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Fagundes Varela - Vozes da Amrica No te rias assim, oh! no te rias, Basta de sonhos, de iluses fatais!

Minh'alma nua, e do porvir s luzes Meus roxos lbios sorriro jamais! Que pesar me consome? ah! no procures Erguer a lousa de um pesar profundo, Nem apalpares a matria lvida, E a lama impura que pernoita ao fundo! No No Que E a so as flores da ambio pisadas, a estrela de um porvir perdida... esta cabea coroou de sombras tumba inclina ao despontar da vida!

este enojo perenal, contnuo, Que em toda a parte me acompanha os passos, E ao dia incende-me as artrias quentes, Me aperta noite nos mirrados braos! So estas larvas de martrio e dores Scias constantes do judeu maldito! Em cuja testa, dos tufes crestada, Labu de fogo cintilava escrito! Quem de si mesmo desterrar-se pode? Quem pode a idia aniquilar que o mata? Quem pode altivo esmigalhar o espelho Que a torva imagem de Sat retrata? Quantos encontram inefveis gozos Nesses prazeres, para mim tormentos! Quantos nos mares onde a morte enxergo Abrem as velas do baixel aos ventos! O meu destino vaguear e sempre! Sempre fugindo funeral lembrana... Frreo estilete que me rasga os msculos, Voz dos abismos que me brada: - Avana! Que pesar me consome? ai! no mais tentes, Erguer a lousa de um pesar profundo, Somente a morte encontrars nas bordas, E o inferno inteiro a praguejar no fundo!

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