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RESUMO
Este artigo tem por objetivo analisar a contribuição da piscicultura na pequena propriedade em
Mato Grosso do Sul, baseado no melhoramento do espaço rural da agricultura familiar. Para
tanto, busca-se caracterizar a forma de organização e da produção do pequeno produtor e
avaliar a importância da piscicultura como alternativa econômica à geração de emprego e
renda.
PALAVRAS-CHAVE: Agricultura Familiar; Emprego; Renda; Piscicultura; cadeias
produtivas.
INTRODUÇÃO
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mostrar as principais características da piscicultura, identificando o contexto no qual o
pequeno produtor está inserido no Mato Grosso do Sul. A quarta parte procura descrever os
principais problemas identificados na pequena propriedade, bem como, no desenvolvimento
da atividade no Estado. E por fim, feitas às considerações finais.
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mão-de-obra familiar. Esta pode ser subdividida em unidade familiar que não contrata
nenhum tipo de trabalho externo à família do produtor (trabalhador permanente ou
temporário), familiares complementados por empregados temporários (temporário, mas não
permanente) e empresas familiares (trabalhadores permanentes, podendo ou não ser
temporários). Enquanto que a empresa não-familiar seria definida como o estabelecimento
dirigido por administradores e aqueles que não utilizam nenhum membro não remunerado da
família.
A agricultura familiar é a principal geradora de postos de trabalho no meio rural
brasileiro. Contando com apenas 30,5% da área total de estabelecimentos rurais, é responsável
por 13.780.201 de empregados, que corresponde a 76,9% do total de pessoas ocupadas no
meio rural (INCRA, 2000b, p.24).
Seja produzindo commodities para o mercado interno ou para consumo de
subsistência, a agricultura familiar assume extrema importância econômica e social. Uma vez
sendo sustentável, é capaz de assegurar renda ao pequeno produtor. Socialmente favorável, ao
manter os trabalhadores nas áreas rurais, evitando o êxodo em direção às cidades, pois por
mais precária que seja a vida no campo, a transferência de um pequeno produtor ou
trabalhador da área rural para a cidade não necessariamente significa maior bem-estar.
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número de pessoas ocupadas nos 26.789 estabelecimentos familiares chegava a 82.606
pessoas, contra 110.829 pessoas ocupadas em estabelecimentos patronais.
Caracterizado como Estado onde a concentração da posse da terra ainda é elevada,
estima-se que a agricultura familiar sul-mato-grossense é praticada em mais de 80% dos
estabelecimentos rurais de até 100 hectares, os quais representam cerca de 2% da área total
ocupada com a agropecuária (INSTITUTO DE ESTUDOS E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE
MATO GROSSO DO SUL, 1999, p. 24). Esses agricultores localizam-se, de forma predominante,
na região Sul do Estado. Além da concentração fundiária, os maiores entraves ao
desenvolvimento da agricultura familiar no Estado podem ser resumidos ao baixo nível
educacional da população rural, a falta de assistência técnica e extensão rural e a dificuldade
de acesso ao crédito.
No Mato Grosso do Sul, a piscicultura vem ganhando espaço nas últimas duas
décadas. Tem-se como base para essa discussão, tanto no que se refere às análises quanto aos
dados aqui apresentados, o trabalho do Estudo da Cadeia Produtiva da Piscicultura em Mato
Grosso do Sul, realizado pelo Departamento de Economia e Administração - DEA da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, a partir de convênio com o Governo
do Estado de Mato Grosso do Sul.
Segundo BENITES (2000, p. 293), na região Centro-Oeste estima-se que existam
pouco mais de 1.800 piscicultores ocupando 2.100 hectares de área cultivada. A atividade tem
se desenvolvido principalmente em função da pesca esportiva, dos pesque e pague e devido à
proximidade com os Estados de São Paulo e Paraná, que demandam grandes quantidades de
alevinos e de peixes. Os peixes abatidos e comercializados são predominantemente in natura,
fresco, eviscerado e na forma de filés. Matos Grosso do Sul e Mato Grosso são os Estados da
região que têm apresentado maior crescimento na comercialização com outras regiões
consumidoras, principalmente com São Paulo, em função de projetos e parcerias de
produtores com redes de supermercados.
A expansão dos canais de comercialização de pescados, representada pelo surgimento
de pesque e pague no Estado, assim como pelo seu fortalecimento pela proximidade com São
Paulo e Paraná, têm apontado, nos últimos dez anos, para um direcionamento da piscicultura
para a finalidade comercial em Mato Grosso do Sul. Além desses aspectos, também apontam
para essa mudança do perfil dos piscicultores, o aumento da área alagada média dos tanques e
da produtividade obtida, que cresceu nesse período, assim como a maior concentração de
pequenos piscicultores, com áreas destinadas à atividade na propriedade rural até 5 hectares.
