Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Por tal forma, pois, no se aceita de modo algum a teoria de que o Direito, por
essncia, representa um mnimo moral, que uma ordem coercitiva, para poder ser
considerada como Direito, tem de satisfazer uma exigncia moral mnima. Com esta
exigncia, na verdade, pressupe-se uma Moral absoluta, determinada quanto ao
contedo, ou, ento, um contedo comum a todos os sistemas de Moral positiva. Do
exposto resulta que o que aqui se designa como valor jurdico no um mnimo moral
neste sentido, e especialmente que o valor de paz no representa um elemento essencial
ao conceito de Direito.
48
valores que ns constitumos atravs dos nossos atos produtores de normas e pomos na
base dos nossos juzos de valor no podem apresentar-se com a pretenso de excluir a
possibilidade de valores opostos.
de per si evidente que uma Moral simplesmente relativa no pode
desempenhar a funo, que consciente ou inconscientemente lhe exigida, de fornecer
uma medida ou padro absoluto para a valorao de uma ordem jurdica positiva. Uma
tal medida tambm no pode ser encontrada pela via do conhecimento cientfico. Isto
no significa, porm, que no haja qualquer medida. Todo e qualquer sistema moral
pode servir de medida ou critrio para tal efeito. Devemos ter presente, porm, quando
apreciamos moralmente uma ordem jurdica positiva, quando a valoramos 8 como boa
ou m, justa ou injusta, que o critrio um critrio relativo, que no fica excluda uma
diferente valorao com base num outro sistema de moral, que, quando uma ordem
jurdica considerada injusta se apreciada com base no critrio fornecido por um
sistema moral, ela pode ser havida como justa se julgada pela medida ou critrio
fornecido por um outro sistema moral.