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NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA

E EM MEDICINA DO TRABALHO

4.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:

a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do


trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali
existentes à saúde do trabalhador;

b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação


do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de
Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a
NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente
assim o exija;

c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas


instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
disposta na alínea "a";

d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do


disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus
estabelecimentos;

e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de


suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a
NR 5;

f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e


orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de
duração permanente;

g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e


doenças ocupacionais, estimulando os em favor da prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do
acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características
do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença
ocupacional ou acidentado(s);

i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,


doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os
quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e
VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos
mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31
de janeiro, através do órgão regional do MTb;

j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o
método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas
condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo
ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às
alíneas "h" e "i" por um período não inferior a 5 (cinco) anos;

l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência,
quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de
efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a
incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer
outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.

NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

Ruído: audiometria;
Poeira mineral: radiografia do tórax;
Chumbo: plumbemia e ALA urinário;
Fumos de plásticos: espirometria;
Tolueno: ácido hipúrico e provas de função hepática e renal;
Radiação ionizante: hemograma.
Para vários agentes descritos na alínea "b", não há procedimentos médicos
específicos.

11.2 Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a


expressão "Transporte manual de sacos" toda atividade realizada de maneira
contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o
peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador,
compreendendo também o levantamento e sua deposição.
11.2.2 Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para
o transporte manual de um saco.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os


subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional,
incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;
15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo
vedada a percepção cumulativa.

17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios,
salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as
seguintes condições de conforto:

a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira


registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus
centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.

Organização do trabalho.

17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas


dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no
mínimo:

a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,
ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do
trabalho, deve ser observado o seguinte:

a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e


vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a
saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a
15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos
níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.

17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto


em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:

a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores


envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o
teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a
8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada
movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de
5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador
poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das
Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos
para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a
15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser
iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada
progressivamente.
ANEXO I

INSTALAÇÕES QUE CONSTITUEM EXCEÇÕES À APLICAÇÃO DO ITEM


20.4 (CLASSIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES)

1. As instalações que desenvolvem atividades de manuseio, armazenamento,


manipulação e transporte com gases inflamáveis acima de 1 ton até 2 ton e de
líquidos inflamáveis e/ou combustíveis acima de 1 m³ até 10 m³ devem
contemplar no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, além dos
requisitos previstos na Norma Regulamentadora nº 9:

a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou


líquidos combustíveis;

c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou


líquidos combustíveis;

d) as medidas para atuação em situação de emergência.

1.1 O empregador deve treinar, no mínimo, três trabalhadores da instalação


que estejam diretamente envolvidos com inflamáveis e/ou líquidos
combustíveis, em curso básico previsto no Anexo II.
2. As instalações varejistas e atacadistas que desenvolvem atividades de
manuseio, armazenamento e transporte de recipientes de até 20 litros,
fechados ou lacrados de fabricação, contendo líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis até o limite máximo de 5.000 m³ e de gases inflamáveis até o
limite máximo de 600 toneladas, devem contemplar no Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais, além dos requisitos previstos na Norma
Regulamentadora nº 9:

a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou


líquidos combustíveis;

c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou


líquidos combustíveis;

d) as medidas para atuação em situação de emergência.

2.1 O empregador deve treinar trabalhadores da instalação que estejam


diretamente envolvidos com inflamáveis, em curso Básico, na proporção
definida na Tabela 2.

Tabela 2

Nº de
Capacidade armazenada (gases inflamáveis e/ou
trabalhadores
líquidos inflamáveis e/ou combustíveis)
treinados
Acima de 1 ton até 5 ton e/ou acima de 1 m³ até 9 m³ mínimo 2
Acima de 5 ton até 10 ton e/ou acima de 9 m³ até 42 m³ mínimo 3
Acima de 10 ton até 20 ton e/ou acima de 42 m³ até 84 m³ mínimo 4
mais 2
Para cada 20 ton e/ou 84 m³
trabalhadores

2.2 Para efeitos dos itens 2 e 2.1 deste Anexo, será aceito curso de prevenção
e combate a incêndios já realizado pelo trabalhador há até dois anos da data
de publicação desta NR, desde que possua uma carga horária mínima de 6
horas, contemple no mínimo 80% do conteúdo programático do curso Básico
previsto no Anexo II.

3. Aplica-se o disposto nos itens 2 e 2.1 deste Anexo para a instalação de


armazenamento de recipientes de até 20 litros, fechados ou lacrados de
fabricação, contendo líquidos inflamáveis e/ou combustíveis até o limite
máximo 10.000 m³ e de gases inflamáveis até o limite máximo 1.200 ton, desde
que a instalação de armazenamento esteja separada por parede da instalação
onde ocorre a fabricação, envase e embalagem do produto a ser armazenado.

3.1 A instalação de armazenamento de recipientes com volume total superior


aos limites mencionados no item 3 deve elaborar análise de riscos, conforme
disposto nos itens 20.10.2, 20.10.2.1, 20.10.2.2, 20.10.4, 20.10.4.1, 20.10.5,
20.10.6, 20.10.6.1 e 20.10.7 plano de resposta a emergências, conforme itens
20.14.1, 20.14.2, 20.14.4, 20.14.5, 20.14.5.1, 20.14.5.2, 20.14.6 e 20.14.7.

NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO

22.36 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração –


CIPAMIN

22.36.1 A empresa de mineração ou Permissionário de Lavra Garimpeira que


admita trabalhadores como empregados deve organizar e manter em regular
funcionamento, na forma prevista nesta NR, em cada estabelecimento, uma
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, doravante denominada
CIPA na Mineração- CIPAMIN.

