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I.

INTRODUÇÃO

A agricultura constitui o objecto estratégico para a erradicação da pobreza no


país e a população moçambicana vive desta actividade, e estima-se que cerca de
80 % da população vive nas zonas rurais e tem a agricultura familiar como a sua
fonte de subsistência e a sua principal actividade económica, (MADER,2010).
Neste sentido, o crescimento económico e o alívio a pobreza são praticamente
impossíveis de se alcançar sem o desenvolvimento sustentável da agricultura
(MADER, 2010).

A agricultura constitui o objecto estrategico para a erradicacao da pobreza no


país e a população moçambicana vive desta actividade. Segundo Cunguara &
Garrett (2011), a contribuição da agricultura no PIB tem variado ao longo do
tempo devido a diferenças na distribuição pluviometrica de campanha em
campanha. Mas esta contribuição tem vindo a baixar ligeiramente de cerca de
37% em 1990 para cerca de 30% em 2008 e 2009 tendo se agravado este ano
2015 devido a vários factores.

No que concerne à agricultura, os índices de produtividade e de produção


agrícola são relativamente baixos, e de acordo com INE (2010) isto deve-se
sobretudo à falta de acesso e disponibilidade de tecnologias melhoradas por
parte das famílias rurais/camponesas.

A pobreza afecta grandemente as zonas rurais, atingindo principalmente as


mulheres e criancas. Assim sendo, em 2006 foram alocados os primeiros fundos
em todos distritos o que resultou na expansao do acesso ao crédito rural.

Aumentando o acesso ao crédito para o financiamento das iniciativas locais dos


produtores organizados em associacoes e para os empreendedores locais,
contribuindo deste modo para o crescimento do movimento associativo nas
areas rurais, aumento da producao, produtividade eempregos nas zonas rurais e
do acesso aos mercados.

O credito é concebido com objectivo principal de promover o desenvolvimento


na expectativa de que os mutuarios e ou beneficiarios reembolsam os fundos
concedidos , porem, apesar dos resultados positivos que estão sendo alcancados
no terreno com o uso do Fundo (credito), persistem sérios problemas no
reembolso deste. O processo de devolução pode ser influenciado por diferentes
factores , desde a percepção do real objectivo dos fundos, natureza dos
projectos, o seu acompanhamento, a sua viabilidade , perfil dos beneficiários,
tipos de tecnologias usadas na agricultura, e outras actividades que desenvolve.

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De acordo com Pennant e Emmott (1990), citado por Xavier (2003), os sistemas
de Crédito podem proporcionar capital para financiar a aquisição de insumos e
equipamentos para gerar rendimentos. O acesso ao crédito e poupanças ajudam
aos agregados familiares a suportar ou reduzir os riscos, estabilizando
potencialmente o consumo de alimentos e outros bens essenciais para a
sobrevivência do ser humano.

A oferta dos serviços de crédito constitui um dos meios para aumentar a


produtividade dos agricultores por fazerem parte dos factores que influenciam a
sua habilidade para o alcance de bons rendimentos, podendo ser na educação
dos membros do agregado familiar, melhoria das condições de vida, aumento do
tamanho das suas machambas e dos seus activos (Mate, 2001).

Assim, tendo em conta que as formas de crédito variam de acordo com a região
e os aspectos sócio-económicos, há necessidade de se conhecer os principais
sistemas de crédito agrícolas praticados pelos produtores e qual é o seu impacto
no desenvolvimento agrícola e, como o mesmo se comporta em relação ao
género.

Ligado ao género, é preciso referir que existem factores sócio culturais, que
limitam as mulheres principalmente da0s zonas rurais, a participar nos
programas de crédito e poupança, pois segundo Manganhele (1999), existe uma
tendência das Instituições Financeiras previlegiarem mais os homens por serem
considerados chefes de famílias e por terem maior controlo económico na
produção de culturas de rendimento, as que necessitam de maior força de
trabalho.

Neste contexto , este estudo visa analisar a participação de homens e mulheres


na analise de crédito no Fundo de Desenvolvimento Agrário nos anos 2013 a
2014, nas vertentes perfil dos mutuarios e ou beneficiarios e os projectos por
eles submetidos.
Este projecto está enquadrado no âmbito do Projecto Final para a obtenção do
grau de Licenciatura em Economia Agrária.