Geralmente, a piscicultura é uma atividade complementar desenvolvida nas
propriedades rurais no Estado, não sendo a única atividade agropecuária na contribuição do
faturamento (principalmente pelos pequenos produtores) devido a sazonalidade na produção
de peixe (período de safra) e sua escala (em estabelecimentos pequenos, a capacidade de
produção da piscicultura é menor, conseqüentemente força o produtor a diversificar com
outras atividades, seja criação de gado, produção de leite, hortigranjeiros etc.).
Foram identificados, em 1999, 493 produtores, sendo que 95% foram caracterizados
como agricultores familiares, isto é, vivendo profissionalmente da agricultura, fazendo uso
predominantemente da mão-de-obra familiar, tendo como principal fonte de renda a
exploração de seu estabelecimento rural e detendo área considerada como pequena
propriedade (SEPROD, 1999, p.21).
Dos dez municípios que mais produzem peixe através da piscicultura no Estado, sete
encontram-se na microrregião de Dourados. A região demonstra potencialidades diferenciadas
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das demais por contar com um grande número de pequenas propriedades fundiárias e por ser
uma região produtora de grandes volumes de grãos, como o milho e a soja.
A microrregião de Dourados foi responsável, entre 2001 e 2002, por aproximadamente
4.240,48 toneladas, cerca de 62,02% da produção total do Estado, estimada pela Delegacia
Federal de Agricultura. Em seguida vem a microrregião de Campo Grande, com uma
produção de 777,86 toneladas, que corresponde a 11,38% do total. A terceira microrregião
que mais produz é a de Iguatemi, com 753,68 toneladas, ou seja, 11,02% da produção
estadual. As microrregiões de Dourados e de Iguatemi também são beneficiadas pela infra-
estrutura viária existente, que facilita o escoamento da produção para os Estados de São Paulo
e Paraná.
A piscicultura também tem crescido como alternativa para a comunidade indígena. A
reserva indígena de Dourados, por exemplo, está apostando na atividade dentro da aldeia. Um
projeto da prefeitura do município permitiu a construção até agora, de quatro tanques onde
foram colocados cerca de 10 mil alevinos de pacu e curimbatá. Os principais objetivos da
implantação dessa atividade na reserva são melhorar o aproveitamento e a conservação dos
mananciais de água, existentes nas duas aldeias que compõem a reserva: Jaguapiru e Bororó.
A atividade também tem como função preservar o meio ambiente, oferecer opção de
alimentação rica em proteínas e ainda, proporcionar alternativas para geração de trabalho e
renda.
Na microrregião de Campo Grande há aproximadamente 222,81 hectares de lâmina
d’água, com uma produção estimada em 777, 86 toneladas de peixe. O município de Campo
Grande possui 43 piscicultores, destinando 82,33 hectares de lâminas d’água à atividade e
produzindo cerca de 225,28 toneladas de peixe, entre 2001e 2002.
Iniciativas como esta de Campo Grande e das aldeias indígenas de Dourados têm
estimulado muitos pequenos produtores, assentamentos e pescadores a iniciarem projetos de
piscicultura em outras regiões de Estado. A inserção de pequenos produtores rurais na
atividade de piscicultura traduz alguns pontos a serem destacados. Essa atividade rural, talvez
seja uma das mais acessíveis. Diferentemente, por exemplo, de um hotel fazenda, o qual exige
uma maior capitalização, um tino empresarial e um mercado urbano característico, a
piscicultura é uma atividade que parece difundir-se com maior facilidade entre produtores
rurais, principalmente em pequenas propriedades.
Na produção da piscicultura predomina a criação de peixes pela utilização de tanques,
através do manejo do alevino e peixes de engorda. Dados divulgados em SEPROD (1999, p.
21), informam que a área alagada utilizada entre 1998 e 1999 foi de 436 hectares, em relação
à utilização de 813m³ de tanques-rede. A utilização desta última técnica está restrita à
microrregião de Três Lagoas, pois para a instalação das redes são utilizados os lagos da
hidroelétrica de Jupiá e de Ilha Solteira. Já entre 2001 e 2002, as áreas destinadas para a
piscicultura passaram para 1.752,25 hectares de lâmina d’água, demonstrando o rápido
crescimento da atividade no Estado (DFA, 2003, p. 5).
O sistema de cultivo predominante é o semi-intensivo, que corresponde a mais de 80%
dos sistemas utilizados na produção e a produtividade média obtida nos tanques-solo, na safra
entre 1998 e 1999, foi de 3,4 toneladas por hectare e de 177 quilos por metros cúbicos de
tanques-rede. Entre 2001 e 2002, a produtividade estimada em tanques-solo atingiu 3,9
toneladas, mostrando um crescimento de 14,7%.
