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1. INTRODUÇÃO
2. PRINCÍPÍO DA IMODIFICABILIDADE
Hoje, a regra imposta, é que o contrato de trabalho não pode ser modificado
unilateralmente pelo empregador, sob pena de violação do princípio da imodificabilidade ou
inalterabilidade dos contratos de trabalho. Observamos esta regra no art. 468 na norma
consolidada.
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Professor Substituto da UFRRJ; Tutor à Distância da UAB/CEDERJ; Advogado da Martins Advogados
Associados.
2
4. TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS
A Lei n° 6.203/75 deu uma nova roupagem aos artigos 469 e 470 da CLT
(condições para transferência do empregado), bem como ao inciso IX do artigo 659 do mesmo
diploma (medida liminar em RT, visando coibir transferência abusiva).
Todo aquele que exerce cargo de confiança poderá ser transferido por seu
empregador. Os cargos de Confiança são aqueles em que o empregador investe de poderes o
empregado, para que o possa representar, inclusive na gestão da empresa, v.g. diretores ou
gerentes. Existem aqueles que são chefes, mas que, não detém cargos de confiança, v.g.
chefes de seção, comandantes de aeronaves, e os que fiscalizam na empresa, por não serem
revestidos de tais poderes.
2
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 19ª edição. São Paulo : Atlas, 2004, p. 333.
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Cabe ainda salientar que, tanto para a cláusula explícita quanto para
implícita, faz-se mister que haja a “real necessidade do serviço” por parte do empregador, ou
seja, é a transferência em virtude de razões técnicas, de produção ou de organização da
empresa, onde o empregado utilizado é considerado insubstituível para aquele determinado
serviço.
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BRASIL, Consolidação das Leis do Trabalho. 29ª edição. São Paulo : Saraiva, 2002. p. 990.
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5. CONCLUSÃO
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Decisões em Anexo 1.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. 29ª edição. atualizada e aumentada. São
Paulo: Saraiva, 2002.
MARTINS, Sergio Pinto. DIREITO DO TRABALHO. 19ª edição. atualizada até 11/2003. São Paulo:
Atlas, 2004.
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Se a alteração for feita dentro dos padrões estabelecidos pelo artigo 459, § 1° (parágrafo único) da CLT não
haverá ofensa a norma consolidada e a alteração contratual poderá ser feita sem maiores problemas, ou seja, de
forma lícita. Lembrando que para isto, não poderá haver o comprometimento do dispositivo da norma
consolidada. Neste sentido, se manifesta o TST em suas sentenças normativas, vide em Anexo 2.
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OFFA BASILE, César Reinaldo. DIREITO DO TRABALHO: Sinopses Jurídicas. Volume 27. São
Paulo: Saraiva, 2008.
Anexo 1
PROCESSO: RR NÚMERO: 615142 ANO: 1999
PUBLICAÇÃO: DJ - 10/09/2004
EMENTA
RECURSO DE REVISTA. 1. HORAS EXTRAS. BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA.
ASSISTÊNCIA DE GERÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ART. 224, § 2º, DA CLT. DIVERGÊNCIA
JURISPRUDENCIAL. O art. 224, § 2º, da CLT, em que pese conter previsão distinta do art. 62, II, do
mesmo diploma legal, exige prova das reais atribuições destinadas ao exercente da função, que se
traduzem em encargos de chefia, de direção ou equivalentes, não bastando à denominação ou somente
o pagamento da gratificação. Exegese da nova redação conferida à Súmula 204 do TST. A análise do
recurso, no particular, tem óbice na Súmula 126 do TST. Logo, não há ofensa ao parágrafo 2º do art.
224 da CLT e os arestos citados para confronto de teses encontram-se superados, nos termos da
Súmula 333 do TST. Recurso de Revista não conhecido.
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EMENTA
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PERCEBIDA POR 10 OU MAIS ANOS. AFASTAMENTO DO
CARGO DE CONFIANÇA SEM JUSTO MOTIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA.
MANUTENÇÃO DO PAGAMENTO. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 45 DA SDI-1/TST.
A interpretação dada por esta Corte Superior ao art. 468 da CLT é no sentido de que, embora referido
dispositivo legal permita ao empregador determinar a reversão do empregado ao cargo efetivo
anteriormente ocupado, deixando o exercício da função de confiança, este, contudo, não autoriza que
seja suprimido o pagamento da gratificação de função percebida por dez ou mais anos, em face do
princípio da estabilidade econômica do trabalhador. Recurso de revista não conhecido.
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EMENTA
RECURSO DE REVISTA. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. INCORPORAÇÃO AO SALÁRIO.
CAIXA EXECUTIVO. CABIMENTO. O cargo de caixa executivo não se classifica como de
confiança, a teor da Súmula nº 102, no qual se consagrou a orientação de ele não se enquadrar no art.
