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CURSO EM BACHARELADO EM AGRONOMIA

MANEJO E UTILIZAÇÃO DE PASTAGENS


Carlos Eduardo Nogueira Martins

PLANEJAMENTO FORRAGEIRO
Sítio Santa Maria (BA)

Integrantes: Jofre Tomas, Levi

Araquari
Junho de 2023
Sumário

1. Introdução. 3
2. Apresentação 4
2.1. Localização 4
2.2. Capim Pangola ( Digitaria decumbens) 5
2.4. Palma (Opuntia ficus-indica) 6
2.4. Irrigação da propriedade 8
2.5 Plantas Daninhas 9
Plantas Daninhas no Capim Pangola 9
Plantas Daninhas na Palma 9
Doenças do Capim Pangola 10
Tratamentos/Manejos para Palma 13
Medidas culturais: 13
Rotação de culturas: 14
3. Rotação de Pasto 15
4. Resultado da discussão 15
5. Conclusão 16
5. Referencias 17
1. Introdução.

O Sítio Santa Maria, localizado na região nordeste do Brasil, no município de Santa Bárbara,
na zona rural, é uma propriedade rural que reconhece a importância do planejamento
estratégico para o sucesso de suas atividades agrícolas e pecuárias. Além de cultivar culturas
agrícolas, o sítio também se dedica à produção de gado de corte, contando atualmente com 4
vacas e 1 boi.

Ao estabelecer um planejamento eficiente, o Sítio Santa Maria leva em consideração as


características específicas do solo e do clima da propriedade, bem como o histórico da área e
os objetivos da plantação e criação de gado. Essas informações são cruciais para determinar
quais culturas serão cultivadas e como o manejo do gado de corte será realizado, buscando
maximizar a produtividade e garantir a sustentabilidade dos recursos naturais.

A propriedade investe em práticas sustentáveis e no aproveitamento consciente dos recursos


naturais, sempre considerando os princípios da sustentabilidade em suas atividades agrícolas
e pecuárias. Dessa forma, o Sítio Santa Maria contribui para o desenvolvimento sustentável
da região, ao mesmo tempo em que busca atingir seus objetivos de produção de forma
eficiente.

Com esse planejamento estratégico, a propriedade busca otimizar tanto a produção agrícola
quanto a criação de gado de corte, garantindo a qualidade dos produtos e a satisfação dos
clientes. Além disso, ao adotar práticas sustentáveis, o Sítio Santa Maria demonstra
compromisso com a preservação do meio ambiente e a utilização responsável dos recursos
naturais, tornando-se um exemplo de boas práticas na região.

2. Apresentação

O Sítio Santa Maria é uma charmosa propriedade rural localizada na região nordeste do
Brasil, mais especificamente no estado da Bahia, no município de Santa Bárbara, na zona
rural. Situada na deslumbrante paisagem nordestina, a propriedade desfruta de um clima
ameno e recursos naturais abundantes, proporcionando um ambiente ideal para a criação de
gado Nelore e o cultivo de alimentos sustentáveis.

Com sua localização privilegiada no Nordeste do Brasil, o Sítio Santa Maria se beneficia das
características únicas dessa região, como o solo fértil e a rica biodiversidade. Esses aspectos
contribuem para a produção de capim Pangola de alta qualidade e palma Opuntia ficus-indica
Mill nutritiva, que são fundamentais para o cuidado e o crescimento saudável do rebanho de
gado Nelore.

A propriedade encontra-se no município de Santa Bárbara, um lugar que preserva a essência


da vida rural e oferece uma atmosfera tranquila e acolhedora. Rodeado por paisagens
pitorescas e uma comunidade local hospitaleira, o Sítio Santa Maria se integra
harmoniosamente à cultura e às tradições da região, refletindo a autenticidade do modo de
vida no campo.

Dessa forma, além de contribuir para o setor agropecuário, o Sítio Santa Maria também
desempenha um papel importante no fortalecimento da economia local e na preservação do
patrimônio cultural da região nordeste do Brasil.

