Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2020
G U S T A V O LE ITE FR A N K LIN
CURITIBA
2020
F831 Franklin, Gustavo Leite
Avaliação de ataxia em pacientes com doença de Huntington
[recurso eletrônico] / Gustavo Leite Franklin. - Curitiba, 2020.
NLM: W L 359.5
FICHA CATALOGRAF1CA ELABOFiACA PELO SISTEMA DEBIBLIOTECAS/UFPR
BBLIOTECA DECIÊNCIAS DA SAÚDE BBLIOTECÁRIA: RAQUEL PINHEIRO COSTA
JORDÃO CRB 9/991
DEDICATÓRIA
A m eus pacientes.
Aos meus pais, que criaram em mim o gosto pelo estudo e me incentivam
orgulhosam ente.
A toda minha fam ília, à Nayra pelo apoio e dedicação e a todos os amigos, que me
acom panham na incrível jornada do saber.
AF - Anisotropia fracionada
DC - Degeneração cerebelar
DH - Doença de Huntington
HC - Hospital de Clínicas
IB - Índice de Barthel
pósitrons)
PR - Penetrância reduzida
RM - Ressonância m agnética
SC - Substância cinzenta
RP - Ribeirão Preto
SUMÁRIO
1 IN T R O D U Ç Ã O ......................................................................................................17
2.2 A T A X IA ................................................................................................................... 20
3 J U S T IF IC A T IV A ................................................................................................... 29
4 O B J E T IV O S .......................................................................................................... 30
5 A RTIG O DA T E S E ...............................................................................................31
6 C O N C L U S Ã O .......................................................................................................42
R E FE R Ê N C IA S...................................................................................................43
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
instáveis, e indivíduos com essas repetições podem ter filhos afetados com a
doença (ACM G/ASHG, 1998; RASKIN, 2000).
2.2 ATAXIA
rara relacionada ao com prom etim ento da via cerebelo-frontal; (IV) talâmica, devido
à lesão no circuito cerebelo-tálam o-cortical; e (V) vestibular, decorrente da
disfunção labiríntica (HAERER, 1992). A ataxia cerebelar representa uma síndrom e
com posta de inúmeros sinais e sintom as caracterizados pela presença de alteração
de marcha, com características ébrias; dificuldade de realização da marcha pé-ante-
pé; distasia; dismetria; disdiadococinesia; disartria; presença de reflexos
pendulares; trem ores cinético e intencional e disartria, a qual é caracterizada como
fala escandida. Além disso, podem ser encontrados sinais e sintom as como
titubeação, hipotonia, reflexos pendulares, nistagm o e alteração dos movim entos
oculares (HARPER, 1991, HAERER, 1992 ,KLOCKEGETHER, 2011).
axial, hipotonia e ataxia. O acom etim ento na porção hem isférica do cerebelo e do
núcleo globoso, em boliform e e/ou dentado, acarreta dificuldades no início dos
movimentos, dismetria, disdiadococinesia e disartria (HAINES, 2018).
O cerebelo está em relação com o córtex cerebral através da via cortico-
ponto-cerebelar (aferente) e do feixe dentato-rubro-talâm ico-cortical (eferente) e
desem penha um papel im portante no controle e na coordenação motora. Existem
vários estudos m ostrando que o cerebelo interage com os núcleos da base
(BOSTAN, 2010) não apenas na DH, mas tam bém em outras doenças neurológicas,
como em distonias (NEYCHEV, 2008; PRUDENTE, 2014), em doenças
psiquiátricas (LAUTERBACH, 1996; SCHM AHM ANN, 2019) e em distúrbios
cognitivos (LEINER, 1993; GUELL, 2018).
