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INTRODUÇÃO
ATOMIZAÇÃO
Sprays podem ser produzidos de várias maneiras, porém existem vários processos
básicos associados com todos os métodos de atomização, tais como a hidráulica do
escoamento dentro do atomizador, a qual governa as propriedades de turbulência da
corrente de líquido emergindo do mesmo. O desenvolvimento do jato ou folha e o
crescimento de pequenas perturbações, que levam eventualmente à desintegração em
ligamentos e então em gotas, são também de primária importância na determinação do
formato e penetração do spray resultante bem como de suas características de número de
densidade, velocidade das gotas e função distribuição de tamanho das gotas como função
do tempo e do espaço. Todas essas características são marcadamente funções da geometria
interna do atomizador, das propriedades do meio gasoso no qual a corrente líquida é
descarregada e das propriedades físicas do líquido a ser atomizado. A situação mais simples
é o caso de um jato de líquido emergindo de um orifício circular onde a componente
principal da velocidade está na direção axial e o jato é laminar. Neste estudo clássico [1]
Lord Rayleigh postulou o crescimento de pequenas perturbações que eventualmente levam
à quebra do jato em gotas tendo diâmetros aproximadamente de duas vezes o diâmetro do
jato. Um jato de líquido completamente turbulento pode romper-se sem a aplicação de
qualquer força externa. Uma vez que as componentes radiais não estejam mais sob a
restrição das paredes sua única limitação são as forças de tensão superficial, e o jato rompe-
se no momento em que essas forças são sobrepujadas. A viscosidade age na atenuação do
crescimento das instabilidades inibindo e atrasando a desintegração em seu conjunto. Isto
faz com que a desintegração ocorra longe das regiões de baixa velocidade relativa, fazendo
que a desintegração próxima dessas regiões de baixa velocidade dê origem a gotas de
tamanho grandes. Na maioria dos casos, turbulência no líquido, cavitação na garganta e
interação aerodinâmica com o ar das vizinhanças de forma a aumentar a densidade do
mesmo, todas contribuem para a melhoria da atomização.
Em muitas aplicações se utiliza padrão de sprays planos ou cônicos para se atingir o
desejado padrão de dispersão de gotas e mistura gás-líquido. Folhas ou filmes cônicos
podem ser produzidos por atomizadores do tipo “pressure-swirl” no qual um orifício de
descarga circular é precedido por uma câmara na qual ranhuras ou orifícios tangenciais são
usados para o movimento giratório inicial do líquido que deixa o dispositivo através de uma
garganta estreita. Folhas planas são geralmente produzidas forçando o líquido através de
um anulo estreito como no “fan spray nozzles” ou ainda alimentando o líquido no centro de
um disco ou copo rotativo. Para que a folha se expanda contra as forças de contração da
tensão superficial é necessário que a folha tenha uma velocidade mínima que é produzida
pela pressão nos atomizadores do tipo “pressure swirl” e no “fan spray nozzles” e pela
força centrífuga nos atomizadores do tipo rotativo. Quando a coluna de líquido é formada
suas instabilidades hidrodinâmicas iniciais são amplificadas pelas perturbações
aerodinâmicas de modo que a folha líquida se expende para fora da garganta e sua
espessura diminui, perfurações surgem na mesma e à medida que essas perfurações
aumentam atingem uma à outra e coalescem formando pedaços e ligamentos de líquido.
Esses ligamentos variam grandemente em tamanho e diâmetro e quando colapsam em gotas
as mesmas variam largamente em tamanho. Algumas dessas gotas grandes formadas no
processo desintegram-se posteriormente em gotas menores. Eventualmente uma larga gama
de tamanho de gotas é produzida e seu diâmetro médio depende fortemente da espessura
inicial da falha líquida, de sua velocidade relativa ao meio gasoso e das propriedades físicas
do líquido tais como viscosidade e tensão superficial.
Uma folha líquida viajando em alta velocidade pode desintegrar-se na ausência de
perfurações por um mecanismo conhecido como desintegração por ondulação da folha o
que ocorre quando a crista da onda formada pela interação aerodinâmica com o gás das
vizinhanças torna-se maior do que seu comprimento de onda. Finalmente a velocidades
muito altas do líquido correspondendo a grandes pressões de injeção, a desintegração da
folha ocorre muito próximo do orifício de saída do injetor. Embora vários modos de
desintegração tenham sido identificados, em todos os casos o processo final de atomização
é aquele no qual a quebra dos ligamentos em gotas está em conformidade com o
mecanismo de Rayleigh.
No injetor do tipo “prefilming airblast atomizer” a atomização é conseguida
expondo um filme líquido de baixa velocidade a uma corrente de ar de altíssima
velocidade. Evidências fotográficas sugerem que para líquidos de baixa viscosidade o
mecanismo básico envolvido na produção de gotas é essencialmente aquele observado na
atomização por pressão, nomeadamente a produção de gotas ocorre a partir de ligamentos
criados por perfurações na folha ou pelo mecanismo de ondulação da folha.
ATOMIZADORES
∂v r 1 ∂p ⎡∂2vr ∂ ⎛ 1 ∂ ⎤
=− + υ⎢ 2 + ⎜ (r.v r )⎞⎟⎥
∂t ρ ∂r ⎣ ∂z ∂r ⎝ r ∂r ⎠⎦
(1)
∂v z 1 ∂p ⎡∂2v 1 ∂ ⎛ ∂v z ⎞⎤
=− + υ ⎢ 2z + ⎜ r. ⎟⎥
∂t ρ ∂z ⎣ ∂z r ∂r ⎝ ∂r ⎠⎦
onde vr é a componente radial da velocidade e vz é a componente da velocidade ao longo do
eixo do jato. Uma vez que as deformações são supostas pequenas os termos de segunda
ordem foram omitidos.
A equação da continuidade é dada por:
∂v z 1 ∂
+ (r.v r ) = 0 (2)
∂z r ∂r
Onde se chega a:
σk 3
ω= (5)
ρ
Para a freqüência das ondas capilares na superfície de um jato de líquido de baixa
viscosidade.