Com sua localização privilegiada no estado da Bahia, no município de Santa Bárbara, na


zona rural, o Sítio Santa Maria é um exemplo notável de como a criação de gado Nelore e a
agricultura sustentável podem prosperar no Nordeste do Brasil, oferecendo uma experiência
autêntica e enriquecedora para todos aqueles que visitam ou têm o prazer de conhecer essa
propriedade singular.

2.1. Localização

A propriedade rural está localizada no município de Santa Bárbara, no estado da


Bahia , na região Nordeste do Brasil. Essa região é conhecida por apresentar clima tropical,
com verões quentes e secos e invernos frios e úmidos.
A localização da propriedade é estratégica, pois ela está situada próxima a
importantes rodovias que interligam a região a outras partes do estado e do país, permitindo
fácil acesso a mercados consumidores e a insumos agrícolas.
A propriedade está situada em uma área de relevo ondulado, com solos férteis e boa
disponibilidade de água, o que é fundamental para a atividade agropecuária.
Imagem 2. A área de 4,35 ha tamanho total da propriedade.

A propriedade rural possui aproximadamente uma área de 4,35 hectares e uma


propriedade rural que pode ser considerada pequena em comparação a outras propriedades
de maior extensão. No entanto, é possível aproveitar bem esse espaço para desenvolver
diversas atividades agropecuárias.
Em resumo, uma área de 4,35 hectares pode ser utilizada de forma produtiva na
atividade agropecuária, desde que seja planejada e manejada com cuidado e atenção aos
detalhes.

2.2. Capim Pangola ( Digitaria decumbens)

O nome científico do Capim Pangola é Digitaria decumbens. Ele também pertence à


família Poaceae e é uma gramínea tropical amplamente utilizada na pecuária. Originário da
África, o capim Pangola se adapta bem a diferentes tipos de solo e climas, sendo uma
escolha popular para pastagens em regiões tropicais.

A produção desse cultivar pode variar dependendo das condições locais e das práticas
de manejo adotadas. No entanto, estudos indicam que o capim Pangola pode alcançar uma
produção média de 10 a 15 toneladas de matéria seca por hectare por ano. É importante
ressaltar que esses valores podem ser afetados por fatores como a disponibilidade de
nutrientes, o manejo adequado da irrigação, o controle de pragas e doenças, entre outros.

Em relação à composição nutricional, o capim Pangola geralmente apresenta uma


porcentagem de proteína um pouco mais baixa em comparação com outros cultivares de
capim, ficando em torno de 7% a 10%. No entanto, seu valor nutritivo pode ser aprimorado
por meio de práticas de manejo adequadas, como a adubação equilibrada e a rotação de
pastagens.

Para obter o máximo benefício do capim Pangola, é recomendado explorá-lo


principalmente durante o período chuvoso, quando ocorre um crescimento mais intenso e sua
qualidade nutricional é potencializada. No entanto, é importante considerar que o capim
Pangola também pode se manter produtivo durante o período seco, embora com uma menor
taxa de crescimento.

Ao implementar o capim Pangola em uma propriedade de 3,16 hectares, é


fundamental seguir as boas práticas de manejo, como o ajuste correto da carga animal, a
adubação adequada, o controle de invasoras e a rotação de pastagens. Dessa forma, é
possível aproveitar o potencial desse cultivar, fornecendo uma fonte de alimento adequada e
nutritiva para o rebanho, contribuindo para a sustentabilidade e a produtividade da
propriedade.

Imagem 2. Área de 3.16 ha de produção da Capim Pangola ( Digitaria decumbens).

2.4. Palma (Opuntia ficus-indica)

O nome científico da Palma Opuntia ficus-indica Mill é Opuntia ficus-indica. Também


conhecida como figueira-da-índia ou palma forrageira, essa planta pertence à família
Cactaceae e é originária da região da América Central e do México. A palma Opuntia
ficus-indica Mill é amplamente cultivada em diversas regiões do mundo devido às suas
múltiplas utilidades.
Imagem 3. Palma (Opuntia ficus-indica).

Em relação à produção, a palma Opuntia ficus-indica Mill é conhecida por sua alta
produtividade. Sob as condições adequadas de cultivo, é possível obter uma produção média
de cerca de 20 a 30 toneladas de biomassa verde por hectare por ano. Essa produção pode
variar de acordo com fatores como o manejo do solo, a disponibilidade de água, a fertilização
e as práticas de colheita.