23
por vários artigos e tam bém pela "dism etria do pensam ento” (SCHM AHM ANN,
1998), descrita com o um com prom etim ento neurológico subjacente a uma alteração
dos processos sensório-m otor e mental na disfunção cerebelar (DONG, 2020;
LAUTERBACH, 1996; SCHM AHM ANN, 1998; SCHM AHM ANN, 2019; GUELL,
2018; ANDREASEN, 1998). Muitos estudos dem onstram que alterações focais no
cerebelo estão relacionadas a distúrbios psiquiátricos e/ou cognitivos
(LAUTERBACH, 1996; SCHM AHM ANN, 1998). Outras publicações postulam ainda
que disfunções nas relações dos núcleos da base ou das alças cerebelares com o
córtex cerebral podem estar subjacentes ao desenvolvim ento de sintom as
cognitivos e psiquiátricos (M IDDLETON, 2000; HENLEY, 2012;
SPRENGELM EYER, 2013). Assim, muitas seriam as possibilidades de
27
al. (2012) encontraram envolvim ento cerebelar no processam ento em ocional desde
DH pré-m anifesto. Holtbernd et al. (2016), por sua vez, observaram atividade
reduzida relacionada à aprendizagem no córtex cingulado posterior, e tam bém no
cerebelo, ao analisar dez pré-DH em com paração com os controles. Em outro
28
3 JUSTIFICA TIVA
4 OBJETIVO
5 ARTIG O DA TESE
Resumo
Determ inar a prevalência de ataxia cerebelar em pacientes com HD, tanto nos
aum ento do déficit cognitivo (p = 0,023) nos pacientes à m edida que a doença
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
Seleção de pacientes
Foi realizado um estudo transversal, m ulticêntrico, no qual foram incluídos
pacientes com diagnóstico genético de DH. O estudo foi conduzido nos serviços de
neurologia dos seguintes locais: Departam ento de Medicina Interna da Universidade
Federal do Paraná, em Curitiba; Universidade Federal de São Paulo; Universidade
de Cam pinas e Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto) e foi aprovado pelo
comitê de ética de cada centro e todos os pacientes assinaram o term o de
consentim ento inform ado por escrito.
Foram incluídos 124 pacientes com diagnóstico genético determ inado de DH
e com idade m aior que 20 anos. Este diagnóstico foi determ inado de acordo com
os critérios genéticos, de modo que alelos com repetição de CAG entre 36 e 39
foram definidos como de penetrância reduzida, e os com m aior ou igual a 40
expansões, foram definidos com o totalm ente penetrantes (POTTER, 2004;
AC M G /ASH G STATEM ENT, 1998). Pacientes com menos de 20 anos de idade não
foram incluídos com o intuito de evitar possível viés associado à doença de
Huntington juvenil (DHJ). Pacientes com dem ência avançada que im pedissem a
adequada realização das m anobras contidas na avaliação, pacientes com
lim itações físicas que im pedissem o exame, com o am putações ou alteração de
força e m otricidade por outras causas que não a DH e pacientes acam ados foram
excluídos. Desta forma, dos 124 pacientes iniciais com DH, 72 foram considerados
elegíveis para este estudo.
A valiação clínica
Todos os 72 pacientes selecionados foram subm etidos a exam e clínico por
dois investigadores treinados para aplicar ferram entas específicas de avaliação. Os
resultados foram avaliados de form a independente e reavaliados quando
necessário pelo coordenador do serviço na presença de discrepâncias. O protocolo
clínico incluía: 1) Exame neurológico com avaliação dos sinais cerebelares
(dismetria, disdiadococinesia, ataxia da marcha, incluindo marcha tandem ou trem or
cerebelar); 2) Aplicação das versões brasileiras validadas da Escala para Avaliação
e Classificação da Ataxia (SARA) (SCHM ITZ-HÜBSCH, 2006; BRAGA-NETO,
2010) e Escala Breve de Avaliação de Ataxia (BARS) (SCHM AHM ANN, 2009;
35
A nálise estatística
Para descrever as variáveis quantitativas, foram considerados valores de
médias, medianas, mínim as e máxim as e desvios-padrão, enquanto frequências e
porcentagens para descrever as variáveis qualitativas. O teste não param étrico de
M ann-W hitney foi utilizado para com parar duas classificações de uma variável
qualitativa em relação a uma variável quantitativa. A associação entre duas
variáveis qualitativas foi avaliada considerando o teste exato de Fisher. A
associação entre duas variáveis quantitativas foi avaliada estim ando-se o
coeficiente de correlação de Spearm an. Para análise m ultivariada foi utilizada o
m odelo de regressão linear (ANOVA). A condição de norm alidade das variáveis foi
avaliada pelo teste de Jarque-Béra. Valores de p m enores que 0,05 foram
considerados estatisticam ente significativos.