De maior interesse é o caso de ondas longas, para o qual a seguinte desigualdade é
satisfeita:
2aπ
ka = <1 (6)
λ
α para tais ondas tem valor real e positivo. Valores positivos de α correspondem a uma
taxa de crescimento ilimitada da amplitude de onda. Na teoria da turbulência mostra-se que
um crescimento exponencial na amplitude da onda significa o aparecimento de vórtices
turbulentos contínuos no seio do líquido. A escala desses vórtices é da ordem de um
comprimento de onda. A presença de vórtices turbulentos na superfície livre de um líquido
leva a fragmentação da mesma e à conseqüente ejeção do líquido. No caso de um jato
cilíndrico de líquido, o crescimento exponencial da amplitude de onda com o tempo leva à
instabilidade de sua superfície e à quebra do mesmo em gotas. A superfície do jato é
instável para todo comprimento de onda que satisfaça a equação anterior
α ⎫
Para >> k 2 ⎪
ν ⎬ (7)
l >> k ⎭ ⎪
Chega-se a:
I (ka )
σk
(
α 2 = 2 1 − k 2a 2 1
ρa
)
I 0 (ka )
(7a)
e ka
onde I1 (ka ) ≈ I 0 (ka ) ≈ são funções de Bessel.
2ππk
A equação (7) exibe um máximo para ka< 1 para um dado comprimento de onda. A
posição deste máximo é determinada por:
Esta equação foi primeiramente derivada por Lord Rayleigh. O valor de α para este
máximo pode ser encontrado facilmente substituindo o valor numérico da função de Bessel.
Rayleigh achou:
σ
α max = 0,12 (10)
ρa 3
O número de onda k = kmax corresponde à maior instabilidade nas ondas. Com k =
kmax a instabilidade é muito maior do nas ondas que satisfazem a equação (6). O máximo da
função α 2 (k ) é fortemente definido. Uma vez que a amplitude cresce exponencialmente
com o tempo, qualquer acréscimo na amplitude da onda com comprimento λ que
corresponde ao máximo de α será decisivo na quebra do jato em gotas.
Durante o intervalo de tempo
1 ρa 3
τ= = 8,46 (11)
α max σ
a amplitude aumenta e multiplica-se. A quebra do jato produz gotas cuja tamanho é da
ordem de λ max , i.é., cerca de nove vezes maior do que o raio do jato: ou seja:
ρa 3
L ≈ u 0 τ = 8,46u 0 (12)
σ
aσ
<<1 (13)
ρν 2
∂v z 1 ∂
+ (rv r ) + 1 ∂v θ = 0 (14)
∂z r ∂r r ∂θ
∂v z ∂v r 1 ∂v θ
≈ ≈ (15)
∂z ∂r a ∂θ
Por outro lado, para ondas cujo comprimento seja λ >>a, temos:
∂v z v z ∂v r v r 1 ∂v θ v θ
~ ; ~ ; ~
∂z λ ∂r a a ∂θ a
λ λ
vz ~ vr ~ vθ (16)
a a
α = − νk 2 ± (νk )
2 2
+
αk 2
2ρρ
(
1 − k 2a 2 ) (18)
1
k max = 1
(19)
⎛ ρa ⎞ 2
⎜ νa + 2 a 2 ⎟⎟
⎜ 2σ
⎝ ⎠
1 σ σ
k max ≈ ≈4 2 3
= 0,54 2 3 (21)
ρa 18 ν ρa ν ρa
6 νa
2σ
σ σ
α max ≈ = 0,2 (22)
6aνa aνν
1 aρν
τ~ ≈5 (23)
αmax σ
2π 18ν 2 ρa 3 ν 2 ρa 3
λ~ ~ 2π 4 = 134 (24)
k max σ σ
1 u 0 ανρ
L = u0 ≈5 (25)
α max σ
∂ 2ϕ 1 ∂ 2ϕ 1 ∂ ⎛ ∂ϕ g ⎞
∆ϕ = + + ⎜r ⎟⎟ = 0 (26)
∂z 2 r 2 ∂θ 2 r ∂r ⎜⎝ ∂r ⎠
v gz → u g ⎫⎪
⎬para r → ∞ (27)
v gr → 0 ⎪⎭
v gr → v r ⎫⎪
1) ⎬ para r = a (28)
v gz → v z ⎪⎭
p zz = p σ + p g (29)
α=
( ) 2
ρ g k 2 u g − σk 3
(31)
ρ
(32)
σ
k = k max =
2 ρg u g ( ) 2
(33)
3 σ
α max = 0,4
(u ) (ρ )
g 3 g 3
(34)
σ ρ
1 σ ρ
τ= ≈ 2,6 (35)
α max (u ) (ρ )
g 3 g 3
Para ondas curtas , esta destruição consiste na separação de gotas cujo tamanho é
aproximadamente determinado pelo comprimento de onda da onda instável.
~
1 σ
L0 ~ ~ (36)
k max ρ u g 2
g
( )
Deve ser enfatizado que as gotas com dimensões determinadas pela fórmula (33)
são acompanhadas por gotas de outras dimensões, todas aquelas que obedecem à relação
(32) porque todos os comprimentos de onda que satisfazem essa relação são instáveis.
µu g ρg
<< 1
σ ρ
4.10-6.ug << 1
2
⎛ ω⎞
E = ρ ⎜ u g − ⎟ ωkς 02 ST
g
⎝ k⎠
⎛ ω⎞
onde ⎜ u g − ⎟ é a velocidade relativa do gás, ω é a taxa de propagação para ondas de
⎝ k⎠ k
freqüência ω , e S é a área superficial do líquido.
A energia consumida para a formação das gotas é dada por:
V V
E σ = σ4πL20 ≈σ
4π 3 L0
L0
3
Finalmente a energia dissipada é dada por:
E ν = ρνω 2 kς 02 ST
Um balanço fornece:
σ
V
L0
2
( )
+ ρνω 2 kς 02 ST ≈ ρ g u g ωkς 02 ST
então
σV
T=
(
L 0 Skς − ρω 2 + ρ g u g ω
2
0 ( )2
) (38)
( ) 2
ρ g u g ω >> ρνω 2 (39)
α
e é equivalente à desigualdade >> k 2 (7). Portanto vem:
ν
σ 1 V σ 1 a ρ a
T≈ ≈ a ≈ς ≈ (40)
2
L ς ρ u
0 0
g
( ) g 2 2
( )
ωk S L 0 ς 0 ρ g u g 2
α max k max L0 ρg u g
ρ
L ≈ Tu g ≈ a ≈ 30a (41)
ρg
α≈
( ) 2
ρ g u g − σk
(42)
ρν
Quando ρ g (u g ) > σk , o valor de α é positivo e as ondas são instáveis. Fica
2
claro, porém que ondas com um baixo valor de k, i.é., ondas longas, são estáveis.