22.36.2.1 O treinamento para membros da CIPAMIN poderá ser ministrado


pelo SESMT, entidades sindicais de empregadores ou de trabalhadores ou por
profissionais que possuam conhecimentos sobre os temas ministrados,
escolhidos de comum acordo entre o empregador e os membros da Comissão.

22.36.2.1.1 As empresas com até cinqüenta empregados, inclusive as que


possuem somente trabalhadores designados, podem organizar ou participar de
treinamentos conjuntos que contemplem os temas especificados no item
22.36.12.2.

22.36.3 A CIPAMIN será composta de representante do empregador e dos


empregados e seus respectivos suplentes, de acordo com as proporções
mínimas constantes no Quadro III, anexo.

22.36.3.1 A composição da CIPAMIN deverá observar critérios que permitam


estar representados os setores que ofereçam maior risco ou que apresentem
maior número de acidentes do trabalho.

22.36.3.1.1 Os setores de maior risco deverão ser definidos pela CIPAMIN com
base nos dados do PGR, no relatório anual do PCMSO, na estatística de
acidentes do trabalho elaborada pelo SESMT e outros dados e informações
relativas à segurança e saúde no trabalho disponíveis na empresa.

22.36.3.2 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro III desta NR


a empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira deverá designar e treinar
em prevenção de acidentes um representante para cumprir os objetivos da
CIPAMIN, o qual deverá promover a participação dos trabalhadores nas ações
de prevenção de acidentes e doenças profissionais.

22.36.4 Os representantes dos empregados na CIPAMIN serão por estes


eleitos seguindo os procedimentos estabelecidos na Norma Regulamentadora
n.º 5 - CIPA e respeitando o critério estabelecido no item subitem 22.36. 3.1.

22.36.4.1 Em obediência aos critérios do subitem 22.36.3.1 para a composição


da CIPAMIN esta indicará as áreas a serem contempladas pela
representatividade individual de empregados do setor.
22.36.4.1.1 Observado o dimensionamento do Quadro III, a CIPAMIN deverá
ser composta de forma a abranger a representatividade de todos os setores da
empresa, podendo, se for o caso, agrupar áreas ou setores preferentemente
afins.

22.36. 4.2 Os candidatos interessados deverão inscrever-se para


representação da sua área ou setor de trabalho.

22.36.4.3 A eleição será realizada por área ou setor e os empregados votarão


nos inscritos de sua área ou setor de trabalho.

22.36.4.4 Assumirá a condição de titular da CIPAMIN o candidato mais votado


na área ou setor de trabalho.

22.36.4.5 Assumirá a condição de suplente, considerando o Quadro III, dentre


todos os outros candidatos, o mais votado, desconsiderando a área ou setor de
trabalho.

22.36.4.6 O mandato dos membros eleitos da CIPAMIN terá duração de um


ano, permitida uma reeleição.

22.36.5 O Presidente da CIPAMIN bem como o representante suplente do


empregador serão por este indicados.

22.36.6 O Vice-Presidente da CIPAMIN será escolhido entre os representantes


titulares dos empregados.

22.36.7 A CIPAMIN terá como atribuições:

a) elaborar o Mapa de Riscos, conforme prescrito na Norma Regulamentadora


nº.5 (CIPA), encaminhando-o ao empregador e ao SESMT, quando houver;
b) recomendar a implementação de ações para o controle dos riscos
identificados;
c) analisar e discutir os acidentes do trabalho e doenças profissionais
ocorridos, propondo e solicitando medidas que previnam ocorrências
semelhantes e orientando os demais trabalhadores quanto à sua prevenção;
d) estabelecer negociação permanente no âmbito de suas representações para
a recomendação e solicitação de medidas de controle ao empregador;
e) acompanhar a implantação das medidas de controle e do cronograma de
ações estabelecido no PGR e no PCMSO ;
f) participar das inspeções periódicas dos ambientes de trabalho programadas
pela empresa ou SESMT, quando houver, seguindo cronograma negociado
com o empregador;
g) realizar reuniões mensais em local apropriado e durante o expediente
normal da empresa, em obediência ao calendário anual, com lavratura das
respectivas atas e nos termos da Norma Regulamentadora n.º 5;
h) realizar reuniões extraordinárias quando da ocorrência de acidentes de
trabalho fatais ou que resultem em lesões graves com perda de membro ou
função orgânica ou que cause prejuízo de monta, no prazo máximo de 48
(quarenta e oito) horas após sua ocorrência;
i) requerer do SESMT, quando houver, ou do empregador ciência prévia do
impacto à segurança e à saúde dos trabalhadores de novos projetos ou de
alterações significativas no ambiente ou no processo de trabalho, revisando,
nestes casos, o Mapa de Riscos elaborado;
j) requisitar à empresa ou ao Permissionário de Lavra Garimpeira as cópias da
Comunicações de Acidente do Trabalho- CAT- emitidas ;
l) apresentar, durante o treinamento admissional dos trabalhadores previsto no
item 22.35, os seus objetivos, atribuições e responsabilidades e
m) realizar, anualmente, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho na Mineração –SIPATMIN, com divulgação do resultado das ações
implementadas pela CIPAMIN.

22.36.8 O empregador deverá proporcionar à CIPAMIN os meios e condições


necessários ao desempenho de suas atribuições

22.36.9 São atribuições do Presidente da CIPAMIN:

a) coordenar e controlar as atividades da CIPAMIN;


b) convocar os membros para as reuniões ordinárias mensais e extraordinárias;
c) preparar a pauta das reuniões ordinárias em conjunto com o Vice-
Presidente;
d) presidir as reuniões;
e) encaminhar ao empregador e ao SESMT, quando houver, o Mapa de Riscos
elaborado;
f) encaminhar ao empregador e ao SESMT, quando houver, as recomendações
e solicitações da CIPAMIN;
g) zelar pelo funcionamento e prover os meios necessários ao cumprimento
das atribuições da CIPAMIN;
h) manter e promover o relacionamento da CIPAMIN com o SESMT, quando
houver, e com os demais setores da empresa e
i) elaborar relatório trimestral de atividades, em conjunto com o Vice-
Presidente, enviando-o ao empregador e ao SESMT, quando houver.