Resultados
Gênero F F M M M M
Idade 55 45 49 73 53 58
Idade de
51 38 36 66 51 51
Início
Duração da
doença 4 7 13 7 2 7
(anos)
Ataxia de Ataxia de
Ataxia de Ataxia de Ataxia de Ataxia de
marcha, marcha,
Achados marcha, marcha, marcha, marcha,
dismetria, dismetria,
cerebelares discreta dismetria, dismetria, dismetria,
disdiadococin disdiadococine
dismetria, disartria disartria disartria
esia sia
Atrofia
cerebelar
Sim Não Não Não Não Não
desproporcio
nal
Distúrbios do
Coreia + Coreia + Coreia + Coreia + Coreia +
movimento Bradicinesia
distonia distonia distonia distonia distonia
associados
Demência + Demência + Demência + Demência +
Achados
alt. alt. alt. alt.
cognitivos ou Ansiedade Nenhum
comportame comportament comportame comportame
psiquiátricos
ntal al ntal ntal
CAG 43 45 45 40 42 42
Pai falecido
Pai com coreia Sem história Indetermina Indetermina Indetermina
Pedigree (com história
e distonia familiar do do do
de coreia)
BARS 8 7 6 11 8 3
UHDRS 28 41 61 35 31 12
Barthel 100 90 85 85 85 95
Fonte: o autor (2020)
BARS: Brief Ataxia Rating Scale; BI: Barthel Index; CAG: Repetição citosina-adenina-guanina; SARA: Scale for
the assessment and rating o f ataxia; UHDRS: Unified Huntington Disease Rating Scale
100 .0 %
90.0%
80.0%
70.0%
60.0%
50.0%
0-5 anos 6-10 anos 11-15 anos >15 anos
Fonte: o autor
Ao com parar pacientes com ataxia (n = 51) e sem ataxia (n = 21), observou-
se que os pacientes com ataxia apresentavam índices UHDRS significativam ente
3B
Tabela 3. Com paração dos aspectos clínicos entre os grupos com e sem ataxia
Fonte: o autor
(*) Teste exato de Fisher
(**) Teste não param étrico de M ann-W hitney
39
DISCUSSÃO
Em um estudo de coorte com 205 pacientes com DH, Squitieri et al. (2000)
descreveram 2 pacientes que tiveram ataxia de membro e marcha como a primeira
manifestação clínica da DH, ao passo que 15 apresentaram sintom as motores
atípicos (m ovim entos não-coreicos) como primeira m anifestação da doença. Os
autores postularam que os m ecanism os fisiopatológicos da DH são m ultifocais e
não se limitam ao com prom etim ento do estriado. Além disso, Dong et al. (2013)
avaliaram uma am ostra com posta por 82 pacientes com DH e identificaram 7 com
diagnóstico inicial m im etizando ataxia espinocerebelar devido à presença de ataxia
como prim eiro sintoma. Outros relatos tam bém apontaram ataxia como uma
apresentação inicial da DH (RODRÍGUEZ-QUIROG A, 2013; SQUITIERI, 2003).
Embora tenha sido feito um esforço para m inim izar possíveis vieses,
entende-se que existem algum as lim itações neste estudo que foram levadas em
consideração para m anter a qualidade deste trabalho. Em prim eiro lugar, altos
estágios de progressão podem m ostrar algum grau de apraxia e podem gerar outro
viés de confusão na avaliação clínica do paciente. Além disso, a presença de
distúrbio cognitivo é uma característica da DH e um im portante contribuinte para a
incapacidade. No presente estudo, todos os pacientes com dem ência avançada ou
que não conseguiram realizar corretam ente os testes e m anobras foram excluídos.
Exames de imagem não foram conduzidos a todos os pacientes, pois não estava
no escopo inicial do presente estudo, mas entendem os que poderia ser de utilidade
para maior elucidação das alterações cerebelares em pesquisas futuras.
e CO NCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BHIDE, P.G. et al. Expression o f normal and m utant huntingtin in the developing
brain. The Journal of Neuroscience, [S.l.], v. 16, p. 5523-35, 1996.
BRINKMAN, R.R. et al. The likelihood o f being affected with Huntington disease by
a particular age, fo r a specific CAG size. Am erican Journal of Human G enetics,
[S.l.], v. 60, n.5, p.1202-1210, mai. 1997.
BOSTAN, A.C.; STRICK, P.L. The cerebellum and basal ganglia are
interconnected. Neuropsychology R eview , [S.l.], v. 20, p. 261-270, set. 2010.
CAMARGOS, S. et al. Brief Ataxia Rating Scale: A Reliable Tool to Rate Ataxia in
a Short Tim efram e. M ovem ent Disorders Clinical Practice, [S.l.], v. 3, n. 6, p.
621-623, nov./dez. 2016.
DECKEL, A.W . et al. Altered Patterns o f Regional Cerebral Blood Flow in Patients
with Huntington's Disease: A SPECT Study During Rest and Cognitive or Motor
Activation. Journal of Nuclear Medicine, [S.l.], v.41, n. 5, p. 773, mai. 2000
44
DONG, Y. et al. Chinese patients with Huntington's disease initially presenting with
spinocerebellar ataxia. Clinical G enetics, [S.l.], v. 83, n. 4, p. 380-383, abr. 2013.