Na propriedade rural do Sítio Santa Maria, uma área de 0,11 hectares é destinada à produção
de palma Opuntia ficus-indica Mill. Essa área é cuidadosamente gerenciada, levando em
consideração a irrigação adequada, o manejo das plantas e a colheita no momento ideal de
maturação. Com isso, é possível obter uma produção anual de biomassa verde significativa,
fornecendo um alimento rico em nutrientes para o rebanho e contribuindo para a
diversificação das fontes alimentares na propriedade.

Imagem 4. Área de 0.11 ha de produção da Palma (Opuntia ficus-indica).

A palma Opuntia ficus-indica Mill desempenha um papel importante no Sítio Santa Maria,
fornecendo alimento nutritivo para os animais e contribuindo para o manejo sustentável dos
recursos naturais. Seu cultivo se mostra uma alternativa promissora para a diversificação das
atividades na propriedade e a promoção da sustentabilidade ambiental.

2.4. Irrigação da propriedade

A fonte de água do Sítio Santa Maria é proveniente de reservatórios estrategicamente


construídos, como açudes, que acumulam a água das chuvas do período de inverno. Essa
água é essencial para a irrigação dos pastos e das plantas presentes na propriedade,
garantindo seu crescimento saudável e sustentável ao longo do ano.

Os açudes, cuidadosamente projetados, têm a função de captar e armazenar a água das


chuvas abundantes que caem durante o período chuvoso no Nordeste. Esses reservatórios são
construídos de forma a maximizar a captação da água e garantir sua conservação para uso
posterior, durante os períodos mais secos.

Imagem . Na área de 0.14 ha, está sendo o reservatório de água.

A água acumulada nos açudes é cuidadosamente utilizada para irrigar os pastos, garantindo
uma oferta constante de capim Pangola, que serve como principal alimento para o rebanho de
gado Nelore. Além disso, a água é direcionada para a irrigação das áreas destinadas ao
cultivo da palma Opuntia ficus-indica Mill, garantindo a produção sustentável desse recurso
alimentar adicional.

Essa estratégia de captação e armazenamento da água das chuvas permite que o Sítio Santa
Maria tenha uma fonte confiável de água para irrigação durante todo o ano, mesmo em
períodos de estiagem. Essa prática sustentável ajuda a preservar os recursos hídricos da
região, ao utilizar de forma consciente a água disponível.

Ao utilizar a água dos reservatórios para irrigação, o Sítio Santa Maria assegura que seus
pastos e plantas recebam a quantidade necessária de água para se desenvolverem de maneira
saudável, resultando em uma produção sustentável de alimentos para o gado e preservação
do ecossistema local.
Dessa forma, a propriedade utiliza sua fonte de água proveniente dos reservatórios como
uma estratégia eficiente para garantir a sustentabilidade de suas atividades agrícolas e
pecuárias, contribuindo para a preservação dos recursos hídricos e o desenvolvimento
sustentável da região.

2.5 Plantas Daninhas

Plantas Daninhas no Capim Pangola

O capim pangola é suscetível à infestação de plantas invasoras, que competem por


nutrientes, água e espaço, reduzindo a produtividade e qualidade da pastagem.

Braquiária (Brachiaria spp.): A braquiária é uma planta de crescimento rápido que


compete com o capim pangola por recursos naturais. Ela se espalha rapidamente e forma
grandes touceiras. O controle da braquiária é feito por meio de manejo adequado como o
corte frequente antes que elas produzam suas sementes. Em casos graves, é recomendado o
uso de herbicidas seletivos para braquiária.

Capim-colonião (Panicum maximum):O capim-colonião é uma planta invasora comum


em pastagens, formando grandes touceiras e compete com o capim pangola por recursos
naturais. O controle do capim-colonião pode ser feito através de práticas de manejo, como
pastejo adequado e corte frequente antes da produção de sementes. Em casos mais graves, o
uso de herbicidas para capim-colonião.