22.36.10 São atribuições do Vice-Presidente da CIPAMIN:


a) substituir o Presidente em seus impedimentos;
b) coordenar os representantes dos empregados na elaboração e no
encaminhamento das recomendações e demais ações previstas nas
atribuições da CIPAMIN;
c) liderar os representantes dos empregados nas discussões e negociações
dos itens da pauta nas reuniões da CIPAMIN;
d) negociar com o empregador a adoção de medidas de controle e de correção
dos riscos e de melhoria dos ambientes de trabalho, inclusive a designação de
grupo de trabalho para investigação de acidentes de trabalho e para participar
das inspeções periódicas dos ambientes de trabalho e
e) havendo impasse na negociação prevista na alínea “d”, solicitar a presença
do Ministério do Trabalho e Emprego na empresa.
22.36.11 Será indicado pela empresa, de comum acordo com os membros da
CIPAMIN, um secretário e seu substituto, componentes ou não da Comissão.

22.36.11.1 O Secretário da CIPAMIN terá como atribuições:


a) acompanhar as reuniões da Comissão, lavrando as respectivas atas e
submetendo-as à aprovação e assinatura dos
membros presentes;
b) preparar a correspondência;
c) outras que lhe forem conferidas pelo Presidente ou Vice-Presidente da
CIPAMIN e
d) registrar em Ata as recomendações e solicitações da CIPAMIN.

22.36.12 Todos os membros da CIPAMIN, efetivos e suplentes, deverão


receber treinamento de prevenção de acidentes e doenças profissionais,
durante o expediente normal da empresa.

22.36.12.1 O treinamento para os membros da CIPAMIN poderá ser ministrado


pelo SESMT, entidades sindicais de empregadores ou de trabalhadores ou por
profissionais que possuam conhecimentos sobre os temas ministrados,
escolhidos de comum acordo entre o empregador e os membros da Comissão.

22.36.12.1.1 As empresas com até cinqüenta empregados, inclusive as que


possuem somente trabalhadores designados,
podem organizar ou participar de treinamentos conjuntos que contemplem os
temas especificados no item 22.36.12.2.

22.36.12.2 O currículo do curso previsto neste item deverá abranger os riscos


de acidentes e doenças profissionais constantes no PGR, as medidas adotadas
para eliminar e controlar aqueles riscos, além de técnicas para elaboração do
Mapa de Riscos e metodologias de análise de acidentes.

22.36.12.3 A carga horária do curso de prevenção de acidentes e doenças


profissionais deverá ser de quarenta horas anuais, das quais vinte horas serão
ministradas antes da posse dos membros da CIPAMIN.

22.36.13 Uma vez instalada a CIPAMIN, esta deverá ser registrada no órgão
regional do Ministério do Trabalho e Emprego, conforme prescrito na Norma
Regulamentadora n.º 5.

22.36.14 Havendo no estabelecimento empresas prestadoras de serviços ou


empreiteiras que não se enquadrem no Quadro III desta Norma, estas deverão
indicar pelo menos um representante para participar das reuniões da CIPAMIN
da contratante.
24.1 Instalações sanitárias.

24.1.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente NR, a expressão:


a) aparelho sanitário: o equipamento ou as peças destinadas ao uso de água
para fins higiênicos ou a receber águas servidas
(banheira, mictório, bebedouro, lavatório, vaso sanitário e outros);
b) gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente, cafoto,
sentina, privada, WC, o local destinado a fins higiênicos e dejeções;
c) banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada
unidade destinado ao asseio corporal.

24.1.2 As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões


mínimas essenciais. O órgão regional competente em Segurança e Medicina
do Trabalho poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de metragem que
atendam ao mínimo de conforto exigível. É considerada satisfatória a
metragem de 1 metro quadrado, para cada sanitário, por 20 operários em
atividade.

24.1.2.1 As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.

24.1.3 Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser


submetidos a processo permanente de higienização,
de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores,
durante toda a jornada de trabalho.

24.1.4 Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga


automática externa de ferro fundido, material plástico ou fibrocimento.

24.1.5 Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico, e deverão ser


comandados por registros de metal a meia altura na parede;
24.1.6 O mictório deverá ser de porcelana vitrificada ou de outro material
equivalente, liso e impermeável, provido de aparelho de descarga provocada
ou automática, de fácil escoamento e limpeza, podendo apresentar a
conformação do tipo calha ou cuba.

24.1.6.1 No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo


de 0,60m, corresponderá a um mictório do tipo cuba.

24.1.7 Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais
impermeáveis e laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum,
espaçadas de 0,60m, devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada
grupo de 20 (vinte) trabalhadores.

24.1.8 Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para


cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos
trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes,
alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade.

24.1.8.1 O disposto no item 24.1.8 deverá também ser aplicado próximo aos
locais de atividades.

24.1.9 O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou


secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas.

24.1.10 Deverá haver canalização com tomada d’água, exclusivamente para


uso contra incêndio.

24.1.11 Os banheiros, dotados de chuveiros, deverão:


a) ser mantidos em estado de conservação, asseio e higiene;
b) ser instalados em local adequado;
c) dispor de água quente, a critério da autoridade competente em matéria de
Segurança e Medicina do Trabalho;
d) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construídos de
modo a manter o resguardo conveniente;
e) ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e
lavável.

24.1.12 Será exigido 1 um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas


atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a
substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias
que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor
intenso.

24.1.13 Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou


soluções de continuidade que possam acarretar infiltrações ou acidentes.

