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Efeitos do número de séries na força muscular de membros superiores de idosos treinados

José Maria Santarém1, Antônio César de Melo1, Rosana Aparecida Betoni1, Lucas Caseri Câmara1, Wilson Jacob Filho2

1 – Instituto Biodelta; 2 – Geriatria FMUSP

Introdução: Dentre as medidas adotadas para aumento da força


muscular de forma continuada, mesmo em indivíduos já treinados,
encontra-se a manipulação de variáveis de treinamento. A variável
“volume de treino” é composta pelo número de séries, de repetições, de
exercícios realizados e da freqüência semanal adotada. O aumento do
volume de treino é uma das opções a serem manipuladas (aumento) para
Métodos: Idosos treinados (n=23) foram divididos dois grupos: G1 (n=11)
evitar a estagnação da adaptação a treinamento. Assim, o objetivo deste
e G2 (n=12). Ambos os grupos realizaram exercícios seqüenciados
estudo foi avaliar a resposta da força muscular medida de diferentes
envolvendo grandes grupamentos musculares. Nos seis primeiros meses
formas frente à variação do volume de treino, aumentando para tanto o
o G1 realizou três séries de cada exercício (leve, moderada e pesada), e
número de séries realizadas.
o G2 realizou cinco séries (leve, moderada, e 3 pesadas). Após este
período os grupos trocaram o número de séries, passando o G1 a
Resultados: Em nenhuma das análises houve efeito significativo para os realizar 5 séries e o G2 3 séries. Medidas de força muscular (cargas de
fatores GRUPO e INTERAÇÂO. No entanto para todas as análises houve treinamento atuais para a série “pesada”; teste de carga máxima – 1RM;
diferença significativa para o fator TEMPO. 1) Cargas de treino: (F(2,23) e, pico de torque isométrico) foram feitas nos momentos pré, pós 6
= 21,56; p< 0,05) – 12,9+0,9; 14,8+1,0; 15,5+1,0. 2) Carga máxima – meses e pós 12 meses para o exercício supino sentado (press peitoral).
1RM: (F(2,23) = 8,35; p< 0,05) – 24,5+1,5; 27,0+1,4; 28,7+1,7. 3) Pico A análise estatística foi realizada através do software STATISTICA 5.1,
de torque isométrico: (F(2,23) = 32,52; p< 0,05) – 43,8+5,9; 91,1+7,5; por meio de ANOVA e teste post-hoc de Newman-Kuels, adotando o nível
97,6+7,0. Os resultados em valores comparativos das avaliações de significância de p < 0,05.
realizadas são mostrados na figura abaixo.

Conclusão: A prática regular do treinamento resistido é


significativamente eficaz em promover aumento da força muscular de
idosos previamente treinados. O aumento do número de séries como
parâmetro de aumento de volume de treinamento resistido, não influencia
de modo significativo o aumento observado na força muscular de idosos
treinados, e a maior magnitude do aumento da força foi observada nos
seis primeiros meses de treinamento.

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