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Não há como explicar como é único este verde, que se encontra comigo ao me olhar.
Um verde que às vezes traz paz, outras vezes incomoda, outras faz sonhar.
Um verde que ao se ver se manifesta além da luz existente no mundo.
Tem luz própria não necessita sequer do sol para iluminar, é pleno em si.
Tenho muita sorte, muito mais que qualquer outro, e não tenho medo de parecer tolo ao
afirmar.
Não quero ter o teu verde em meus olhos, quero poder ver a sua plenitude manifesta no teu
semblante.
O verde das pedras, o verde das águas do mar, das planícies e matas verdejantes, não tem
qualquer semelhança com o teu olhar.
Teu verde é único, teu verde existe para cedo pela manhã me fitar, verde realidade, não
esperança.
Tragam explicações científicas, usem modelos logicamente bem engendrados para elucidar,
nada será capaz de resistir diante do teu verde olhar.
Quero ver de perto, ver de frente ver de todos os lado, ver de verso, ou de prosa, ver de
todas as maneiras que possam caber no olhar.
Sorte maior não poderia ter, mas ao mesmo tempo esta lhe foi negada, pois, para ver teus
próprios olhos, você tem que olhar em um espelho, e nele acreditar.
Eu não conseguiria viver, se tivesse que depender de qualquer outra coisa, entre eu e o
verde do teu luminoso olhar.
Se aos tolos e simplórios cabe a sorte da felicidade, sou tolo e simplório na tua presença.
Trocadilhos e rimas não são suficientes para traduzir o que é esta cor tão singular.
A lógica, não consegue por equações definir nada como padrão para reproduzir a luz deste
teu olhar.
A singularidade é tal que cabe apenas ela mesma para se auto definir , ou explicar.
Rompendo a lógica, criando um desequilíbrio minúsculo, que tem a força para criar.
Assim foi criado um universo inteiro, e assim há de se recriar.
Recriou-se o universo pela cor singular dos teus olhos, e de teu luminoso olhar.