24.1.14 Quando os estabelecimentos dispuserem de instalações de privadas


ou mictórios anexos às diversas seções fabris, devem os respectivos
equipamentos ser computados para efeito das proporções estabelecidas na
presente Norma.

24.1.15 Nas indústrias de gêneros alimentícios ou congêneres, o isolamento


das privadas deverá ser o mais rigoroso possível, a fim de evitar poluição ou
contaminação dos locais de trabalho.

24.1.16 Nas regiões onde não haja serviço de esgoto, deverá ser assegurado
aos empregados um serviço de privadas, seja por meio de fossas adequadas,
seja por outro processo que não afete a saúde pública, mantidas as exigências
legais.
24.1.17 Nos estabelecimentos comerciais, bancários, securitários, de escritório
e afins, poderá a autoridade local competente em matéria de Segurança e
Medicina do Trabalho, em decisão fundamentada, submetida à homologação
do Delegado Regional do Trabalho, dispensar ou reduzir o número de mictórios
e de chuveiros estabelecidos nesta Norma.

24.1.18 As paredes dos sanitários deverão ser construídas em alvenaria de


tijolo comum ou de concreto e revestidas com material impermeável e lavável.

24.1.19 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis, de acabamento liso,


inclinado para os ralos de escoamento providos de sifões hidráulicos. Deverão
também impedir a entrada de umidade e emanações no banheiro, e não
apresentar ressaltos e saliências.

24.1.20 A cobertura das instalações sanitárias deverá ter estrutura de madeira


ou metálica, e as telhas poderão ser de barro ou de fibrocimento.

24.1.20.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas, para melhorar a


iluminação natural, e telhas de ventilação de 4 em 4 metros.

24.1.21 As janelas das instalações sanitárias deverão ter caixilhos fixos,


inclinados de 45º, com vidros inclinados de 45º,com vidros incolores e
translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.

24.1.21.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de


1,50 m a partir do piso.

24.1.22 Os locais destinados às instalações sanitárias serão providos de uma


rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.

24.1.23 Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux,


deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/8,00 m² de área
com pé-direito de 3,00m máximo, ou outro tipo de luminária que produza o
mesmo efeito.

24.1.24 A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água elevada, a qual
deverá ter altura suficiente para permitir bom funcionamento nas tomadas de
água e contar com reserva para combate a incêndio de acordo com posturas
locais.

24.1.24.1 Serão previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o


consumo nas instalações sanitárias.

24.1.25 As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada e esgotos


ligados à rede geral ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

24.1.25.1 Não poderão se comunicar diretamente com os locais de trabalho


nem com os locais destinados às refeições.

24.1.25.2 Serão mantidas em estado de asseio e higiene.


24.1.25.3 No caso de se situarem fora do corpo do estabelecimento, a
comunicação com os locais de trabalho deve fazer-se por passagens cobertas.

24.1.26 Os gabinetes sanitários deverão:


a) ser instalados em compartimentos individuais, separados;
b) ser ventilados para o exterior;
c) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m e seu bordo inferior não
poderá situar-se a mais de 0,15 m acima do pavimento;
d) ser dotados de portas independentes, providas de fecho que impeçam o
devassamento;
e) ser mantidos em estado de asseio e higiene;
f) possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não
ligados diretamente à rede ou quando sejam destinados às mulheres.

24.1.26.1 Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local


independente, dotado de antecâmara.

24.1.27 É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com


quaisquer materiais (caixas) de madeira, blocos de cimento e outros.
24.2 Vestiários.

24.2.1 Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade


exija troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá
local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a
separação de sexos.

24.2.2 A localização do vestiário, respeitada a determinação da autoridade


regional competente em Segurança e Medicina do Trabalho, levará em conta a
conveniência do estabelecimento.

24.2.3 A área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de


1,50 m² para 1 trabalhador.

24.2.4 As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo


comum ou de concreto, e revestidas com material impermeável e lavável.

24.2.5 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento liso,


inclinados para os ralos de escoamento providos de sifões hidráulicos. Deverão
também impedir a entrada de umidade e emanações no vestiário e não
apresentar ressaltos e saliências.

24.2.6 A cobertura dos vestiários deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e


as telhas poderão ser de barro ou de fibrocimento.

24.2.6.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação


natural.
24.2.7 As janelas dos vestiários deverão ter caixilhos fixos inclinados de 45º,
com vidros incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8
da área do piso.

24.2.7.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de


1,50 a partir do piso.

24.2.8 Os locais destinados às instalações de vestiários serão providos de uma


rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.

24.2.9 Com objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão


ser instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/ 8,00 m² de área com pé-
direito de 3.00 m, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.2.10 Os armários, de aço, madeira, ou outro material de limpeza, deverão


ser essencialmente individuais.

24.2.10.1 Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo


também ser sobrepostos.

24.2.10.2 Deverão ser pintados com tintas laváveis, ou revestidos com fórmica,
se for o caso.

24.2.11 Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades


incompatíveis com o asseio corporal, que exponham os empregados a poeiras
e produtos graxos e oleosos, os armários serão de compartimentos duplos.

24.2.12 Os armários de compartimentos duplos terão as seguintes dimensões


mínimas:
a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta
centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros)
de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um
compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a
abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com altura de 0,40m
(quarenta centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de
largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com divisão no
sentido vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte
e cinco centímetros), estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de
uso comum e de trabalho.

24.2.13 Os armários de um só compartimento terão as dimensões mínimas de


0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura
e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade.

24.2.14 Nas atividades comerciais, bancárias, securitárias, de escritório e afins,


nas quais não haja troca de roupa, não será o vestiário exigido, admitindo-se
gavetas, escaninhos ou cabides, onde possam os empregados guardar ou
pendurar seus pertences.
24.2.15 Em casos especiais, poderá a autoridade local competente em matéria
de segurança e medicina do trabalho, em decisão fundamentada submetida à
homologação do MTb, dispensar a exigência de armários individuais para
determinadas atividades.

