Você está na página 1de 1

Pg 2

PRIMEIRO EMPREGO

Sexta-feira,21.09.2012

CORREIO DA MANH

ELIDRICO VIEGAS PRES.ASSOCIAO DOS HOTEIS E EMPREENDIMENTOS TURSTICOS DO ALGARVE.

Sacrifcios A abundncia acabou. Avolumam-se as dificuldades, o desemprego, as falncias, as


insolvncias das famlias, os incumprimentos de responsabilidades assumidas e, por essa via, sacrifcios que uns no querem e outros (muitos) no podem cumprir. Quando, em nome do futuro e da estabilidade econmica e social, se exigem sacrifcios desonestos e imorais, importa saber a quem servem e porqu.

Portugal um Estado obeso e, por conseguinte, insacivel. Continuar a


alimentar o monstro" deixar que, mais tarde ou mais cedo, este acabe por nos devorar. O Estado precisa urgentemente de uma banda gstrica, melhor forma, de acabar com o apetite voraz de quem j comeu demais. Teraputicas experimentais no curam doenas crnicas e os milagres j no so o que eram. Alimentar eternamente as chamadas gorduras do Estado o passaporte para uma morte inevitvel. . Esto neste caso, entre outras, as PPP com lucros garantidos at eternidade, as empresas pblicas sempre falidas, os elevados subsdios atribudos a centenas de fundaes, os institutos pblicos sem nmero definido, as delegaes e direces regionais, poisos onde se acoitam boys e girls em transio para lugares mais bem remunerados. O mapa administrativo no comporta um modelo desenhado h cerca de dois sculos, quando no havia vias de comunicao nem outros meios tecnolgicos. Reduzir drstica e rapidamente as 4260 freguesias e os 308 concelhos, assim como o n de deputados , porventura, um dos maiores desgnios actuais. Os portugueses conhecem bem estas realidades. Entre promessas que ningum pensa cumprir e o que preciso fazer, a distncia enorme, mas tem que ser percorrida. Ou o gordo faz sacrifcios ou morremos todos mngua.

Você também pode gostar