Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ver a vida, ver pessoas, ver fatos, e histórias, com olhos de quaisquer cores se vê.
Não há porque se espantar, ou se admirar por conta de olhos que vêm como outros olhos.
Espanto-me com olhos cegos, não vêem, não lêem, mas estão por lá, tanto quanto quaisquer
outros olhos.
São olhos que pegam, são mãos que lêem, mãos que vêem, e se tornam olhos, são mãos.
Mãos que guiam pés que andam, fazem o papel dos olhos e guiam passos pelo chão, são
olhos, são mãos, são pés.
Não têm íris de cores diferentes, são olhos ausentes, mas estão na face, em suas órbitas, e
não mãos.
Pés andam mãos pegam e sentem, olhos não, olhos são olhos, pés e mãos caminham e
sentem o chão, olhos nas mãos.
Ninguém se importa com sua cor, sabem de tudo sem ver com os olhos, escutam cada
ruído, sentem a presença, são olhos sem cor.
Sentem tudo, se localizam no ambiente, torcem por um time de futebol, vibram aplaudem
vaiam, são gente.
A cor dos olhos cegos, é indiferente, não significa nada a seu dono, a ele o que importa é o
que sente.
Olhos que não vêem, mãos que guiam pés, olhos que sentem, não lhes importa a cor, com
certeza são testemunhas da luta, e de quem a trava sentem também a dor.
Olhos não mentem, revelam o sentimento e a intenção, olhos também transbordam com o
que vai na mente do cidadão.
Será que da mesma forma não mentem as mãos, quando se tornam olhos?
Talvez não mintam, mesmo porque mãos sentem, e não é nada fácil esconder o que se tem
no coração.
Na vida dos olhos sem cor relevante uma cor ainda não lhes é tão indiferente, pois são
olhos feitos de mãos, mas vêem a verdade, olhos de ver, vêem sentido no sentir, sentem ao
ver como vêem os verdes dos olhos que vêem, ao ver de verdade.