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1.1- JUSTIFICATIVA

A quase ausência de crédito é frequentemente citada como um dos principais


constrangimentos ao desenvolvimento do sector agrícola moçambicano, o
acesso aos sistemas de crédito por parte dos homens e mulheres é diferenciado e
alguns estudos sobre Crédito Rural, têm mostrado que os homens são os mais
beneficiados, apesar de não ser um fenómeno universal. A nível do FDA têm se
desenvolvido vários sistemas de crédito, quer formais quer informais ligados à
produção agrícola, pecuaria e florestal. Existem informações sistematizadas de
como funcionam os sistemas e como são diferenciados em relação ao género.
De acordo com a teoria econômica, variáveis como tamanho da propriedade,
transparência na gestão e melhorias em níveis de produtividade impactam de
maneira positiva na obtenção de crédito pelas empresas (Beck; Kunt;
Maksimovic, 2004; Schiffer; Weder, 2001). Porém, quando analisamos o
mercado de crédito rural, não há estudos empíricos que analisem a influência
das características, seja do produtor, seja da propriedade, na probabilidade de
acesso ao crédito rural

De acordo com Levine (1997), o sistema financeiro afecta o crescimento


econômico, uma vez que reduz os custos de transação e informação, além de
desempenhar as funções de levantamento de fundos, amenização de riscos,
seleção de clientes e direcionamento de recursos para projetos mais rentáveis.
Ao cumprir essas funções, este sistema se torna responsável por maior
eficiência alocativa, além de possibilitar acumulação de capital e inovação
tecnológica, ao alterar a taxa de poupança e realocá-la. Quando falamos do
sector rural, os mesmos argumentos encontrados em Levine (1997), que
justificam a visão de que o sistema financeiro tem impactos positivos sobre o
crescimento econômico, são aplicáveis.
A acumulação de capital e a inovação tecnológica são fatores determinantes
para o crescimento do setor rural, e o sector financeiro tem um papel primordial
nesse processo, por levantar fundos, mobilizar poupança, facilitar o
planeamento das actividades e permitir o acesso a melhores tecnologias e
aproveitamento de melhores oportunidades econômicas.
Para o setor agrícola, o crédito se torna importante instrumento para o
desenvolvimento do setor, uma vez que possibilita o investimento em insumos
básicos da atividade, como capital humano e fixo, viabilizando assim o processo
de produção e de inovação do setor.
Além desses motivos, o crédito também traz outros benefícios para o produtor,
que não estão diretamente relacionados com a produção, por exemplo,
permitindo a regularização do seu fluxo de consumo pessoal, por meio da
compatibilização de seu fluxo de renda contínuo ou sazonal.
Quando o financiamento é para o setor agrícola, as dificuldades enfrentadas
para se ter acesso ao crédito são ainda mais representativas, uma vez que este
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setor apresenta uma série de características que o tornam mais arriscados do
ponto de vista dos emprestadores.
Segundo Yaron (1997), os aspectos que dificultam o alcance do meio rural pelo
sistema financeiro tradicional são: a renda da população rural tende a ser menor
em relação à urbana, operações em baixa escala, a baixa densidade demográfica,
ausência de colateral (garantias de um empréstimo), mercados fragmentados e
isolamento, o que cria barreiras às informações e limita a diversificação de
riscos, a sazonalidade e a elevada flutuação da renda.
Spolador (2001) afirma que algumas das características que dificultam o crédito
para a agricultura são: riscos climáticos, custos de transações, volatilidade nos
preços dos produtos agrícolas e assimetria de informações.
De acordo com Acevedo e Delgado (2002), além desses problemas, o mercado
financeiro rural está sujeito a obstáculos, como: riscos elevados e dificuldades
para diversificá-los, altos custos de transação para credores e devedores,
dificuldade em diluir os altos custos fixos da infraestrutura financeira e a falta
de produtos financeiros e não financeiros adequados às necessidades do setor.
Ao tentar minimizar o problema de informações assimétricas, o sistema
financeiro utiliza mecanismos de seleção e monitoramento dos tomadores, que
resultam em contratos complexos e exigências de garantias que acabam
aumentando os custos de transação e operacionais, ameaçando a
sustentabilidade financeira de longo prazo das instituições.
Esses fatores têm elevado impacto nas decisões de concessão de crédito e na
avaliação dos riscos, aumentando o custo relacionado a empréstimos de
pequena magnitude, principalmente aos requeridos pelos pequenos produtores
rurais.
Para Khandker e Faruqee (2001), tanto o crédito formal como o informal são de
grande importância para a agricultura, uma vez que capitalizam os agricultores e
os estimulam a investir em novas tecnologias, facilitando o consumo por meio
da viabilização do capital de giro e, assim, reduzindo a necessidade de recursos
pessoais voltados para esse propósito.
Ao estimarem a efetividade do Agricultural Development Bank of Pakistan
(ADBP) como sistema de distribuição de crédito e utilizando dados das famílias
rurais paquistanesas, os autores mostraram que essa distribuição tinha impacto
positivo para a prosperidade das famílias, e este impacto se mostrou mais
elevado para os pequenos proprietários.