FOLSTEIN, M.F.; FOLSTEIN, S.E.; MCHUGH, P.R. Mini-M ental State: A practical
method for grading the cognitive state of patients fo r the clinician. Journal of
Psychiatric R esearch, [S.l.], v. 12, n.3, p. 189-198, nov. 1975.
GRIMBERG, Y.A. Falls and gait disturbances in Huntington's disease. M ovem ent
D isorders, Milwaukee, v. 23, n. 7, p. 970-976, mai. 2008.
GUELL, X. et al. Embodied cognition and the cerebellum : perspectives from the
Dysmetria o f Thought and the Universal C erebellar Transform theories. C ortex,
[S.l.], v. 100, p. 140-148, mar. 2018.
HAINES, D.E.; Gregory, A.M. Fundam ental Neuroscience for Basic and Clinical
Applications. 5a ed. Philadelphia: Elsevier, 2018, p. 394-412.
HOBBS, N.Z. et al. The progression of regional atrophy in prem anifest and early
H untington’s disease: a longitudinal voxel-based m orphom etry study. Journal of
Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, [S.l.], v. 81, n. 7, p. 756-763, nov.
2010.
LAUTERBACH, E.C. Bipolar disorders, dystonia, and com pulsion after dysfunction
o f the cerebellum , dentatorubrothalam ic tract, and substantia nigra. Biological
Psychiatry, [S.l.], v. 40, p. 7 2 6-3 0 , out. 1996.
LEINER, H.C.; LEINER A.L.; DOW R.S. Cognitive and language functions o f the
human cerebellum, Trends in N euroscience, [S.l.], v.16, n.11, p. 444-447, nov.
1993.
MIDDLETON, F. Basal ganglia and cerebellar loops: m otor and cognitive circuits.
Brain Research Reviews, [S.l.], v.31, n. 2-3, p. 236-250, mar. 2000.
NEYCHEV, V.K. et al. The basal ganglia and cerebellum interact in the expression
o f dystonic movement. B rain, Oxford, v.131, n. 9, p. 2499-2509, set. 2008.
POTTER, N.T.; Spector, E.B.; Prior, T.W. Technical standards and guidelines for
Huntington disease testing. Genetics in M edicine, [S.l.], v. 6, p. 61-65, jan. 2004.
ROSAS, H.D. et al. Evidence for more w idespread cerebral pathology in early HD:
an MRI-based m orphom etric analysis. N eurology, Minneapolis, v. 60, n.10,
p.1615-1620, mai. 2003.
ROSS, C.A. et al. Huntington disease: natural history, biom arkers and prospects
fo r therapeutics. Nature Reviews N eurology, [S.l.], v. 10, p. 204-216, abr. 2014.
RÜB, U. et al. The human prem otor oculom otor brainstem system - can it help to
understand oculom otor sym ptom s in Huntington's disease? N europathology and
A pplied Neurobiology, [S.l.], v. 35, n.1, p. 4-15, jan. 2009.
RUOCCO, H.H. et al. Striatal and extrastriatal atrophy in Huntington's disease and
its relationship with length o f the CAG repeat. Brazilian Journal of Medical and
Biological R esearch, São Paulo, v. 39, n.8, p. 1129-1136, ago. 2006.
SAKAI, K. et al. Case study: som atic sprouts and halo-like am orphous m aterials of
the Purkinje cells in H untington’s disease. C erebellum , [S.l.], v. 14, p. 707-710,
2015.
SCHM AHM ANN, J.D. et al. The theory and neuroscience o f cerebellar cognition.
A nnual Review of Neuroscience, [S.l.], v. 42, n.1, p. 337-364, jul. 2019.
SCHM AHM ANN, J.D. et al. Developm ent o f a Brief Ataxia Rating Scale (BARS)
Based on a Modified Form o f the iCaRS. M ovem ent D isorders, Milwaukee, v. 24,
n.12, p. 1820-1828, set. 2009.
SCHM AHM ANN, J.D.; SHERM AN, J.C. The cerebellar cognitive affective
syndrom e. B rain, Oxford, v.121, n. 4, p. 561-579, abr. 1998.
SCHM ITZ-HÜBSCH, T. et al. Scale fo r the assessm ent and rating o f ataxia:
developm ent o f a new clinical scale. N eurology, Minneapolis, v. 66, p.1717-1720,
jun. 2006.
