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Inegável como a chuva que desaba do céu no verão, é a beleza da árvore que dá seu fruto, e
sua flor, ou ainda não dá nada, mas se mostra a todos.
Inegável é a beleza da menina que sobe na árvore para comer a doce fruta, e é surpreendida
pela chuva, sorri com toda a sua alma, seu corpo, seu ser.
Na árvore trepada sob a refrescante chuva, molhada e alimentada, uma planta de uma
mulher, a planta de seu pé no galho da árvore, pé de fruta e pé de mulher.
A flor da planta desaparece, aparece regada pela chuva a flor da mulher, molhada em plena
tarde de verão, sorridente e fazendo alarde, flor que pelos olhos chega na alma deste
cidadão.
Se tiver fruta, ou flor, é pé de uma ou outra, se nada tem é pé de pau, mas a melhor fruta
que qualquer árvore pode ter em seus galhos, traz em si a flor mais desejada pelo homem,
uma morena flor de mulher.
Quantas árvores, quantos pés, frutas e flores de pernas para o ar, o homem cai por terra aos
pés da mulher, ela sorri e desce da árvore comendo a fruta que pegou com suas mãos.
Anda sorridente e se vai de pés descalços sobre o chão, deixa na terra o caroço da fruta e o
pobre homem, ficam no ar sua beleza e o perfume da flor molhada.
Fica a lembrança da flor e da fruta, ficam as pegadas no barro, o delicado desenho dos pés
da mulher, aquela que pelos olhos tocou a alma de mais um homem que clama:
-Volta chuva, traz de volta a flor daquela planta, a moça que brotou naquele pé!