Nas visitas guiadas particulares, que
podem ser de uma ou duas horas, e nas
visitas de grupos escolares ou similares,
os visitantes têm a oportunidade de par-
ticipar em várias actividades. Podem ali-
mentar as cabrinhas, ovelhas e galinhas
à mão, recolher os ovos no galinheiro,
apanhar morangos (conforme disponi-
bilidade), dar festinhas e interagir com
todos os animais, nomeadamente com
os coelhinhos, patinhos e “pintainhos”,
dar uma voltinha de pónei ou fazer um
passeio mais longo pela quinta ou pela
mata (depois de o escovar e preparar),
ordenhar o modelo de vaca e brincar no cidade das crianças ao visitar o vosso os custos associados, manteve-se. Se não
relvado com os tratores a pedais, modelos espaço. Qual o feedback de quem vos fosse a pandemia, muito provavelmente,
animais e trampolins. visita? neste momento, já teríamos contratado
O feedback tem sido muito positivo. A colaboradores e já estaríamos a promo-
Consideram as redes sociais uma vida na quinta é uma animação. Os nos- ver os open days aos Domingos, as activi-
ferramenta fundamental no que sos animais são uns amores e fazem as dades de ocupação dos tempos livres e os
concerne à publicidade? delícias não só das crianças, mas também campos de férias. Já teríamos, também, a
Sim, sem dúvida. As redes sociais têm dos adultos. Estes últimos têm merecido loja aberta e continuado a fazer as festas
sido o nosso principal meio de divulgação menos destaque em termos de publica- de aniversário. Vivemos tempos muito
e publicidade. Temos página no Face- ções nas redes sociais, mas posso garantir incertos e temos que ter cuidado e muita
book, no Instagram e mais recentemente que por vezes vibram tanto ou mais com prudência nos passos que damos. Temos
criámos também uma conta no TikTok, as actividades do que os mais novos. optado por avançar apenas com aquilo
Temos também um site onde podem ser que conseguimos fazer com “a prata da
consultadas todas as informações sobre as Como já referido, a pandemia veio casa” e que não acresce riscos em termos
actividades que estamos a promover nes- alterar o vosso trabalho. de saúde pública. De qualquer forma, é
te momento e sobre aquilo que se pers- A pandemia fez-nos interromper por necessário manter o espírito positivo,
pectiva no futuro. Para a implementação duas vezes as actividades pedagógicas, de acreditar que as coisas vão melhorar e
destas ferramentas, pudemos felizmen- diversão e recreativas, nomeadamente as continuar a trabalhar. Vale-me muito o
te contar com o apoio do programa Vale festas e as visitas (entre Março e Julho de apoio da família que, de forma voluntá-
PME digital, o que foi uma grande ajuda. 2020 e depois novamente entre Novem- ria, muito tem ajudado e a quem muito
bro de 2020 e Março de 2021). A activida- tenho a agradecer!
Nas fotografias que dispõem na vos- de relacionada com os cuidados a prestar
sa página do Facebook, é visível a feli- aos animais, que já são muitos, com todos jornal@diariodosacores.pt
8 OPINIÃO 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