SILVA, D.J. Transtornos do Movim ento. Diagnóstico e T ratam ento. 2a ed. São
Paulo: Editora Omnifarma; 2016.
SINGH-BAIN, K.M. et al. C erebellar degeneration correlates with m otor sym ptom s
in H untington’s disease. A nnals of N eurology, [S.l.], v. 85, n.3, p. 396-405, jan.
2019.
W ALKER, F.O. Huntington's disease. Lancet. [S.l.], v. 369, n.1, p. 218-228, jan.
2007.
WOLF, R.C. et al. Cortical dysfunction in patients with H untington’s disease during
working m em ory perform ance. Human Brain M apping, [S.l.], v. 30, n.1, p. 327
339, jan. 2009.
WOLF, R.C.; SAM BATARO, F.; VASIC, N. et al. Visual system integrity and
cognition in early H untington’s disease. European Journal of Neuroscience,
[S.l.], v. 40, n.2, p. 2417-2426, abr. 2014.
WU, C.; CHEN, D.B.; FENG, L. et al. O culom otor deficits in spinocerebellar ataxia
type 3: Potential biom arkers of preclinical detection and disease progression. CNS
Neuroscience & Therapeutics, [S.l.], v. 23, n. 4, p. 321-328, fev. 2017.
YAM ASHITA, C. H.; AM ENDO LA, F.; OLIVEIRA, M.A.C. Validação do "Índice de
Barthel” para o contexto brasileiro. Anais de periódicos. Sim pósio Internacional
de Iniciação Científica da USP (SIICUSP). Ribeirão Preto: USP, 2008.
49
Justificativa e objetivos:
Os portadores deste tipo de doença apresentam dificuldades motoras, além
de alterações cognitivas e com portam entais. Dentre as alterações motoras,
m ovim entos coreiform es são bem estudados e conhecidos. No entanto, outras
alterações m otoras não coreiform es, como ataxia são pouco estudadas. O objetivo
deste estudo é entender e quantificar a prevalência e o impacto da ataxia na vida
do paciente portador de DH, principalm ente nos estágios iniciais.
Procedim entos:
Participando do estudo você está sendo convidado a:
1. Ser exam inado em diversos aspectos relacionados à doença de base
2. Ser subm etido aplicação de escalas e questionários, avaliados durante a consulta
clínica.
Desconfortos e riscos:
Com o você será avaliado durante consulta clínica no serviço de Neurologia,
não se espera desconfortos além do que o de ser exam inado e questionado sobre
hábitos, com portam entos e sintom as relacionados à sua doença.
Benefícios:
Sua participação nesse estudo permitirá m aior entendim ento sobre um dos
sintom as de sua doença. O estudo não influenciará no tratam ento relacionado a sua
doença.
Sigilo e privacidade:
Você tem a garantia de que sua identidade será mantida em sigilo e nenhuma
inform ação será dada a outras pessoas que não façam parte da equipe de
pesquisadores. Na divulgação dos resultados desse estudo, seu nome não será
citado. As inform ações médicas a seu respeito, que forem obtidas para esse estudo,
poderão ser registradas em seu prontuário, tornando-se disponíveis para outros
médicos que possam lhe atender no futuro.
Ressarcim ento:
Não está previsto ressarcim ento financeiro, visto que todos os procedim entos
serão realizados em datas de consulta regular no am bulatório de neurologia do HC.
C ontato:
(Assinatura do participante)
Responsabilidade do Pesquisador:
A sseguro ter cum prido as exigências da resolução 466/2012 CNS/M S e
com plem entares na elaboração do protocolo e na obtenção deste Term o de
C onsentim ento Livre e Esclarecido. Asseguro, tam bém , ter explicado e
fornecido uma via deste docum ento ao participante. Inform o que o estudo foi
aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado. Com prom eto-m e
a utilizar o material e os dados obtidos nesta pesquisa exclusivam ente para
as finalidades previstas neste docum ento ou conform e o consentim ento dado
pelo participante.
Nome do(a) participante:
(Assinatura do pesquisador)
Data: / /______
52
D ear Dr Franklin
W e are pleased to inform you that w e have received the manuscript "Is ataxia an underestim ated symptom o f Huntington's disease?" to be considered for publication in Frontiers in
Neurology, section M ovem ent Disorders.