Assim, conclui-se que para líquidos altamente viscosos a região de instabilidade é
deslocada na direção das ondas longas.
µu g ρ g
Pode ser visto da equação (38) que quando; ≈ 1 , e a viscosidade
σ ρ
aumenta, que ambos os termos do denominador aproximam-se um do outro e o
período de atomização tende ao infinito.
Este acréscimo no período de atomização está relacionado à energia dissipada
no líquido. O aumento ilimitado do período de atomização indica que a atomização
não ocorre em líquidos altamente viscosos e a ruptura do jato resulta na formação de
gotas relativamente grandes.
Desse modo o fenômeno da atomização é uma característica da ruptura de jatos
de líquidos de baixa viscosidade.
Para o caso da ruptura de jatos líquidos de alta velocidade e ondas longas chega-se
a:
( ) (ka )
ρg u g
2 4
>>
σ
a
(ka )2 (43)
1
ρg u g
(ka )2 .⎛⎜ ln ka ⎞⎟
2
α= (44)
ρ a ⎝ 2 ⎠
ka
4ln +1 = 0 (45)
2
A raiz da equação 45 é:
0,75
k max ≈
a
Com a correspondente λ max ≈ 8a (46)
ρg u g
α max ≈ (47)
ρ a
O período de ruptura do jato causado pela influência de ondas longas é dado por:
1 ρ a
T~ ~ (48)
α max ρg u g
Correspondentemente o comprimento intacto do jato é:
ρ
L≈ a (49)
ρg
Então vem:
α≈−
( )
ρ g u g (ka ) ⎛ ka ⎞
2 2
⎜ ln ⎟ (50)
4µ ⎝ 2 ⎠
O máximo para α é obtido em:
1
k max ≈
a
em um comprimento de onda de:
λ max = 6a (51)
α max = 0,2
( )
ρg u g
2
(52)
µ
e o período de ruptura é dado por:
1 µ
T= =5 (53)
α max ρ ug
g
( ) 2
µ
L= 54)
ρ ug
g
( )
Dessa forma para fluidos altamente viscosos a fragmentação do jato resulta
somente na formação de gotas grandes. O tamanho das gotas não é uma função da
viscosidade. O tamanho intacto do jato aumenta com a viscosidade de acordo com a
equação (54).
Teoria de Rayleigh
Es =
2d
(γ + n 2 − 1)b 2n
πσ 2
(55)
onde
• Es = energia potencial de superfície
• d = diâmetro do jato
• bn = constante da expansão em série de Fourier
2π
• γ = número de onda adimensional =
λ
• λ = comprimento de onda da perturbação
• n = qualquer inteiro positivo (incluindo o zero)
0,5
⎛ σ ⎞
q max = 0,97⎜⎜ 3 ⎟⎟ (56)
⎝ ρd ⎠
Após a quebra, o cilindro de comprimento 4,51d torna-se uma gota esférica, tal que:
πd 2 π 3
4,51d. = D e então D = 1,89d (58)
4 6
• Número de Ohnesorge
É um número adimensional que relaciona as forças viscosas com a força de
tensão superficial é definido como:
µ
Z= (59)
ρσD
onde µ é a viscosidade do líquido
ρ é a densidade do líquido
σ é a tensão superficial
D é um comprimento característico de escala
• É freqüentemente usado na fluidodinâmica de superfícies livres tais como:
dispersão de líquidos em gases e em tecnologia de sprays. O número de
Ohnesorge (Z) para uma gota de água de aproximadamente 3 mm de
diâmetro é 0,002, note que o mesmo depende apenas das propriedades do
líquido e do tamanho da gota. Números Z grandes indicam uma influência
maior da viscosidade. O inverso da raiz quadrada de Z é o número de
Laplace (La).
O número de Ohnesorge é usado na tecnologia de sprays em conjunto com o
número de Reynolds e o número de Weber, para mapear regimes de
formação de gotas. Outro uso deste adimensional é na previsão do impacto
de gotas em uma superfície (12) e (13).
• Número de Weber
O número de Weber é um adimensional usado freqüentemente em mecânica
dos fluidos na análise de escoamentos com interface entre fluidos diferentes,
especialmente em escoamentos multifases com superfícies fortemente
curvadas. Pode ser visto como uma medida da importância relativa entre a
inércia do fluido e sua tensão superficial. É muito utilizado na análise de
escoamento em filme e na formação de gotas e bolhas.
Seu nome é uma homenagem a Moritz Weber (1871 – 1951)
ρv 2 l
We = (60)
σ
onde ρ é a densidade do fluido
v é a velocidade
l é um comprimento característico
σ é a tensão superficial
Onde:
ρ - densidade do fluído
Espermatozóides ~
Fluxo turbulento:
Pessoa nadando ~
Avião ~
Baleia azul ~
Um grande navio (RMS Queen Elizabeth 2) ~
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Coeficiente_de_Reynolds"
Cavitação
Número de Euler
O número de Euler ou número de cavitação é um número adimensional usado
no cálculo de escoamentos. Expressa a relação entre a diferença da pressão do
escoamento com a pressão de vapor do fluido em escoamento pela energia
cinética do mesmo e é usado para caracterizar a tendência do escoamento para
cavitar. Seu nome é uma homenagem a Leonhard Euler.
• É definido como:
• onde:
• ρ é a densidade do fluido
• p é a pressão local
• pv é a pressão de vapor do fluido
• V é uma velocidade característica do escoamento
Atomização secundária
Cf C k
= (64)
C b 12
Baseado na solução que descreve a distorção da gota, a razão de Cf e Cb pode ser
tratada como uma constante, assim tornando Ck o parâmetro controlador. A constante
remanescente, Cµ está relaciona a Ck pela freqüência de oscilação da gota, ω.
σl 1 1 µl
ω2 = Ck 3
− 2 , onde = Cµ (65)
ρlr td td 2ρ l r 2
Uma vez a atomização ocorrendo o modelo TAB substitui instantaneamente a gota
mãe pelo pacote originado pela gota totalmente atomizada.
dr ⎛ r − R eq ⎞
= −⎜⎜ ⎟⎟ (67)
dt ⎝ τ ⎠
Mshed controla a freqüência na qual gotas são filetadas a partir da gota mãe. Uma
gota filha é introduzida quando a razão de massa do líquido a ser removido da gota mãe
pela massa inicial da gota é igual a Mshed.
