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PLANEJAMENTO FORRAGEIRO
ARAÇATUBA - SP
2020
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 2
2. DESENVOLVIMENTO 3
2.3.3 Nutrição 9
3. CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS 19
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1 INTRODUÇÃO
2
2 DESENVOLVIMENTO
3
Figura 1 - Resumo meteorológico da cidade de Araçatuba - Fonte: WeatherSpark
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de matéria seca é de 8 a 20 toneladas por hectare/ano e sua proteína bruta é de 9%
a 12%. Essa tecnologia de uso permite uma maior lotação, sua utilização pode ser
pastejo ou feno, um alto ganho de peso e um baixíssimo risco de quebra na
produção devido sua capacidade de resistência a cigarrinhas-de-pastagens.
Bastante utilizada no MT, MS, GO, SP E PR.
Para aumentar a produtividade da fazenda, foi plantado em 426 hectares a
forrageira Panicum maximum cv. Tanzânia. Ela é uma alternativa do
capim-colonião, pois possui maior facilidade de manejo em função do menor porte e
uma maior resistência à cigarrinha-das-pastagens. Cultivar essa espécie também
contribui para diversificar as espécies de capins para a intensificação da produção
de carne e substitui a braquiária em processo de degradação. Possui a capacidade
de suporte de 2,0 U.A/ha e uma produção de matéria seca de 20 a 26 t/ha/ano.
Também possui uma média resistência à seca, com proteína bruta nas folhas de
12% a 16% e uma exigência do solo de média a alta. Bastante utilizada no MT, MS,
PR e SP.
Empregando essas duas forrageiras escolhidas, com base nas condições da
cidade de plantio e as condições climáticas da mesma, será obtida uma ótima dieta
atendendo todas as necessidades nutricionais dos bovinos da propriedade.
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todos os anos, refazendo essa pastagem a cada 7 anos. Essa adubação deve ser
de cobertura com NPK e calcário.
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anota-se a data de nascimento de cada bezerro, pois permite um acompanhamento
mais preciso para estabelecer a data do desmame e desempenho do animal.
Ao desmame os animais são pesados, é medido o perímetro escrotal, o sexo
é verificado, se avalia o tipo fenotípico do animal (conformação, precocidade,
musculatura e tamanho) e o animal é identificado. Durante o manejo, são
observados os animais que condizem com as características desejadas em um
touro, os animais que não apresentam essas características são castrados, sendo
assim, selecionados para boi e separados dos bezerros inteiros, destinados
diretamente para a engorda. Após o manejo eles serão encaminhados para pastos
de ótima qualidade.
As novilhas são avaliadas pela avaliação periódica para conferir se elas
atingiram o peso necessário para a monta. Ocorre o descarte de animais que não
estão no peso ideal pode ser feito. Após a avaliação, elas serão levadas para o
piquete onde ficarão aguardando até o início da estação de monta.
Os touros e touros jovens são avaliados através dos exames andrológicos de
reprodutores nos touros jovens: testes de capacidade de serviço, teste de sêmen,
teste de comportamento, avaliação da libido. Da integridade física é avaliado o
volume, aspecto, cor, motilidade, motilidade progressiva individual e
turbilhonamento. Também é feito os exames sanitários de brucelose, leptospirose e
tuberculose, se for necessário, outros exames também poderão ser realizados.
Ao fim da estação de monta, os touros serão transferidos para um piquete
onde aguardarão o acompanhamento periódico do próximo ano e da próxima
estação de monta. O fim da estação de monta é o fim do período de serviço dos
touros. Enquanto não estão em período de serviço, os touros permanecem em
piquetes com pastagem de qualidade média.
O calendário profilático para o manejo de bovinos de corte é um conjunto de
programas. Este calendário, formulado com o auxílio de um médico veterinário,
deve ser seguido na propriedade, sendo respeitada as datas. O calendário possui
uma legenda indicando se o programa é anual, semestral, trimestral ou bimestral. A
legenda indica também quais ou qual categoria irá participar do programa e o dia
em que o programa irá iniciar, pois, dependendo do número de animais, alguns
programas podem se estender durante alguns dias. Portanto, no dia indicado os
animais devem ser levados e recolhidos no curral.
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Figura 2 - Calendário profilático
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O rebanho é composto por um total de 1.650 animais da raça Marchigiana,
que possuem uma pelagem branca de pele escura, mais adaptada ao clima tropical
(muito resistente ao calor), com peso médio de 42 kg ao nascimento, 225 kg
(fêmea) e 240 kg (macho) ao desmame, 700 kg (fêmea) e 1200 kg (macho) adulto,
18@ ou 540 kg aos 24 meses (peso médio abate), e possui taxa média de
fertilidade de 90%, taxa média de natalidade de 85% e cerca de 60% de rendimento
de carcaça, possuindo ótima qualidade de carne (carne magra).