You can access the review forum and track the progress o f your manuscript using the following link:
https://w ww.frontiersin.ora//Journal/M ySubm ission.aspx?staae=100
Your m anuscript is now in the initial validation stage to determ ine its suitability for peer review. Should yo u r m anuscript be sent out for peer review, you will receive a notification once we
receive the reports from reviewers and the interactive review forum is activated. You will then be able to read the review reports and exchange directly with the reviewers in the interactive
review forum as well as subm it a revised manuscript, if appropriate.
Kind Regards,
For technical issues, please contact our IT Helpdesk fsupport@ frontiersin.ora) or visit our Frontiers Help Center (zendesk.frontiersin.ora/hc/en-us)
M AN U SCRIPT DETAILS------------
M anuscript title: Is ataxia an underestim ated sym ptom o f H untington's disease?
M anuscript ID: 571843
Authors: Gustavo Leite Franklin, Carlos H Camargo, Alex T Meira, Giovana M Pavanelli, Sibele S Milano, Francisco B Germiniani, Nayra S. C. Lima, Salmo Raskin, O rlando Graziani
Povoas Barsottini, José Luiz Pedroso, Fernanda Aparecida, Vitor Tumas, Pedro M anzke Carvalho, A na C arolina O liveira, Bárbara Braga, Laura C ristina Souza, Rachel Paes Guim arães,
Luiza Gonzaga Piovesana, íscia Teresinha Lopes-Cendes, Paula Christina De Azevedo, M arcondes C. França Jr, Alberto Rolim Muro Martinez and Helio AG Teive
Journal: Frontiers in Neurology, section M ovement Disorders
Article type: Brief Research Report
S ubm itted on: 12 Jun 2020
53
R e ce iv e d : 17 M a rc h 2 0 2 0 | A cc e p te d : 2 0 M a rc h 2 0 2 0 ___________________________________________________________________________________________________________________________
D O I: I 0 .1 0 0 2 /m g g 3 .1 2 4 3
W e read w ith great interest th e m anuscript by A p o lin ario and co n tro v e rsia l. A p la u sib le ju s tif ic a tio n is th e p re s e n c e o f
colleagues (A polinario, d a Silva, A gostinho & Paiva, 2020) so m atic m o sa ic ism , a n d in d iv id u a ls w ith IA th a t m a n i
about the Investigation o f interm ediate C A G alleles o f the fest a HD p h e n o ty p e , ex p ress lo n g e r C A G rep ea ts in th e ir
H T T in th e general population o f R io de Janeiro, an d al m e d iu m -s tria ta l n e u ro n s th a n in o th e r tissu e s in the sam e
though we understand that w as not the aim o f the article, we in d iv id u a l (L e ija -S a la z a r, P iette, & P ro u k a k is, 2 0 1 8 ).
w ould like to contribute w ith an interesting clinical finding, M o sa ic ism fo r C A G rep ea t le n g th h as b ee n re p o rte d in
o f an ongoing study o f a southern B razilian coho rt, that m ay C N S (T e len iu s et al., 1994). T h e re fo re , ag e o f o n set and
highlight the discussion about the im portance o f interm ediate p ro g re s s io n m ay d ep e n d a lso o n o th e r b io lo g ic a l o r e n v i
alleles in H untington's disease (H D ). ro n m e n tal facto rs (S q u itie ri, S ab b ad in i, & M an d ic h , 2 0 1 8 ;
In a group o f sym ptom atic patients w ith HD (O M IM : W exler, L o rim e r, & P o rter, 2 0 0 4 ), and th e re are stu d ie s o f
143100) in a tertiary hospital in Brazil, tw o patien ts am ong c a n d id a te g en e m o d ifie rs th a t m ay in flu e n c e age at o n set
a total o f 41 patients evaluated w ere observed to p resen t a and p ro g re ssio n o f th e d ise a se (L i, F rie d m a n , & L i, 2 007).
classic H D phenotype. B ut interestingly, both o f th em had A lso , it m ay b e th e sam e re a s o n o f w hy n ot all su b jec ts
genetic C A G expansion at the interm ediate alleles (IA ) in th e ran g e o f 3 5 - 3 9 re p e a ts m a n ifest sy m p to m s. It h as
range— a m other and her son, w ith 29 and 34 C A G rep eti been e stim a te d th a t p a tie n ts in th e R P ran g e to h av e a 60%
tions, respectively. B oth patients had chorea, dystonia, and ch a n ce o f b e in g s y m p to m a tic at ag e o f 6 5 y ea rs (Q u arrell
classical features o f H D , indistinguishable from o th e r p a et al., 2 0 0 7 ).