Tiririca (Cyperus spp.): A tiririca é uma planta daninha perene que se espalha
rapidamente por meio de rizomas e sementes. Ela compete com o capim pangola pelos
recursos naturais. O controle da tiririca é complicado, pelo fato de possuir sistemas
radiculares persistentes. Medidas de controle incluem o uso de vários herbicidas seletivos,
todos eles com diferentes sítios. A repetição dessa prática é necessária para controlar a
tiririca.

É importante monitorar as pastagens regularmente para identificar e controlar


infestações de plantas invasoras. Práticas de manejo adequadas, como pastejo adequado,
fertilização balanceada e estabelecimento de densidades apropriadas, podem ajudar a reduzir
a competitividade das plantas invasoras.

Plantas Daninhas na Palma

A palma é afetada por diversas plantas daninhas que competem por recursos e prejudicam seu
desenvolvimento.

Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla): O amendoim-bravo é uma planta daninha


que compete pelos mesmos recursos da palma como por exemplo nutrientes, água e espaço.
Suas sementes são facilmente transportadas pelo vento ou por animais. O controle é realizado
por práticas culturais como a remoção manual das plantas ou cortes antes que produza
sementes. Em casos mais graves, o uso de herbicidas específicos.
Trapoeraba (Commelina spp.): A trapoeraba é uma planta daninha comum no cultivo de
palma, possui um rápido crescimento e se espalha facilmente, competindo pelos mesmos
recursos com a palma. O controle é feito por meio da remoção manual das plantas ou cortes,
antes da produção de sementes. O uso de herbicidas seletivos também pode ser uma opção,
porém tomar cuidado para não danificar a palma.
Capim-braquiária (Brachiaria spp.): O capim-braquiário é uma planta daninha comum
que se espalha rapidamente em áreas de cultivo de palma, ocorre competição com a palma
por nutrientes, água e espaço. O controle é realizado por meio de práticas de manejo, como o
corte frequente antes da produção das sementes. Em casos mais graves, o uso de herbicidas
específicos para capim-braquiária.
É importante realizar um monitoramento regular da plantação de palma para identificar
e controlar a infestação de plantas invasoras. A manutenção adequada da área, como o
manejo do solo ajuda a reduzir a competição e o impacto dessas plantas daninhas na palma.

Doenças do Capim Pangola

O capim pangola (Digitaria decumbens) é uma gramínea tropical amplamente utilizada


como forragem para animais em pastejo, principalmente em áreas de clima quente. Embora
seja uma espécie resistente que se adapta a condições adversas, pode ser acometida por
certas doenças. Algumas das doenças comuns que podem afetar o capim pangola são:

Mancha foliar (Cercospora): É uma doença fúngica que causa o aparecimento de


manchas escuras nas folhas do capim pangola. Essas manchas podem inchar e unir-se
, fazendo com que as folhas da planta caiam. Além do uso de fungicidas quando
necessário, também podem ser controlados por meio de práticas culturais como podas
e pastoreio adequados.
Ferrugem (Puccinia sp.): A ferrugem é uma doença fúngica que aparece como
pústulas alaranjadas ou marrons nas folhas do capim pangola. Pode enfraquecer as
plantas e reduzir a produção área foliar. O controle pode incluir o uso de fungicidas e
medidas de manejo, como a remoção de plantas infectadas.
Mela (Rhizoctonia solani): Mela é uma doença fúngica que pode afetar as raízes e
parte aérea do capim pangola. Causa podridão radicular e manchas escuras nas folhas
e caules. O controle pode incluir o uso de fungicidas e práticas de manejo apropriadas
como por exemplo controle de umidade e manejo da pastagem.

É importante observar que a ocorrência e a gravidade dessas doenças podem variar com base
nas condições locais, como clima, manejo e saúde geral das plantas.

Tratamentos para Capim Pangola:

O tratamento da mancha-foliar causada pelo fungo Cercospora no capim pangola pode


envolver uma combinação de medidas culturais e o uso de fungicidas, se necessário.
Manejos culturais:
Realize a eliminação das plantas afetadas e promova uma melhor circulação de ar.
Evite o excesso de umidade nas folhas, por causa disso pode favorecer o
desenvolvimento da doença, quando for regar o capim cuidado com excesso,
evitando molhar as folhas.
Faça um manejo adequado, evitando sobrecarregar a pastagem e permitindo o
descanso adequado entre os períodos de pastejo (rotação) para a recuperação das
plantas.