Esta raça apresenta um ganho de peso diário de 2 kg/dia aproximadamente,
é conhecida pela elevada capacidade de ganho de peso e com adequado
acabamento de carcaça. A raça apresenta maturidade sexual precoce, machos
aptos à reprodução aos 18 meses e fêmeas a partir de 16 meses, tendo um bom
desempenho no aleitamento de bezerros e docilidade.
A vaca tem vida produtiva variando de 5-10 anos tendo em média 8 parições.
Para manter um rebanho com boas matrizes é necessário que faça substituições
anualmente de 20-30%.
2.3.3. Nutrição
Foram utilizados os seguintes tipos de gramíneas: Panicum maximum cv.
Tanzânia, Panicum maximum cv. Massai e Brachiaria brizantha cv. Marandú. A
pastagem escolhida se adapta muito bem ao clima de Araçatuba-SP, onde a
propriedade está localizada. É notória a importância da escolha da forrageira já que
ela e os custos em geral de alimentação representam uma grande porcentagem dos
custos do gado de corte. Este custo deve ser observado para que os níveis de
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ingestão de nutrientes estejam adequados. Sendo assim, seguem os dados de
matéria seca das forrageiras.
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Os quilos de sal mineral serão divididos nos cochos de acordo com os
animais que lá estão, sendo repostos todos os dias durante todo o período de
janeiro a dezembro. De janeiro a dezembro serão utilizados 29.838,75 kg de sal
Touros 0,33 -
Total 43,238
Janeiro:
● 1 piquete com as 200 novilhas e 10 touros adultos com 16 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
11
● 4 piquetes com 250 vacas e 10 touros jovens cada com 26 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 1 piquete com 200 garrotes com 14 hectares de Panicum maximum cv.
Tanzânia
● 1 piquete 200 bois com 19 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
Fevereiro:
● 1 piquete com as 200 novilhas e 10 touros adultos com 16 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 4 piquetes com 250 vacas e 10 touros jovens cada com 26 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 1 piquete com 200 garrotes com 14 hectares de Panicum maximum cv.
Tanzânia
● 1 piquete 200 bois com 19 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
Março:
➔ Termina a época de monta
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum cv.
Tanzânia
● 1 piquete com 200 bois com 29 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete 200 novilhas com 36 hectares de Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 4 piquetes com 250 vacas cada com 61 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
● 1 piquete com 50 touros com 19 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
Abril:
➔ Começa a época de seca
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum cv.
Tanzânia
● 1 piquete com 200 bois com 29 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete 200 novilhas com 36 hectares de Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 4 piquetes com 250 vacas cada com 61 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
12
● 1 piquete com 50 touros com 19 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
Maio:
➔ Os animais voltam para os mesmos piquetes que estiveram em março:
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum cv.
Tanzânia
● 1 piquete com 200 bois com 29 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete 200 novilhas com 36 hectares de Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 4 piquetes com 250 vacas cada com 61 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
● 1 piquete com 50 touros com 19 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
Junho:
➔ Os animais voltam para os mesmos piquetes que estiveram em abril:
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum cv.
Tanzânia
● 1 piquete com 200 bois com 29 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete 200 novilhas com 36 hectares de Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 4 piquetes com 250 vacas cada com 61 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
● 1 piquete com 50 touros com 19 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
Julho:
➔ 150 bois vão para o confinamento
➔ Começa o nascimento dos bezerros e irá continuar até setembro. A propriedade
apresenta uma taxa de prenhez de 80%, gerando uma taxa de natalidade de
60%. Estima-se que entre julho, agosto e setembro irão nascer 720 bezerros:
360 fêmeas e 360 machos.
➔ As fêmeas irão substituir as matrizes mais velhas e os machos serão castrados
e direcionados a engorda. Os bezerros serão criados ao pé até o desmame, que
ocorrerá em 8 meses.
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➔ Estima-se também que 600 vacas e 120 novilhas irão parir
➔ Para atender a alta necessidade nutricional das vacas paridas e dos bezerros
eles serão alocados em pasto Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete com as 120 novilhas paridas e seus 120 bezerros com 18 hectares
de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 6 piquetes com 100 vacas paridas e 100 bezerros cada de 18 hectares de
Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para os 50 bois com 6 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para as 81 novilhas que não deram cria com 14 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 2 piquetes de 200 vacas com 50,4 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
➔ Garrotes e touros voltarão para o piquete que estiveram em março:
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum c v.
