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ATIVIDADE LABORATORIAL 1.

Queda livre: força gravítica e aceleração


gravítica

QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

TRABALHO LABORATORIAL

QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. Considere um corpo em queda livre.


a) Que significa a expressão «queda livre»?

A expressão «queda livre» significa que a única força que atua sobre
um corpo é a força gravítica.
b) Que nome se dá à sua aceleração?
À aceleração do corpo em «queda livre», chama-se aceleração da
gravidade (ou aceleração gravítica).
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

c) A Terra estará em queda livre à volta do Sol? Justifique.

Rigorosamente, sobre a Terra atuam as forças resultantes da


interação com todos os outros astros, por exemplo, a Lua ou os outros
planetas do sistema solar. No entanto, a força que o Sol exerce sobre
a Terra é muito superior às restantes forças. Assim, ao analisar-se o
movimento da Terra em relação ao Sol, pode considerar-se apenas a
força gravítica que o Sol lhe exerce. À semelhança do que ocorre com
um corpo que cai para a Terra, pode afirmar-se que a Terra está em
queda livre para o Sol. 3 de 28

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. Considere um corpo em queda livre.


d) Um paraquedista estará em queda livre? Justifique.

Um paraquedista não está em queda livre se tiver o paraquedas


aberto, mas imediatamente após sair do avião e antes de abrir o
paraquedas pode considerar-se, aproximadamente, em queda livre.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

2. Uma maçã, redutível a uma partícula, cai de uma árvore. Considere que
o seu movimento é de queda livre.
a) Trace a(s) força(s) que atua(m) sobre ela, assim como a velocidade e
aceleração, no movimento de queda.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

b) Classifique, justificando, o movimento.

A maçã em queda livre tem um movimento retilíneo uniformemente


acelerado. A aceleração tem sempre a mesma direção e o mesmo
sentido da resultante das forças. Logo, como a resultante das forças,
o peso da maçã, tem a direção da velocidade, a aceleração também
terá, o que significa que o movimento é retilíneo (a velocidade apenas
varia em módulo).

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

O sentido da resultante das forças, e da aceleração, é também o da


velocidade, o que implica que o movimento seja acelerado. Como a
altura de queda é pequena, comparada com o raio da Terra, a força
gravítica que atua na maçã é constante e, em consequência, também
a aceleração, daí tratar-se de um movimento uniformemente
acelerado.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

2. Uma maçã, redutível a uma partícula, cai de uma árvore. Considere que
o seu movimento é de queda livre.
c) Se várias maçãs com diferentes massas (como os amigos que saltam
para a piscina) caíssem, as suas acelerações seriam iguais ou
diferentes? Justifique.
A aceleração de queda livre é a aceleração gravítica, e esta é igual
para todos os corpos, independentemente da sua massa.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

3. Como poderá determinar experimentalmente, com uma célula


fotoelétrica ligada a um cronómetro digital, a velocidade de um corpo
num dado instante do seu movimento de queda? Fundamente esse
procedimento.
Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o
feixe de luz entre as suas hastes é interrompido ou resposto. Se um
corpo atravessar o feixe de luz da célula fotoelétrica, o cronómetro
mede o intervalo de tempo que a espessura do corpo demora a
passar pelo feixe.
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

Por isso, pode calcular-se a velocidade média do corpo pelo


quociente entre a espessura do corpo e esse intervalo de tempo. Esta
velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade no instante
em que o feixe começa a ser interrompido quanto menor for o
intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe de luz (se
o intervalo de tempo for muito pequeno, a variação de velocidade
nesse intervalo é desprezável).
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

4. Como poderá determinar experimentalmente a


aceleração de um corpo, no seu movimento de
queda, partindo do conceito de aceleração média e
usando a montagem da figura?
Mede-se o intervalo de tempo que a esfera demora
a percorrer a distância entre as duas fotocélulas e
determinam-se as velocidades com que a esfera
atravessa as fotocélulas 1 e 2, medindo os tempos
de passagem e o diâmetro da esfera.
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

Pode calcular-se a aceleração da esfera, que é a aceleração gravítica,


pelo quociente entre a variação de velocidade e o intervalo de tempo que
a esfera demora a ter essa variação de velocidade (intervalo de tempo
que levou a percorrer a distância entre as duas fotocélulas).

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TRABALHO LABORATORIAL

Material

• Células fotoelétricas;
• Cronómetro digital;
• Esferas de diferentes massas;
• Suporte universal;
• Craveira.

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TRABALHO LABORATORIAL

Procedimento
1. Meça o diâmetro das esferas com uma craveira. Registe o resultado das
medidas tendo em conta a incerteza absoluta de leitura do instrumento.

2. Ligue apenas a célula 2 ao cronómetro, selecionando o modo correto (A


ou B). Deixe cair uma esfera imediatamente acima da célula 1, de modo
que a sua velocidade, quando passa por esta célula, seja praticamente
nula. O cronómetro registará o tempo de passagem da esfera pela
célula 2.
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TRABALHO LABORATORIAL

Procedimento
3. Registe a incerteza de leitura do cronómetro e o valor lido nele. Repita
este procedimento mais duas vezes.