tients in th e classical C A G expansion. It is essen tial th at the classificatio n co rresp o n d s to the
In conform ity w ith those findings, there is a grow ing sci clin ical reality, so that genetic co u nseling and, even m ore,
entific support o f IA patients presenting a classical HD pheno m edical care can be d o n e correctly. S in ce not co n sid erin g the
type (A ndrich et al., 2008; Cubo et al., 2016; Savitt & Jankovic, actual range o f C A G repetitions in w hich HD may m anifest,
2019; Squitieri & Jankovic, 2012). The probability o f IA to m an we m ay d eprive the patient o f ad eq u ate follow -up, an d even
ifest H D is o f extrem ely relevance, not only for the pathogene m aking the treatm en t m ore distant, once new treatm ents are
sis com prehension o f disease, but also for clinical and genetic em erging.
counseling, since those individuals are often reassured as having It is likely that p atien ts w h o express 2 7 -3 5 C A G repeats
no chance of developing HD (Squitieri & Jankovic, 2012). have an even low er p en etran ce than those w ith 3 6 -3 9 , but the
D ue to th e expansion o f C A G repeats g reater th an 26 po ssibility o f IA individuals producing a classic H D p h en o
CA G repeats, the H T T (4 p l6 .3 ) gains an extra polyglutam ine ty p e seem s undeniable.
tail at the N -term inal region, and once expanded H T T can In this way, w e m ay suggest th at th e IA ran g e m ight b e
be cleaved into fragm ents by proteases such as calpains and long to the sam e g ro u p o f red u ced p en etran ce ran g e o f H D,
casp ases. T hese protein fragm ents accum ulate in specific re and w e u n d erstan d th at a brand new g enotypic and p h en o
gions as th e m edium spiny neurons inside nerve cells causing typic classificatio n o f HD is im m inent.
neuronal toxicity (R eilm ann, Leavitt, & R oss, 2014).
T h e e x p la n a tio n o f w hy so m e in d iv id u a ls w ith IA ACKNOWLEDGMENTS
e x h ib it c lin ic a l sy m p to m s w h ile o th e rs d o n ot is still N ot applied.
T h is is a n o p e n a cc e ss a rtic le u n d e r th e te rm s o f th e C re ativ e C o m m o n s A ttrib u tio n L ic e n se , w h ic h p e rm its u se . d istrib u tio n a n d rep ro d u c tio n in any m e d iu m , p ro v id ed th e o rig in a l
w o rk is p ro p erly cited .
© 2 0 2 0 T h e A u th o rs. M o le c u la r G e n e tic s & G e n o m ic M e d ic in e p u b lis h e d b y W iley P e rio d ic a ls, Inc.
L E T T E R T O T H E E D IT O R
Molecular Genetics & Genomic Medicine
-W il e y -!
C ON FLI CT OF INTEREST REFERENCES
T he authors d eclare that they have no conflict o f interest. A ndrich, J., A m ing, L.. W ieczorek, S.. Kraus. P. H .. G old. R .. & Saft, C.
(2008). H untington's disease as caused by 34 C A G repeats. M ovem ent
G ustavo L. Franklin 0 R cilm ann. R .. L eavitt, B. R.. & R oss, C . A . (2014). D iagnostic c r ite
ria for H u n tin g to n 's d isease based on n atural history. M o vem ent
A lex T. M eira0 D isorders, 29. 13 3 5 -1 3 4 1 . https://doi.org/10.1002/m ds.26011
C arlos H. F. C am argo 0 S avitt, D ., & Jan k o v ic, J. (2019). C lin ica l phen o ty p e in c a rrie rs o f inter
H élio A. G. Teive 0 m ed iate alleles in th e huntingtin gene. Jo u r n a l o f th e N eu ro lo g ica l
S cie n ces, 4 0 2 ,5 7 -6 1 . h ttp s://d o i.o rg /1 0 .1 0 1 6 /jjn s.2 0 1 9 .0 5 .0 1 0
S quitieri, F ., & Jan k o v ic, J. (2012). H u n tin g to n 's disease: H ow in ter
M ovem ent D isorders Unit, N eurolo g y Service,
m ed iate are in term ed ia te repeat len g th s? M o vem ent D isorders, 27,
In te rn a l M edicine D epartm ent, Federal U niversity o f
171 4 -1 7 17. h ttp s://d o i.o rg /1 0 .1 0 0 2 /m d s.2 5 172
Paraná, C uritiba, Paraná, Brazil S quitieri, F.. S ab b ad in i, G .. M an d ich , P. e t al (2018). Fam ily and m o
lecular data for a fine analysis o f ag e at o n set in H u n tin g to n d is
Correspondence ease. A m e ric a n Jo u rn a l o f M e d ic a l G enetics. P art A , 95, 3 6 6 -3 7 3 .