24.2.16 É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda em


caráter provisório, não sendo permitido, sob pena de autuação, que roupas e
pertences dos empregados se encontrem fora dos respectivos armários.

24.3 Refeitórios.

24.3.1 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos)


operários, é obrigatória a existência de refeitório, não sendo permitido aos
trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento.

24.3.2 O refeitório a que se refere o item 24.3.1 obedecerá aos seguintes


requisitos:
a) área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez,
1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o
que tem maior número de empregados;
b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação
entre bancos e banco/parede deverá ter a largura mínima de 55 cm.

24.3.3 Os refeitórios serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação


deverá ser protegida por eletrodutos.

24.3.4 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/6,00 m² de


área com pé direito de 3,00 m máximo ou outro tipo de luminária que produza o
mesmo efeito.

24.3.5 O piso será impermeável, revestido de cerâmica, plástico ou outro


material lavável.

24.3.6 A cobertura deverá ter estrutura de madeira ou metálica e as telhas


poderão ser de barro ou fibrocimento.

24.3.7 O teto poderá ser de laje de concreto, estuque, madeira ou outro


material adequado.

24.3.8 Paredes revestidas com material liso, resistente e impermeável, até a


altura de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

24.3.9 Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação


federal, estadual ou municipal.

24.3.10 Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos


individuais, ou bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, proibindo-se
sua instalação em pias e lavatórios, e o uso de copos coletivos.
24.3.11 Lavatórios individuais ou coletivos e pias instalados nas proximidades
do refeitório, ou nele próprio, em número suficiente, a critério da autoridade
competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho.

24.3.12 Mesas providas de tampo liso e de material impermeável, bancos ou


cadeiras, mantidos permanentemente limpos.

24.3.13 O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se


comunicando diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e
locais insalubres ou perigosos.

24.3.14 É proibida, ainda que em caráter provisório, a utilização do refeitório


para depósito, bem como para quaisquer outros fins.

24.3.15 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300


(trezentos) empregados, embora não seja exigido o refeitório, deverão ser
asseguradas aos trabalhadores condições suficientes de conforto para a
ocasião das refeições.

24.3.15.1 As condições de conforto de que trata o item 24.3.15 deverão


preencher os seguintes requisitos mínimos:
a) local adequado, fora da área de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos em número correspondente ao de usuários;
e) lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável aos empregados;
g) estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.

24.3.15.2 Nos estabelecimentos e frentes de trabalho com menos de 30 (trinta)


trabalhadores deverão, a critério da autoridade competente, em matéria de
Segurança e Medicina do Trabalho, ser asseguradas aos trabalhadores
condições suficientes de conforto para as refeições em local que atenda aos
requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e fornecimento de água potável.

24.3.15.3 Ficam dispensados das exigências desta NR:


a) estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem
suas atividades por 2 (duas) horas, no período destinado às refeições;
b) estabelecimentos industriais localizados em cidades do interior, quando a
empresa mantiver vila operária ou residirem, seus operários, nas proximidades,
permitindo refeições nas próprias residências.

24.3.15.4 Em casos excepcionais, considerando-se condições especiais de


duração, natureza do trabalho, exigüidade de área, peculiaridades locais e tipo
de participação no PAT, poderá a autoridade competente, em matéria de
Segurança e Medicina no Trabalho, dispensar as exigências dos subitens
24.3.1 e 24.3.15.2, submetendo sua decisão à homologação do Delegado
Regional do Trabalho.
24.3.15.5 Nos estabelecimentos em que trabalhem 30 (trinta) ou menos
trabalhadores, poderão, a critério da autoridade competente, em matéria de
Segurança e Medicina do Trabalho, ser permitidas às refeições nos locais de
trabalho, seguindo as condições seguintes:
a) respeitar dispositivos legais relativos à segurança e medicina do trabalho;
b) haver interrupção das atividades do estabelecimento, nos períodos
destinados às refeições;
c) não se tratar de atividades insalubres, perigosas ou incompatíveis com o
asseio corporal.

24.4 Cozinhas.

24.4.1 Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos,
através de aberturas por onde serão servidas as refeições.

24.4.2 As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios


deverão ser de 35% (trinta e cinco por cento) e 20% (vinte por cento)
respectivamente, da área do refeitório.

24.4.3 Deverão ter pé-direito de 3,00 (três) no mínimo.

24.4.4 As paredes das cozinhas serão construídas em alvenaria de tijolo


comum, em concreto ou em madeira, com revestimento de material liso,
resistente e impermeável - lavável em toda a extensão.

24.4.5 Pisos-idênticos ao item 24.2.5.

24.4.6 As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo


1,00 metro por 2,10 metros.

24.4.7 As janelas deverão ser de madeira ou de ferro, de 60 cm x 60 cm, no


mínimo.

24.4.7.1 As aberturas, além de garantir suficiente aeração, devem ser


protegidas com telas, podendo ser melhorada a ventilação através de
exaustores ou coifas.

24.4.8 Pintura - idêntico ao item 24.5.17.

24.4.9 A rede de iluminação terá sua fiação protegida por eletrodutos.

24.4.10 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m²


com pé-direito de 3,0 m máximo, ou outro tipo de luminária que produza o
mesmo efeito.

24.4.11 Lavatório dotado de água corrente para uso dos funcionários do


serviço de alimentação e dispondo de sabão e toalhas.

24.4.12 Tratamento de lixo, de acordo com as normas locais do Serviço de


Saúde Pública.
24.4.13 É indispensável que os funcionários da cozinha encarregados de
manipular gêneros, refeições e utensílios, disponham de sanitário e vestiário
próprios, cujo uso seja vedado aos comensais e que não se comunique com a
cozinha.