O tamanho da gota filha é por hipótese igual ao valor de Req. A colisão e
coalescência de gotas filhas com a gota mãe ou com outras gotas filhas não é incluída no
modelo (29)
Problemas que permanecem necessitando desenvolvimento em sprays de diesel
1 – Influência da geometria da garganta no início do regime de cavitação (3D)
2 – Posição e condição de geração de gotas e seu crescimento
3 - Comportamento de escoamentos com onda de choque: Física do fenômeno
4 – Cavitação e condições de escoamento não permanente
5 – Condições para evitar os efeitos danosos da cavitação
6 – Tamanho das bolhas na saída da garganta
7 – Influência dos combustíveis
8 – Distribuição de bolhas e gotas na saída da garganta
9 – Modelos físicos para a região de ruptura primária
10 – direção do escoamento e da velocidade da fase gasosa e da fase líquida
próximo da saída da garganta
12 – Influência da cavitação sobre a atomização
13 – Detalhes da injeção tipo efervescência.
Outro tipo de injetor largamente usado é aquele que utiliza a desintegração de uma
folha (filme) de líquido, sendo exemplos do tipo os seguintes atomizadores: tipo jato em Y
(Y-Jet), turbilhão por pressão (pressure swirl), copo rotativo (rotary cup), tipo leque (fan
spray), etc.
A teoria da desintegração de filmes líquidos foi desenvolvida por vários
pesquisadores atingindo seu clímax com o trabalho de Dombrowski e Johns (14), sendo a
partir de então aceita como o modo de desintegração por excelência de filmes líquidos.
Segundo o mecanismo proposto por Dombrowski e Johns a causa principal da
instabilidade em filmes líquidos é devida às perturbações surgidas na folha pela interação
do filme com a atmosfera circunjacente dando origem a perturbações ondulatórias que se
amplificam rapidamente. A desintegração ocorre quando a amplitude da onda atinge
valores críticos e a folha é fragmentada.
Hagerty e Sea (15) e Squire (16) analisaram as características dessas ondas para
folhas formadas por líquidos invíscidos e com espessura uniforme, seus resultados foram
usados com sucesso (17) e (18), na previsão do tamanho de gotas produzido por
atomizadores do tipo leque para líquidos de viscosidade baixa.
Para um gás invíscido o movimento de uma onda com amplitude crescente induz
uma velocidade local do gás na direção y, conforme figura abaixo, a qual pode ser escrita
como:
∂δ ∂ 2 Φ
v= = (68)
∂t ∂t∂y ′
∂Φ
onde δ = (69)
∂y
O gradiente de pressão está relacionado à aceleração do gás pela seguinte equação
linearizada:
1 ∂q ∂v ∂ 3Φ
− = = (70)
ρ ∂y ′ ∂t ∂y ′∂t 2
Quando a velocidade da onda é pequena em relação à velocidade local do som no
gás, o gás pode ser considerado incompressível e portanto, com densidade constante.
Logo a integração fornece:
∂ 2Φ
q = −ρ (71)
∂t 2
∂u 1 ∂q
− (72)
∂t ρ ∂x
Assim,
∂ 2Φ
u= (73)
∂t∂x
∂ 2ψ ∂ 2ψ
+ =0 (74)
∂x 2 ∂y 2
∂Φ
onde ψ = (75)
∂t
onde ψ = ψ(y ′)
∂2 ψ
+ (a + in ) ψ = 0
2
(77)
∂y 2
ψ = ψ 0 exp[i(a + in )y ′] (78)
∂Φ
ψ= = ψ 0 exp[(a + in )(x − U 1t ) + i(a + in )y]
∂t
de forma que integrando vêm:
ψ0
Φ=− exp[(a + in )(x − U 1 t ) + i(a + in )y ′] (79)
(a + in )U1
∂Φ iψ
e desde que δ = = − 0 exp[(a + in )(x − U 1 t ) + i(a + in )] (80)
∂y U1
q = − ρU 12 nδ (82)
A solução para uma folha tipo leque das equações propostas por Dombrowski e
Johns é (14):
16 15
13
⎛ 4⎞ ⎛ k σ
2 2
⎞ ⎡ kρ 4 U 8 ⎤
d l = 2⎜ ⎟ ⎜⎜ 2
⎟⎟ ⎢1 + 2,6µ 3 ⎥ (83)
⎝ 3f ⎠ ⎝ ρρ l U ⎠ ⎢⎣ 6fρ l2 σ 5 ⎥⎦
Para uma folha radiando com velocidade uniforme, a espessura do filme é dada em
qualquer ponto por h = K/x, então;
Kt K
k = ht = = (84)
x U
Já havia sido mostrado previamente (18) que na ruptura f tem um valor constante
igual a 12 independentemente das condições de operação. Isto implica em uma razão
constante entre a amplitude da onda na ruptura e a perturbação inicial de exp(12). Logo o
tamanho das gotas é pouco afetado por uma mudança desconhecida neste valor, por
exemplo se por hipótese o valor da razão de amplitude estiver em erro por um fator de 10, o
tamanho calculado das gotas será afetado em apenas 7%.
16 15
⎛ K 2σ 2 ⎞ ⎡ Kρ 4 U 7 ⎤
d l = 0,9614⎜⎜ 4
⎟⎟ ⎢1 + 2,6µ 3 ⎥ (85)
⎝ ρρ l U ⎠ ⎢⎣ 72ρ l2 σ 5 ⎥⎦
Foi observado (19) que ligamentos produzidos a partir de uma folha líquida
rompem-se quando submetidos às perturbações ondulatórias simétricas (senoidais ou
dilatacionais). Weber (20) analisou as propriedades destas ondas onde as forças de tensão
superficial predominavam, e para escoamento de ar co-corrente onde o ar auxilia a
desintegração. No presente caso os ligamentos movem-se transversalmente através da
atmosfera. Sob essas condições a atmosfera circundante não tem efeito sobre o
comprimento de onda e o resultado de Weber para ruptura por tensão superficial é
aplicável. Isto é:
1
⎡ 3µ ⎤ 2
⎛ 3 ⎞
1
2
nd l = ⎢1 + ⎥ = ⎜1 + Oh ⎟ (86)
⎣⎢ 2(ρσd l ) 2 ⎦⎥
1
⎝ 2 ⎠
Se tivermos por hipótese que as ondas crescem até atingirem uma amplitude igual
ao raio dos ligamentos, uma gota será produzida por comprimento de onda. Assim um
balanço de massa entre o tamanho da gota e o comprimento de onda fornece:
1 1
⎡ 3π ⎤ 3 ⎡ 3 ⎤ 6
d D = ⎢ ⎥ d l ⎢1 + Oh ⎥
3
(87)
⎣ 2⎦ ⎣ 2 ⎦
⎭
(88)
Couto e outros (22) mostraram que para o caso do injetor por jato em Y (Y-Jet) e
outros tipos de injetores que façam uso de correntes de ar ou vapor em alta velocidade que
a correção (1 + 3/2Oh) proposta por Weber não é válida, uma vez que a tensão superficial
exerce uma fraca influência frente à velocidade do escoamento. Nesse caso a correção que
mais aproxima os dados é a proposta por Rayleigh, ou seja:
Dd = 1,89dl (89)
Podemos ter como regra prática que qualquer líquido cujas propriedades físicas
estejam no entorno daquelas da água líquida ou sejam menores são passíveis de
atomização.