G ustavo L. F ranklin, R ua G eneral C arneiro 1103/102, h ttp s://d o i.o rg /1 0 .1 0 0 2 /1 0 9 6 -8 6 2 8 (2 0 0 0 1 2 1 l)9 5 :4 < 3 6 6 :a id -a jm g l
The Editorial Board of Annals of Indian Academ y of Neurology is pleased to inform you that your manuscript entitled Com ment on: Clinical profile of genetically proven Huntington's
disease patients from Eastern India, with manuscript number AIAN_182_20, is ACCEPTABLE for publication in the Journal.
We w ill be sending you the page proofs through the manuscript m anagement site before publication of the manuscript. At that tim e, you may place the order fo r the extra reprints.
If you have not sent the copyright form signed by all the contributors and the images, if any, till now, you are requested to do so at the earliest. Copyright form can be emailed to
copyriaht@ medknow.com
Please note that the journal reserves the rights to m ake changes in the language, grammar, presentation, etc. to suit the journal’s requirements.
We thank you fo r submitting your valuable research w ork to Annals of Indian Academ y of Neurology.
Yours sincerely,
UFPR - HOSPITAL DE
PtofcoPofm p
CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE 'Ç.T B ra/ü
■11111 FEDERAL DO PA R A N Á-
CEP/IIC/UFPR
PAR EC ER C O N S U B S TA N C IA D O DO CEP
DADOS DA NOTIFICAÇÃO
DADOS DO PARECER
Apresentação da Notificação:
O presente documento trata-se de um relatorio parcial
Objetivo da Notificação:
O objetivo é informar o CEP do andamento do estudo
Página 01 de 03
57
58
<§
U FP R - H O S P IT A L DE
/^ P to fc o P o ffT V O
C L ÍN IC A S DA U N IV E R S ID A D E
F E D E R A L DO P A R A N Á -
CEP/l IC/UFPR
C ontinuação do P are ce r 3.946.965
Página 03 de 03
59
J b HOSPITAL DE CLÍNICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
paciente:! Idade:
Sexo:
Contatos:
Avaliador:
SARA
UHRDS
BARS
BARTHEL
Observações
60
Paciente: Registro:
Total:
Marcha
0. Normal
4. Andar sem apoio não é mais possível, o paciente apoia na parede de forma ocasional nos 10
metros
8. Impossível andar, mesmo com o auxílio de outra pessoa (assistência de 2 pessoas: cadeira de
rodas)
0. Normal
0. Normal
Disartria
0. Normal
0. Normal
AVALIACÀO MOTORA
Escala de Barthel
A TIV ID A D E PO N T U A Ç Ã O
A L IM E N T A Ç A O
0 = incapacitado
5 = precisa de ajuda para cortar, passar manteiga, etc, ou
dieta m odificada
10 = independente
BAN H O
0 - dependente
5 = independente (ou no chuveiro)
A TIV ID A D ES R O T IN E IR A S
0 = precisa de ajuda com a higiene pessoal
5 = independente rosto/cabelo/dentes/barbear
V E ST IR -SE
0 = dependente
5 = precisa de ajuda mas consegue fazer uma parte sozinho
10 = independente (incluindo botões, zipers, laços, etc.)
IN T E S T IN O
0 = incontinente (necessidade de enemas)
5 = acidente ocasional
10 = continente
SIST E M A U R IN Á R IO
0 = incontinente, ou cateterizado e incapaz de manejo
5 = acidente ocasional
10 = continente
65
USO DO T O IL E T
0 = dependente
5 = precisa de alguma ajuda parcial
10 = independente ( pentear-se, limpar-se)
ESCADAS
0 = incapacitado
5 = precisa de ajuda (verbal, física, ou ser carregado)
10 —independente
PONTUAÇÃO
TOTAL (0-100):
Orientações:
1. A pontuação na Escala Barthel refere-se ao que os sujeitos fazem e não ao que eles
recordam ter feito um dia.
2. Seu principal objetivo é saber sobre o grau de independência em relação a qualquer tipo
de ajuda (física ou verbal).
3. Se o sujeito não consegue ler o questionário, alguém pode ler o mesmo para ele. É
permito que algum amigo ou parente responda pelo sujeito (caso este esteja impossibilitado
de responder).
4. Preferencialmente procure obter respostas relativas às últimas 48 horas, dependendo do
caso, pode ser por períodos maiores.
óó