Uso de fungicidas:

Se o número de plantas infectadas por Cercospora for severa e as medidas culturais


não forem suficientes, pode ser necessário o uso de fungicidas, como por exemplo
propiconazole, difenoconazole, azoxystrobin e tebuconazole

A prevenção é fundamental para o controle eficaz das doenças. Manter um bom manejo
geral da pastagem, como a nutrição adequada e o manejo do pastejo, pode reduzir a
suscetibilidade do capim pangola à infecção por Cercospora. Além disso, é importante
monitorar regularmente a pastagem para detectar precocemente a presença de doenças e
adotar medidas de controle apropriadas.

O tratamento da ferrugem causada pelo fungo Puccinia sp. no capim pangola pode
envolver algumas medidas de controle. Porém, é importante observar que o controle
completo da ferrugem é difícil, e mais fácil conviver com ela e tentar reduzir os impactos.

Manejo cultural:

Realize a eliminação das plantas afetadas, para reduzir a disseminação do fungo.


Promova uma melhor circulação de ar e evite o excesso de umidade nas folhas,
quando for regar o capim cuidado com excesso, evitando molhar as folhas.
Evite sobrecarregar a pastagem e permita períodos adequados de descanso para a
recuperação das plantas.

Uso de fungicidas:

Em casos graves de infecção por ferrugem, o uso de fungicidas e outros produtos


pode ser considerado. Realizar pulverizações com o uso de produtos à base de
hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre, óxido cuproso e calda bordalesa. Siga sempre
as instruções do fabricante em relação à dosagem, aplicação e intervalo entre as
aplicações.

Cultivares resistentes:

Considere o uso de cultivares de capim pangola que sejam mais resistentes à ferrugem
É importante adotar práticas de manejo adequadas, como a adubação adequada e o
manejo do pastejo, para promover a saúde pastagem e reduzir a suscetibilidade à infecção.
Em algumas situações, o controle total da ferrugem pode não ser inviável economicamente, e
a tolerância à presença da doença pode ser a melhor abordagem, especialmente em casos em
que os danos não são significativos para a produtividade.
O tratamento da mela causada pelo fungo Rhizoctonia solani, pode envolver uma combinação
de medidas culturais e o uso de fungicidas, se necessário.

Manejo cultural:

Melhore a drenagem do solo para reduzir o excesso de umidade, que favorece o


desenvolvimento da mela. Evite irrigações excessivas e implemente um sistema de
drenagem adequado, se necessário.
Promova uma boa circulação de ar entre as plantas, por causa que isso ajuda a reduzir
a umidade nas folhas e no solo.
Realize a eliminação das plantas afetadas do capim pangola para reduzir a
disseminação do fungo.
Evite o excesso de fertilização nitrogenada, isso acaba favorecendo o crescimento do
fungo. Mantenha uma adubação equilibrada de acordo com as necessidades da
pastagem.

Uso de fungicidas:

Em casos graves de infecção por mela, o uso de fungicidas como por exemplo
Agroben 500 e Altima. Siga sempre as instruções do fabricante em relação à
dosagem, aplicação e intervalo entre as aplicações dos fungicidas.

Rotação de culturas:

A rotação de culturas ajuda a reduzir a incidência da mela. Evitar o replantio consecutivo de


capim pangola na mesma área, por causa que pode aumentar o inóculo do fungo no solo.
Introduzir outras espécies de plantas em rotação para interromper o ciclo de vida do fungo.
É importante monitorar a pastagem regularmente para detectar precocemente a presença da
mela e adotar medidas de controle adequadas. A combinação de manejos culturais e o uso de
fungicidas, quando necessário, podem ajudar a reduzir os danos causados pela mela no capim
pangola