Pico e S. Jorge,
José Gabriel Ávila*
tão próximos
jgazores@gmail.com

Há um melro que me acorda com seu estridente trinado, anunciando-

me um dia solarengo na Ponta da Ilha.
Estremunhado pela leitura das capas dos jornais, contrasto a pacatez
do nascer do sol, no horizonte da Ponta do Topo de São Jorge, com o
bulício do mundo fustigado pelos malefícios da pandemia que ninguém
sabe quando termina, mas que todos comentam.
Por este centro do arquipélago, já não são os efeitos do tempo ruim
e invernoso que andam nas bocas do mundo, nem a escassez de uvas e
figos que mais uma vez se repete. O tema deste tempo que daqui a cem
anos farão parte de uma das épocas da história da humanidade mais
destruidora é, sem dúvida, esta incomodidade de ter de falar à distância
com cuidados continuados, como se o outro fosse o inimigo número um,
com arma sempre apontada aos incautos.
Mesmo assim, esta gente – a gente da minha terra – acolhe quem
chega, com grande simpatia.
Os viandantes andam por aí, despreocupados, não fosse esta uma terra
farta de espaços e de lonjuras, de matas frondosas, atapetadas de plantas
silvestres e pedras negras de currais que outrora deram pão e vinho com
fartura, laranjas e víveres que embarcaram, mar fora, em tempos de
abundância e em anos de guerras que a memória jamais esquece.
No balcão da adega da Engrade, não me canso de olhar São Jorge –
ilha que conheci do Topo às Velas, no tempo em que ia e vinha de Angra
- a cidade para os desta Ponta – no final do verão, ou no termo do ano
letivo seguinte, a bordo dos iates do Pico.
Quantos tormentos não passei no “Terra Alta”, “Santo Amaro” ou “Es-
pírito Santo”, por não ser bom marinheiro! Desde que o iate largavam do
cais do Porto das Pipas, por volta das sete da manhã, até que atracava ao
precário porto do Topo, não sei quantas vezes “chamava pelo gregório”,
mesmo que o mar estivesse chão.
No início dessas viagens, que duraram uma década, pela costa sul de
São Jorge, foi um penar. O iate parava em todos os portos, para descar-
regar poucos passageiros, animais e carga diversa, e só chegava às Velas
por volta das duas da tarde. Um castigo, como diz o povo, uma benção,
para quem dependia daquele meio de transporte para receber bens de
que a ilha carecia.
Só mais tarde, juntamente com outros viajantes, recorremos ao táxi
para encurtar distâncias. Foi então que apreciámos as íngremes escarpas
da Ilha de Francisco de Lacerda, as estradas sinuosas em terra batida e
a arquitetura rural semelhante à da ilha em frente.
Essas imagens tenho-as tão presentes que, da minha varanda da En- mais difícil de atingir.
grade, observando o além-canal, facilmente reconheço a ampliação da Se admitimos que a prestação de cuidados de saúde diferenciados e
Vila da Calheta, o crescimento da Ribeira Seca, das Fajãs dos Vimes e de os serviços hospitalares melhoraram, significativamente, para bem dos
São João e, lá ao longe, São Tomé porta de entrada de Santo Antão e da utentes do SRS, não podemos esquecer que essa evolução sacrificou a
Vila do Topo, virada à Terceira e com um novo porto de mar. prestação de cuidados de Saúde Primários feita pelos Centros de Saú-
As ligações entre o Pico e São Jorge tem-se vindo a desenvolver, graças de.
à frequência diária das ligações marítimas. As carências são mais evidentes nas ilhas sem Hospital e os prejudica-
Em anos recuados, desses laços constituíram-se famílias, geraram- dos são os cidadãos, cujos direitos não são igualmente satisfeitos, como
se postos de trabalho e fortaleceu-se um relacionamento entre ilhas de os dos residentes nas três ilhas com Hospital.
ex-distritos diferentes, sujeitas embora a dependências que muito as Esta injustiça, reconhecida oficialmente aquando da distribuição de
atrofiaram. vacinas, deve ser alterada, sem demora, para que os açorianos das seis
Neste deambular de memórias, importa relevar o que se cimentou ilhas “pequenas” acreditem que a Autonomia assenta e promove políti-
na luta comum: a convicção de que o Pico e São Jorge devem reclamar cas de equidade, a mais importante das quais é o direito à saúde ou, por
igualdade de direitos nas áreas da saúde, a necessidade de desenvolverem outras palavras, o direito à vida.
sinergias na economia, em geral, nomeadamente na área dos transportes Continuo a olhar a pacatez de São Jorge, qual crocodilo deleitando-
marítimos e aéreos, e a autonomia na gestão do tecido empresarial de se na frescura do Atlântico. Ilha de poetas, com e sem nome literário.
cada uma delas. Ilha de Fajãs, do Além e d’aquém. Ilha com tantas histórias de sucessos
Ultimamente, tem havido desenvolvimentos significativos para afir- e insucessos de migrações, primeiro para colonatos da Cela e do Negage
mar a individualidade das duas ilhas. e depois, no dizer do poeta Pedro da Silveira, para “califórnias perdidas
A autonomização das representações empresariais do Pico e de São de abundância”...
Jorge, em relação às Câmaras de Comércio e Indústria da Horta e de Duas ilhas: Pico e São Jorge, de braço dado nos lamentos, mas cheias
Angra, constitui um passo decisivo que, certamente, terá reflexos no de esperança, pois o canal que une o Triângulo é uma estrada aberta a
funcionamento da administração autonómica. Espera-se que não sur- um futuro promissor.
jam entraves dos poderes das ex-capitais, onde atua um encapotado
centralismo, sem que o admitam os detentores dos poderes. *jornalista c.p. 239 A
No setor da saúde, um longo caminho há a percorrer, eventualmente http://escritemdia.blogspot.com
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10 OPINIÃO 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
Aula de política regional:
leis orgânicas
Arnaldo Ourique
da administração
“Novo ciclo? Como? Em quê? Se nem as palavras
nem o discurso nem o modelo foram alterados?”
A Região, no dia-a-dia, tem sobre os ombros dois grupos de leis que
têm de respeitar: um 1º grupo estrutural e fundacional, a Constitui-
ção (na generalidade, sobretudo nas áreas dos direitos fundamentais),
a Constituição Autonómica (parte da Constituição reservada às regiões
autónomas) e o Estatuto Político; e um 2º grupo, estrutural e funcional,
com muitas leis e em especial – para o caso que nos importa referir – a
lei regional de bases sobre a administração direta da Região, isto é, a lei
que determina os modelos da organização dos serviços administrativos
da Região.
A Constituição efetivamente determina que o Governo Regional é o
órgão com competência exclusiva para criar a sua própria organização
e funcionamento (artº231º, nº5).
E o Estatuto Político confirma-o (artº89º, nº1, alínea A) e determina
a forma normativa, através de decreto regulamentar regional (artº91º,
nº1).
Não nos interessa discutir agora (já o fizemos noutros ensaios) o que
seja a sua “própria organização e funcionamento”: se abrange apenas
a organização política, que é a organização dos gabinetes políticos dos
secretários regionais; ou se ainda abrange a materialização dos poderes
dos secretários regionais, os poderes que estão previstos na lei orgânica do
XIII Governo Regional, isto é, as leis orgânicas da administração pública,
que são designadas por departamentos, e que contém o desenvolvimento
das atribuições do membro do governo e os serviços dele dependentes,
como as suas atribuições, dirigentes e chefias (e sem quadros de pessoal,
porque nos Açores as pessoas são, ainda, objetos tecnológicos).
O que nos interessa agora é que na aprovação das orgânicas dos de-
partamentos, lugar onde, como antedisse, se prevê, afinal, a organização
da administração pública direta da Região (não contém a administração
indireta, o setor empresarial da Região) – não é suficiente a utilização
da Constituição e do Estatuto Político.
Não é suficiente porque estas leis orgânicas, o seu formato, está pre-
visto numa lei parlamentar, o Decreto Legislativo Regional 1/2005/A,
de 9 maio, precisamente o diploma que «estabelece o regime jurídico de
organização da administração direta da Região Autónoma dos Açores».
Não é a Constituição, nem o Estatuto Político da Região, que deter-
minam o modelo de organização, porque limitam-se a determinar o
órgão e a competência; é o parlamento regional e através desta lei, pois
sendo certa a capacidade para criar a específica lei orgânica por parte
dos governos, mais certo é que antes disso está a lei geral parlamentar
que determina a generalidade e a matriz da organização administrativa
açoriana, e que é uma capacidade exclusiva da Assembleia Legislativa
(artº49º do Estatuto) e no formato de decreto legislativo regional (artº44º
do Estatuto).
Até agora não existe nenhuma orgânica que cite esta lei regional. É
certamente por desconhecimento que não é utiliza naquilo que são as
traves mestras da administração, incluindo «os serviços de cujas atribuições
decorra o exercício de poderes de representação política da Região», ou que
a «organização, a estrutura e o funcionamento da administração pública
regional devem ter em consideração os condicionalismos de cada ilha, orien-
tando-se pelos princípios da unidade e eficácia da ação da Administração
Pública, da aproximação dos serviços às populações, da desburocratização,
da racionalização de meios, da eficiência na afetação de recursos públicos,
da melhoria quantitativa e qualitativa do serviço prestado, da garantia de
participação dos cidadãos e da interoperabilidade, bem como pelos demais
princípios constitucionais e estatutários da atividade administrativa acolhi-
dos no Código do Procedimento Administrativo»; ou o «princípio da apro-
ximação dos serviços às populações manifesta-se pelo exercício de funções ao
nível territorial mais próximo dos respetivos destinatários, salvaguardan-
do a representatividade de cada ilha», e o «princípio da interoperabilidade
[que] implica a interligação de sistemas, da informação e dos métodos de
trabalho, quer no interior da administração regional autónoma, quer entre
administrações, ao nível nacional ou da União Europeia, quer, ainda, com
o sector empresarial.
Teoria legal não nos falta. «Redução dos níveis hierárquicos de decisão»
significa menos concentração e mais descentralização decisória pelas
ilhas; significa que a redução hierárquica não é estritamente económi-
ca.
Não se pode confundir economia de meios por aparências organiza-
tivas. A «aproximação dos serviços às populações manifesta-se pelo exer-
cício de funções ao nível territorial» quer significar que os mecanismos
podem estar centralizados numa ilha ou num serviço, ou num sistema
informático, mas que a sua utilização seja palpável junto das próprias
populações e com níveis de decisão diferenciados por níveis.
Ou seja, orgânicas com discursos filosóficos de grande universalidade
sem a previsão de correspondentes serviços descentralizados – repre-
sentam custos sociais de grande dimensão para a qualidade da demo-
cracia.
Se a autonomia se funda nas «características geográficas, económicas,
sociais e culturais e nas históricas aspirações autonomistas das populações
insulares», ela visa «a participação democrática dos cidadãos, o desenvolvi-
mento económico-social e a promoção e defesa dos interesses regionais, bem
como o reforço da unidade nacional e dos laços de solidariedade entre todos
os portugueses».
A fundamentalidade da autonomia, que empurra, pelo menos em
palavras constitucionais, para uma organização moderna de caraterísticas
próprias da unidade (nacional e) regional, continua por realizar.
Numa 1ª fase de alteração de paradigma político, o novo ciclo nada
mudou; numa 2ª fase de nova alteração de paradigma, não só não mu-
dou, como piorou.
E os sinais desta 3ª fase já redita de novo ciclo e novo paradigma –
como se a mudança de novos atores fosse suficiente para se falar sequer
em mudança, muito menos em novo paradigma; se se pensa estar em
presença de novo ciclo e novo paradigma, alguma coisa não bate certo:
as primeiras leis da administração pública, a maioria já publicada, não
tem um único rasgo de novidade.
Não se está a fazer nada diferente dos governos anteriores. E a lei or-
gânica do XIII já nos dizia isso abertamente: quando continua a manter
nas finanças a administração pública numa clara mensagem de que esta
não tem valor político suficiente para ter a sua própria política admi-
nistrativa.
E com esta mensagem os novos governos terão de responder a esta
questão proximamente: como pretendeis cumprir promessas de pro-
gresso sem uma administração, se não moderna, ao menos um pouco
de nada diferente?
Novo ciclo? Como? Em quê?
Se nem as palavras nem o discurso nem o modelo foram alterados?
 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
Envelhecer nas Comunidades
Portuguesas
Daniel Bastos
Dentro dos desafios e problemáticas que as sociedades enfrentam na atualidade, o
envelhecimento populacional assume uma cada vez maior premência, dadas as suas
implicações coletivas e multidimensionais, como é o caso, do mercado laboral, da pro-
teção social, das estruturas familiares ou dos laços intergeracionais.
Como apontam as Nações Unidas, o número de idosos, com 60 anos ou mais,
deve duplicar até 2050 e mais do que triplicar até 2100, passando de 962 milhões em
2017 para 2,1 mil milhões em 2050 e 3,1 mil milhões em 2100. Se o envelhecimento
populacional é um fenómeno mundial, na Europa assume maiores proporções, até
porque, hoje em dia, o velho continente tem a maior percentagem da população com
60 anos ou mais (25%).
No quadro do inverno demográfico mundial e europeu, a sociedade portuguesa é
uma das mais afetadas, apontando mesmo o Instituto Nacional de Estatística (INE)
que quase metade da população portuguesa terá mais de 65 anos dentro de meio sé-
culo. Este cenário de envelhecimento da população que reside no território nacional,
também é visível no seio das comunidades lusas, em particular, nos países com maior
e mais antiga tradição de emigração portuguesa.
Segundo o estudo sociológico, A emigração portuguesa no século XXI, a percentagem
dos idosos entre os emigrantes lusos aumentou, por exemplo, no Canadá “11 pontos
percentuais, passando de 17% para 28%, entre 2001 e 2011, e nos EUA aumentou sete
pontos percentuais, de 16% para 23%. Crescimento elevado da percentagem dos idosos
é ainda observável entre os emigrantes portugueses em França, destino europeu mais
Não queremos portugueses
de primeira e portugueses
Alexandra Manes* de segunda
No último plenário, na Assembleia Legislativa da nossa Região, debateram-se
duas iniciativas, do Bloco de Esquerda e do PSD, ambas com o mesmo teor: a eli-
minação do fator de sustentabilidade - um mecanismo para aplicação de cortes nas
reformas antecipadas.
No entanto, havia uma grande diferença, que é também aquilo que nos separa em
muitas situações.
A proposta do PSD assentava na sua limitação, e na discriminação, focando-se
somente num único grupo de pensionistas.
A do BE era, como o sempre fazemos, mais abrangente, mais justa e mais equita-
tiva.
O que o PSD pretendia fazer, era deixar para trás pessoas que se encontram com
o mesmo corte nas suas reformas, em que algumas são reduzidas, de pescadores, tra-
balhadores marítimos, pilotos, controladores de tráfego aéreo e todas as outras pro-
fissões que se encontram abrangidas por um regime de exceção, na eliminação desse
corte nas suas reformas.
Na verdade, o PSD pretendia criar uma exceção dentro de uma... exceção.
PSD, CDS e PPM, partidos que suportam este governo, revelaram que as eleições
Contos curtos
Tânia Ferreira
Ontem, acordaste ao meu lado, beijaste-me suavemente os lábios. Do
roupeiro, escolheste o camiseiro que te ofereci pelo aniversário, sussurrei-te ao
ouvido como estavas lindo. Mais tarde, telefonaste-me a dizer que não vinhas
jantar. Adormeci sem ti.
Hoje, acordei e ainda estava sozinha. No roupeiro nem uma peça tua. Foste-
te embora. Hoje, desejo que a imagem do meu sorriso se escarifique na tua
mente, que o meu cheiro se impregne na tua pele, que em cada toque sintas
OPINIÃO 11
antigo. Essa percentagem duplicou, passando de 8% para 16% entre 2002 e 2011”.
É neste contexto de populações nacionais emigradas mais envelhecidas, que ganha
especial relevância a iniciativa que está a ser por estes dias dinamizada no seio da comu-
nidade portuguesa em Toronto, onde vive a maioria dos mais de 500 mil compatriotas
e lusodescendentes presentes no Canadá. Designadamente, o projeto de construção a
breve prazo de um centro, orçado em vários milhões de dólares, capaz de acolher mais
de 200 idosos, especialmente direcionado para a comunidade portuguesa.
Este projeto, há muito ambicionado pelos emigrantes lusos na maior cidade
canadiana, está a ser dinamizado pela Magellen Community Charities (Instituição
de Caridade Comunitária Magalhães). Uma organização sem fins lucrativos, em ho-
menagem ao navegador português, que através da colaboração do poder politico e da
solidariedade da comunidade luso-canadiana, pretende construir um lar culturalmente
específico que terá que cumprir as seguintes condições: profissionais de saúde que falem
português; atividades cultural e espiritualmente desenvolvidas em ambiente cultural
sensível; promoção de programas sociais e recreativos em português e alimentação que
deve incluir pratos tradicionais.
Numa época de galopante envelhecimento da população, e em que os efeitos da
pandemia de COVID-19 têm acarretado graves consequências socioeconómicas, a
construção de uma “casa” para os mais velhos da comunidade luso-canadiana, demons-
tra que o espírito de solidariedade e entreajuda ainda é uma das principais marcas da
diáspora, em particular, da comunidade portuguesa em Toronto.
que se avizinham valem tudo e que não têm qualquer pudor em deixar pessoas para
trás, embora vivam o dia a dia com o mesmo problema.
Uma vez que a matéria de pensões é de competência nacional, esta proposta será
debatida na Assembleia da República e ao contrário do que os partidos da coligação
queriam, os Açores dão um sinal de que não existem portugueses de primeira e por-
tugueses de segunda.
Falta-nos saber qual será o sentido de voto destes partidos na Assembleia da Re-
pública...não nos podemos esquecer de que o grupo parlamentar do BE, na Repúbli-
ca, já apresentou diversas vezes propostas para resolver esta situação, sendo que PSD
e CDS votaram contra.
Ou seja, a situação dos antigos trabalhadores da Base das Lajes, bem como de
todos os outros grupos de profissões, já podia estar resolvida, não tivesse sido o voto
contra destes partidos.
Duas coisas são certas: justiça e equidade não têm sido conceitos utilizados pelo
atual governo, nesta e noutras matérias.
Transparência, também não.
*Deputada pelo BE à ALRAA
Dias
as minhas curvas. Hoje, desejo que sintas que ninguém se iguala a mim, que
vivas, eternamente, pela metade.
Amanhã, convenço-me que foi o melhor para mim, que me sou suficiente.
Continuarei sem compreender, mas vou aceitar e seguir em frente. Amanhã,
vou desejar que sejas feliz, que vivas por inteiro. Amanhã, mantenho o amor-
próprio e volto a confiar.
Não hoje, só amanhã.
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INFO

