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Sempre me dei muito bem com todas elas, são seres magníficos elas nos dão muita beleza,
muita energia e muita vida.
Eu sou uma pessoa que gosta de animais, mas muito antes disso sempre adorei árvores,
sempre as tive comigo, sempre as terei.
Antes de ter um cão tive um abacateiro, plantei o danado no quintal lá de casa, e ele
cresceu, cresceu, cresceu, cresceu tanto que um dia quiseram cortá-lo, eu quase matei um
nesse dia, mas seu tronco enorme foi cortado.
O abacateiro, no entanto, tem raízes que vão fundo e que se espalham, e ainda brotou, e
voltou a crescer, crescer, crescer, crescer tanto que parecia que nunca tinha saído dali, acho
que eu também sou assim ressurjo de qualquer resto de lembrança, e retomo minha força.
Tentaram matá-lo com ácido, secionaram as raízes e a casca do tronco para interromper o
fluxo da seiva, mas nada adiantou, ele é duro de matar, e eu também sou.
Sempre me vi como uma árvore, sempre me identifiquei com a força e a persistência de
vida deste meu amigo que me acompanha desde sempre, e sempre resisti e venci como ele.
Árvores são tudo o que há de belo, forte, e benigno na terra, pois dão vida a todos que
solicitarem, não negam sua sombra, nem seus frutos a ninguém, e na batalha contra a
violência e a morte insistem em brotar e dar seu testemunho de vida perene.
Traduzem em vida, a luz, a água e a terra que lhes são oferecidas, e tomam sabores
variados, cores e texturas surpreendentes, fabricando para todos os outros seres viventes
alimentos, conforto e beleza.
Ainda que sejam plantadas para se tornarem lenha, móveis, ou papel, seu legado é sempre o
mais benigno, e sua vida a que menos tira e mais oferece a todos.