Doenças da Palma

A palma é uma planta suculenta que pode ser afetada por algumas doenças. Alguns exemplo
Podridão das raízes e caule: Causada principalmente pelos fungos do gênero Phytophthora,
essa doença causa o apodrecimento das raízes e do caule da palma. Os sintomas são
amolecimento, descoloração e morte das partes afetadas. O controle inclui remover as áreas
doentes e tratá-las com um fungicida apropriado.
Cochonilha: É um inseto sugador que ataca a palma, causando deformações, manchas e perda
de vigor nas plantas. Os sintomas são o aparecimento de uma substância pegajosa nas folhas,
presença de manchas brancas ou acinzentadas e deformação dos segmentos da palma. O
controle pode ser uso de inseticidas adequados e a remoção manual dos insetos.
Mancha-foliar (Cercospora): Causada pelo fungo Cercospora opuntiae, essa doença causa
manchas escuras nas folhas da palma. Essas manchas podem se expandir e levar à
desfolhação das plantas. O controle envolve a remoção das áreas doentes, tratá-las com
fungicidas se necessário e a eliminação de folhas caídas
É importante observar que a ocorrência e a gravidade dessas doenças podem variar
dependendo das condições locais, o clima, o manejo e a saúde geral das plantas.
Tratamentos/Manejos para Palma

O tratamento da podridão das raízes em plantas, incluindo a palma, pode ser complicado, por
causa que a doença é causada por diferentes organismos, como fungos, bactérias e
nematóides.

Medidas culturais:

Remova as partes doentes das raízes da planta, cortes devem ser feitos com ferramenta limpa
e esterilizada para evitar a disseminação da doença.
Melhorar a drenagem do solo, por causa que o excesso de umidade favorece o
desenvolvimento da podridão das raízes. Cuide para que as plantas estejam em um local com
solo bem drenado e evitando o acúmulo de água ao redor das raízes.
Evite o excesso de irrigação, umidade constante pode promover o crescimento de organismos
causadores da doença.
Cuidados com o pH do solo, faça as correções necessárias, quando estiver o pH
desequilibrado. Alguns agentes patogênicos causadores da podridão das raízes preferem solos
ácidos ou alcalinos.

Uso de fungicidas ou bactericidas:

Em alguns casos, o uso de fungicidas ou bactericidas pode ser necessário para controlar os
agentes causais responsáveis pela podridão das raízes.

A prevenção é fundamental no controle da podridão das raízes, as principais medidas de


prevenção são o uso de material vegetal resistente, práticas adequadas de irrigação e
drenagem, evitam o estresse excessivo nas plantas. O monitoramento regular das raízes e das
plantas em geral é essencial para detectar a presença da doença e tomar medidas de controle
apropriadas.

O tratamento para cochonilhas em plantas, incluindo a palma, pode envolver diferentes


abordagens, desde medidas culturais até o uso de produtos químicos.

Controle físico/manual:

Em casos de infestações leves, a remoção manual pode ser suficiente para controlar a praga.

Controle biológico:

Introduza predadores naturais como joaninhas, crisopídeos ou vespas parasitóides, na área


infestada. Esses predadores ajudam a controlar a população de cochonilhas de forma natural.
Algumas espécies de formigas são conhecidas por proteger por causa das substâncias doces
das cochonilhas, controlar a população de formigas também pode ajudar a reduzir a
infestação.

Uso de produtos químicos:


Se a infestação de cochonilhas persistir, é necessário o uso de inseticidas. Tomando cuidado
para não prejudicar outros insetos que são benéficos.

Medidas preventivas:

Para manter as plantas saudáveis e bem cuidadas para reduzir a suscetibilidade à infestação
de cochonilhas. Isso inclui nutrição adequada, fornecer a quantidade adequada de água e
garantir uma boa ventilação ao redor das plantas.
Ao adquirir novas plantas, verifique se estão livres de cochonilhas ou de outros insetos antes
de introduzi-las na propriedade.
É importante acompanhar a saúde das plantas e monitorar regularmente a presença de
cochonilhas. A combinação de diferentes métodos de controle pode ser necessária para um
manejo eficaz da infestação.

O tratamento da mancha-foliar causada pelo fungo Cercospora em plantas, incluindo a palma,


pode envolver diferentes abordagens.

Medidas culturais:

Remover os cladódios afetados e descartá-los adequadamente para reduzir a disseminação do


fungo.