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 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
Os ventríloquos do Sr.
Embaixador
Hernâni Bettencourt*
O Senhor Representante da República, Embaixador Pedro Catarino, decidiu
nada dizer ao Povo Açoriano. Isto, claro, a respeito da mudança dos pressupostos-
que levaram à indigitação de Bolieiro como Presidente do XIII Governo da Região
Autónoma dos Açores. E que pressupostos eram estes?
Se bem se recordam, Bolieiro chegou a Presidente com uma pasta debaixo do
braço onde estavam guardados os originais dos acordos escritos que representavam
29 mandatos. Número este que garantia a necessária estabilidade, pois era sinónimo
de maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Para chegar a este “número” foi preciso juntar PSD, CDS-PP, PPM, Chega e Ini-
ciativa Liberal. Somando, hoje, temos apenas 28 Deputados. O que significa dizer
que não existe, formalmente, maioria. A manta de retalhos que suporta o Governo,
para dar 29, tem de juntar um acrescento às 5 matrizes de diferentes tecidos que
foram cosidas em novembro de 2020. Acrescento este que terá de implicar um
remendo numa parte da manta, uma vez que o deputado independente não quer
ser cosido ao tecido remanescente do Chega.
Perante este corte e costura, o Senhor Representante, talvez inspirado no Dr.
Tato, “foi de férias”. Confesso que não esperaria uma intervenção para os anais da
política açoriana, mas sempre seria uma prova de vida. Assim, o seu silêncio é uma
prova inequívoca – mais uma – da total irrelevância do cargo. Ainda para mais
quando aceita que outros “falem” por ele. Ficámos a saber, em primeiro lugar, pelo
agora Deputado Independente, Carlos Furtado, ex líder do Chega e subscritor nessa
qualidade do acordo de incidência parlamentar com o Governo do PSD e apêndi-
ces, de que o Senhor Representante República, “com toda a simpatia” respondeu
Lei dos Serviços Públicos Essenciais:
um quarto de século depois
Mário Frota*
A Lei dos Serviços Públicos Essenciais (LSPE) completa a 26 de Julho um
quarto de século de publicação. Tendo sido aprovada, promulgada e referendada
ao mesmo tempo que a Lei-Quadro de Defesa do Consumidor (LDC), veio, no
entanto, a ser publicada, por desarrumação burocrática na Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, 5 dias antes que a de Defesa do Consumidor.
A Lei dos Serviços Públicos Essenciais visava corresponder a um comando
ínsito na LDC, a saber, o n.º 8 do seu artigo 9.º, que definiu de modo paradigmático
(ante as indeterminações do tempo) que “Incumbe ao Governo adoptar medi-
das adequadas a assegurar o equilíbrio das relações jurídicas que tenham
por objecto bens e serviços essenciais, designadamente água, energia eléc-
trica, gás, telecomunicações e transportes públicos.” Porque tais serviços,
prestados quase na íntegra pelo Estado, tinham ainda os traços marcantes das
relações entre a Administração e os Administrados, numa espécie de supra-infra
ordenação: a Administração num pedestal, a ditar todas as regras, por mais des-
cabidas que fossem, e os cidadãos de cócoras perante o poder majestático das
empresas públicas, sem poder sequer pestanejar.
Adoptar medidas adequadas a assegurar o equilíbrio das relações jurí-
dicas que tenham por objecto bens e serviços essenciais, eis o que impunha
a LDC. A lei que deveria ser o alicerce das mais, surgiu, pela insensibilidade e a
desarrumação dos textos nas bancas dos tipógrafos da IN-CM, depois, cerca de
uma semana mais tarde. Mas o facto não tira nem põe. A LDC é a mãe de todas
as outras, anteriores ou posteriores, que teriam de se afeiçoar aos seus princípios,
às suas regras, aos seus comandos.
A LSPE surge exactamente para contrariar os excessos, os abusos que se regis-
tavam no dia-a-dia, perpetrados pelos monopólios de facto que preponderavam
em Portugal. E que tantas vezes denunciámos com veemência no pequeno ecrã,
em programa que o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Coelho Ribeiro,
ao tempo presidente do Conselho de Administração da RTP, a todos propiciara
dos Estúdios do Porto (Monte da Virgem), em vista da informação ao consumidor.
E extraordinários serviços prestou a todos e a cada um durante o período em que
se manteve no ar até ser silenciado por um alto dignitário (?) do Estado.
OPINIÃO 13
à comunicação recebida e “mostrou conforto” por ter sido informado e nos termos
em que o foi.
Uns dias depois, Bolieiro, veio a terreiro dizer que já tinha falado com Pedro
Catarino e que não havia razoes para este intervir. Bolieiro, naquele seu registo muito
próprio, veio dizer-nos que está tudo bem e que o acordo assinado pelo Deputado
Carlos Furtado está perfeitamente válido e, por isso, rejeita que a alteração entretan-
to ocorrida obrigue à redação de um novo acordo, uma vez que os “compromissos
foram assinados com pessoas concretas e não com abstrações”. O Deputado já não
é líder do Chega.
O Deputado já não representa 2 mandatos. O Deputado, ora independente, está
em vias de ser expulso do Chega. Mas o papel que assinou, em nome do Chega, está
válido. É isto, não é? Por fim, surgiu Marques Mendes. O conselheiro de Estado,
que todos sabemos ser muito próximo de Marcelo Rebelo de Sousa, apareceu no
pequeno ecrã a dizer que a “solução [nos Açores] não é evidentemente replicável
para o continente”, mas é “legítima”, “decidida por órgãos próprios” e até teve um
tempinho para elogiar alguns “notáveis exemplos da ação política deste Governo
dos Açores”.
Temos, portanto, em curso uma espécie de disputa pelo melhor ventríloquo
do Senhor Embaixador. Talvez seja por isso que Sua Excelência o Presidente da
Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores veio publicamente defender
a extinção do cargo aqui em causa!
*Jurista
A LSPE inovou:
. Definiu padrões de qualidade
. Impôs o direito de participação
. Reforçou o dever de informação
. Elegeu como cláusula geral o “princípio da boa-fé”, que as empresas públicas
escamoteavam amiúde no dia-a-dia
. Proibiu os cortes-surpresa
. Impôs a quitação parcial
. Proibiu os consumos mínimos, e, mais tarde, os alugueres dos contado-
res
. Determinou a periodicidade da facturação e definiu regras de transpa-
rência
. Estabeleceu curtos prazos de prescrição de dívidas e de caducidade da
diferença do preço (em caso de facturação de montantes inferiores aos reais) e,
mais tarde, estabeleceu também, o prazo de caducidade do direito de acção, isto
é, o tempo concedido aos operadores económicos para instaurar as acções contra
consumidores e demais utentes.
Mais tarde surge a norma que impôs a arbitragem necessária nos conflitos
emergentes das relações com os serviços públicos essenciais, restrita, porém, aos
consumidores, que não extensivas aos mais utentes. Foi, na realidade, uma pe-
drada no charco. De início, muito se corrigiu. Com o andar da carruagem, os
atropelos prosseguiram e nem o surgimento em catadupa de reguladores evitou
que os destrambelhamentos prosseguissem. De qualquer forma, foi uma iniciativa
ímpar. Que há que saudar pelo seu quarto de século. E que só se coroou de êxito
pela insistência da apDC, pelas sistemáticas denúncias na televisão pública, pela
censura sistemática à ditadura das majestáticas ao arrepio da Carta de Direitos do
Consumidor. Vinte e cinco anos depois, talvez se aponte o caminho da revisão
para aperfeiçoamento de tão relevante instrumento: por uma Nova Carta dos
Serviços Públicos Essenciais!
Que não tarde!
*apDC – DIREITO DO CONSUMO - Coimbra
 14 MOTORES
QUASE 25% SMART VAI FAZER
DO MERCADO UM SUV ELÉTRICO!
PORTUGUÊS JÁ
É ELECTRIFICADO!
Enquanto os carros a gasolina dominam as ven-
das no primeiro semestre de 2021, todos os tipos
de eletrificação juntos já têm mais representação
do que Diesel.
A indústria automóvel está a evoluir rumo à
eletrificação e Portugal não é exceção. Segundo os
dados fornecidos pela Associação Automóvel de
Portugal, no primeiro semestre de 2021 todos os
procura (10,4% híbridos a gasolina e 2,5% híbridos
Diesel), seguidos pelos híbridos plug-in (8% PHEV
a gasolina e 1,7% PHEV Diesel) e, por fim, carros
100% elétricos (5,8%). Estes números mostram
que os veículos Diesel “puros” estão a perder cada
24 Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
por: Ricardo Martins
No próximo Salão Automóvel de Munique a sões, como é o caso do Fortwo.
Smart vai revelar o concept daquele que será o seu
próximo modelo e que assinala uma importante
mudança na marca, com uma forte aposta no uni-
Assim, a Smart revelou as primeiras imagens
teaser daquele que será o seu primeiro SUV, um
modelo totalmente elétrico que deverá utilizar a
verso SUV.
Após a Geely ter adquirido metade da Smart, o
seu posicionamento vai focar-se mais num patamar
premium e de alta tecnologia e menos focado no
plataforma já desenvolvida pela Geely e que per-
mite a incorporação de um, dois ou três motores
elétricos.
A sua comercialização está prevista apenas para
universo citadino dos modelos de pequenas dimen- o ano de 2023.
tipos de eletrificação juntos (elétricos, híbridos e
híbridos plug-in) representam 28,4% das vendas de
veículos ligeiros de passageiros. A título de curiosi-
dade, este número já é superior às vendas de carros
a gasóleo que representam 23,5% do mercado, en-
quanto a gasolina detém 46,8%.
Decompondo a eletrificação pelos diferentes
tipos de soluções, os híbridos são os que têm maior
VOLVO ASSUME
CONTROLO NA CHINA
A Volvo Cars assinou um acordo com a Geely se no primeiro grande construtor não chinês com
Holdings para a aquisição da participação nas joint controlo completo das suas operações na China”,
ventures na China. comenta Hakan Samuelsson, chefe executivo da
A Volvo Cars vai assumir o controlo total das Volvo Cars.
fábricas de automóveis e respetivas operações de Com esta aquisição, a Volvo Cars vai dominar
vendas na China. as operações num mercado em claro crescimento.
Isto acontece após a assinatura de um acordo As transações, que requerem ainda a aprovação das
com a Geely Holdings para a aquisição de 50% das entidades reguladoras, irão criar uma estrutura ain-
ações adicionais na Daqing Volvo Car Manufactu- da mais clara, quer na Volvo Cars quer na Geely
ring e Shanghai Volvo Car Research and Develop- Holding. Os colaboradores das empresas não serão
ment. “Com este acordo, a Volvo Cars irá tornar- diretamente afetados e os detalhes financeiros.
vez mais importância em Portugal. Por outro lado,
o crescimento exponencial de soluções eletrificadas
por parte das marcas tem dado aso a um aumento
de vendas deste tipo de motorizações.
FONTE: ACAP