Óleos pesados e altamente viscosos devem ser aquecidos antes de serem propícios à
atomização. Existe no CRANE (26) um ótimo gráfico de viscosidade da água e de líquidos
derivados do petróleo e sua variação com a temperatura.
Devido a que funções distribuições gráficas são difíceis e trabalhosas para se obter e
que não são facilmente relacionadas com os resultados experimentais, muitos estudiosos
envidaram esforços em representá-las por expressões matemáticas equivalentes cujos
parâmetros pudessem ser obtidos por meio de um número limitado de medidas
experimentais. Expressões matemáticas apropriadas devem ter os seguintes atributos:
⎡ 1 2⎤
exp ⎢− 2 (D − D ) ⎥
dN 1
= f (D ) = (90)
dD 2πSn ⎣ 2Sn ⎦
onde Sn é uma medida dos desvios de D (em estatística desvio padrão) em relação a D (um
diâmetro médio). S2n , é a variância. A área sob a curva que varia de+ ∞ a -∞ é igual a 1 e a
curva é simétrica em relação ao eixo y, vide figura acima.
D−D
t= (91)
Sn
e notando que para D = 0 Sn = 1 para a curva normal padrão, F(D) pode ser escrita como:
⎛ 1 ⎞
D
⎛t2 ⎞
F (D ) = ⎜⎜ ⎟⎟ ∫ exp− ⎜⎜ ⎟⎟dt (92)
⎝ 2π ⎠−∞ ⎝2⎠
Valores tabelados desta função distribuição podem ser encontrados em vários livros
de matemática. A equação (87) indica que se os dados conformarem-se a uma distribuição
normal, eles cairão sobre uma reta quando plotados em um papel probabilístico aritmético.
Este gráfico pode ser usado juntamente com a equação (92) para definir o diâmetro médio
da gota e seu desvio padrão.
Distribuição Lognormal
⎡ 1 ⎤
exp− ⎢ 2 (ln D − ln Dng )⎥
dN 1
= f (D ) = (93)
dD 2π DS g ⎣⎢ 2S g ⎦⎥
onde Dng é a média geométrica numérica do tamanho das gotas e Sg é o desvio padrão
geométrico. Os termos Sg e Dng possuem o mesmo significado em um gráfico log-
probabilístico que os termos Sn e D em um gráfico aritmético probabilístico.
Da inspeção da equação (93) vê-se que quando os dados de tamanho de gotas ou
partículas se ajustam a uma função deste tipo, o log de seu diâmetro é distribuído
⎛ d ⎞
normalmente. Assim, usando y = ln⎜ ⎟ na equação (93) ela se reduz à distribuição
⎜D ⎟
⎝ ng ⎠
normal (90).
A equação (93) está plotada na figura acima para fins de comparação com a
distribuição normal. A distribuição log-normal pode ser escrita para superfícies e volumes
da seguinte forma:
⎡ 1 2⎤
( )
f D2 =
1
exp − ⎢ 2 (lnD − lnD sg ) ⎥ (94)
2π D sg ⎢⎣ 2Sg ⎥⎦
⎡ 1 2⎤
( )
f D3 =
1
exp − ⎢ 2 (lnD − lnD vg ) ⎥ (95)
2π D vg ⎢⎣ 2S g ⎥⎦
Nukiyama-Tanasawa
dN
= aD p exp− (bD )
q
(99)
dD
dN
= aD 2 exp − (bD )
q
(100)
dD
dividindo a equação (100) acima por D2 e tomando o log vem:
⎛ 1 dN ⎞
⎟ = lna − (bD )
q
ln⎜ 2 (101)
⎝ D dD ⎠
⎛ 1 dN ⎞ q
adota-se um valor de q para um certo conjunto de dados e se plota, n ⎜ 2 ⎟ versus D .
⎝ D dD ⎠
Se o valor adotado de q for correto, a plotagem dará uma linha reta através da qual o valor
de a e b poderão ser determinados.
Rosim- Rammler
q
⎛D⎞
1 − Q = exp − ⎜ ⎟ (102)
⎝X⎠
onde Q é a fração do volume total contido nas gotas de diâmetros menores do que D, sendo
X e q constantes. Dessa forma ao aplicarmos a relação de Rosim-Rammler a uma
distribuição de tamanhos de gotas de um spray é possível descrever a DTG em termos de
dois parâmetros X e q. O expoente q é uma medida da dispersão do tamanho de gotas.
Quanto maior for q, mais uniforme será o spray. Se q for infinito, todas as gotas terão o
mesmo tamanho. Para a grande maioria dos sprays q situa-se entre 1,5 e 4. Mas para
injetores tipo copo ou disco rotativo que pode chegar ao valor 7.
Embora a faixa de tamanhos de gotas na distribuição de RR seja infinita ela tem a
virtude da simplicidade. Além disso, permite extrapolações para a região de gotas pequenas
onde as medidas são difíceis e menos precisas.
Um gráfico típico de uma distribuição de tamanhos de gotas do tipo RR é mostrado
na figura a seguir. O valor de q é obtido da inclinação da reta, enquanto que X (diâmetro
representativo de alguma espécie) é dado pelo valor de D para o qual 1 – Q = exp -1(1), que
tem por solução Q = 0,632, i.é., X é o diâmetro de gota para o qual 63,2% do volume total
do líquido está nas gotas de diâmetro menor que D.