4. Tendo as duas células ligadas, e selecionando o modo correto no


cronómetro digital (A ou B), volte a deixar cair a esfera imediatamente
acima da célula 1: o cronómetro mede o tempo de queda entre as duas
células. Repita o procedimento mais duas vezes. Registe os dados
obtidos.
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TRABALHO LABORATORIAL

Procedimento

5. Repita todos os procedimentos anteriores, mas agora com a outra


esfera.

6. Construa uma tabela para registar os dados experimentais.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

1. Complete a tabela de dados determinando, para cada esfera:


a) o tempo mais provável da passagem da esfera pela célula 2 e o
módulo da velocidade nessa posição;
Esfera A Esfera A
Intervalo de tempo de Intervalo de tempo
Velocidade Velocidade
interrupção do feixe de interrupção do feixe
t1(±0,001) / (±0,001) / ms / m s-1 t1(±0,001) / (±0,001) / ms / m s-1
ms ms
7,171 5,807
7,109 7,222 2,839 5,868 5,792 2,641
7,385 5,782 18 de 28

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

1. Complete a tabela de dados determinando, para cada esfera:


b) o tempo de queda mais provável entre as duas células e o módulo da
aceleração média do movimento.
Esfera A Esfera A
Tempo de queda Tempo de queda
Aceleração Aceleração
até à fotocélula até à fotocélula

(±0, 01) / ms / m s-2 t(±0,01) / (±0,01) / ms / m s-2


t(±0,01) / ms
ms
261,48 263,13
261,69 261,41 10,86 262,87 263,00 10,04
261,06 263,01 19 de 28

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

2. Identifique as medições diretas e as medições indiretas.

As medidas diretas são as obtidas com a craveira (diâmetro da


esfera) e com o cronómetro digital (tempo de passagem da esfera
em frente à fotocélula 2, e tempo que a esfera demorou a percorrer a
distância da fotocélula 1 à 2). As medidas indiretas são a velocidade
e a aceleração.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

3. Identifique erros experimentais que possam ter ocorrido.

Erros experimentais que poderão ter sido cometidos:


– as esferas poderão não ter velocidade nula na posição da primeira
fotocélula, pois há alguma dificuldade em colocá-la tão perto sem
que o cronómetro inicie a contagem do tempo;
– as esferas poderão também não interromper o feixe exatamente com
o seu diâmetro.
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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

4. Compare os resultados obtidos para os módulos da aceleração média


das duas esferas, tendo em conta possíveis erros experimentais. Que
conclui?
Os valores obtidos para a aceleração gravítica com as duas esferas
são muito próximos. Com ambas as esferas, obteve-se um valor maior
do que o valor tabelado da aceleração gravítica. As diferenças poderão
resultar dos erros experimentais identificados em 3. (prevê-se que
ambos os erros conduzam a uma determinação da aceleração
gravítica com um erro por excesso).
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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

5. Determine o erro percentual associado à medição do módulo da


aceleração média de cada esfera, supondo o valor tabelado de 9,8 m s −2.
Em qual das esferas foi mais exato o valor obtido?

Erro percentual na medida da aceleração da gravidade: esfera de maior


raio:; esfera de menor raio: . O resultado mais exato é o que apresentar
menor erro percentual. Logo, o valor medido para a esfera de menor
raio foi mais exato.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

6. Indique, justificando, que erro será introduzido na medição do módulo da


velocidade e, consequentemente, na medição da aceleração média, se
a esfera não cortar o feixe luminoso da célula fotoelétrica pelo seu
diâmetro.
Se o diâmetro da esfera não estiver alinhado com o feixe de luz, o
feixe é interrompido por um tempo menor do que o que seria se
tivéssemos o diâmetro alinhado.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

Como não se sabe exatamente qual a espessura do corpo que


corta o feixe, e se continua a admitir que é o diâmetro, vão calcular-
se velocidades maiores e, como resultado disso, a aceleração
determinada será maior do que se houvesse alinhamento.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

7. Outro grupo de alunos obteve os dados da tabela seguinte.

a) Apresente a medida do tempo de queda entre as células na unidade


SI, tendo em conta a incerteza relativa percentual.

b) Complete a tabela. Compare, quanto à exatidão, o valor encontrado


por este grupo para a aceleração média e o valor obtido por si.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

Diâmetro da
esfera de passagem na célula 2 entre as duas células
/ m s-1 / m s-2
(±0,1) / ms (±0,1) / ms
(±0,05) / mm
8,4 223,7
19,27 8,9 8,6 225,2 223,1 2,2 10
8,5 220,5

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

8. Responda à questão inicial. “Um conjunto de objetos é deixado cair.


Terão a mesma aceleração no movimento de queda?”
A esfera de maior raio tinha uma massa mais de duas vezes maior
do que a mais pequena. Porém, os valores encontrados para as
acelerações das duas esferas são muito próximos, sendo que as
diferenças verificadas resultarão de erros e de incertezas nas
medidas efetuadas. Então, pode concluir-se que a aceleração de
queda livre não depende da massa. Logo, os objetos teriam a
mesma aceleração de queda. 28 de 28

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