PSD/Açores questiona Governo sobre apoio
à preservação da raça Ramo Grande
Os deputados do PSD/Açores eleitos
pela Ilha Terceira defendem um apoio à
preservação dos bois da raça bovina do
Ramo Grande, “por se tratar da única
raça autóctone da Região, e sendo por
isso muito importante mantê-la e ga-
rantir a sua continuidade”.
Num requerimento enviado à AL-
RAA, os social democratas questiona-
ram a tutela, “sobre a perspectiva de ser
criado esse tipo de apoio”, recordando
que aquela raça teve, durante muitos
anos, “um papel imprescindível para os
agricultores terceirenses, sobretudo os
do Ramo Grande - zona nordeste da
Ilha Terceira -, onde era usada como
força motriz para o trabalho da terra,
cultivo, sacho, transporte de produtos
agrícolas e até transporte de pessoas”,
explica Rui Espínola.
A raça bovina do Ramo Grande
“sempre foi muito bem preservada e
cuidada pelos lavradores terceirenses,
pois era um bem precioso no desenvol-
vimento da actividade agrícola, sendo
fartamente alimentada, o que originou
bois grandes e gordos, que trabalha-
vam a terra atrelados em juntas, para
as quais eram devidamente educados”,
Presidente da Assembleia apela a concertação para
implementação de políticas demográficas que fixem
população nos Açores
O Presidente da A ssembleia
Legislativa da Região Autónoma dos
Açores (ALRAA), Luís Garcia, apelou
ontem à acção coordenada e articula-
da de todos os agentes e promotores
do desenvolvimento da Região para a
implementação de políticas demográfi-
cas que “contribuam para a fixação de
pessoas, com especial atenção aos jovens
e aos mais qualificados”, em todas as
Detenção por um crime de tráfico de estupefacientes
na Vila do Porto
A Divisão Policial de Ponta Delgada,
do Comando Regional dos Açores, atra-
vés da Esquadra de Vila do Porto, na Ilha
de Santa Maria, comunica a detenção
de um indivíduo, do género masculino,
de 21 anos, na freguesia de Almagrei-
ra, do concelho da Vila do Porto, pela
presumível prática de um crime de trá-
fico de estupefacientes.
A detenção deste indivíduo, ora ar-
guido, foi realizada após o cumprimento
de um mandado de busca domiciliária,
na freguesia da Almagreira, sendo apre-
endidos:
-Quatro plantas de cannabis-sativa L
(entre os 20 e os 37cm);
-49 gramas de folhas e cabeços de
Liamba;
-70 sacos de plástico de pequena di-
24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
diz o deputado.
Rui Espínola acrescenta que, “fruto
da pandemia, todas as nossas festivi-
dades foram canceladas pelo segundo
ano consecutivo, impossibilitando os
criadores de obterem algum financia-
mento para a manutenção diária da-
ilhas do arquipélago.
Discursando na abertura da Confe-
rência “45 Anos de Autonomia: O de-
safio da Demografia e da Fixação de
População”, que decorreu no Auditório
Municipal de Velas, o Presidente Luís
Garcia sublinhou que o despovoamento
da maioria das ilhas “é um problema de
todos nós, que afecta o equilíbrio e a co-
esão de toda a Região”, tendo na ocasião,
mensão;
- Outros objectos relacionados com
o tráfico de estupefacientes (conforme
fotograma).
A Autoridade Judiciária competente,
após 1º interrogatório judicial, aplicou ao
arguido a medida de coacção de termo
de identidade e residência.
As diligências realizadas pela Brigada
de Investigação Criminal da Esquadra
de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria,
contribuíram, assim, para a sustentação
do sentimento de segurança dos cida-
dãos da Ilha de Santa Maria, reforçando
a confiança dos mesmos no desempenho
da Polícia de Segurança Pública no que
concerne à prevenção e repressão de ilí-
citos criminais no Município de Vila do
Porto.
queles animais. E isso poderá levar ao
seu desaparecimento, que é uma perda
para a cultura e tradições das nossas
ilhas”.
E reforça que, nas últimas décadas,
“fruto da industrialização da agricultu-
ra, os bois do Ramo Grande têm sido
lançado o desafio para que se encontrem
soluções mitigadoras desta problemática.
O evento contou com a intervenção do
Presidente do Conselho Económico e So-
cial dos Açores, Gualter Furtado e com as
apresentações “Dinâmica populacional
das ilhas dos Açores no século XXI”,
proferida pela Professora Catedrática
Gilberta Rocha, e “Qualificações e Em-
prego: os Açores no Contexto Nacional
REGIONAL 15
mantidos apenas para a recriação da
prática do pastoreio e cultivo agrícola
de outros tempos, em cortejos etnográ-
ficos, cortejos de bodo, do Espírito San-
to e outros que lembram as tradições
das nossas ilhas, transmitindo-as de
forma pedagógica às gerações mais no-
vas”. Segundo Rui Espínola “também é
importante saber se existe algum regis-
to oficial do efectivo da raça do Ramo
Grande, no âmbito da tracção animal”,
lembrando ainda a exportação de gado
do Ramo Grande para São Jorge, São
Miguel, Pico, Graciosa e Faial, também
para o uso no trabalho dos campos e
para o transporte de carga, permitindo
que actualmente exista um efectivo em
várias ilhas do arquipélago”.
A raça bovina do Ramo Grande tem
a sua origem nas diversas raças oriun-
das de Portugal Continental trazidas
pelos primeiros povoadores, originá-
rias do Minho e Algarve, que, sujeitas
à insularidade, resultaram aquele tipo
de pelagem avermelhada, comumen-
te designada como “raça da terra”. Os
deputados do PSD/Açores eleitos pela
Ilha Terceira visitaram um criador da-
quela raça na Vila das Lajes.
e Europeu”, pelo Professor Catedrático
Cabral Vieira, ambos investigadores da
Universidade dos Açores, inaugurando
assim o Ciclo de Conferências “45 anos
da Autonomia – Os desafios da Autono-
mia”, que deverão suceder-se ao longo
dos próximos meses, no âmbito do Pro-
grama das Comemorações dos 45 Anos
da Autonomia Regional, que se comple-
tam este ano.
 16 INFORMAÇÕES 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