Rosim-Rammler modificada
q
⎛ lnD ⎞
1 − Q = expe − ⎜ ⎟ (103)
⎝ lnX ⎠
dQ
=q
(lnD) exp − ⎛ lnD ⎞
q −1 q
⎜ ⎟ (104)
D(lnX )
q
dD ⎝ lnX ⎠
que permite um ajuste aos dados muito melhor nessa região. Porém há necessidade
de muitos mais dados para que possamos afirmar que a versão modificada é melhor do que
a versão original.
Função Limite Superior
dQ ⎛ δ2 y2 ⎞
= δexp− ⎜⎜ ⎟⎟ (105)
dy ⎝ π ⎠
⎛ aD ⎞
onde y = ln⎜⎜ ⎟⎟ (106)
⎝ Dm − D ⎠
Dm
SMD = (107)
(
1 + aexp 1 4 δ 2 )
daí segue que uma diminuição em δ , implica em um spray com distribuição mais uniforme.
Essa distribuição envolve um spray mais real com tamanhos de gotas máximo e
mínimo finitos, porém envolve dificuldades de integração e necessita do uso de papel log-
probabilístico. Precisa que se adote um valor de Dm e então se faz necessário muitas
tentativas e erros até que se encontre o melhor valor de Dm.
Mugele e Evans compilaram as várias fórmulas estatísticas usadas no cálculo de
diâmetros médios e variâncias. Sua conclusão principal parece ser de que a DTG a ser
usada de ser a que melhor se ajuste aos dados experimentais de cada caso. Até que os
mecanismos envolvidos na atomização sejam convenientemente relacionados à uma ou
outra distribuição, não existe justificativa teórica para se acreditar (ou esperar) que uma
dada distribuição seja superior ou melhor que outra representação da função DTG.
Provavelmente a melhor razão para a escolha de uma dada função distribuição seja (1)
simplicidade matemática, (2) fácil manuseio em cálculos, e (3) consistência com o
fenômeno físico envolvido.
Diâmetros médios
∫ D(dN dD)dD
D0
D10 = Dm
(108)
∫ (dN dD)dD
D0
1
⎡ Dm 2 ⎤2
⎢ ∫ D (dN dD )dD ⎥
⎢D ⎥
Diâmetro médio superficial → D 20 = ⎢ 0D m ⎥ (109)
⎢ ( ) ⎥
⎢⎣ D∫0
dN dD dD
⎥⎦
1
⎡ Dm 3 ⎤3
⎢ ∫ D (dN dD )dD ⎥
⎢D ⎥
Diâmetro médio volumétrico → D 30 = ⎢ 0D m ⎥ (110)
⎢ (dN dD )dD ⎥
⎢⎣ D∫0 ⎥⎦
Dm
∫ D (dN dD)dD
a
Em geral temos: (D ab )
a −b D0
= Dm
(111)
∫ D (dN dD)dD
b
D0
1
⎡ ∑ N i D ia ⎤ a −b
D an =⎢ b ⎥
(112)
⎣⎢ ∑ N i D i ⎦⎥
∑N i
4 3 7 D43 De Brouckere
ou Herdan
∑N D i
4
i
Combustão
equilíbrio
∑N D i
3
i
Diâmetros representativos
• D0,1 – Diâmetro da gota tal que 10% do volume total do líquido encontra-se
em gotas de diâmetros menores.
• D0,5 – Diâmetro da gota tal que 50% do volume total do líquido encontra-se
em gotas de diâmetros menores. Este é o diâmetro médio mássico (MMD)
• D0,632 - Diâmetro da gota tal que 63,2% do volume total do líquido encontra-
se em gotas de diâmetros menores. Este é o valor de X na equação (98).
• D0,9 - Diâmetro da gota tal que 90% do volume total do líquido encontra-se
em gotas de diâmetros menores.
• D0,999 - Diâmetro da gota tal que 99,9% do volume total do líquido encontra-
se em gotas de diâmetros menores.
• Dpico – Valor de D correspondente ao pico (máximo) da DTG.
MMD ⎛ 1⎞
= (0,693) q Γ⎜⎜1 − ⎟⎟
1
(113)
SMD ⎝ q⎠
Esta equação (108) mostra que a razão MMD/SMD não é uma constante, como é as
vezes afirmado, mas sim uma função única de q.
A definição de Dpico é evidente por inspeção da figura anterior. Claramente em Dpico,
q 2 q
D q −2 ⎛D⎞ ⎛ D ⎞
q −1
d 2Q ⎛D⎞
2
= q (q − 1) 2
exp − ⎜ ⎟ − ⎜
⎜ q q ⎟
⎟ exp − ⎜ ⎟ = 0 (114)
dD X ⎝X⎠ ⎝ X ⎠ ⎝X⎠
Então:
1
D pico⎛ 1⎞ q
= ⎜⎜1 − ⎟⎟ (115)
X ⎝ q⎠
D 0,1
= (0,1054)
1
q (116)
X
D 0,9
= (2,3025)
1
q (117)
X
MMD
= (0,693) q
1
(118)
X
−1
SMD ⎡ ⎛ 1 ⎞⎤
e = ⎢Γ⎜⎜1 − ⎟⎟⎥ (119)
X ⎣ ⎝ q ⎠⎦
D 0,1
= (0,152 )
1
q (120)
MMD
D 0,9
= (3,32)
1
q (121)
MMD
D 0,999
= (9,968)
1
q (122)
MMD
É interessante o exame de onde MMD e SMD caem sobre a curva DTG, em relação
a Dpico. Das equações (115) e (118) temos:
1
⎛ 1 ⎞q
⎜⎜1 − ⎟⎟ 1
D pico ⎝ q⎠ ⎛ 1,4428 ⎞ q
= = ⎜1,4428 − ⎟ (123)
SMD (0,6931) 1q ⎜⎝ q ⎟⎠
Onde se vê que MMD = Dpico quando q = 3,2584. O que implica que MMD
aparecerá à esquerda ou direita de Dpico dependendo se q é maior ou menor do que 3,2584,
respectivamente.
Das equações (110) e (114), temos:
1
D pico⎛ 1⎞ q ⎛ 1⎞
= ⎜⎜1 − ⎟⎟ Γ⎜⎜1 − ⎟⎟ (124)
SMD ⎝ q ⎠ ⎝ q⎠
Mostrando que Dpico é sempre maior do que SMD e, portanto SMD está sempre à
esquerda de Dpico.