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1.2- CONTEXTUALIZAÇÃO

De acordo com Pennant e Emmott (1990), citado por Xavier (2003), os sistemas
de Crédito podem proporcionar capital para financiar a aquisição de insumos e
equipamentos para gerar rendimentos. O acesso ao crédito e poupanças ajudam
aos agregados familiares a suportar ou reduzir os riscos, estabilizando
potencialmente o consumo de alimentos e outros bens essenciais para a
sobrevivência do ser humano.

A oferta dos serviços de crédito constitui um dos meios para aumentar a


produtividade dos agricultores por fazerem parte dos factores que influenciam a
sua habilidade para o alcance de bons rendimentos, podendo ser na educação
dos membros do agregado familiar, melhoria das condições de vida, aumento do
tamanho das suas machambas e dos seus activos (Mate, 2001).

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1.3- PROBLEMA DE ESTUDO

A agricultura é a actividade mais praticada em Moçambique, estima-se que


grande parte dos 80% da população é dependente desta actividade para a sua
sobrevivência.

Nos paises em vias de Desenvolvimento as familias pobres tem enfrentado


algumas dificuldades em aceder aos serviços financeiros formais (Morduch,
1999). Mesmo os potenciais fornecedores de serviços financeiros têm
encontrado dificuldades

Segundo Chidzero et al (1998), os sistemas de crédito e poupança ajudam a


melhorar o nível de vida das famílias produtoras, pois permitem aumentar os
investimentos trazendo grandes oportunidades de emprego.
Segundo o sector de crédito agro-pecuario do Fundo de Desenvolvimento
Agrário (FDA), esta instituição apoia directa e indirectamente muitas famílias
em vários projectos através dos créditos concebidos.

O acesso aos sistemas de crédito por parte dos homens e mulheres é


diferenciado e alguns estudos sobre Crédito Rural, têm mostrado que os homens
são os mais beneficiados, apesar de não ser um fenómeno universal. A nível do
FDA têm se desenvolvido vários sistemas de crédito, quer formais quer
informais ligados à produção agrícola, mas não existem informações
sistematizadas de como funcionam os sistemas e como são diferenciados em
relação ao género.

Com a situação deficitária do acesso ao crédito agrícola no nosso país,


pretendo com o presente estudo, avaliar o nível de acesso às condições de
bem estar das populações rurais e urbanas segundo o genero e suas
contribuições para o sector agrícola e a economia do país.

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1.4- HIPÓTESES

5.1. Hipótese Nula


 O acesso ao crédito agro-pecuário por parte do genero contribui
significativamente para o crescimento da agricultura.

5.2. Hipotese Alternativa


 O acesso ao crédito agro-pecuário por parte do genero não contribui
significativamente para o crescimento da agricultura.

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1.5-Objectivos

6.1. Objectivo Geral

 Identificar os factores que influenciam o emprestimo de crédito agrícola


na perspectiva do género no Fundo de Desenvolvimento Agrario.