Tanzânia
● 1 piquete com 50 touros com 18 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
Agosto:
● 1 piquete com as 120 novilhas paridas e seus 120 bezerros com 18 hectares
de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 6 piquetes com 100 vacas paridas e 100 bezerros cada de 18 hectares de
Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para os 50 bois com 6 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para as 81 novilhas que não deram cria com 14 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 2 piquetes de 200 vacas com 50,4 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
➔ Garrotes e touros voltarão para o piquete que estiveram em abril:
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum c v.
Tanzânia
● 1 piquete com 50 touros com 18 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
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Setembro:
➔ Os 150 bois do confinamento vão para o abate
➔ Os animais voltam para os mesmos piquetes que estiveram em julho:
● 1 piquete com as 120 novilhas paridas e seus 120 bezerros com 18 hectares
de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 6 piquetes com 100 vacas paridas e 100 bezerros cada de 18 hectares de
Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para os 50 bois com 6 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para as 81 novilhas que não deram cria com 14 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 2 piquetes de 200 vacas com 50,4 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum c v.
Tanzânia
● 1 piquete com 50 touros com 18 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
Outubro:
➔ Começa a época de chuvas
➔ Os animais voltam para os mesmos piquetes que estiveram em agosto:
● 1 piquete com as 120 novilhas paridas e seus 120 bezerros com 18 hectares
de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 6 piquetes com 100 vacas paridas e 100 bezerros cada de 18 hectares de
Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para os 50 bois com 6 hectares de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete para as 81 novilhas que não deram cria com 14 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
● 2 piquetes de 200 vacas com 50,4 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
● 1 piquete com 200 garrotes com 19 hectares de Panicum maximum c v.
Tanzânia
● 1 piquete com 50 touros com 18 hectares de Brachiaria brizantha cv.
Marandú
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Novembro:
➔ Começa a época de monta
➔ As novilhas e vacas paridas, os bezerros e os garrotes voltam para os mesmos
piquetes que estiveram em julho:
● 1 piquete com as 120 novilhas paridas e seus 120 bezerros com 18 hectares
de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 6 piquetes com 100 vacas paridas e 100 bezerros cada de 18 hectares de
Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete com 200 garrotes com 17 hectares de Panicum maximum c v.
Tanzânia
● 1 piquete com 37 touros com 5,5 hectares Brachiaria brizantha cv. Marandú
➔ Os touros, novilhas e vacas que vão para a monta voltam para os mesmos
piquetes que estiveram em janeiro:
● 1 piquete com 80 novilhas e 3 touros adultos com 16 hectares de Brachiaria
brizantha cv. Marandú
● 2 piquetes com 200 vacas e 10 touros jovens cada com 26 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
Dezembro:
➔ As novilhas e vacas paridas, os bezerros e os garrotes voltam para os mesmos
piquetes que estiveram em agosto:
● 1 piquete com as 120 novilhas paridas e seus 120 bezerros com 18 hectares
de Panicum maximum cv. Tanzânia
● 6 piquetes com 100 vacas paridas e 100 bezerros cada de 18 hectares de
Panicum maximum cv. Tanzânia
● 1 piquete com 200 garrotes com 17 hectares de Panicum maximum c v.
Tanzânia
● 1 piquete com 37 touros com 5,5 hectares Brachiaria brizantha cv. Marandú
➔ Os touros, novilhas e vacas que vão para a monta voltam para os mesmos
piquetes que estiveram em fevereiro:
● 1 piquete com 80 novilhas e 3 touros adultos com 16 hectares de Brachiaria
brizantha cv. Marandú
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● 2 piquetes com 200 vacas e 10 touros jovens cada com 26 hectares de
Brachiaria brizantha cv. Marandú
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3 CONCLUSÃO
Figura 3 - Panicum maximum cv. Tanzânia e Brachiaria brizantha cv. Marandú - Fonte: Embrapa
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REFERÊNCIAS
E
MBRAPA (Brasil). Portal Embrapa: Empresa brasileira de pesquisa agropecuária
Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em:
https://www.embrapa.br/. Acesso em: 19 dez. 2020.
ALVIM, Maurílio José; BOTREL, Milton de Andrade; XAVIER, Deise Ferreira. As
principais espécies de Brachiaria utilizadas no País. Juiz de Fpra: Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2002. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65321/1/COT-22-As-principa
is-especies-de.pdf. Acesso em: 11 jan. 2021.
ZAIA, Marina. Calagem: uso de calcário nas pastagens e mercado: além da correção
da acidez do solo, a calagem é uma importante fonte de cálcio e magnésio.. Além
da correção da acidez do solo, a calagem é uma importante fonte de cálcio e
magnésio.. 2019. Disponível em:
https://pastoextraordinario.com.br/calagem-uso-de-calcario-nas-pastagens-e-merca
do/. Acesso em: 10 jan. 2021.
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