24.5 Alojamento.

24.5.1 Conceituação.

24.5.1.1 Alojamento é o local destinado ao repouso dos operários.

24.5.2 Características gerais.

24.5.2.1 A capacidade máxima de cada dormitório será de 100 (cem) operários.

24.5.2.2 Os dormitórios deverão ter áreas mínimas dimensionadas de acordo


com os módulos (camas/armários) adotados e capazes de atender ao efeito a
ser alojado, conforme o Quadro I.

24.5.3 Os alojamentos deverão ser localizados em áreas que permitam atender


não só às exigências construtivas como também evitar o devassamento aos
prédios vizinhos.

24.5.4 Os alojamentos deverão ter um pavimento, podendo ter, no máximo,


dois pisos quando a área disponível para a construção for insuficiente.

24.5.5 Os alojamentos deverão ter área de circulação interna, nos dormitórios,


com a largura mínima de 1,00 metro.

24.5.6 O pé-direito dos alojamentos deverá obedecer às seguintes dimensões


mínimas.
a) 2,6m para camas simples;
b) 3,0m para camas duplas.

24.5.7 As paredes dos alojamentos poderão ser construídas em alvenaria de


tijolo comum, em concreto ou em madeira.

24.5.8 Os pisos dos alojamentos deverão ser impermeáveis, laváveis e de


acabamento áspero. Deverão impedir a entrada de umidade e emanações no
alojamento. Não deverão apresentar ressaltos e saliências, sendo o
acabamento compatível com as condições mínimas de conforto térmico e
higiene.
24.5.9 A cobertura dos alojamentos deverá ter estrutura de madeira ou
metálica, as telhas poderão ser de barro ou de fibrocimento, e não haverá forro.

24.5.9.1 O ponto do telhado deverá ser de 1:4, independentemente do tipo de


telha usada.
24.5.10 As portas dos alojamentos deverão ser metálicas ou de madeira,
abrindo para fora, medindo no mínimo 1,00m x 2,10m para cada 100 operários.

24.5.11 Existindo corredor, este terá, no mínimo, uma porta em cada


extremidade, abrindo para fora.

24.5.12 As janelas dos alojamentos deverão ser de madeira ou de ferro, de


60cm x 60cm, no mínimo.

24.5.12.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, no plano da


cama superior (caso de camas duplas) e à altura de 1,60 do piso no caso de
camas simples.
24.5.13 A ligação do alojamento com o sanitário será feita através de portas,
com mínimo de 0,80 m x 2,10 m.

24.5.14 Todo alojamento será provido de uma rede de iluminação, cuja fiação
deverá ser protegida por eletrodutos.

24.5.15 Deverá ser mantido um iluminamento mínimo de 100 lux, podendo ser
instaladas lâmpadas incandescentes de 100W/8,00 m² de área com pé-direito
de 3 (três) metros máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo
efeito.

24.5.16 Nos alojamentos deverão ser instalados bebedouros de acordo com o


item 24.6.1.

24.5.17 As pinturas das paredes, portas e janelas, móveis e utensílios, deverão


obedecer ao seguinte:
a) alvenaria - tinta de base plástica;
b) ferro - tinta a óleo;
c) madeira - tinta especial retardante à ação do fogo.

24.5.18 As camas poderão ser de estrutura metálica ou de madeira,


oferecendo perfeita rigidez.

24.5.19 A altura livre das camas duplas deverá ser de, no mínimo, 1,10m
contados do nível superior do colchão da cama de baixo, ao nível inferior da
longarina da cama de cima.

24.5.19.1 As camas superiores deverão ter proteção lateral e altura livre,


mínima, de 1,10 m do teto do alojamento.

24.5.19.2 O acesso à cama superior deverá ser fixo e parte integrante da


estrutura da mesma.

24.5.19.3 Os estrados das camas superiores deverão ser fechados na parte


inferior.

24.5.20 Deverão ser colocadas caixas metálicas com areia, para serem usadas
como cinzeiros.
24.5.21 Os armários dos alojamentos poderão ser de aço ou de madeira,
individuais, e deverão ter as seguintes dimensões mínimas: 0,60m de frente x
0,45m de fundo x 0,90m de altura.

24.5.22 No caso de alojamentos com dois pisos deverá haver, no mínimo, duas
escadas de saída, guardada a proporcionalidade de 1,0m de largura para cada
100 operários;

24.5.23 Escadas e corredores coletivos principais terão largura mínima de


1,20m (um metro e vinte centímetros), podendo os secundários ter 0,80m.

24.5.24.1 Estes vãos poderão dar para prisma externo descoberto, devendo
este prisma ter área não menor que 9m² e dimensão linear mínima de 2,00 m.
24.5.24.2 Os valores enumerados no item são aplicáveis ao caso de
edificações que tenham altura máxima de 6,00m (seis metros) entre a laje do
teto mais alto e o piso mais baixo.

24.5.25 No caso em que a vertical Vm entre o teto mais alto e o piso mais baixo
for superior a 6,00 m, a área do prisma, em metros quadrados, será dada pela
expressão V2/4 (o quadrado do valor V em metros dividido por quatro),
respeitando-se, também, o mínimo linear de 2,00m para uma dimensão do
prisma.

24.5.26 Não será permitido ventilação em dormitório, feita somente de modo


indireto.

24.5.27 Os corredores dos alojamentos com mais de 10 metros de


comprimento terão vãos para o exterior com área não inferior a 1/8 (um oitavo)
do respectivo piso.

24.5.28 Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes instruções


gerais de uso:
a) todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo e todos eles serão
pulverizados de 30 em 30 dias;
b) os sanitários deverão ser desinfetados diariamente;
c) o lixo deverá ser retirado diariamente e depositado em local adequado;
d) é proibida, nos dormitórios, a instalação para eletrodomésticos e o uso de
fogareiro ou similares.