6.2. Objectivos Especificos

 Conhecer os sistemas de crédito agrícola praticados no FDA


 Comparar a devolução de crédito e poupança praticados por homens e
mulheres no local de estudo;
 Analisar a implementação de projectos financiados pelo FDA no período
de 2012 à 2015;
 Estabelecer os constrangimentos para o desenvolvimento dos sistemas de
crédito locais.

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II- Revisão Bibliográfica
Conceitos de Crédito
7.1.Crédito

O empréstimo à agricultura é indispensável para suprir as necessidades


financeiras dos produtores como complemento do auto financiamento
(Mabunda, 2000). Segundo Leite (1993), o crédito é um dos instrumentos mais
importantes para a reconstrução do país. É procurado pelos produtores
familiares com vista a cobrir um montante insuficiente de poupança ou para se
evitar o uso de um stock de capital existente destinado a cobrir as necessidades
de maior prioridade.

De acordo com INE (2002), Crédito Agrário refere-se ao empréstimo para fins
agro-pecuários dado à exploração, ao agregado familiar, em dinheiro ou espécie
por banco, entidade governamental, Organização Não Governamental (ONG)
ou outra organização vocacionada.

Ainda, para Mabunda (2000), as funções de crédito resumem-se no


fornecimento do capital para financiamento de insumos, mão de obra e
equipamentos para gerar melhor rendimento e aumentar a capacidade das
famílias em suportar o risco, o que aumenta a possibilidade de investimento em
empreendimentos novos, de maior risco, de longa vida útil e mais lucrativos,
tais como o uso de variedades melhoradas e a contribuição para a formação do
capital humano através da educação.

A transacção pode ser concedida por um indivíduo (credor) ou por uma


instituição chamada intermediário financeiro que proporciona o crédito para o
cliente ou beneficiário (devedor) que por sua vez, é o indivíduo que tem a
demanda para o crédito (Dinheiro, 2003).

Normalmente, os sistemas de crédito incluem a taxa de juro, que de acordo com


Samuelson & Nordlaus (1999), é definida como o preço que um devedor paga
em bens/dinheiro pelo uso do dinheiro durante um certo período de tempo,
sendo também indicada como uma certa percentagem anual. Por exemplo se a
taxa de juro for 5% ao ano, e emprestarmos 1000USD, no fim do ano pagamos
1050 USD.

As taxas de juro são influenciadas pela dinâmica da economia em termos de


mobilização e aplicação de recursos (Banco de Moçambique; 2003).

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7.1.1. Agricultura e o acesso ao Crédito

Segundo Levine (2003), a agricultura é considerada a base do desenvolvimento


da economia do País, por ser a maior fonte de rendimento e emprego para as
zonas rurais, chegando a ocupar 93% da população economicamente activa e
contribuindo com cerca de 20% para o PIB.

Para Oakley (1992), o papel da agricultura é a produção, quer de alimentos para


a população rural e urbana, quer de culturas de rendimento para a obtenção de
divisas através da exportação. Desse modo, à medida que o ciclo de produção se
desenrola, o aumento da produção gera uma procura crescente de factores de
produção que garantem a alta produção agrícola.

Relacionado a este facto fala-se do acesso ao crédito que serve como força
motriz para o desenvolvimento das actividades agro-pecuárias (Matsinhe,
2003). O acesso ao crédito pode facilitar a aquisição do uso de insumos
agrícolas, e deste modo aumentar a produtividade, a produção e a proporção de
produção alocada e vendida no mercado (Mlay & Tostão, 2003).

No entanto, o acesso ao crédito para a agricultura é reduzido pois de acordo


com os dados da Campanha de Amostragem Populacional (CAP), somente 4%
das explorações agrárias tiveram acesso ao crédito na campanha agrícola de
1999-2000 principalmente através dos sistemas Semi-formais aplicados pelas
ONGs (Levene, 2003). Dos dados publicados pelo INE no Anuário Estatístico
de 2009, indicam que do total do crédito concedido à economia pelo sistema
formal (Bancos Nacionais), a porção que coube a agricultura foi apenas de
18.7%.