Evite molhar os cladódios durante a irrigação, a umidade excessiva favorece o


desenvolvimento da doença, realize irrigações na base da planta.

O fluxo de ar adequado ao redor das plantas, evitando alta densidade e a poda adequada para
permitir a entrada de luz e a ventilação adequada.

Uso de fungicidas:

Em casos de infestações severas ou recorrentes, o uso de fungicidas é necessário à base de


Benzimidazóis.

Rotação de culturas:

Faça a rotação de culturas para evitar o plantio contínuo de palmas no mesmo local. Isso
ajuda a interromper o ciclo de vida do fungo e reduzir a ocorrência da doença.

Uso de cultivares resistentes:

Alguns cultivares de palma podem ser mais resistentes à mancha-foliar causada por
Cercospora. Ao adquirir novas plantas, procure variedades que sejam resistentes à doença.

É importante monitorar regularmente as plantas para detectar sinais de infecção e tomar


medidas de controle o mais cedo possível. A combinação de medidas culturais e o uso de
fungicidas, quando necessário, ajudam a controlar a propagação da mancha-foliar e reduzir os
danos causados às palmas.
3. Rotação de Pasto

Divisão dos pastos: Inicialmente, delimite os três pastos de 1 hectare cada, garantindo que
estejam separados por cercas seguras para evitar a mistura dos animais. Certifique-se de ter
água suficiente disponível em cada pasto para atender às necessidades das vacas.

Período de ocupação: Determine o período de tempo que as vacas ficarão em cada pasto. Esse
tempo pode variar dependendo da quantidade de pasto disponível e da taxa de crescimento da
vegetação. Um período de ocupação comum é de 7 a 10 dias por pasto.

Taxa de lotação: A taxa de lotação refere-se à quantidade de animais que podem ser criados
em determinada área sem causar danos à pastagem. Para determinar a taxa de lotação
adequada, é preciso considerar a taxa de crescimento da vegetação, a qualidade nutricional do
pasto e o tamanho das vacas. Consulte um especialista em extensão rural ou veterinário para
obter orientações específicas para a sua região e condições.

Monitoramento do pastejo: Durante o período de ocupação, monitore o pastejo para garantir


que as vacas estejam consumindo a quantidade adequada de forragem e não estejam
superpastejando. Remova as vacas de um pasto quando o capim estiver curto (cerca de 8-10
cm de altura) e antes de começarem a pisotear e danificar o solo.

Descanso e recuperação: Após o período de ocupação, mova as vacas para o próximo pasto e
permita que o pasto anterior descanse e se recupere. O tempo de descanso pode variar
dependendo das condições, mas geralmente é recomendado um período de 20 a 30 dias para
permitir que o capim cresça e se fortaleça novamente.

Monitoramento da saúde dos animais: Durante todo o processo de rotação de pastagem,


monitore a saúde das vacas, observe seu ganho de peso e condição corporal. Se necessário,
ajuste o período de ocupação, o tamanho do rebanho ou a taxa de lotação para garantir que as
vacas estejam recebendo nutrição adequada.

4. Resultado da discussão

Diversificação de culturas agrícolas: Além do cultivo do capim Pangola, seria interessante


explorar a possibilidade de diversificar as culturas agrícolas na propriedade. Isso pode trazer
benefícios como a redução de riscos relacionados a condições climáticas adversas e a
ampliação das opções de mercado. É importante fazer uma análise das condições locais,
como solo e clima, para identificar quais culturas são mais adequadas para a região.

Manejo adequado do gado de corte: Considerando o número atual de animais (4 vacas e 1


boi), é fundamental implementar um manejo adequado do gado de corte. Isso inclui a oferta
de uma alimentação balanceada e nutritiva, o controle de parasitas, a vacinação regular, a
oferta de água limpa e fresca, além do acompanhamento veterinário periódico. Garantir o
bem-estar animal contribui para a saúde do rebanho e, consequentemente, para a
produtividade da propriedade.

Implantação de sistemas de irrigação: Considerando que a propriedade possui disponibilidade


de água, a implantação de sistemas de irrigação pode ser uma melhoria significativa. Isso
permitirá um melhor aproveitamento da água disponível, garantindo uma maior
produtividade das culturas agrícolas, principalmente durante os períodos de estiagem.