24.5.29 É vedada a permanência de pessoas com moléstias


infectocontagiosas.

24.5.30 As instalações sanitárias, além de atender às exigências do item 24.1,


deverão fazer parte integrante do alojamento ou estar localizadas a uma
distância máxima de 50,00 (cinqüenta metros) do mesmo.

24.5.31 O pé-direito das instalações sanitárias será, no mínimo, igual ao do


alojamento onde for contíguo sendo permitidos rebaixos para as instalações
hidráulicas de, no máximo, 0,40m (quarenta centímetros).
24.6 Condições de higiene e conforto por ocasião das refeições.

24.6.1 As empresas urbanas e rurais, que possuam empregados regidos pela


Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e os órgãos governamentais devem
oferecer a seus empregados e servidores condições de conforto e higiene que
garantam refeições adequadas por ocasião dos intervalos previstos na jornada
de trabalho.

24.6.1.1 A empresa que contratar terceiros para a prestação de serviços em


seus estabelecimentos deve estender aos trabalhadores da contratada as
mesmas condições de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios
empregados.

24.6.2 A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre a importância das


refeições adequadas e hábitos alimentares saudáveis.

24.6.3 Na hipótese de o trabalhador trazer a própria alimentação, a empresa


deve garantir condições de conservação e higiene adequadas e os meios para
o aquecimento em local próximo ao destinado às refeições.

24.6.3.1 Aos trabalhadores rurais e aos ocupados em frentes de trabalho


devem ser oferecidos dispositivos térmicos que atendam ao disposto neste
item, em número suficiente para todos os usuários.

24.6.3.2 Os recipientes ou marmitas utilizados pelos trabalhadores deverão ser


fornecidos pelas empresas, devendo atender às exigências de higiene e
conservação e serem adequados aos equipamentos de aquecimento
disponíveis.

24.6.4 Caberá à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, à


Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR, ao
Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e ao
Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural -
SEPATR, quando houver, promoverem a divulgação e zelar
pela observância desta Norma.

24.6.5 Os sindicatos de trabalhadores que tiverem conhecimento de


irregularidades quanto ao cumprimento desta Norma, poderão denunciá-las ao
Ministério do Trabalho e solicitar a fiscalização dos respectivos órgãos
regionais.

24.6.6 As empresas que concederem o benefício da alimentação aos seus


empregados poderão inscrever-se no Programa de Alimentação do
Trabalhador - PAT, do Ministério do Trabalho, obedecendo aos dispositivos
legais que tratam da matéria.

24.7 Disposições gerais.


24.7.1 Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores
água potável, em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes
coletivos. Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir
bebedouros de jato inclinado e guarda protetora, proibida sua instalação em
pias ou lavatórios, e na proporção de 1 (um) bebedouro para cada 50
(cinqüenta) empregados.

24.7.1.1 As empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de


água potável e fresca em quantidade superior a 1/4 (um quarto) de litro (250ml)
por hora/homem trabalho.

24.7.1.2 Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser
fornecida em recipientes portáteis hermeticamente fechados de material
adequado e construídos de maneira a permitir fácil limpeza.

24.7.2 A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve
ser afixado aviso de advertência da sua não potabilidade.

24.7.3 Os poços e as fontes de água potável serão protegidos contra a


contaminação.

24.7.4 Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levados à


boca, somente serão permitidos os de uso estritamente individual, substituindo,
sempre que for possível, por outros de processos mecânicos.

24.7.5 Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível


com o gênero de atividade. O serviço de limpeza será realizado, sempre que
possível, fora do horário de trabalho e por processo que reduza ao mínimo o
levantamento de poeiras.

24.7.6 Deverão os responsáveis pelos estabelecimentos industriais dar aos


resíduos destino e tratamento que os tornem inócuos aos empregados e à
coletividade.

NR 28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES

28.1 FISCALIZAÇÃO

28.1.1 A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou


regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador será efetuada
obedecendo ao disposto nos Decretos n.º 55.841, de 15/03/65, e n.º 97.995, de
26/07/89, no Título VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89
e nesta Norma Regulamentadora.

28.1.2 Aos processos resultantes da ação fiscalizadora é facultado anexar


quaisquer documentos, quer de pormenorização de fatos circunstanciais, quer
comprobatórios, podendo, no exercício das funções de inspeção do trabalho, o
agente de inspeção do trabalho usar de todos os meios, inclusive audiovisuais,
necessários à comprovação da infração.
28.1.3 O agente da inspeção do trabalho deverá lavrar o respectivo auto de
infração à vista de descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares
contidos nas Normas Regulamentadoras urbanas e rurais, considerando o
critério da dupla visita, elencados no Decreto n.º 55.841, de 15/03/65, no Título
VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89.

28.1.4 O agente da inspeção do trabalho, com base em critérios técnicos,


poderá notificar os empregadores concedendo prazos para a correção das
irregularidades encontradas.

28.1.4.1 O prazo para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a,
no máximo, 60 (sessenta) dias.
28.1.4.2 A autoridade regional competente, diante de solicitação escrita do
notificado, acompanhada de exposição de motivos relevantes, apresentada no
prazo de 10 dias do recebimento da notificação, poderá prorrogar por 120
(cento e vinte) dias, contados da data do Termo de Notificação, o prazo para
seu cumprimento.

28.1.4.3 A concessão de prazos superiores a 120 (cento e vinte) dias fica


condicionada à prévia negociação entre o notificado e o sindicato representante
da categoria dos empregados, com a presença da autoridade regional
competente.

28.1.4.4 A empresa poderá recorrer ou solicitar prorrogação de prazo de cada


item notificado até no máximo 10 (dez) dias a contar da data de emissão da
notificação.