De acordo com Chidzero et al (1998), o crescimento dos serviços financeiros


sustentáveis pode ser afectado por uma série de factores que incluem os
constrangimentos na produção agrícola e na comercialização, devido à
irregularidade das chuvas que se verificam no País, e a incapacidade do
fornecedor dos produtos financeiros desenvolver um produto cujos termos
respondem as especificidades do produtor.

7.2. Sistemas de Crédito

Em Moçambique, a forma mais comum de apoio às actividades agrícolas é o


crédito e a poupança, que funcionam estreitamente interligados através de
depósitos, créditos e outros serviços financeiros (Benfica,1993). Neste contexto

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estes sistemas podem ser: Formais, Semi – formais e Informais, como a seguir
são descritos.

7.2.1. Sistema de Crédito

O sistema de crédito está orientado para as zonas urbanas, visando actividades


monitorizadas da economia. Este sistema é geralmente administrado pelos
bancos e, é dirigido aos clientes já integrados na economia formal (Leite,1993).

Para Benfica (1993), as evidências a serem tomadas referem-se ao facto deste


sistema não prestar serviços de crédito aos camponeses, embora outras
evidências indiquem que os camponeses têm participado como depositantes
neste mercado, realizando suas poupanças.

O sistema formal implica mecanismos burocráticos que dificultam o acesso dos


camponeses ao crédito e ainda, dado que os montantes necessitados pelos
camponeses são em geral menores, os custos marginais de transacção para eles
e para o Banco tendem a ser altos, e exigem comparticipação de garantias, de
forma a acelerar o ritmo de reembolso (Benfica, 1993).

Daí que, os credores do sistema formal geralmente não prestam serviços às


famílias produtoras, pelo facto da agricultura estar associada a altos graus de
incerteza e de riscos, devido à dependência ao clima e a desastres naturais tais
como: cheias, secas e ciclones (Mucavele, 2005).

Para Vuma (2004), o sistema formal não arrisca nem tão pouco a funcionar sem
taxas de juros, o que significa que esta é a base na qual o sistema se sustenta
para a sua existência.

A taxa de juro para empréstimos deve ser marcada no sentido de cobrir a taxa
de juro para depósitos e custos de transacção.

7.2.2. Sistema de Crédito Semi-formal

O sistema Semi-formal está orientado para resolução dos problemas básicos das
comunidades, através da interacção com o sistema formal intermediado pelas
ONGs, podendo ser uma solução efectiva no curto e médio prazo. O objectivo a
longo prazo é de criar um sistema financeiro economicamente viável ao qual as
camadas mais pobres da população tenham acesso para satisfazer as suas
necessidades de poupança e crédito e outros serviços financeiros
(Benfica,1993).

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Ainda para o mesmo autor, estes sistemas são organizados por instituições
próprias fora do controle do Banco Central, regulados, portanto, por leis
próprias. As instituições que actuam neste sector são as Uniões ou Associações
de Crédito, Cooperativas ou ONGs.

As ONGs apoiam o desenvolvimento comunitário, actividades geradoras de


rendimento, as actividades agrícolas assim como as infra estruturas rurais, onde
o projecto concede crédito e assistência não financeira para ajudar as
comunidades locais a melhorar a sua auto-suficiência (Chidzero et al, 1998).
Estas levam uma grande vantagem em relação às instituições formais, na
prestação de serviços às comunidades locais, graças ao seu trabalho ao nível de
base e por possuírem mais informações do local (Benfica,1993).

De acordo com Vuma (2004), no sistema Semi-formal pode existir ou não uma
taxa de juro. E no caso em que a taxa de juro existe, ela serve para gerar fundos
de reservas e para responder à situações de emergência para os membros do
grupo.

7.2.3. Sistemas de Crédito Informal

De acordo com Navalha (2002), o sistema Informal é o segmento da economia


onde ocorre a prática de actividades não proibidas por lei, mas sim que para
além de não estarem registadas quer para fins tributários oficiais, como para
efeitos de cadastro comercial, estão fora dos regulamentos oficiais do país, o
que significa que é um sector que funciona à margem do controle
estatístico/contabilistico e fiscal. Este sistema produz bens e serviços legais,
cuja a distribuição também se considera legal, sendo feita à margem de qualquer
registo formal.