224, § 2º da CLT. Já a circunstância de o recorrido o ter exercido por menos de 10 anos, ficando
subentendida a habitualidade do seu pagamento, em razão de o ter ocupado por 8,62 anos, atrai a
aplicação do Súmula nº 247, no qual se ressalta a sua natureza salarial insuscetível por isso de
supressão unilateral, a teor do art. 468 da CLT. Por conta do equívoco em que incorreu o Regional não
se apercebendo do fato de o cargo de caixa executivo não ser considerado cargo em comissão, depara-
se não só com a impertinência da OJ 45 da SBDI-I, mas também com a superação da divergência
jurisprudencial, em virtude de a decisão recorrida achar-se, na realidade, em sintonia com as Súmulas
102 e 247 do TST. Recurso não conhecido. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DESCABIMENTO.
A questão dos honorários advocatícios, na Justiça do Trabalho, mesmo com a promulgação da
Constituição de 88, cujo artigo 133 considera o advogado indispensável à administração da justiça, já
se acha pacificada no âmbito desta Corte por meio da Súmula 329, segundo o qual Mesmo após a
promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula 219 do
Tribunal Superior do Trabalho. Constatado que o recorrido não estava assistido pelo sindicato de
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EMENTA
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. REVERSÃO AO CARGO
EFETIVO. Se o empregado exerceu por menos de 10 (dez) anos função de confiança, é dado ao
empregador revertê-lo ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, visto que referido procedimento
encontra respaldo no artigo 468, parágrafo único, da CLT. Ao fazê-lo, é licito retirar-lhe totalmente a
gratificação percebida, porquanto, além da precariedade que norteia o exercício de toda e qualquer
função de confiança, o Tribunal Superior do Trabalho, por intermédio da Seção Especializada em
Dissídios Individuais, firmou posicionamento no sentido de admitir a incorporação apenas quando o
empregado exercer função de confiança por mais de 10 (dez) anos. Recurso de revista de que se
conhece e a que se nega provimento.
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EMENTA
RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA.
MANUTENÇÃO DO PAGAMENTO APÓS O EXERCÍCIO, DE DURAÇÃO SUPERIOR A 10
ANOS. Em tal caso, esta Corte, pela sua iterativa jurisprudência, tem entendido que o art. 468,
parágrafo único, da CLT não assegura ao empregado a estabilidade na função de confiança e
tampouco autoriza a supressão do pagamento da gratificação de função quando da reversão ao cargo
efetivo, após a percepção da vantagem por, pelo menos, dez (10) anos, por incidência do princípio da
irredutibilidade salarial (OJ nº 45 da SBDI1). De modo que a decisão regional ancora-se em tese já
consagrada pela jurisprudência preponderante deste Tribunal. Óbice da Súmula 333/TST. Recurso não
admitido.
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EMENTA
SALÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA. EXERCÍCIO POR MENOS DE 10 ANOS. REVERSÃO
AO CARGO EFETIVO. SUPRESSÃO DA GRATIFICAÇÃO. POSSIBILIDADE.
1. Em face do que estatui o artigo 468, parágrafo único, da CLT, induvidosa a possibilidade de o
empregador reverter o empregado ao exercício do cargo efetivo se, por qualquer motivo, decai da
confiança, não se considerando alteração unilateral tal determinação. 2. Se o empregado exerceu cargo
de confiança por pouco mais de três anos, é lícito ao empregador, revertendo-o ao cargo efetivo,
suprimir a respectiva gratificação de função, sem que tal procedimento configure redução salarial. A
jurisprudência dominante do TST, consubstanciada no Precedente nº 45 da SBDI1, em atenção ao
princípio da estabilidade econômica, considera que apenas o empregado que exerceu função de
confiança por mais de dez anos faz jus à integração da respectiva gratificação ao salário. 3. Embargos
de que não se conhece.
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EMENTA
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO - REVERSÃO AO CARGO EFETIVO - EXERCÍCIO DA
FUNÇÃO GRATIFICADA POR MENOS DE 10 ANOS. O item 45 da Orientação Jurisprudencial da
SDI deste Tribunal é no sentido de que "GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PERCEBIDA POR 10 OU
MAIS ANOS. AFASTAMENTO DO CARGO DE CONFIANÇA SEM JUSTO MOTIVO.
ESTABILIDADE FINANCEIRA. MANUTENÇÃO DO PAGAMENTO". Revista provida, no
particular.