28.1.5 Poderão ainda os agentes da inspeção do trabalho lavrar auto de


infração pelo descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares sobre
segurança e saúde do trabalhador, à vista de laudo técnico emitido por
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente
habilitado.

28.2 EMBARGO OU INTERDIÇÃO.

28.2.1 Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e


iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em
critérios técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente
a interdição do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou
o embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas que deverão ser
adotadas para a correção das situações de risco.

28.2.2 A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do


agente da inspeção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição
ou embargo.

28.2.3 A autoridade regional competente, à vista de relatório circunstanciado,


elaborado por agente da inspeção do trabalho que comprove o
descumprimento reiterado das disposições legais e/ou regulamentares sobre
segurança e saúde do trabalhador, poderá convocar representante legal da
empresa para apurar o motivo da irregularidade e propor solução para corrigir
as situações que estejam em desacordo com exigências legais.

28.2.3.1 Entende-se por descumprimento reiterado a lavratura do auto de


infração por 3 (três) vezes no tocante ao descumprimento do mesmo item de
norma regulamentadora ou a negligência do empregador em cumprir as
disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do
trabalhador, violando-as reiteradamente, deixando de atender às advertências,
intimações ou sanções e sob reiterada ação fiscal por parte dos agentes da
inspeção do trabalho.

28.3 PENALIDADES.

28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentadores sobre


segurança e saúde do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o
disposto no quadro de gradação de multas (Anexo I), obedecendo às infrações
previstas no quadro de classificação das infrações (Anexo II) desta Norma.

28.3.1.1 Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização,


emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será
aplicada na forma do art. 201, parágrafo único, da CLT, conforme os seguintes
valores estabelecidos:

VALOR DA MULTA (em UFIR)

Segurança do Medicina do Trabalho


Trabalho
6.304 3.782

33.3.3 Medidas administrativas:

a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos


desativados, e respectivos riscos;

b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do


espaço confinado;

c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado,


conforme o Anexo I da presente norma;

d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;

e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II


desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados;

f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho


antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados;
g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão
de Entrada e Trabalho;

h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da


Permissão de Entrada e Trabalho;

i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem


completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver
pausa ou interrupção dos trabalhos;

j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho


por cinco anos;

k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o


conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e
fiscalização do trabalho;

l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada,


identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação
requerida;

m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no


interior dos espaços confinados;

n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com


acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;

o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas


de controle existentes no local de trabalho; e

p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a


análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a
ser desenvolvido.

33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:

a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;


b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos
na Permissão de Entrada e Trabalho;
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis
e que os meios para acioná-los estejam operantes;
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.

33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.

33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:


a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da
atividade;
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato
permanente com os trabalhadores autorizados;
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
d) operar os movimentadores de pessoas; e
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum
sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação
não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas,
nem ser substituído por outro Vigia.

33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o
dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;

33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores


que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos
para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho.

33.3.4.10 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida


ou à Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser
adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão
positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para
escape.

33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados

33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a


prévia capacitação do trabalhador.

33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de


capacitação sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização
ou nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os
conhecimentos não sejam adequados.

33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada


devem receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária
mínima de 8 horas.

33.3.5.4 A capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e Vigias deve ter


carga horária mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário de
trabalho, com conteúdo programático de:
a) definições;
b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos;
c) funcionamento de equipamentos utilizados;
d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e
e) noções de resgate e primeiros socorros.

NR-35 TRABALHO EM ALTURA

35.1. Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção


para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00


m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais


estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas,
com as normas internacionais aplicáveis.

35.2. Responsabilidades

35.2.1 Cabe ao empregador:

a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta


Norma;

b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a


emissão da Permissão de Trabalho - PT;

c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de


trabalho em altura;

d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do


trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e
das medidas complementares de segurança aplicáveis;

e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das


medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as


medidas de controle;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as


medidas de proteção definidas nesta Norma;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou


condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não
seja possível;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho


em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja
forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da
atividade;

k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta


Norma.

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura,


inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas


nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que


constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

35.3. Capacitação e Treinamento

35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos


trabalhadores à realização de trabalho em altura.

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que


foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária
mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) análise de Risco e condições impeditivas;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e


controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção,


inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de


resgate e de primeiros socorros.
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que
ocorrer quaisquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;

d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito
horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o
conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura


podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário


normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo


de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada


proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em
segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome


do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização
do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do
responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada


na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

4. Planejamento, Organização e Execução

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por
trabalhador capacitado e autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele


capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto
para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que
exercem atividades em altura, garantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar
nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos


em cada situação;

c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal
súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado


de saúde ocupacional do trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a


abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a


seguinte hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo
de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na


impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de


queda não puder ser eliminado.

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da
atividade.

35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que


possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de
risco.

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em


altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;


d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de


proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às
orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos
fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais


normas regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros


socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode


estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de


trabalho em altura devem conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser


previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser


evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.
35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável
pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da
atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua
rastreabilidade.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;

c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da


atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo
responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas
condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

35.5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de


Ancoragem

35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas


de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua
eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de
segurança, em caso de eventual queda.

35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais.

35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI,


acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de
altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.

35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de
todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.

35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem


forem recusados.

35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem


defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser
inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em
normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.
35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de
dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.

35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem


durante todo o período de exposição ao risco de queda.

35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do


nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de
queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do
trabalhador colidir com estrutura inferior.

35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) fator de queda for maior que 1;

b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes


providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de


emergências para trabalho em altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios


trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das
características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos


necessários para as respostas a emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em


altura devem constar do plano de emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento


devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e
possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

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