Os operadores do sistema são pobres economicamente activos, sem nenhum


acesso ao sistema financeiro formal, recorrem a uma série de sistemas informais
tradicionais e modernos de crédito (Chidzero et al, 1998).

As práticas ocorrem geralmente entre indivíduos de rendimento baixo,


assalariados, entre os funcionários públicos de nível médio, professores, nas
igrejas, nos locais de trabalho, nos bairros, entre vizinhos e amigos, nos
mercados diversificados e também nas zonas peri-urbanas e rurais (Navalha,
2002).

O Sistema de Crédito Informal engloba serviços financeiros desenvolvidos


pelas associações de poupança e de créditos rotativos, agenciadores de
poupança (Xitiques) e transacções financeiras entre amigos e familiares (B.M.

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1990:175 e Hyuha et al 1993:4 citado por Navalha, 2000), podendo ou não
existir taxas de juros.

De acordo com Benfica (1993), Chidzero et al (1998) e Vuma (2004), os


diversos tipos de Créditos e Poupanças Informais e as suas respectivas
características resumem-se em:

1. Comerciantes – concedem créditos ligados a venda ou compra de


produtos agrícolas, as transacções são de curto prazo, a taxa de juro é
ajustada ao preço do produto, e os clientes são de longo termo.

2. Particulares que dão empréstimo de dinheiro – os empréstimos são de


curto prazo, operam em pequena escala, usando fundos próprios, sem
garantias, os clientes são em função de relacionamentos fortes onde a
informação sobre estes é abrangente e acumulada através do contacto
diário. As taxas de juros são relativamente altas.

3. Agiotas - dão empréstimos pequenos, a prazos curtos, com taxas de juro


altas, exigem troca de garantia pelo empréstimo, e só precisam de
informação sobre os devedores em caso de dúvida de roubo dos bens.

4. Correctores de empréstimos- dão empréstimos elevados de longo prazo,


a taxas de juro altas, e por vezes fazem cobranças.

5. Senhorios (Locadores) podem ser chamados de Fazendeiros (Land


Lords) - são donos de terras, possuem alguma posse que lhes possibilita
dar empréstimos em dinheiro. Exigem que as pessoas trabalhem para eles
durante algum tempo, como forma de reembolso.

6. Amigos e familiares – é a forma mais comum de finanças informais,


geralmente não envolve juros nem garantias, podendo envolver valores
grandes ou pequenos. Os prazos de reembolso são geralmente abertos, a
reciprocidade é a característica mais importante de gerir a incerteza e o
risco.

7. Guardiões de dinheiro ou Homem Banco (Money guards)- pessoas que


aceitam guardar dinheiro para os outros, sendo valores pequenos por
indivíduo. Geralmente os depósitos não vencem os juros. Os guardiões
podem usar o dinheiro depositado, pois às vezes os depositantes acham
que os guardiões lhes estão a fazer um favor.

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8. Grupos de Poupança- são grupos formados espontaneamente, depositam
fundos em um líder do grupo. Os fundos são por vezes depositados em
bancos, e às vezes usados para devolver periodicamente aos membros.
São geralmente conhecidas por formas tradicionais e informais de crédito
e poupança, com características urbanas, podendo resumir-se em:
Xitiques, cobrador e fundos solidários (Yakulalhana) mais usados no Sul
de Moçambique (Benfica, 1993).

8.1. Xitiques- normalmente é feito por grupos de 4 a 10 membros. Estes


reúnem-se com regularidade para darem as suas contribuições e
receberem fundos de poupança rotativos. Cada membro contribui com
um montante igual. Os fundos captados são emprestados a um membro.
Cada membro tem a sua vez para receber os fundos. A frequência dos
reembolsos e o valor da contribuição dependem dos recursos dos
participantes e das necessidades. Os fundos são divididos por género
(Chidzero et al,1998).

