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Vento Ordinário

Não dá para ser muita coisa além de um vento ordinário se não nos encontramos com uma
ventania que nos abrace e nos dê força.

Aquela que em sua divina perfeição denuncia o quão simples e ordinários somos, a
perfeição que se fez mulher, e nos fez gozar o maior dos prazeres.

De nada vale ser assim tão comum, e ainda tentar provar que somos diferentes, se ela não
se importar com isso, ou não sentir aquele ciúme doentio que nos faz tão bem.

Ciúme é por vezes chato, mas nos dá também a idéia do valor que temos para quem o sente,
é diferente da inveja, pois esta vem de quem não participa da tua vida.

A inveja é daqueles que passam ao largo e testemunham a tua felicidade, o ciúme é natural
de quem está na tempestade da vida e compartilha a mesma realidade.

Uma ventania ciumenta deixa sempre um vento ordinário todo prosa, todo cheio de si,
sentindo-se tão bom quanto a enciumada ventania.

Tenho me sentido um vento menos ordinário que de costume, mesmo porque tenho ao meu
lado uma ventania zelosa de muito ciúme.

Só uma coisa sinto ser indispensável para viver, é a companhia da minha ventania, da
tempestade, e da sua graça divina.

Passo por muitos lugares vejo muita coisa, falo com muitas pessoas, e a cada dia que passa
me dou conta da preciosidade dessa tempestade particular, que me dá vida.

Ela vai estar sempre presente em cada beleza que eu contemplar, em todos os lugares vai
estar presente, mais importante que qualquer pessoa na minha vida, Deusa Eterna,
eternamente viva!

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