Implementação de técnicas de conservação de solo: Práticas de conservação de solo, como o


plantio em curvas de nível, a construção de terraços e a utilização de cobertura vegetal,
ajudam a reduzir a erosão e a manter a fertilidade do solo. Essas técnicas são especialmente
relevantes em áreas com relevo ondulado, como descrito na propriedade do Sítio Santa
Maria.

Investimento em tecnologia e automação: Considerar a implementação de tecnologias e


sistemas automatizados pode aumentar a eficiência e a produtividade da propriedade. Por
exemplo, o uso de sistemas de monitoramento de temperatura e umidade para a criação de
gado ou o uso de equipamentos agrícolas modernos para o plantio e a colheita das culturas
agrícolas podem otimizar as operações e reduzir os custos de mão de obra.

Busca por certificações e selos de sustentabilidade: Considerando o compromisso com


práticas sustentáveis, o Sítio Santa Maria pode explorar a obtenção de certificações e selos de
sustentabilidade, como o certificado orgânico, que agregam valor aos produtos e demonstram
o comprometimento com a produção responsável e o respeito ao meio ambiente.

5. Conclusão

O Sítio Santa Maria, localizado na região nordeste do Brasil, no município de Santa Bárbara,
na zona rural, é uma propriedade rural que se destaca não apenas pela sua produção agrícola
e pecuária, mas também pela aplicação de um planejamento estratégico eficiente e práticas
sustentáveis.

Ao reconhecer a importância do planejamento estratégico, o Sítio Santa Maria leva em


consideração as características específicas do solo e do clima da propriedade, bem como o
histórico da área e os objetivos da plantação e criação de gado. Essas informações são
cruciais para determinar quais culturas serão cultivadas e como o manejo do gado de corte
será realizado, buscando maximizar a produtividade e garantir a sustentabilidade dos
recursos naturais.

A propriedade tem investido em práticas sustentáveis e no aproveitamento consciente dos


recursos naturais. Isso inclui a utilização adequada da água, o manejo equilibrado do solo, a
conservação da biodiversidade e o uso responsável de insumos agrícolas. O Sítio Santa
Maria entende que a sustentabilidade é fundamental para garantir a preservação do meio
ambiente e a viabilidade de suas atividades a longo prazo.

A diversificação das atividades agrícolas e pecuárias é outra estratégia adotada pelo Sítio
Santa Maria. Além de cultivar diferentes culturas agrícolas, como o capim Pangola e a palma
Opuntia ficus-indica Mill, a propriedade também se dedica à criação de gado de corte. Essa
diversificação permite otimizar o uso dos recursos disponíveis e reduzir os riscos associados
a uma única atividade.

A propriedade também está comprometida em garantir a qualidade dos produtos e a


satisfação dos clientes. Através do planejamento estratégico, do manejo adequado e do
controle de qualidade, o Sítio Santa Maria busca oferecer produtos agrícolas e pecuários de
alta qualidade, atendendo às demandas do mercado e construindo uma reputação sólida.

Além dos benefícios econômicos, o Sítio Santa Maria desempenha um papel importante na
promoção do desenvolvimento sustentável da região. Ao adotar práticas responsáveis, a
propriedade contribui para a conservação do meio ambiente, a preservação da biodiversidade
e a melhoria da qualidade de vida da comunidade local.

Em resumo, o Sítio Santa Maria é um exemplo inspirador de uma propriedade rural que
adota um planejamento estratégico eficiente e práticas sustentáveis.
5. Referencias

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/42123/estudo-comparativo-entre-
uma-pastagem-nativa-e-o-capim-pangola-digitaria-decumbens-visando-a-producao-de-leite

https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/33049#:~:text=Resumo-,A%20Opuntia%20ficu
s-indica%20conhecida%20popularmente%20como%20palma%20forrageira%2C%20é,de%2
03%20a%206%20m.

https://www.girodoboi.com.br/noticias/aprenda-fazer-rotacao-de-pasto-na-sua-fazenda/

https://rehagro.com.br/blog/irrigacao-de-pastagens/

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