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Química Orgânica

DEPT. DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


2

Alcenos
3

Alcenos
Fórmula geral: CnH2n

Estrutura

H 121,7O H

116,6 O 107,6 pm
C C

H H
133 pm

Carbono co hibridização sp2 com forma molecular planar.

Rotacao em volta da ligação C=C impedida (barreira energética ≈ 293 kJ mol-1.


4

Nomenclatura

Regra: prefixo + numero da posição da dupla + Terminacao eno

- Enumera-se a cadeia a partir da extremidade mais próxima da dupla ligação

3,3-Dimetil-but-1-eno
Nomenclatura
alquenos não ramificados
2
3 1 3 3
1 2 4 1 2 4

Pro peno But-1-eno But-2 -eno

1 3 5 3 3 5
4 1 5 1
2 2 4 2 4
Pent-2 -eno Penta -1 ,3 -di eno Penta -1 ,4 -di eno

2 4 6 8
1 3 5 7 9
2
N
1 o3 na1 -3
3 ,5
4
-di3en
1 4
o
2 2
2
3 1 3 3
1 1
2 Propeno But-1-eno But-2-eno
2 4 2 4
3 1 3 1 3
1 4
2 4 2 Pro peno But-1 -eno But-2-eno
Propeno But-1 -e no But-2-eno

1 3 5 3 3 5
4 1 5 1 3
3 5 3 2 2 4 2 4 1 4 5 1 3 5 1 3 5
1 4 1 5 1 3 5 2 4 4
2 4 2 4 2 2
2
Pent-2-eno Penta -1 ,3-di eno
Pent-2-eno Penta -1,3-dieno Penta-1,4 -dieno Pent-2 -eno Penta-1,3 -die no Penta-1,4 -di eno
Penta -1,4-di eno

2 4 6 8
1 3 5 7 4 6
9
2 4 6 8 1 2
3 5 7
8
1 3 5 7 9 9
No na -3,5 -dieno
Nona-3,5 -di eno
Nona-3,5-dieno

2 3
1 3 1 3 1
2 4 2 4

Pro peno But-1 -e no But-2 -eno

1 3 5 3 3 5
4 1 4 5 1
2 2 2 4
Pent-2 -eno Penta -1 ,3 -dieno Penta -1 ,4 -di eno

2 4 6 8
1 3 5 7 9

No na -3 ,5 -dieno

2
3 1 3 3
1 2 4 1 2 4
2 2
Propeno But-1-eno But-2-eno 1 3 1
2
3
4 1 2
3
4 1 3 1
2
3
4 1 2
3
4
Propeno But-1-eno But-2-eno Pro pe no But-1-eno But-2 -eno

1 3 5 3 3 5 3
4 1 5 1 1 5 1 3 5 1 3 5
2 4 2 4 2
4 4 2 4 3
2 2 1 4 5 1 3 5 1 3 5
2 4 2 4
Pent-2-eno Penta-1,3-di eno Penta-1 ,4-di eno 2
Pent-2-eno Penta -1,3-dieno Penta -1 ,4 -dieno
Pent-2-eno Penta -1,3-di eno Penta-1 ,4-dieno

2 1 2 4 6 8
3
38 1
3 5 7 9

1 4 6 3 1 4
1 2
3 5 7 9 2
Nona-3,5 -di eno 4 1 2
23 5
6
7
8
49
No na -3 ,5-di eno Nona-3,5 -dieno
Pro peno But-1 -eno But-2 -eno

1 3 5 3 3 5
4 1 5 1
2 4 2 4
2
Pent-2 -eno Penta -1 ,3-di eno Penta -1 ,4 -di eno

2 4 6 8
1 3 5 7 9

No na-3,5 -di eno


2 3
3 1 3 1
1 2 4 2 4

Pro peno But-1 -eno But-2-e no

1 3 5 3 3 5
4 1 4 5 1
2 2 2 4
Pent-2 -e no Penta -1,3-di eno Penta -1 ,4 -di eno

2 4 6 8
1 3 5 7 9

No na -3,5- di eno
Nomenclatura
alquenos ramificados

1 3 5 7
2 4 6
1 3 5
4 6 7
2 2-Metilpent-2-eno
4-Hexilepta-1 ,4-dieno
2-Metilpent-2-eno
4-Hexilepta-1,4-dieno

7 9
5 6 8 10
7 9
5 6 8 10
1 3
2 4
1 3
2 4
4-Metilpent-2 -eno 4-(1-Metilepti l)deca-2,5,7-trieno
4-Metilpent-2-eno 4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno
1 3 5
4 6 7
2
2 -Metil pent-2-eno
4 -Hexi lepta -1 ,4-di eno