FARMÁCIAS MUSEUS MOVIMENTO AÉREO MOVIMENTO MARÍTIMO TABELA DAS MARÉS

Ponta Delgada – Farmácia Central Ponta Delgada 02:20 - Preia-mar
Azores Airlines NAVIOS DA MONTE BRASIL – Em
Rua Marquês da Praia de Monforte 1-7 Museu Carlos Machado Chegada a Ponta Delgada de:
Inverno (de 1 de outubro a 31 de março)
TRANSINSULAR Viagem De Lisboa Para 02:37 - Lua cheia
Telefone: 296284151 Paris: 16:05
Terça a domingo, das 9h30 às 17h Funchal: 06:20, 13:00 P. Delgada 08:25 - Baixa-mar
Ribeira Grande - Farmácia Ribeirinha Verão (de 1 de abril a 30 de setembro) Lisboa: 07:25, 15:00, 20:30 MONTE DA GUIA – Em 14:40 - Preia-mar
Rua Direita 1ª parte, nº1 Terça a domingo, das 10h às 17h30 Porto: 14:00 Viagem P. Delgada Para
Museu Hebraico Sahar Hassamaim de Ponta Toronto: 06:30 21:03 - Baixa-mar
Telefone: 296479202 Lisboa E Leixões
Delgada - Portas do Céu (Sinagoga) Partida de Ponta Delgada para: PONTA DO SOL – Em Viagem De Leixões Para P. TEATRO MICAELENSE
HOSPITAIS Segunda a Sexta, das 13h00 às 16h30 Paris: 07:30
Museu Militar dos Açores Vitória/P. Delgada E Pico
Ponta Delgada - 296 203 000 Funchal: 08:10, 20:10
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Lisboa: 07:30, 14:55, 21:25 MARGARETHE – Em P. Delgada SEM EVENTOS
Nordeste - 296 488 318 - 296 488 319 Porto: 08:25 S. JORGE – Na Horta Largando Para Velas
Sábado e Domingo das 10h00 às 13h30 e
Vila Franca - 296 539 420
das 14h00 às 18h00 Toronto: 16:50 EM AGENDA
R. Grande - 296 472 128 - 296 472727
Encerrado aos feriados Air Açores
Povoação - 296 585 197 - 296 585 155
Chegada a Ponta Delgada de: INSULAR - Em Ponta COLISEU MICAELENSE
Ribeira Grande
POLÍCIA Museu Municipal
Flores: 18:50, 19:20
Horta: 13:25, 18:40
Delgada largando para
Ponta Delgada - 296 282 022, Museu “Casa do Arcano” Pico: 10:20, 16:05 Lisboa SEM EVENTOS
São Jorge: 10:25, 18:50 REBECCA S - Em
296 205 500 e 296 629 630 Museu da Emigração Açoriana
Santa Maria: 07:55, 12:20, 20:35
AGENDADOS
Trânsito - 296 284 327 Museu Vivo do Franciscanismo viagem para Ponta Delgada
Terceira: 07:40, 12:15, 14:50, 14:55, 18:30,
R. Grande 296 472 120, 296 473 410 Casa Lena Gal
Lagoa - 296 960 410
19:35, 21:20 ASSOCIAÇÃO DE TÁXIS
Aberto de 2ª a 6ª - 09.00/17.00H
Vila Franca - 296 539 312 Partida de Ponta Delgada para: DE SÃO MIGUEL
Furnas - 296 549 040, 296 540 042 Museu Municipal do Nordeste FURNAS - Em Lisboa, saindo às 22 hrs para Ponta
Flores: 12:50, 15:25
Povoação - 296 550 000, 296 550 001, 296 Aberto de 2.ª a 6.ª das 09h00 Horta: 08:40, 14:20 NAVIOS Delgada
550 005 e 296 550 006 às 12h00 e das 13h00 às 16h00 Pico: 08:00, 13:55 DA MUTUALISTA CORVO- No Pico, largan-
Nordeste - 296 488 115, 296 480 110, São Jorge: 08:05, 16:35 AÇOREANA do às 20 hrs para o Faial
296 480 112 e 296 480 118 Santa Maria: 06:30, 10:55, 19:10
Maia - 296 442 444, 296 442 996 SERVIÇOS CULTURAIS Terceira: 08:00, 09:00, 10:50, 14:35, 15:35,
R. Peixe - 296 491 163, 296492033 19:20, 20:05
Capelas - 296 298 742, 296 989 433 Povoação BAÍA DOS ANJOS: Em
TAP
Santa Maria - 296 820 110, Biblioteca: Chegada a Ponta Delgada de: Ponta Delgada
296 820 111, 296 820 112 e 296 820 110
De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00 Lisboa: 12h15 (INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE
GNR Museu do Trigo PÚBLICA)
Partida de Ponta Delgada para: Transporte Marítimo
De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00
Largo Dr. Manuel Carreiro, 9504-514 Ponta Delgada
Sábados, Domingos e Feriados 11h00 às 16h00
Lisboa: 12h55 Parece Machado, Lda Central 296 30 25 30
TelFixo: 296 306 580 / Fax: 296 306 598 296 20 50 50
Horário de Funcionamento
Email: ct.acr@gnr.pt
Ribeira Grande
EFEMÉRIDES
POLÍCIA MUNICIPAL TÁXIS
Centro Comunitário e de Juventude 1545 - A Armada francesa ataca a 1984 - Nas eleições gerais israelitas,
Rua Manuel da Ponte, n.º 34 de Rabo de Peixe Inglaterra e regressa, incólume, depois o Partido Trabalhista consegue 45 depu-
9500 – 085 Ponta Delgada Teatro Ribeiragrandense da incursão vitoriosa. tados, o LIKUD 42, sendo os restantes
Tel. 296 304403/91 7570841 Horário da 2ª a 6ª das 9h às 17h
Fax: 296 304401 1850 - Os rebeldes de Schleswig- divididos por 13 pequenos partidos (61
E-Mail: policiamunicipal@mpdelgada.pt Holstein, cujo território foi dividido pela lugares necessários para ter a maioria no
MISSAS paz de Berlim, entre a Dinamarca e a parlamento).
BOMBEIROS Semana - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo Prússia, são derrotados em Istedt. 2004 - Militantes palestinianos ocu-
Ponta Delgada - Urgência 296 301 301 dos Milagres; 09.00 - Santuário Senhor Santo 1883 - O município de Campos pam um prédio do governo na faixa de
Normal 296 301 313 Cristo dos Milagres; 12.30 – Igreja Paroquial dos Goytacazes, no Estado do Rio de Gaza e pedem que o presidente Yasser
Ginetes - 296950950 da Matriz (São Sebastião); 18.00 – Igreja
Nordeste - 296488111 Janeiro (Brasil), torna-se a primeira ci- Arafat reintegre os seus companheiros
Vila Franca - 296539900
Imaculado Coração de Maria e Igreja Paroquial
de São José; 18.30 – Igreja Paroquial da Matriz dade da América Latina a ter iluminação expulsos do exército. 296 38 2000
Ribeira Grande: 296 472318, pública. 2012 - Morre John Atta Milles, Pre-
296 470100
(São Sebastião); 19.00 – Igreja Paroquial de São
Pedro, Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Igreja 1942 - Bombardeiros britânicos sidente do Ghana, aos 68 anos de idade,
96 29 59 255
Lomba da Maia - 296446017, 296446175
Povoação - 296 550050, 296 550052 de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima (de arrasam as cidades alemãs de Frankfurt vítima de doença. 91 82 52 777
Centro de Enfermagem Bombeiros de terça feira à sexta feira) e Igreja Paroquial de e Mannheim, no decorrer II Guerra
Ponta Delgada Santa Clara (de terça feira à sexta feira) Mundial. Pensamento do dia: “O mundo é, JOGOS SANTA CASA
Todos os dias das 17h00 – 20h00 Euromilhões
Sábado - 08.00 – Santuário Senhor Santo 1975 - A nave espacial norte-america- realmente, um bom lugar, pelo qual vale
Incluindo Sábados, Domingos e Feriados Próximo sorteio Sexta-Feira
Cristo dos Milagres; 12.30 - Igreja Paroquial na “Viking I” pousa em Marte, e inicia, de a pena lutar” - Ernest Hemingway (1898-
€ 39.000.000
MARINHA da Matriz (São Sebastião); 16.00 – Igreja Nª imediato, as experiências que determinam 1961) - escritor norte-americano. Último Sorteio 20/07/2021
Sra. Das Mercês (Bairros Novos); 17.00 – se existe ou não vida no planeta. 3 12 19 41 48 + 6 9
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rítimo (MRCC Delgada) 1977 - O presidente egípcio, Anwar Este é o ducentésimo segundo dia
Imaculado Coração Maria (S. Pedro); 18.00 – M1lhão
Tel. 296 281 777 Sadat, impõe às suas tropas o cessar-fogo do ano. Faltam 160 dias para acabar
Igreja Paroquial de S. JOSÉ e Igreja Paroquial Próximo sorteio Sexta-feira
Polícia Marítima de Ponta Delgada (PM Delgada) de Santa Clara; 19.00 - Igreja Paroquial de São
imediato com a Líbia. 2021.
€ 1.000.000
Tel. 296 205 246 Pedro, Igreja Nossa Senhora Fátima e Igreja de Último sorteio 16/07/2021
PORTO DE ABRIGO Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima CINEMA SNR 01975

Estação Costeira Porto de Abrigo Domingo - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo CINEPLACE PARQUE ATLÂNTICO Totoloto
Tel. 296 718 086 dos Milagres; 09.00 - Santuário Senhor Santo Próximo sorteio Quarta-feira
Cristo dos Milagres; 09.30 – Clínica Do Bom € 5.700.000
GABINETE DE APOIO À VÍTIMA Jesus (Suspensa); 10.00 – Igreja Matriz e Igreja Sala 2 O Amor é uma Aventura 2D Último sorteio 17/07/2021
Imaculado Coração de Maria (S. Pedro) e Igreja Mulher Maravilha 1984 21:30 10 22 25 29 40 + 6
296 285 399 (número regional) Paroquial Santa Clara; 10.30 – Casa de Saúde
707 20 00 77 (número único) 15:10, 18:10, 21:00
Nª Sra. Conceição e Hospital Divino Espírito Sala 4 Lotaria clássica
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Santo (Suspensa); 11.00 – Igreja Paroquial São Sala 3 Vic o Viking: A Espada Mágica 2D (VP) Próxima Extração 26/07/2021
2.ª a 6.ª das 9:30 às 12:00 e das 13:00
às 17:30 Pedro e Igreja Paroquial de São José; 11:30 - Trolls: Tour Mundial 2D (VP) 16:00, 18:20 € 600.000
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Última Extração 19/07/2021
16:20
BIBLIOTECAS Cima; 12.00 – Igreja Matriz, Santuário Santo Sem Saída 2D
1º PRÉMIO 46110
Ponta Delgada Cristo e Igreja Nossa Senhora Fátima; 12.15 O Mundo Secreto dos Dragões 2D (VP) 21:40
De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 19h00 – Ermida de São Gonçalo (São Pedro)*; 17.00 Lotaria popular
Sábado das 14h00 às 19h00 18:30 Próxima extração 22/07/2021
Biblioteca Municipal Ernesto do Canto – Igreja Paroquial da Matriz (São Sebastião);
€ 75.000
Rua Ernesto do Canto s/n 9500-313 18.00 – Igreja Paroquial São José **; 19.00 –
Tel: 296 286 879; Fax: 296 281 139
Última extração 15/07/2021
Igreja Paroquial São Pedro
Email: biblioteca@mpdelgada.pt 1º Prémio 75542
Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada
Horário de verão (durante as férias escola- * Não há no mês de Agosto Totobola
res): 2ª a 6ª feira das 8h30 às 16h3 ** Nos meses de Julho e Agosto não haverá Horário das Exposições
Próximo concurso Domingo
Ribeira Grande Eucaristia Dominical às 18h, na Igreja de São € 16.000
Arquivo Municipal; Biblioteca Municipal José. Esta será retomada no 1º Domingo do mês 2.ª feira a 6.ª feira: das 9h00 Sábados: das 14h00 às 17h00
Último concurso 18/07/2021
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 17h00 de Setembro. às 17h00 212 222 1X1 1X11 1

151 Internet: http://www.diariodosacores.pt

Diário dos Açores

ANOS

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Director Executivo: Osvaldo Cabral Publicidade: publicidade@diariodosacores.pt
Redacção: Rita Frias, Creusa Raposo
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São Miguel - Açores Serviços Administrativos: Lúcia Moreira Governo dos Açores
Membro
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Estatuto Editorial disponível na página da internet em www.diariodosacores.pt
da Câmara Municipal de Ponta Delgada