Das equações (115) até a (124), fica evidente que a razão entre quaisquer dois
diâmetros representativos será sempre uma função única de q.
∑ V (D i 0,5 − Di )
IUG = i
(125)
D o,5
onde IUG (índice de uniformidade de gotas, base volumétrica), Di é o ponto médio da
classe de tamanho i, e Vi é a fração volumétrica desta classe.
D 0,9 − D 0,1
∆= (126)
D 0,5
D 0,999 − D 0,5
∆B = (127)
D 0,5
D 0,999
= (6,90775)
1
q (128)
X
∆ B = (9,9665)
1
q −1 (129)
2 – Não existe uma correlação universal entre um diâmetro médio (ou diâmetro
representativo) de um spray e sua DTG. São completamente independentes um do outro.
• Orifício plano
• Spray quadrado
• Orifício dual
• Spray em leque
• Atomizadores rotativos
• Atomizadores eletrostáticos
Um jato líquido ou filme é exposto a uma pressão elétrica intensa que tende
a expandir sua área. Esta expansão é oponível às forças de tensão superficial.
Se a pressão elétrica predomina, gotas são formadas. O tamanho das gotas é
função da pressão elétrica, da vazão de líquido e das propriedades físicas e
elétricas do líquido. As baixas vazões associadas com os atomizadores
eletrostáticos têm limitado suas aplicações à pintura eletrostática e impressão
sem impacto.
• Atomizadores ultra-sônicos
• Sônicos
• Vibração Capilar
EVAPORAÇÃO DE GOTAS
D 02 − D 2 = λt (130)
(
c pf ρ f c pg D a2 Ts ee − Ts0 )
∆t a = (131)
12k g ln (1 + B M )L(B T B M − 1)
⎡
D a = D 0 ⎢1 +
(
c pf Ts ee − Ts 0 ⎤ ) −0,5
(132)
⎥
⎣ 2L(BT BM − 1) ⎦
D12 = D 02 − λ a ∆t a (133)
enquanto que o tempo de vida da gota é dado pela soma do tempo de aquecimento mais o
período de evaporação no estado estacionário.
D12
t = ∆t a + ∆t ee = ∆t a + (134)
λ ee
YFs
BM = (135)
1 − YFs
c pg (T∞ − Ts )
BT = (136)
L
⎛ k ⎞
m
⎜c ⎟
(
F = 2ππ ⎜ ⎟ ln (1 + B) 1 + 0,30R e 0,5
d
0,33
Pr g ) (137)
⎝ p ⎠g
Esta equação fornece a taxa de evaporação instantânea para uma gota de diâmetro
D. Para obter a taxa de evaporação média da gota durante seu tempo de vida, a constante
deve ser reduzida de 2 para 1,33. Substituindo também D = 0,667D0 e Prg = 0,7 dá:
⎛ k ⎞
F = 1,33π, 0 ⎜
m
⎜c ⎟
(
⎟ ln (1 + B) 1 + 0,22R e 0,5
D0
) (138)
⎝ p ⎠g
ρ F D 02
e t= (139)
⎛ k ⎞
8⎜
⎜c ⎟
(
⎟ ln (1 + B) 1 + 0,22R e 0,5
D0
)
⎝ p ⎠g
Como a taxa de queima de uma gota individual é limitada pela taxa de evaporação,
a equação derivada acima para a taxa de evaporação mássica, m F e para o tempo de vida da
gota t são diretamente aplicáveis.Uma vez que os processos de transferência de calor são
dominantes, é apropriado usar BT como número de transferência de massa. No início da
combustão da gota, enquanto que a temperatura no centro da gota permanece com seu valor
inicial, um valor apropriado para B é:
c pg (Tf − Tb )
B= (140)
(
L + c pf Tb − TF0 )
onde:
Tf = temperatura da chama
Tb = temperatura de ebulição do combustível
TF0 = temperatura inicial do combustível
L = calor latente de vaporização na temperatura Tb
c pg = calor específico médio do gás entre as temperaturas Tb e Tf
c pf = calor específico médio do combustível entre as temperaturas Tb e TF0 .
A medida que a queima avança, a recirculação induzida dentro da gota cria uma
distribuição de temperaturas razoavelmente uniforme, de forma que em toda a gota a
temperatura é aproximadamente Tb. Desse modo sob condições estacionárias o número de
transferência simplifica-se para:
c pg (Tf − Tb )
B= (141)
L
Substituindo o valor de B na equação (132) resulta na seguinte expressão para a taxa
de queima instantânea de queima da gota de combustível:
⎛ k ⎞ ⎛ c (T − Tb ) ⎞
F = 2πD⎜ ⎟ ln⎜⎜1 + pg f
m
⎜c ⎟ L
(
⎟⎟ 1 + 0,30R e 0,5 P
D0 r g
)
0,33
(142)
⎝ p ⎠g ⎝ ⎠
Para gotas muito pequenas podemos dizer que o período de aquecimento é
praticamente zero e nessas condição a equação (134) torna-se efetivamente:
ρ F D02
t= (143)
⎛ k ⎞ ⎛ c pg (Tf − Tb ) ⎞
8⎜
⎜c
⎟ ln⎜1 +
⎟ ⎜ L
(
⎟⎟ 1 + 0,22R e 0,5
D0
)
⎝ p ⎠g ⎝ ⎠
T∞ − Ts 1
Tr = Ts + = 341,8 + (773 − 341,8) = 485,5
3 3
2 2
YFr = YFs = (0,679) = 0,453
3 3
2 2
YAr = 1 − YFr = 1 − YFs = 1 − (0,679) = 0,547
3 3
Fig. (1)
Fig. (2)
Fig. 3
Fig. 4
Das figuras acima, cpA e cp, na temperatura de referência de 485,5 são 1026 e 2450 J/kgK,
respectivamente.
−0,38 −0,38
⎛ T − Ts ⎞ ⎛ 540,17 − 341,8 ⎞
L = L TBn ⎜⎜ cr ⎟⎟ = 371.800⎜ ⎟ = 349.655
⎝ Tcr − TBn ⎠ ⎝ 540,17 − 371,4 ⎠
Então:
1671(773 − 341,8)
BT = = 2,061
349.655
Desse modo os valores calculados de BM e BT, são muito próximos o que é
esperado.