8.2. Cobrador- é a pessoa que merece a confiança de um grupo de


depositantes. O indivíduo que empresta o dinheiro recolhe o valor do dia
dos clientes e paga-o na totalidade depois de 30 dias. O cobrador
deposita os fundos no banco sem juros e ganha um dia de poupança (31
dias), por ter recolhido e mantido o dinheiro dos clientes em segurança.
O cobrador só está autorizado a aceitar fundos dos que constam numa
lista aprovada (Chidzero et al,1998).

8.3. Fundos solidários (Yakulalhana)- estes fundos são organizados por


grupos que vivem no mesmo bairro ou local de trabalho. As
contribuições são muito pequenas e são disponibilizadas aos membros
para eventos sociais na maioria funerais e casamentos (Chidzero et
al,1998).

9. ROSCAs (Rotating Savings and Credit Associations)- significa


Associação Rotativa de Poupança e Crédito, e consiste em pequenos
grupos de pessoas que desenvolvem as actividades de crédito e poupança.
Estes sistemas informais promovem créditos e poupanças sustentáveis,
resolvem problemas de terceiros e de informação de credores por envolver
membros que têm confiança mútua ou por terem organizações que se
responsabilizam pela performance de indivíduos envolvidos (Vuma, 2004).

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O sector informal cresce e adapta-se facilmente as situações de mudanças que
ocorrem do lado real sem perder as suas maiores características, o que é
justificado pela sua elevada flexibilidade, tornando-se muito forte durante todo
tempo (Navalha, 2002).

10. Género e acesso ao Crédito

De acordo com Filimone (2000), o conceito de género é diferente do sexo


(masculino e feminino), pois o género indica as relações sociais entre homens e
mulheres, que se alteram consoante circunstâncias económicas, educacionais,
sociais, culturais, religiosas, raças diferentes, sendo determinado pelo
comportamento, costumes e tradições, enquanto sexo identifica diferenças
biológicas entre homens e mulheres.

Para Vijfhuizen (1999), falar do género é falar das relações entre homens e
mulheres no acesso, uso e controlo de recursos, das perspectivas, valores,
normas e papéis no processo de tomada de decisões e negociações em diferentes
contextos da vida social.

Segundo INE (1997), a maioria das mulheres rurais vive basicamente dos
rendimentos que conseguem nas suas machambas, com áreas que variam de 0.5
a 1 ha, praticando a agricultura de sequeiro, muitas vezes em solos pobres, sem
nenhuma prática de rotação ou de pousio e muito menos, prática de fertilizações
regulares que seriam necessárias para melhorar a produtividade das suas
pequenas áreas de cultivo.

No entanto, muitas vezes, elas não tem acesso às novas tecnologias devido à
falta de financiamento, pois os sistemas formais não se preocupam com as
questões do género, tendem a privilegiar mais o homem porque, este é na
maioria das vezes considerado "chefe da família", com maior poder económico,
está mais engajado em actividades agrícolas que requerem maior força de
trabalho como produção de culturas de rendimentos que precisam de
tecnologias para a sua utilização (Manganhele,1999).

No entanto, segundo Vuma (2004), alguns sistemas semi-formais (Grammem


Bank de Bangladesh e Village Bank da Gâmbia), fornecem crédito à mulheres,
pois estas constituem o garante das suas famílias na gestão doméstica, e as
outras evidências tomadas resumem-se ao facto de existir por parte das
mulheres, uma maior probabilidade de reembolso do crédito, uma menor
possibilidade de desvio de aplicações em relação ao homem, ou seja a mulher
goza de uma reputação mais fiável que o homem pois este último desperdiça o
dinheiro em bebidas, cigarros e outros vícios (Manganhele, 1999).

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5.4. Importância dos sistemas de crédito e poupança para o grupo alvo
Os produtores locais que tem acesso ao crédito aceitam que estes sistemas são
benéficos pois:
a) Ajudam a minimizar as suas despesas, aumentam os seus activos,
b) Possibilitam a compra de bens para as suas casas, permitem a
realização de cerimónias, permitem ainda a compra de insumos para
a campanha seguinte,
c) Ajudam a melhorar a insegurança alimentar e económica;
d) São uma necessidade para os agricultores, principalmente mulheres
pois estas são as que mais se dedicam a prática da agricultura como
fonte da sua subsistência;
e) São vistos como forma de suportar as necessidades financeiras dos
produtores cobrindo e possibilitando a aquisição de insumos para a
produção de forma a aumentar os rendimentos e assim investir e
aumentar as poupanças para poder suportar os riscos futuros.