1 3 5 7
4 6
2
7 9
5 6 8 10 2-Metil pent-2 -e no
4-He x il e pta -1 ,4 -die no

1 3
2 4

4-Me til pent-2-eno 4-(1 -Metil eptil )deca -2 ,5,7-tr ieno 5 6


7
8
9
1 0

1 3
2 4

4 -Meti lpe nt-2 -eno 4 -(1 -Me til eptil )de c a -2 ,5 ,7-tr i eno

1 3 5 1 3 5 7
2 4 6 7
2 4 6
2-Metilpent-2-eno
4-Hexilepta-1,4-dieno
2-Metilpent-2-eno
4-Hexilepta-1,4-dieno

7 9
5 6 8 10

1 3
2 4

4-Metilpent-2-eno
7 9
4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno 5 6 8 10

1 3
5
2 4
1 3 7
2 4 6
2-Me ti lp ent-2 -e no 4-Hex il ep ta-1,4-die no

4-Metilpent-2-eno
7 9
5 6 8 10

4 -Metil pe nt-2-eno
1 2
3
4

4-(1 -Metil ep ti l)dec a-2,5,7 -tri eno


4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno

1 3 5 7
2 4 6
2 -Me t ilpe nt- 2- e no
4- He x ile pta -1 ,4 -die no

7 9
5 6 8 1 0

1 3
2 4

4 - Met ilpe nt- 2- e no 4 -( 1- Me tile pti l)de c a -2 ,5 , 7- tr ie no


Nomenclatura alcenos ciclicos

7 1 6 7 1
1 6
6 2 5 6 1
2 5
5 4 5
3 2 3 4 2
4 3 4 3

2-Isopropil-3-propil- 1-Etil-2-metilcicloexeno 2-Isopropil-3-propil- 1-Etil-2-metilcicloexeno


cicloepta-1,4-dieno cicloepta-1,4-dieno
7 1
7 1 6
6
1 6 1
6 2 5 2 5

5 5 4
3 4 2 3 2
4 3 4 3

2-Isopropil-3-propil- 1-Etil-2-metilcicloexeno 2-Isopropil-3-propil-


cicloepta-1,4-dieno
1-Etil-2-metilcicloexeno
cicloepta-1,4-dieno
Isomeria

a) Isomeria de cadeia

3-Dimetil-pen-1-eno Hex-1-eno

b) Isomeria de posicao

Pen-2-eno Pen-1-eno

c) Isomeria geométrica cis-trans

Me Me Me H

H H H Me
cis -but-2-eno trans -2-but-2-eno

d) Isomeria óptica
H
C
3-Metil-pen-1-eno
f) Estereoisomerismo: sistema E-Z

2
H CH3 1
prioridade 1 H3C CH3 1

C=C C=C
1 H3C H 2 2 H H

(E)-but-2-eno (Z)-but-2-eno

(E)-but-2-eno
2
H CH3 1
prioridade 1 H3C CH3 1

C=C C=C
1 H3C H 2 2 H H

(E)-but-2-eno (Z)-but-2-eno
Propriedades Físicas

São regra geral igual as dos alcanos.

- Os Pf e Pe dos alcenos aumentam com o aumento do tamanho da cadeia.

- Alcenos de C2-C4 são gases; C5-C16 líquidos; C17-Cn sólidos.

- Insolúveis em H2O e solúveis em solventes orgânicos apolares.

- Menos densos que a H2O.

- As ramificações abaixam o Pe.

- Os momentos dipolares (μ) são elevados em relação aos dos alcanos (μ ≈ 0).

- Os isómeros geométricos o cis por ser de maior polaridade possui gealmente o Pe mais elavado,
e por ter menor simetria ordena-se dificilmente em uma rede cristalina e possuem Pf mais baixos.
Métodos de Obtenção dos Alcenos

Reacções de eliminação
A facilidade com que ocorrem as reacções de eliminação segue a seguinte ordem decrescente:

carbono terciários > carbono secundários > carbono primários’

O hidrogênio ligado ao átomo de carbono terciário terá maior facilidade para sair, porque o seu
caráter eletronegativo é igual a δ+1, assim, quanto menos negativo estiver o caráter do carbono,
mais fraca será a ligação entre eles e mais fácil será para romper sua ligação.

Esse tipo de reação obedece à regra de Saytzef, que diz que haverá maior tendência do
hidrogênio sair do carbono menos hidrogenado
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Desidratação Intramolecular dos Álcoois

Essa reação se processa apenas na presença de um catalisador que actua como desidratante,
sendo que na maioria das vezes é o ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) e a temperatura deve
estar em torno de 170ºC com produção de um alceno e consequente perda de água.