A taxa de evaporação do combustível pode ser avaliada usando as equações:
⎛ k ⎞ ⎛k ⎞
m F = 2πD⎜ ln (1 + B T )⎟ ou m F = 2πD s ⎜ ⎟ln(1 + B M )
⎜c ⎟ ⎜c ⎟
⎝ p ⎠ ⎝ p⎠
onde k é o único termo desconhecido nessas equações. Ele é estimado usando a equação a
seguir:
k = YAr (k A a Tr ) + YFs (k υ a Tr )
k = 0,547(0,0384) + 0,453(0,0307) = 0,0349
2π(0,0002)(0,0349)ln(1 + 2,063)
F=
m = 2,94.10 −8 kg/s
1671
8k g ln(1 + B)
λ g ee =
c pg ρ f
Cálculo de BM:
⎛ b ⎞
1 – Utilizando a equação PFs = exp⎜⎜ a − ⎟⎟ , PFs )a 320 K ) = 16,5 kPa
⎝ Ts − 43 ⎠
−1
⎡ ⎛ P ⎞M ⎤
2 – E a equação YFs = ⎢1 + ⎜⎜ − 1⎟⎟ A ⎥
⎣ ⎝ PFs ⎠ MF ⎦
Com MA = 28,97 e para o n-heptano, MF = 100,2 e P = 101,33 kPa, então YFs = 0,4022.
Cálculo de BT:
2 – Da equação
2
YAr = 1 − YFr = 1 − YFs = 1 – 0,2681 = 0,7319.
3
T∞ − Ts
3 – Da equação Tr = Ts + = 320 + 1/3(773 – 320) = 471 K
3
4 – Estime c PA e c Pυ a 471 K a partir das figuras (1) e (2), respectivamente, isto dá:
c PA = 1024 J/kgK
c Pυ = 2400 J/kgK
Da eq. c pg = YAr (c pA a Tr ) + YFr (c p a Tr ) = 0,7319(1024) + 0,2681(2400) = 1393 J/kgK
−0,38
⎛ T − Ts ⎞
Da equação L = L TBn ⎜⎜ cr ⎟⎟ , resulta L a 320 K = 350.000 J/kg.
⎝ Tcr − TBn ⎠
Assim temos:
c p (T∞ − Ts ) 1393(773 − 320 )
BT = = = 1,803
L 350.000
Desse modo para Ts = 320 K, BM é menor do que BT. Isto significa que o valor selecionado
de Ts é muito baixo. Refazendo os cálculos acima para um novo valor de Ts incrementado,
e plotando o resultado em um gráfico de BM e BT versus Ts os valores requeridos de BT, BM
e Tsee serão aqueles correspondentes ao cruzamento da linha BT com a linha BM na
temperatura correspondente a esse ponto. Para este exemplo, este procedimento está
plotado na figura abaixo e a intersecção das linhas fornece os valores:
Tsee = 341,8 K e B = 2,13.
⎡
ρ FT = ρ F288,6 ⎢1 − 1,8C ex (T − 288,6) − 0,090
(T − 288,6)2 ⎤
⎥
⎣⎢ (Tcr − 288,6)2 ⎦⎥
onde Cex é o coeficiente de expansão térmica, vide figura.
Para o n-heptano à temperatura de 341,8 K ρF é obtido da equação anterior como 638
kg/m3.. Do exemplo anterior para condições experimentais idênticas c pg = 1671J/kg e kg =
0,0349 J/m.s.K.
8k g ln(1 + B)
8ln(1 + 2,13)
Substituindo esses valores em λ g ee = = = 0,30 . 10-6mm2/s.
c pg ρ f ⎛ 1631 ⎞
638⎜ ⎟
⎝ 0,0349 ⎠
Ex. 3 – Considere uma gota de n-heptano de 200µm de diâmetro em ar a temperatura de
773K e à pressão de 101,33kPa. A temperatura inicial da gota é de 288K. Necessita-se
calcular o período de aquecimento, o diâmetro da gota no final desse período e o tempo de
vida total da gota.
Ts0
Da figura acima para T = 773K e Tb = 371,4K, temos = 288 = 0,776 e
Tb 371,4
Ts = 0,62 . No exemplo anterior calculamos Tee = 341,8K. Então vem:
⎛ b ⎞
PFs = exp⎜⎜ a − ⎟ = 17,4
⎝ Ts − 43 ⎟⎠
−1 −1
⎡ ⎛ P ⎞M ⎤ ⎡ ⎛ 101,33 ⎞ 28,97 ⎤
e YFs = ⎢1 + ⎜⎜ − 1⎟⎟ A ⎥ = ⎢1 + ⎜ − 1⎟ ⎥ = 0,4176
⎣ ⎝ PFs ⎠ M F ⎦ ⎣ ⎝ 17,4 ⎠ 100,2 ⎦
YFs
BM = = 0,717
1 − YFs
2
YFr = YFs = 0,2784
3
YAr = 1 − YFr = 0,7216
1
3
( ) 1
Tr = Ts hu + T∞ − Ts hu = 321,3 + (773 − 321,3) = 472K
3
Da figura 1, CpA a 472K = 1024 J/kgK. Da figura 2, Cp= a 472K = 2406 J/kgK
−0,38
⎛ T − Ts ⎞
Da equação com Ts = 321,3K vem: L = L TBn ⎜⎜ cr ⎟⎟ = 350.000J/kgK
⎝ Tcr − TBn ⎠
760 + 3,35T
Da equação: c p F = J/kgK , a 0,5(288 + 341,8)= 341,9K vem; c p F = 2330J/kgK
(0,001ρ F )0,5
⎡
ρ FT = ρ F288,6 ⎢1 − 1,8C ex (T − 288,6) − 0,090
(T − 288,6) ⎤
2
a 321,3 K vem ρF = 650 kg/m3
2⎥
⎣ (Tcr − 288,6) ⎦
Da equação
⎡ (
c pf Ts ee − Ts 0 ⎤ ) −0,5
⎡
−6 2330(341,8 − 288) ⎤
− 0,5
D a = D 0 ⎢1 + ⎥ = 200x10 ⎢1 + ⎥ = 187x10 −6 m
⎣ 2L(B T B M − 1) ⎦ ⎣ 700.000[(1,818/0,717 ) − 1]⎦
( )
Então: ∆t hu = 0,9375x10 6 x 187 2 x10 −12 = 0,0328s = 32,8ms
t t = ∆t hu +
D12
= 0,0328 +
(
187 x 10 −6 ) 2
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