Câmara da Ribeira Grande adjudica obra
para tratamento de águas residuais
A Câmara da Ribeira Grande adjudi-
cou a empreitada de tratamento de águas
residuais da cidade, obra orçada em cer-
ca de 2,5 milhões de euros que permitirá
resolver um problema que arrastava há
décadas. A intervenção tem um prazo de
execução de 480 dias e recebeu, recen-
temente, o visto prévio do Tribunal de
Contas após ter sido lançado o concurso
público em dezembro de 2020.
O presidente da autarquia, Alexan-
dre Gaudêncio, presidiu à cerimónia de
assinatura do acto de consignação e re-
alçou a importância do momento. “Este
é o maior investimento feito na última
década ao nível do tratamento de águas
residuais e só prova a nossa preocupação
com o meio ambiente e com as gerações
vindouras”, disse, acompanhado pelo
vice-presidente, Carlos Anselmo.
“A empreitada prevê a construção de
um intercetor que irá recolher as águas
residuais domésticas do saneamento bá-
sico da cidade e encaminhá-las-á para a
CDU não aceita soluções menores para
o Aeroporto da Horta
A CDU Faial olha com enorme des-
conforto e preocupação para as notícias
veiculadas na comunicação social, que
dão conta da intenção da ANA Vinci as-
sinalar as zona de segurança - Runway
End Safety Areas (RESA) - na pista atual
do Aeroporto da Horta.
Esta notícia, no seguimento de decla-
rações proferidas pelo representante da
concessionária na 2.ª reunião do Grupo
de Trabalho de estudo à Ampliação do
Aeroporto da Horta, veio pôr a desco-
berto uma hipótese que a ANA VINCI
nunca tinha apresentado publicamen-
te.
Ao afirmarem que não está afastada
a possibilidade de reduzir as distâncias
declaradas, ou seja diminuir a pista uti-
lizável para aterragem e descolagem de
aeronaves, mostram um total desinte-
resse e despreocupação para com uma
infra-estrutura pela qual são responsá-
veis. No fundo, para dar cumprimento
às regulamentações europeias, querem
Secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital promove
lançamento dos livros “É Só Paródia” e “Viajando na História”
de Manuel M. C. Aguiar
A Secretaria Regional da Cultura,
da Ciência e Transição Digital, através
da Direcção Regional da Cultura, pro-
move o lançamento dos livros “É Só
Paródia” e “Viajando na História” de
Manuel M. C. Aguiar, que irá decorrer
no auditório da Biblioteca Pública e
24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
ETAR que se situa na zona de Santana,
em Rabo de Peixe, numa extensão total
de cerca cinco quilómetros”, explicou.
A obra tem por objectivo o “adequa-
do tratamento das águas residuais do-
mésticas produzidas na cidade de modo
a melhorar as condições ambientais do
concelho, quer para a população lo-
cal, quer para os turistas”, acrescentou
Alexandre Gaudêncio. Recorde-se que
na vila de Rabo de Peixe, em 2009, foi
construída uma ETAR, de nível de trata-
mento terciário, que se encontra em fun-
cionamento desde a altura. A ETAR de
Rabo de Peixe está dimensionada para
receber 1870m3 por dia e actualmente
recebe apenas cerca de 303m3 por dia,
pelo que se apresenta como uma alterna-
tiva viável para receber também os cau-
dais actualmente produzidos na cidade
da Ribeira Grande. Assim, salientou
Alexandre Gaudêncio, “a solução a exe-
cutar prevê a recolha das águas residu-
ais descarregadas em diversos locais na
arranjar uma estratégia de poupança
para a multinacional, não se sabendo do
impacto que uma medida destas terá nas
ligações do Faial com o resto do arquipé-
lago e do mundo.
Esta possibilidade representa uma
declarada falta de respeito para com a
população e mostra que a presença dos
Arquivo Regional João José da Gra-
ça, na Horta, no dia 28 de Julho às
21h00.
A apresentação dos livros ficará a
cargo de Lúcia Serpa e Alzira Silva,
e contará com um momento musical
executado por Hugo Duarte.
cidade da Ribeira Grande, concentrá-las
num único ponto e encaminhá-las para a
ETAR de Rabo de Peixe, terminando-se,
deste modo, com as actuais descargas e
representantes da ANA Vinci no Palácio
de Santana, em Março, com Bolieiro, não
passou de uma manobra de distração. Na
altura a empresa previa a ampliação das
cabeceiras da pista, em 90 metros para
cada lado, correspondentes às RESA,
que são obrigatórias em infra-estruturas
aeroportuárias desta natureza.
O autor, Manuel Maria Carvalho
Aguiar, foi professor 36 anos e ator
amador durante 46, tendo actuado em
palco, cinema, séries televisivas, teatro
radiofónico, teatro televisivo e teleno-
vela. Ao longo da sua vida, escreveu
quinze peças de teatro, em que seis já
REGIONAL 17
garantindo o seu adequado tratamento”.
Para o efeito, serão construídos dez siste-
mas elevatórios que bombearão o caudal
até ao destino final.
Importa esclarecer se esta hipótese
põe em causa as ligações Lisboa – Hor-
ta – Lisboa no futuro e o que fará a Re-
pública no que à ampliação da pista diz
respeito. Quais as implicações desta nova
intenção da ANA no que respeita ao trá-
fego aéreo dos A321? Ficará o aeropor-
to da Horta apenas servido com DASH
400?
Os faialenses e os habitantes do Tri-
ângulo merecem mais e melhores aces-
sibilidades que lhes permitam cumprir
o enorme potencial estratégico que as
nossas ilhas têm e que sirvam, com qua-
lidade, as suas populações.
Importa não deixar que jogos finan-
ceiros de grandes empresas, que apenas
olham ao lucro, tragam um retrocesso de
décadas na nossa ilha.
A CDU sempre defendeu, e continu-
ará a defender, que sejam construídas as
RESA no prolongamento da pista, prefe-
rencialmente com pista já ampliada con-
forme é anseio da população faialense.
foram publicadas.
Devido às medidas de segurança
da covid-19, as entradas serão livres,
mas condicionadas ao levantamento
prévio do respectivo ingresso, até ao
dia 28 de julho às 17h00, na receção
da BPARJJG.
 18 TELEVISÃO 24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt

20:45 - Terra Nossa - SIC 20:45 - Bem me Quer - Ep. 218 - TVI
signos
Astrólogo Luís Moniz
site: http://meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO BALANÇA
(21/03 a 20/04) (23/09 a 23/10)

A nível profissional, pode contar com o Podem surgir contrariedades que colo-
apoio de uma figura de autoridade. De cam à prova a sua capacidade de adapta-
07:30 Açores Hoje 05:30 Jogos Olímpi- 04:43 Água De Mar T1 04:30 Camilo, O Presi- 04:45 Os Batanetes qualquer forma, adote sempre uma pos- ção a novas situações. Nesta perspetiva,
08:20 Zig Zag cos De Verão - Ep. 39 dente 05:00 Curious George tura muito autêntica e criativa. procure manter o seu equilíbrio.
08:35 Zig Zag 2020 - Tóquio 05:00 Etnias T21 - Ep. 05:23 Detective Mara-
06:00 Euronews
08:50 Zig Zag 07:00 Bom Dia 30 vilhas
09:06 RTP3 / RTP Aço- 07:00 Jogos Olímpi- 05:45 Uma Aventura 06:30 Campeões E TOURO ESCORPIÃO
Portugal Fim de
T5 - Ep. 4 Detectives (21/04 a 20/05) (24/10 a 21/11)
res Semana cos De Verão
16:00 Noticias do 06:22 Uma Aventura 07:15 Diário Da Manhã
09:00 Extinções - Ep. 2021 - Tóquio
Atlântico T5 - Ep. 5 08:00 Vida Animal Momento indicado para assumir novas A conjuntura traz-lhe evoluções
10 09:00 Inspetor Max
(EM DIRECTO) 07:00 Uma Aventura responsabilidades profissionais. Daqui bastante favoráveis. Neste sentido,
16:30 Atlântida Madeira 10:00 Aqui Portugal
T5 - Ep. 6 10:00 Querido, Mudei
2021 (Manhã) 12:00 Espaço Zig Zag
A Casa!
em diante, certamente vai conseguir me- naturalmente, vai poder lutar pela
08:00 Estamos Em
18:02 À Boleia com o 11:59 Jornal da Tarde 13:55 Folha de Sala Casa T1 - Ep. 29 11:00 VivaVida lhorar as suas condições de vida. materialização dos seus grandes ob-
Toy 13:15 Hora dos Portu- 12:00 Jornal Da Uma jetivos.
14:00 A História Do 11:00 Nosso Mundo
18:56 Memórias e Oficí- gueses 12:00 Primeiro Jornal 13:00 Conta-me
os Calçado 14:00 Em Família
14:00 Aqui Portugal 13:15 Alta Definição GÉMEOS SAGITÁRIO
19:08 Bem-vindos a 14:55 Estrada Nacio- T3 - Ep. 25 18:57 Jornal Das 8
(Tarde) (21/05 a 20/06) (22/11 a 20/12)
Beirais 14:00 E-Especial T3 - 20:45 Bem me Quer -
18:00 O Preço Certo nal - Ep. 1
20:00 Telejornal Aço- Ep. 29 Ep. 218
18:59 Telejornal 15:20 Nicolas Le Esta é a história Altura propícia para avançar numa re- No trabalho, trate de todas as matérias
res 20:00 É Urgente O 14:45 Alô Marco Paulo
20:38 Regresso Ao Floch T6 - Ep. 1 - Ep. 8
da humilde Maria lação. Se está disponível, mostre as suas com clareza e sinceridade. Aproveite os
Amor T1 - Ep. 2 Rita que cresceu verdadeiras intenções e não tenha medo
Palco
21:30 Não Te Esque- 16:05 Aznavour Por 19:00 Jornal Da Noite
na Serra da
contactos para preparar planos compatí-
21:55 Cá Por Casa com 20:45 Terra Nossa
Estrela, longe de
de concretizar os seus sonhos. veis com as suas motivações.
ças Da Letra! Charles César Mourão
Herman José - grandes luxos. A
- Ep. 15 17:20 Encontros Em viaja ao encontro
Especial Nelo e sua vida trans-
Para além do das mais varia-
Idália Cidades Únicas forma-se quando CARANGUEJO CAPRICÓRNIO
gosto pela música das personalida- (21/06 a 22/07) (21/12 a 19/01)
22:50 No Ar - Ep. 1 se muda para
e por cantar, os des, famosos ou
23:20 Excursões Air Aveiro e conhece
Lino
concorrentes 18:15 Uma Mulher De anónimos com David, um jovem A vida amorosa atravessa uma fase de Neste período pode achar que chegou
deste ‘Não te Es- muito para contar, advogado de reestruturações essenciais para a conso- ao fim de um ciclo da sua vida e começa
00:00 Noticias do Sonho
queças da Letra!’ fazendo paragens uma das famílias
Atlântico 19:55 Folha de Sala em localidades
lidação do seu relacionamento amoroso, a sentir necessidade de fazer modifica-
têm outra grande mais ricas da
00:30 Atlântida Açores 20:00 Jogos Olímpi- icónicas. No final, mas defenda os seus interesses. ções complexas, mas inadiáveis.
paixão em comum cidade, por quem
2021 César Mourão
- os animais e o cos De Verão se apaixona. O
00:42 Atlântida Madeira apresenta um problema é que
2021 seu bem-estar. 2021 - Tóquio espetáculo AQUÁRIO
David namora há LEÃO
02:00 À Boleia com o A Rafaela, com de stand-up (23/07 a 22/08) (20/01 a 19/02)
(Compactos) vários anos com
Toy apenas 18 anos, exclusivo perante Vera, que está
é estudante de 20:30 Jornal 2 Durante esta etapa, possivelmente, co-
02:55 Bem-vindos a uma plateia disposta a tudo Prevêem-se progressos profissionais e
Beirais Enfermagem Ve- 20:45 Skid muito especial: os para não perder o legas e familiares podem colocar em económicos. Preste atenção a situações
terinária. Desde protagonistas das tudo o que David
04:00 Telejornal Aço- 21:30 Folha de Sala causa as suas opiniões. No entanto, ten- inesperadas e tire o melhor proveito
res pequena que histórias que foi significa para ela.
gosta de auxiliar
21:35 S Ó S ouvindo. 22:00 Mental Samurai te aceitar outros pontos de vista. das oportunidades que surgirão.
04:36 Regresso Ao
as pessoas e os 22:20 Todos Os So- 22:00 Quem Quer 23:15 O Amor Aconte-
Palco
animais. Namorar Com ce - Compacto
05:38 Cá Por Casa com nhos Do Mundo
O Agricultor? 00:00 GTi
Herman José - 23:00 Programa a 23:50 Mulheres Na VIRGEM PEIXES
(A Semana) T4 - 00:15 Um Vizinho
Especial Nelo e designar Insuspeito (23/08 a 22/09) (20/02 a 20/03)
Resistência - Ep. 8
Idália 00:00 Jogos Olímpi- 00:45 Regresso Ao 02:00 Fascínios - Ep.
06:30 RTP Arena cos De Verão Ep. 2
Futuro T1 - Ep. 7 108 Começa uma época bastante auspiciosa A sua faceta sensível e romântica está acen-
06:55 No Ar 2020 – Tóquio 00:45 Euronews 02:30 Televendas 03:15 TV Shop e tudo tende a correr de acordo com as tuada. Ao mesmo tempo está a desenvolver
suas pretensões, mas cabe a si tomar as uma maior habilidade para dialogar com o
Qualquer alteração à programação que publicamos é da responsabilidade das respectivas estações iniciativas mais convenientes. outro elemento do par.