Observe que saiu o grupo OH e no carbono vizinho saiu o hidrogênio, originando a água. Além
disso, criou-se a ligação dupla que originou o alceno.
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Eliminação de Hidrogênio ou Desidrogenação

A partir de alcano é possível obter um alceno, catalisado por calor.

Exemplo:

Eliminação de Halogênio ou De-Halogenação

Di-haletos vicinais regindo com zinco catalisado por um álcool formam alcenos.

Exemplo:
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Mecanismo da desalidrificação

C C + :B + H:B + :X-
iao haleto
Base
H X Base
Alceno protonada

Na reacção de desalidrificação, o produto da reacção que se forma de preferência é o alceno que


tiver maior número de grupos alquilo ligados aos carbonos da dupla ligação.

Facilidade de formação de alcenos / estabilidade:

R2C=CR2 > R2C=CHR > R2C=CH2 > RCH=CHR > RCH=CH2 > H2C=CH2

Reacções de Adição

Hidrogenação de Alcinos

Pd ou Ni R R'
R R' + H2
Lindar H H
Cis-Alceno

Li ou Na R H
R R' + H2
NH3 H R'
Trans -Alceno
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Propriedades Quimicas dos Alcenos

A principal reacção química dos alcenos é a reacção de adição electrófila.

Mecanismo da adição electrófila (Adição de HX)


H
+ H
H X etapa 1 +
C C X- C C etapa 1
C C H X X - C C
lenta
lenta

etapa 2
rápida etapa 2
rápida

X H X H

C C C C

H
+

C C H X etapa 1 X- C C
lenta

etapa 2
rápida

X H

C C
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Reacções de adição
As reações de adição são aquelas onde um átomo proveniente de uma substância orgânica ou
inorgânica se adiciona à uma substância orgânica. Ocorre em hidrocarbonetos insaturados, como
os alcenos e os alcinos.
São caracterizadas pela quebra das ligações duplas e triplas. Nos hidrocarbonetos insaturados, a
quebra ocorre na ligação mais fraca (ligação π) e ocorre a formação de duas novas ligações
(ligações δ).

Regra geral as reacções de adição guiam-se pela regra de Markovnikov, na adição de um haleto
de hidrogênio a um alceno, ou na hidratação deste alceno, o hidrogênio do haleto ou da água
liga-se ao átomo de carbono mais hidrogenado da dupla ligação, ou seja, ao carbono que possui
mais ligações com o hidrogênio.
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Adição de Haletos de hidrogénio

Adição de água

O produto formado praticamente sozinho é o 2-bromopropano


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Hidrogenação Catalítica
Esta reação de adição ocorre em alcenos e alcinos. O gás hidrogênio é adicionado com a ajuda de
um catalisador. Pode ser usado o metal níquel (Ni) ou platina (Pt).
Hidrogenação catalítica nos alcenos e alcinos:

Observe que o produto desta reação é um alcano. Então, uma das sínteses de alcanos é a
hidrogenação catalítica.

Halogenação
A halogenação é uma reação de adição onde adiciona-se halogênio (Cl2 e Br2) a um alceno ou
alcadieno.
Em alceno:
19

Existe uma única exceção à regra de Markovnikov: a reação de Kharash. Nela ocorre uma
inversão, ou seja, o átomo de hidrônio (H+) será adicionado ao carbono menos hidrogenado da
ligação pi, e o halogênio (Br) do halogenidreto será adicionado ao carbono mais hidrogenado
da ligação pi. O detalhe é que essa reação só ocorre de uma forma:

 Presença de peróxido orgânico;

 Utilização de Hbr.

OBS.: caso essas condições não sejam obedecidas, a regra de Markovnikov será utilizada
normalmente.

Observe a seguir uma aplicação da reação de Kharash no propeno:

Reação do propeno com HBr em presença de peróxido


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Reacções de Oxidação dos alcenos

A oxidação energética de alcenos em geral é feita utilizando-se o permanganato de potássio


(KMnO4) ou dicromato de potássio (K2Cr2O7) ambos em meio ácido sob aquecimento.

Uma reacção de oxidação energética em alcenos ocorre quando há uma ruptura da molécula, ou
seja, a quebra simultânea das duas ligações da dupla e a entrada de oxigénio na molécula
orgânica.

O produto final depende de quais são os tipos de carbono que estão realizando a ligação dupla,
ou seja, se eles são primários, secundários ou terciários.
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22

Ozonólise dos alcenos

A ozonólise é a reacção dos alcenos e ozono O3 (g) catalisada pelo zinco metálico Zn (s), formando
aldeídos e cetonas, além de peróxidos de hidrogénio. Se o carbono da dupla ligação do alceno for
primário ou secundário, forma-se um aldeído; mas se for terciário, o produto é uma cetona.

O O
H
+
+ O3
O O
H

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