Anexo 2
PROCESSO: E-RR NÚMERO: 367256 ANO: 1997
PUBLICAÇÃO: DJ - 03/09/2004
EMENTA
EMBARGOS. DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. LICITUDE. ALTERAÇÃO DENTRO DO
LIMITE LEGAL PREVISTO NO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 459 DA CLT – O pagamento
dos salários dentro do próprio mês trabalhado não constitui fato jurídico definitivo, já que essa
situação é alterável, por força de lei (art. 459, parágrafo único, da CLT), ao arbítrio do empregador. Ou
seja, o legislador não conferiu aos empregados o direito de perceber seus salários dentro do mês
trabalhado, mas de recebê-lo no máximo até o quinto dia útil do mês subseqüente, deixando ao
empregador a faculdade de estabelecer o dia mais conveniente para o pagamento, desde que não
ultrapasse o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido. A decisão da Turma encontra-se em
perfeita harmonia com a atual jurisprudência da Corte, cristalizada no item nº 159 da Orientação
Jurisprudencial da SDI-1, atraindo a aplicação da Súmula nº 333 do TST. Fica obstado o seguimento
dos Embargos por violação do artigo 5º, inciso XXXVI, da Carta Política vigente. Recurso de
Embargos não conhecido.
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EMENTA
EMBARGOS DATA DE PAGAMENTO SALÁRIOS ALTERAÇÃO ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL Nº 159 DA C. SBDI-1 Na hipótese, restou consignado, pelo acórdão regional,
que a alteração da época de pagamento dos salários não ultrapassou o limite previsto no artigo 459, §
1º, da CLT, motivo pelo qual é indevido o pagamento da correção monetária postulada, consoante as
Orientações Jurisprudenciais n os 124 e 159, da C. SBDI-1. Embargos conhecidos e providos
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EMENTA
EMBARGOS. DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. LICITUDE. ALTERAÇÃO DENTRO DO
LIMITE LEGAL PREVISTO NO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 459 DA CLT – O pagamento
dos salários dentro do próprio mês trabalhado não constitui fato jurídico definitivo, já que essa
situação é alterável, por força de lei (art. 459, parágrafo único, da CLT), ao arbítrio do empregador. Ou
seja, o legislador não conferiu aos empregados o direito de perceber seus salários dentro do mês
trabalhado, mas de recebê-lo no máximo até o quinto dia útil do mês subseqüente, deixando ao
empregador a faculdade de estabelecer o dia mais conveniente para o pagamento, desde que não
ultrapasse o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido. A decisão da Turma encontra-se em
perfeita harmonia com a atual jurisprudência da Corte, cristalizada no item nº 159 da Orientação
Jurisprudencial da SDI-1, atraindo a aplicação da Súmula nº 333 do TST. Fica obstado o seguimento
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dos Embargos por violação do artigo 5º, inciso XXXVI, da Carta Política vigente. Recurso de
Embargos conhecidos e providos.
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EMENTA
DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. ALTERAÇÃO. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO TST
"Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de
data de pagamento pelo empregador não viola o artigo 468, desde que observado o parágrafo único do
artigo 459, ambos da CLT" (Orientação Jurisprudencial nº 159 da SDI do TST). Incidência da Súmula
nº 333 do TST à espécie. Embargos não conhecidos.
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EMENTA
ALTERAÇÃO NA DATA DE PAGAMENTO DOS SALÁRIOS, DO ÚLTIMO DIA DO MÊS
TRABALHADO PARA O 5º DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQÜENTE. INEXISTÊNCIA DE OFENSA
AO DIREITO ADQUIRIDO DOS TRABALHADORES. O art. 459, parágrafo único, da CLT, ao
estipular o prazo para o pagamento dos salários, conferiu aos empregadores a faculdade de efetuar
esses pagamentos até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido. A lei não conferiu aos
empregados o direito de receber seus salários dentro do mês trabalhado, mas de recebê-lo no máximo
até o quinto dia útil do mês subseqüente, deixando ao empregador a faculdade de estabelecer o dia
mais conveniente para o pagamento, desde que não se ultrapasse o prazo legal. A habitualidade de
efetuá-lo dentro do próprio mês trabalhado, por si só, não tem o condão de negar vigência ao artigo
459 da CLT, não podendo a modificação na data de pagamento ser considerada como alteração
contratual, vedada por lei. Recurso de revista conhecido e provido.
artigos 469 e 470 da CLT
A Lei n° 6.203/75
aquela que é empregada de forma ao inciso IX do artigo 659 da CLT
expressa, escrita, no contrato de Ius Variandi
trabalho
Cláusulas Implícitas e Explícitas pacta sunt servanda
aquela que se encontra de forma
subentendida no pacto laboral Trasferência de (a) a que não acarretar na
Empregados mudança no domicílio do
empregado;
(b) de empregado de confiança;
(c) em decorrência de
forma do empregador cláusula contratual explícita e
preservar o emprego do Modalidades de Transferências implícita;
trabalhador (d) em razão da extinção do
(transferência para Extinção do
estabelecimento em que trabalha o
matriz) Estabelecimento Comercial
empregado;
(e) provisória