Previsão do estado do tempo nos Açores
Informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Frente fria Frente quente Frente Oclusa Frente Estacionária
GRUPO OCIDENTAL
Períodos de céu muito nublado com abertas.
Vento oeste bonançoso a moderado (10/30 km/h), rodando
para noroeste.
ESTADO DO MAR
Mar de pequena vaga a cavado.
Ondas noroeste de 1 a 2 metros.
Temperatura da água do mar: 22ºC
TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS
Santa Cruz das Flores: 20 / 26ºC
ESTATUTO EDITORIAL
O Diário dos Açores é um jornal
centenário de edição diária, de informa-
ção regional, independente, livre e regi-
do por critérios de rigor.
O Diário dos Açores assume os
princípios fundadores da Civilização
Ocidental, perseguindo o ideal europeu.
O Diário dos Açores orienta-se pe-
los valores da democracia, da liberdade
e do pluralismo.
O Diário dos Açores quer contri-
buir para uma opinião pública informa-
da e interveniente. Valoriza a discussão
franca, considerando que a existência de
uma opinião pública informada é a base
essencial para o exercício dinâmico da
democracia.
O Diário dos Açores dirige-se a um
público de todos os meios sociais e de
todas as profissões.
O Diário dos Açores procurará fór-
mulas atrativas e pertinentes de apresen-
tação da informação, mas dispensando o
sensacionalismo.
Centro Centro O Diário dos Açores acompanha
de Alta Pressão de Baixa Pressão o processo de mudanças tecnológicas e
está atento à inovação, promovendo a
GRUPO CENTRAL GRUPO ORIENTAL interação com os seus leitores.
O Diário dos Açores assume o
Períodos de céu muito nublado com abertas. Períodos de céu muito nublado com abertas. compromisso de dar cumprimento rigo-
Vento noroeste bonançoso a moderado (10/30 km/h). roso aos princípios deontológicos e éti-
Vento noroeste bonançoso (10/20 km/h).
ESTADO DO MAR cos respeitantes à actividade jornalística,
ESTADO DO MAR fazendo valer os Direitos inerentes ao
Mar de pequena vaga. livre exercício da prática informativa
Mar de pequena vaga.
Ondas noroeste de 1 metro. num Estado de Direito Democrático,
Ondas norte de 1 metro, passando a noroeste. sendo veículo de transmissão de opi-
Temperatura da água do mar: 22ºC
Temperatura da água do mar: 22ºC nião, desde que tal expressão não viole o
TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS
TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS cumprimento rigoroso de normas legais
Horta: 20 / 25ºC aplicáveis à comunicação social.
Angra do Heroísmo: 20 / 25ºC Ponta Delgada: 20 / 25ºC

Governo dos Açores
disponível para
apoiar obras na
Ribeira Grande
O Vice-presidente da Câmara da Ri-
beira Grande, Carlos Anselmo, reuniu-
se com o Presidente do Governo Regio-
nal dos Açores, José Manuel Bolieiro,
e com o Secretário regional do Am-
biente e Alterações Climáticas, Alonso
Miguel, com o intuito de analisar obras
estruturantes para o concelho.
A autarquia da Ribeira Grande
pretende dar seguimento à empreita-
da de requalificação da frente mar e,
para que a obra ganhe um novo im-
pulso esta carece do apoio do governo
regional dos Açores. Essa preocupação
foi manifestada por Carlos Anselmo ao
chefe do Executivo Regional.
“No âmbito do Programa
Operacional Açores 2020, a Câmara
da Ribeira Grande poderá usufruir de
uma verba de cerca de 800 mil euros
tendo em vista a próxima fase – traves-
sa Estrela/largo da Vila Nova, apontou
Carlos Anselmo, vice-presidente que
Bárbara Chaves defende
mais desenvolvimento
para Santa Maria
A candidata do Partido Socialista
à Câmara Municipal de Vila do Porto,
Bárbara Chaves, defendeu, na Quinta-
feira, a importância de promover “um
desenvolvimento social, económico e
ambiental, que potencie uma melhor
qualidade de vida a todos os Marienses”.
Para Bárbara Chaves, que intervinha na
apresentação da candidatura autárquica
do PS ao município de Vila do Porto,
este desafio é alcançável através do “in-
vestimento na educação; a promoção
de hábitos de vida saudável e no apoio
às nossas empresas, implementando
procedimentos municipais que aliviem
e facilitem a vida dos empresários,
apoiando ainda a restauração, o comér-
cio, os operadores turísticos e demais
agentes económicos locais”, investindo
igualmente na identidade cultural do
concelho. De acordo com a Socialista,
as questões da água e dos resíduos re-
presentam ainda uma prioridade para
24 de Julho 2021 . www.diariodosacores.pt
também abordou outras questões pre-
mentes para o município. “Analisámos
a possibilidade de darmos seguimento
a algumas obras estruturantes para o
concelho, muitas delas há muito pro-
metidas pelo anterior governo dos
Açores, nomeadamente a consolida-
ção da orla marítima na zona poente,
a requalificação do caminho das Cal-
deiras e a necessária intervenção na
consolidação dos taludes no acesso ao
porto da Ribeirinha e a requalificação
do mesmo”, acrescentou.
A questão das águas residuais que
desaguam no porto de pescas do Porto
Formoso também foi abordada, rece-
bendo Carlos Anselmo a indicação do
secretário regional do Ambiente de que
“vão ser realizadas análises pelos téc-
nicos tendo em vista o desvio das mes-
mas de forma a contribuir para uma
melhoria da qualidade ambiental da
zona”.
esta candidatura, defendendo, nessa
medida, “trabalhar para que a escas-
sez de água seja minimizada e que se
criem mecanismos de melhor gestão
dos resíduos. Estou convicta de que
estaremos à altura deste desafio que
queremos desenvolver em conjunto
com os Marienses, trabalhando para
as pessoas, para concretizar os seus so-
nhos, indo ao encontro das pretensões e
necessidades dos munícipes”, assegurou
a candidata.
Pub.
Arrenda-se
T2 a estudantes, no
Parque Europa, Lumiar,
1 wc, cozinha, sala, pré-
dio com piscina e segu-
rança.
Perto estação Metro
Quinta das Conchas e da
Cidade Universitária.
Contactar 919521128
REGIONAL/PUBLICIDADE
CERTIDÃO
EXTRACTO
Certifico que por escritura pública lavrada hoje,
vinte e três de Julho de dois mil e vinte e um, a
folhas cento e quarenta e quatro e seguintes, do
Livro de Notas para escrituras diversas, número
Setecentos e oitenta e dois- A, neste Cartório
Notarial, foi por:
JOAQUIM FERNANDO PEREIRA DA COSTA,
N.I.F. 193 129 493, solteiro, maior, natural da
freguesia de Maia, do concelho de Ribeira Gran-
de, onde reside na Rua de Santa Catarina n.°
34, titular do C.C. n.° 10987780 22X6, válido até
26/06/2030, emitido pela Republica Portuguesa,
justificado o domínio, do seguinte imóvel, nos se-
guintes termos:
Que é dono e legítimo possuidor com exclusão de
outrem do seguinte prédio:
RÚSTICO: constituído por cinco mil e oitocentos
metros quadrados de terreno estéril, criação (in-
cultos para), vinha estreme e lenhas e incultos
para lenha, sito ao Nateiro, na freguesia de Maia,
do concelho de Ribeira Grande, o qual confronta
de Norte com Barrocas do Mar, de Sul com Cami-
nho, de Nascente com António Amaral e de Poen-
te com Paulo Jorge Couto Pacheco e Herdeiros
de Maria da Conceição Carreiro, inscrito na res-
petiva matriz cadastral sob o artigo 11 da secção
“C” da freguesia da Maia, lá titulado em nome de
“JOÃO AUGUSTO PEREIRA”, com o valor patri-
monial tributário, de 76,02€, ao qual atribui o valor
de SETE MIL E QUINHENTOS EUROS.
Que o indicado prédio não se encontra descrito
na Conservatória do Registo Predial de Ribeira
Grande.
Que, adquiriu o referido prédio, em finais de mil
novecentos e oitenta e sete, por doação verbal
que lhe foi feita por “JOÃO AUGUSTO PEREIRA”,
solteiro, maior, residente ao tempo na dita fregue-
sia da Maia. Tal doação foi-lhe feita porque ele
outorgante, ajudava e acompanhava o referido
João Augusto Pereira, a cuidar e a tratar da vinha
e mostrando interesse no fabrico do vinho. Como
referido João Augusto Pereira era solteiro e não
tinha ascendentes vivos nem quaisquer descen-
dentes, optou por lhe doar aquele imóvel, dado do
seu empenho e a forma como cuidava do prédio.
Que nessa data tomou posse do referido prédio,
apesar de não terem procedido à realização da
escritura de Doação, coisa muito comum na épo-
ca.
Entretanto o doador ausentou-se inicialmente
para Ponta Delgada e mais tarde para parte in-
certa, desconhecendo neste momento o seu pa-
radeiro.
Desde aquela da data em que lhe foi doado o
prédio, sempre o manteve na sua posse até aos
dias de hoje, conservando-o, explorando-o e usu-
fruindo de todas as utilidades por ele proporcio-
nadas, de uma forma pacífica, pública, continua e
de boa-fé por ignorar lesar direito alheio, colhendo
os seus frutos e tratando da vinha, diretamente, à
vista de todos os vizinhos e com o conhecimento
de toda a gente da freguesia da Maia, sem qual-
quer contestação ou oposição de quem quer que
seja, agindo sempre como único e autêntico dono
daquele imóvel, tudo isto por um tempo superior
a vinte anos.
Que, por não existir um título válido de doação do
prédio, está impedido de proceder ao registo do
mesmo a seu favor. Contudo, atentas às caracte-
rísticas da sua posse e face a tão longo lapso de
tempo decorrido de então até agora, permite a lei
que lhe seja reconhecido, o “direito de proprieda-
de” por USUCAPIÃO, o que aqui invoca e lhe é
conferido pela presente escritura.
Que, a certidão que fiz extrair vai conforme o ori-
ginal e declaro que na parte omitida nada há em
contrário ou além de que na certidão se narra ou
transcreve.
Cartório Notarial de Ponta Delgada, a cargo do
Lic. Jorge Manuel de Matos Carvalho, Ponta Del-
gada, 23 de Julho de 2021
O Colaborador no uso da autorização conferida
nos termos do artigo, no 3, DL/2004, de 20 de
Abril de 2004, conjugado com a nova redacção
do artº 8, no 3, DL 15/2011 de 25 de Janeiro e do
despacho de delegação de competências datado
de 27 de Dezembro de 2019.
O Notário/Colaborador
Romeu Dinis Coutinho de Araújo 187/11
Conta registada sob o Pa n. 2602
19
CERTIDÃO
EXTRACTO
Certifico que por escritura pública lavrada
hoje vinte e três de Julho de dois mil e vin-
te e um, a folhas cento e quarenta e uma e
seguintes do Livro de Notas para escrituras
diversas, número Setecentos e oitenta e dois
- A, neste Cartório Notarial, foi por LUÍS JA-
CINTO DA PONTE SOARES, N.I.F. 100 454
380, e mulher IVONE DE MEDEIROS RAPO-
SO SOARES, N.I.F. 100 454 615, casados
sob o regime da comunhão de adquiridos,
ambos naturais da freguesia de Fenais da
Ajuda, do concelho da Ribeira Grande, onde
residem na Rua Vera Cruz, n.° 4, justificado o
domínio sobre o prédio:
RÚSTICO: constituído por três mil quinhentos
e oitenta metros quadrados de terra de pas-
tagem, sito no Caminho do Soco - Cancela,
que confronta de Norte com eles, ora primei-
ros outorgantes, de Sul com Maria Madalena
de Melo Soares, de Nascente com Carlos
Humberto da Costa Félix, e de Poente com
Caminho, encontrando-se o mesmo inscri-
to na respectiva matriz cadastral da fregue-
sia de Fenais da Ajuda, sob o artigo 150 da
secção “F”, lá titulado em nome de António
Pedro Ambar, sem valor patrimonial tributário
atribuído, ao qual para efeitos desta escritura
atribuem o valor de SETE MIL E QUINHEN-
TOS EUROS.
Que o referido prédio não se encontra des-
crito na respectiva Conservatória do Registo
Predial do concelho de Ribeira Grande.
Que adquiriram o referido prédio por compra
verbal feita no mês de Novembro de mil no-
vecentos e oitenta e seis, pelo preço de qua-
trocentos mil escudos (atualmente mil nove-
centos e noventa e cinco euros e dezanove
cêntimos) ao referido António Pedro Ambar,
viúvo, residente que foi naquela freguesia de
Fenais da Ajuda.
Que naquela data, pagaram o preço acorda-
do, mas não chegaram a realizar a neces-
sária escritura de compra e venda porque o
vendedor ausentou-se para parte incerta.
Que, não obstante isto, entraram na posse e
fruição do citado prédio, mantendo-o na sua
posse até aos dias de hoje, usufruindo dele
como seu, ininterruptamente, e sem oposição
de quer que seja, como aliás é do conheci-
mento público dos habitantes da freguesia de
Fenais da Ajuda, agindo, assim, como únicos
e autênticos dono daquele imóvel, de uma
forma pacífica, pública, contínua e de boa fé,
por ignorar lesar direito alheio, nele semea-
ram, e colheram os seus frutos e colocaram e
alimentaram animais.
Que não são detentores de um título formal
que valide a citada compra e venda, estão
impedidos de registar o prédio a seu favor
na competente Conservatória do Registo
Predial. Contudo, atendendo às característi-
cas da sua posse e ao tempo que já decor-
reu desde a compra e venda verbal até hoje,
mais de vinte anos, permite a lei que lhes seja
reconhecido o “direito de propriedade” por
USUCAPIÃO, o que aqui invocam e lhes é
conferido pela presente escritura.
Que a certidão que fiz extrair vai conforme o
original e declaro que na parte omitida nada
há em contrário ou além de que na certidão
se narra ou transcreve.
Cartório Notarial de Ponta Delgada, a cargo
do Lic. Jorge Manuel de Matos Carvalho.
Ponta Delgada, 23 de Julho de 2021.
O Colaborador no uso da autorização
conferida nos termos do art° 8º, nº 3,
DL26/2004, de 20 de Abril de 2004, conjuga-
do com a nova redacção do artº 8, no 3, DL
15/2011 de 25 de Janeiro e do despacho de
delegação de competências publicitado em
23 de Dezembro de 2019.
NELSON DA COSTA (187/14)
Conta PA n.° 2601 / 2021