Entre os produtores registrados no Núcleo de Pesca e Aqüicultura da Delegacia
Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, a produtividade média foi de 4,85 toneladas
por hectare de lâmina d’água, número maior do que a média total registrada pelo total de
piscicultores, entre 2001 e 2002. Isso se explica em função das diferenças entre as técnicas e
insumos utilizados entre os piscicultores, pois os produtores registrados geralmente são os que
comercializam suas produções para outros Estados, utilizam alevinos de melhor qualidade,
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bem como de rações comerciais apropriadas para as espécies de peixes criados, obtendo
assim, melhores rendimentos nos tanques de piscicultura. Entretanto, a produtividade média
estimada é considerada baixa para tanques convencionais, pois em sistemas semi-intensivos,
com rações comerciais e alevinos de qualidade pode-se atingir até 7 toneladas por hectare de
lâmina d’água.
As áreas utilizadas para a instalação dos tanques são próprias ou arrendadas, em sua
maioria. Nas propriedades, a disponibilidades de água, além da qualidade do solo e inclinação
do terreno são os elementos principais que determinam a viabilidade da atividade identificada
pelo produtor.
Um dos principais canais de comercialização é para pesca esportiva. Entre 2001 e
2002, foram identificados 96 estabelecimentos de pesque-pague, o que corresponde a 17,9%
do total de produtores. Essa ainda é a forma encontrada principalmente pelos pequenos
produtores, para comercializarem a produção.
Em relação à demanda da carne de peixe, os canais de comercialização existentes não
se mostram suficientes para absorver o crescimento da piscicultura comercial, o que, do ponto
de vista dos piscicultores com baixa produção e produtividade, parece significar mais um
grande obstáculo a ser superado. A expansão dos canais de comercialização - que passa pela
estrutura organizacional dos piscicultores, por um trabalho de marketing e pelo apoio do
poder público - pode efetivamente dar suporte para uma melhor inserção de pequenos
produtores rurais na piscicultura comercial. A piscicultura nas pequenas propriedades vai
depender cada vez mais principalmente da rentabilidade da atividade, que permitirá torná-la
lucrativa e sustentável.
A geração de emprego ainda é pequena na atividade, onde grande parte do número de
piscicultores se enquadra na agricultura familiar, com a utilização de mão-de-obra familiar,
representando poucos produtores, apenas 5%, que contratam mão-de-obra (SEPROD, 1999, p.
22). Os produtores utilizam em média de 1 a 5 funcionários, conforme o tamanho da
propriedade (geralmente 1 empregado para cada 3 hectares de lâmina d’água), com
escolaridade média do ensino fundamental e com baixa capacitação necessária à atividade.
Nas pequenas propriedades, os trabalhadores contratados são geralmente temporários e
informais, sendo o trabalho condicionado ao tratamento dos peixes e a época de manejo dos
tanques. Já nas pequenas propriedades consideradas pesque e pague, os trabalhadores
contratados, além de cuidar dos tanques, também trabalham na prestação de serviços aos
clientes que freqüentam o estabelecimento (lanchonete, por exemplo), variando conforme o
funcionamento, que se intensifica nos finais de semana.
A mão-de-obra utilizada na produção é quase sempre de pouca qualificação, sendo os
trabalhadores treinados somente pelos grandes piscicultores. Mato Grosso do Sul carece de
cursos profissionalizantes e de cursos técnicos de ensino médio, voltado para esta área. A
capacitação, tanto por parte dos pequenos produtores quanto pelos trabalhadores contratados,
constitui-se em um gargalo de grande relevância para a piscicultura no Estado. Sabe-se que a
produção deve adequar-se às novas exigências de mercado, buscar competitividade e,
conseqüentemente, aumento da produtividade.
Em relação aos insumos básicos utilizados na piscicultura, o principal entrave para o
setor é o custo da ração, que poderá ser minimizado nos próximos anos com a instalação
prevista ainda para 2003, de uma fábrica de ração na microrregião de Dourados. Esse é mais
um importante passo no desenvolvimento da piscicultura no Estado, que poderá em pouco
tempo reduzir entre 20% a 30% os custos da ração, favorecendo ainda mais o crescimento da
atividade.
Os custos da ração representam média de 50% a 65% do custo da produção, conforme
a espécie cultivada. Somados os custos da ração e de alevinos, pode-se corresponder a até
85%, em alguns casos. Este fato ocasiona o uso da improvisação da alimentação dos peixes,
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através de vários tipos de produtos, como grãos e outras rações trituradas. Em 1999, somente
35% dos produtores utilizavam algum tipo de ração comercial (extrusada – processo em que
os ingredientes são submetidos a um aquecimento, fazendo com que a ração flutue na água;
ou peletizada – compressão dos componentes da ração) (SEPROD, 1999, p. 23).