5.5. Constrangimentos do grupo alvo em relação aos sistemas


Em relação aos sistemas de crédito e poupança, constituiram constragimentos os
seguintes:
a) Dificuldade de acesso as instituições financeiras formais pois, estas
alegam que a actividade agrícola é de muitos riscos e incertezas e que o
agricultor pobre não tem condições de vencer o crédito.
b) Em relação ao funcionamento do sistema de crédito Semi-formal, no
crédito colectivo alguns membros do grupo são obrigados a se
responsabilizarem pelos membros faltosos. As sanções em caso de atrasos
tais como penhor de bens fazem com que os agricultores não aderem com
frequência a estes sistemas.
c) Falta de cumprimento dos calendários e nos valores de pagamento pois,
verifica-se que alguns membros não cumprem com as datas acordadas

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para a entrega do montante ao beneficiário e as vezes se entregam não
corresponde ao montante combinado.

5.5.1. Constrangimentos para o desenvolvimento dos sistemas no local


Os sistemas Semi-formais que operam no local destacam-se os seguintes
constragimentos para o seu desenvolvimento:
a) Fraco conhecimento dos sistemas de crédito e poupança por parte do
grupo alvo,
b) Elevados custos de transação para as instituições microfinanceiras na
procura de novos clientes devido a grande dispersão geográfica,
c) Baixo nível de escolaridade dificulta o funcionamento dos sistemas, pois
estes não entendem o porque da aplicação das taxas de juro, não
cumprem com os períodos de reembolso do crédito, o que chega a causar
uma grande desorganização para os sistemas;
d) A falta de cultura de crédito e de organização dos elementos do grupo ou
associações pois, entre os elementos existem aqueles que não cumprem
com os reembolsos o que chega a prejudicar os outros elementos.

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III- Metodologia
O presente estudo será resultado de aplicação de procedimentos científicos na
qual essencialmente serão aplicadas técnicas estatísticas para a análise dos
resultados. Porém a pesquisa é exploratória, essencialmente do tipo qualitativo
e com alguma combinação quantitativa.

Se irá recorrer a fontes secúndárias, a nível das instituições nacionais,


nomeadamente Ministério da Agricultura, Instituto Nacional de Estatistica
correspondentes a um percurso temporal de 7 anos (200).

3.1 Descrição da área de estudo


3.1.1 Localização geográfica e divisão administrativa

Este estudo será realizado na sede do Fundo de Desenvolvimento Agrário


(FDA), situado no bairro Central , av. Joe Slovo, no distrito urbano KaMpfumo,
cidade de Maputo, província de Maputo.

O distrito Municipal KaMpfumo tem uma área de XXX hectares e 110 285
pessoas (Censo 2011).

3.1.2 Clima e hidrografia

O clima do Distrito Municipal KaMpfumo é Subtropical influenciado pela


proximidade ao oceano Indico que banha toda costa moçambicana, caracteriza-
se por temperaturas quentes com um valor médio anual de 27 oC em Janeiro
(verão) e cerca de 19o C em Junho (inverno).

Com dois ciclos vegetativos durante o ano, uma época chuvosa que se estende
de Novembro à Abril sendo a concentração máxima das chuvas nos meses de
Janeiro a Fevereiro e uma época seca que vai de Maio a Agosto.

A temperatura máxima anual é de 31 oC e a mínima é de 13oC, a humidade


relativa varia entre os 55 a 75%, a precipitação anual é de 900 mm, (ANAMM,
2009).

3.2 Recolha de dados

[Type text]
Para este trabalho serão usados dois tipos de fontes respectivamente:
a) Dados primários - baseados em dados colhidos no campo, no âmbito do
trabalho, com base na observação factual directa e aplicação de
questionário.
b) Dados secundários- baseados na literatura assim como livros, artigos e a
internet, que constitui informação diversa, publicada e não publicada, mas
com legitimidade da sua validade reconhecida;

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