Última
Diário Açores Ano
146º
dos
Edição de 24 de Julho de 2021
Alexandre Gaudêncio abre porta
à regularização de trabalhadores
precários nas IPSS
Alexandre Gaudêncio abriu a porta à
regularização dos trabalhadores precários
que exercem funções nas IPSS’s do conce-
lho. O candidato pelo PSD à presidência
da Câmara Municipal da Ribeira Grande
deu conta desta intenção durante uma vi-
sita ao Centro de Atividades de Tempos
Livres (CATL) do Porto Formoso, uma
valência da Santa Casa da Misericórdia
do Divino Espírito Santo da Maia, que
conta com trinta e cinco utentes e quatro
funcionários.
“Caso seja eleito para um novo man-
dato, pretendo desenvolver esforços ten-
dentes à regularização dos trabalhadores
precários que prestam serviço nas IPSS’s
que têm protocolos com a autarquia”,
disse.
Alexandre Gaudêncio visitou o espa-
ço acompanhado por Ruben Adriano,
candidato à junta de freguesia pela
mesma força política, tendo sido rece-
bido por Laudalino Moniz e por Paulo
Bulhões, provedor e coordenador das
valências CATL da referida Santa Casa,
respectivamente. Na ocasião, o candida-
Artur Lima visita comunidades Açorianas
na Califórnia
O Vice-Presidente do Governo Re-
gional dos Açores, Artur Lima, desloca-
se aos Estados Unidos da América, onde
irá contactar com diversas entidades e
políticos açor-descendentes, bem como
participar na 45.ª Comissão Bilateral
Permanente entre Portugal e os Estados
Unidos da América. Artur Lima inicia
o seu périplo pela Califórnia reunindo-
se com a Cônsul-Geral em São Francisco
e estabelecendo contactos com diversas
entidades e associações locais, nomeada-
mente a California Portuguese-American
Coalition (CPAC), a Portuguese American
Leadership Council of the United States
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to relembrou que “a rede municipal de
CATL’s foi criada há sete anos, em parce-
ria com as IPPS’s do concelho e tem sido
um sucesso e uma mais-valia para os pais
e crianças, na medida em que tem servido
de apoio ao trabalho que é feito na escola
e permite manter as crianças em lugares
seguros enquanto aguardam pela chega-
(PALCUS), a Portuguese Fraternal Socie-
ty of America (PFSA) e a Casa dos Açores
de Hilmar. O governante reunirá ainda
com o Cônsul-Honorário de Portugal
em Tulare, Diniz Borges, e com o Reitor
da Universidade California State Uni-
versity Fresno, Saúl Jimenez-Sandoval.
Nesta deslocação aos Estados Unidos da
América, Artur Lima tem ainda previs-
tos encontros com políticos e empresários
açor-descendentes, a fim de aprofundar
as relações políticas e económicas entre a
Região Autónoma dos Açores e as comu-
nidades açorianas da Califórnia. No dia
28 de Julho, o Vice-Presidente do Gover-
da dos pais” referiu.
A rede de CATL’s municipais foi criada
em 2014 pelo executivo camarário lidera-
do por Alexandre Gaudêncio e tem, nes-
te momento, cinquenta funcionários que
dão apoio a cerca de trezentas crianças
(dos 3 aos 12 anos) distribuídas por cator-
ze salas em nove freguesias do concelho.
no participará na 45.ª Comissão Bilateral
Permanente, que se realiza em Washing-
ton. Entre outros pontos da agenda, os
trabalhos da reunião incluem a análise
de matérias relacionadas com a Base das
Lajes ao nível ambiental, laboral e das
infra-estruturas, assim como um ponto
de situação da cooperação com os Aço-
res existente em outros domínios como
é o caso da Educação e da Saúde. Nesta
deslocação aos Estados Unidos da Amé-
rica, o Vice-Presidente do Governo, Artur
Lima, estará acompanhado pelo Diretor
Regional dos Assuntos Europeus e Coo-
peração Externa, Carlos Amaral.
China promete analisar
amostras de sangue antes
do surto em Wuhan
A China está a preparar-se para
analisar amostras de sangue de resi-
dentes da cidade de Wuhan, antes de o
primeiro surto de covid-19 ter sido de-
tectado, em Dezembro de 2019, infor-
mou um jornal de Hong Kong. Citado
pelo South China Morning Post, o es-
pecialista chinês em rastreabilidade
Liang Wannian, explicou que o centro
de sangue de Wuhan possui amostras,
que são preservadas por dois anos, para
casos de disputas médicas ou conflitos
legais decorrentes de uma transfusão.
Nova Zelândia suspende
voos com Austrália
A Nova Zelândia anunciou a sus-
pensão, durante oito semanas, da
‘bolha aérea’ que permitia voos sem
restrições com a Austrália, após o apa-
recimento de vários surtos de covid-19
no país vizinho.
A primeira-ministra da Nova Ze-
lândia, Jacinda Ardern, justificou a
medida com a necessidade de evitar
“um risco para a saúde dos neozelan-
deses”, ao lembrar que na Austrália
“há vários surtos, e em diferentes fases
de contenção, que obrigaram ao confi-
namento de três estados”.
2º jornalista morto
no México em menos
de uma semana
Um jornalista mexicano foi mor-
to a tiro no município de Guaymas,
no estado de Sonora, no norte do
México, anunciaram as autoridades,
tornando-se no segundo profissional
assassinado no país em menos de uma
semana.
Ricardo Domínguez López, de 47
anos, era proprietário e director do site
noticioso InfoGuaymas. De acordo
com os meios de comunicação locais,
López tinha denunciado que recebeu
ameaças em Março, na sequência do
desaparecimento de outro jornalista.