Outros insumos, tais como adubos químicos, orgânicos e calcários, utilizados na
produção, são encontrados sem muita dificuldade pelos produtores. E ainda, Mato Grosso do
Sul possui tecnologia e domina a técnica de produção de alevinos da maioria das espécies
nativas cultivadas.
O fato de o produtor adotar rações não adequadas para a produção, compromete a
qualidade do peixe produzido, diminui a qualidade da água pelo aumento de dejetos e
prejudica a imagem do produto oriundo da piscicultura. Isto ocasiona o aumento do tempo
necessário para a venda do animal, pois amplia o tempo de engorda dos peixes até atingirem o
tamanho ideal, bem como os custos de manutenção, que resulta na diminuição do giro de
capital investido. Caso o produtor adote rações de melhor qualidade, as chamadas rações
comerciais, obtém-se vantagens na hora de comercializar e garantir a confiança dos
compradores de peixes. Animais doentes e nutricialmente carentes possuem maior taxa de
mortalidade no transporte e facilitam o desenvolvimento de doenças posteriores.
A maioria dos produtores, por características de tamanho de área alagada e,
conseqüentemente, por não conseguirem obter produção em escala, se vê na situação da não
atualização técnica da produção, devido ao alto custo e à precariedade da assistência-sanitária.
Somente os médios e grandes produtores recorrem à assistência técnica especializada com
freqüência. Em 1999, apenas 21% dos produtores recebiam assistência técnica, sendo que o
aprendizado do produtor tem ocorrido, na maioria das vezes, através do trabalho diário nos
cativeiros (SEPROD, 1999, p. 23).
A falta de assistência técnica aliada à baixa utilização de ração comercial faz com que
muitos produtores tenham baixa produtividade em seus tanques, comprometendo a qualidade
da produção e a própria viabilidade da atividade. Mesmo que a atividade possa ser
implementada de forma mais extensiva e com baixa capitalização, dificilmente alcançará uma
inserção satisfatória nessas condições.
O segmento dos piscicultores encontra-se pouco organizado. Das associações em
funcionamento, tem-se a Associação Sul-mato-grossense de Aqüicultura - ASMAQ e a
Associação de Piscicultores de Dourados - ASPID (SEPROD, 1999, p.24). Juntas, agregam
menos de 70 piscicultores, entre pequenos, médios e grandes produtores. Pode-se afirmar que
há um individualismo significativo no setor produtivo em Mato Grosso do Sul, com raríssimas
exceções de alguns municípios do Estado. No município de Dourados, por exemplo, a
associação é composta por pouco mais de 30 piscicultores. O resultado é a falta de articulação
do setor, a completa ausência de poder de barganha e o isolamento, principalmente dos
pequenos produtores.
No que diz respeito à legislação ambiental existem leis que regulamentam as
alterações no meio ambiente, estabelecendo normas de proteção ambiental e outras
providências, como é o caso da Lei nº 1.826, de 12 de janeiro de 1998, que dispõe sobre a
exploração de recursos pesqueiros e estabelece medidas de proteção e controle da ictiofauna e
dá outras providências (MATO GROSSO DO SUL, 1998) e a Lei nº 1953 de 9 de abril de 1999,
que dispõe sobre a defesa sanitária animal no Estado (MATO GROSSO DO SUL, 1999), entre
outras. Entretanto, o Estado, bem como o resto do país, tem apresentado um grande número de
clandestinidade na piscicultura. Isso ocorre, não em razão da falta de preocupação do produtor
estar em dia com suas obrigações, mas porque na prática, ocorre um conflito de competência
ou duplicidade de regularizações, como é o caso entre IBAMA, o Departamento de Pesca e
Aqüicultura da Delegacia Federal de Agricultura e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
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A piscicultura, sem dúvida, é a criação animal que mais precisa de um ambiente
equilibrado e estável, uma vez que alterações na qualidade da água comprometem a qualidade
do peixe e a produtividade, podendo causar a morte de até 100% dos peixes, em caso de
contaminação, por exemplo.
Como se pode observar, a piscicultura vem apresentando um crescimento significativo
no Estado, mas a atividade tem-se desenvolvido de forma desestruturada. As exceções são
apresentadas somente pelos grandes piscicultores, que possuem maior infra-estrutura,
tecnologia e acesso aos grandes mercados consumidores, conseguindo obter produção em
escala e comercializando suas produções a preços vantajosos e competitivos.
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exemplo), decorrente da má qualidade de água (provocado pelo acúmulo de resíduos
orgânicos nos tanques de cultivo); aspecto visual, muitas vezes prejudicado pela forma de
apresentação do produto (in natura) e dificuldades de comercialização (o peixe é um produto
altamente perecível).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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manutenção da propriedade e aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado onde se
localizam.
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