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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


BIOMEDICINA
QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA

EXPERIMENTO DE LABORATORIO No. IX:


BAFÔMETRO

Debora Malvestitti 3709-036


Juliana Etihataru 3709-028
Raissa Santos 3709-026
Rute Lopes 3709-008

Araraquara
2009

1. INTRODUÇÃO
Reações de oxi-redução (redox) são aquelas nas quais há uma mudança no estado de
oxidação, acompanhada por troca de elétrons entre os reagentes.
A oxidação é um processo que resulta na perda de um ou mais elétrons pelas substâncias
(átomos, íons ou moléculas). Quando um elemento está sendo oxidado, seu estado de
oxidação altera-se para valores mais positivos. O agente oxidante é aquele que aceita elétrons
e é reduzido durante o processo.
A redução é, por sua vez, um processo que resulta em ganho de um ou mais elétrons pelas
substâncias (átomos, íons ou moléculas). Quando um elemento está sendo reduzido, seu
estado de oxidação atinge valores mais negativos (ou menos positivos). O agente de redução
é consequentemente aquele que perde os elétrons e que se oxida no processo.
De todos os exemplos expostos, observa-se que a oxidação e a redução sempre ocorrem
simultaneamente. Isso é bastante óbvio, visto que a liberação de elétrons por uma substância
implica na recepção deste elétron por outra.
Dicromato de Potássio (K2Cr2O7): Este energético agente de oxidação é um sólido laranja
avermelhado, que dá uma solução aquosa de coloração laranja. Em solução fortemente ácidas
os íons dicromato são reduzidos a cromo (III):

Cr2O7-2 + 14 H+  2 Cr 3+ + 7 H2O

O número de oxidação do Cr varia de +6 para +3. A solução torna-se verde clara, sendo a
coloração devida aos íons Cr 3+ (VOGUEL, 1989).
O bafômetro é um aparelho que permite determinar a concentração de bebida alcóolica em
uma pessoa, analisando o ar exalado dos pulmões. O princípio de detecção do grau alcóolico
está fundamentado na avaliação das mudanças das características elétricas de um sensor sob
os efeitos provocados pelos resíduos do álcool etílico no hálito do indivíduo.
O sensor é um elemento formado por um material cuja condutividade elétrica é influenciada
pelas substâncias químicas do ambiente que se aderem à sua superfície. Sua condutividade
elétrica diminui quando a substância é o oxigênio e aumenta quando se trata de álcool. Entre
as composições preferidas para formar o sensor destacam-se aquelas que utilizam polímeros
condutores ou filmes de óxidos cerâmicos, como óxido de estanho (SnO2), depositados sobre
um substrato isolante.
A correspondência entre a concentração de álcool no ambiente, medida em partes por milhão
(ppm), e uma determinada condutividade elétrica é obtida mediante uma calibração prévia
onde outros fatores, como o efeito da temperatura ambiente, o efeito da umidade relativa,
regime de escoamento de ar etc., são rigorosamente avaliados. A concentração de álcool no
hálito das pessoas está relacionada com a quantidade de álcool presente no seu sangue dado o
processo de troca que ocorre nos pulmões, isso se deve ao fato do etanol ser totalmente
solúvel em água.
O motorista deve assoprar com força no canudinho, que conduzirá o ar de seus pulmões para
um analisador contendo uma solução ácida de dicromato de potássio. O álcool presente no
"bafo", é convertido em ácido acético conforme mostra a reação abaixo:
3 CH2CH2OH + 2 K2Cr2O7 + 8 H2SO4  3 CH2COOH + 2 Cr2(SO4)3 + 2 K2SO4 + 11 H2O

Nesta reação o etanol é convertido a ácido acético e o cromo, na forma de íon cromato
(amarelo alaranjado) é transformado em Cr+3 (coloração verde).
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Quanto maior a concentração de álcool, mais intensa é a coloração esverdeada obtida. O
limite máximo permitido no Brasil é 0,6 g de álcool por litro de sangue.

% de álcool no sangue Efeito no ser humano


0,05 sensação de euforia
0,1 perda da coordenação motora
0,2 desequilíbrio emocional
0,3 inconsciência
0,4 à 0,5 estado de coma
0,6 à 0,7 morte
Fonte: www.cq.ufam.edu.br

O bafômetro contém:
_ um sistema para colher uma amostra do hálito do suspeito;
_ dois frascos de vidro contendo a mistura para a reação química;
_ um sistema de fotocélulas ligado a um medidor que avalia a mudança de cor
associada com a reação química.
Para medir o álcool, a pessoa respira dentro do dispositivo. A amostra de ar borbulha em um
dos frascos através de uma mistura de ácido sulfúrico, dicromato de potássio, nitrato de prata
e água.
O princípio da avaliação se baseia na seguinte reação química:

O nitrato de prata é um catalisador, uma substância que faz a reação ocorrer mais rápido, sem
participar dela. O ácido sulfúrico, além de remover o álcool do ar, proporciona também a
condição de acidez necessária para essa reação.
Durante essa reação o íon dicromato, de cor vermelho-alaranjada, muda de cor para o verde
do íon cromo quando este reage com o álcool; o grau de mudança de cor está diretamente
relacionado com o nível de álcool no ar exalado. Para determinar a quantidade de álcool
naquela amostra de ar, a mistura que sofreu reação é comparada a de um frasco contendo uma
mistura que não sofreu reação no sistema de fotocélulas, produzindo uma corrente elétrica
que faz a agulha do medidor se mover do seu ponto de repouso.

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O operador, então, gira um botão para trazer a agulha de volta ao ponto de repouso e lê o
nível de álcool a partir do botão: quanto mais o operador precisar girar o botão para retorná-la
ao repouso, maior é o nível de álcool. (Portal São Francisco, online)

1. OBJETIVO

Aprender o funcionamento do bafômetro.


Conhecer em laboratório a reação de óxido-redução.

2. PARTE EXPERIMENTAL

a) Cortar o giz em pequenas fatias.


b) Embeber as fatias de giz no Dicromato de Potássio (K2Cr2O7), com cuidado
para que não seja em excesso, a ponto de dissolver o giz.
c) Para preparar as colunas: colocar algodão, depois colocar o giz preparado, na
coluna tampada com uma rolha.
d) Gotejar as substâncias a ser analisadas na bexiga (10 gotas em cada uma),
enchê-la de ar e acoplá-la na outra extremidade da coluna.
e) Permitir que o ar saia devagar e comparar as colorações indicadas em cada
coluna teste.

1.1. MATERIAIS E MÉTODOS

_ Vidro de relógio
_ Béquer de 50 mL
_ Conta-gotas
_ Giz
_ Pinça
_ Coluna
_ Bastão de madeira

1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para determinar o teor de álcool de determinadas substâncias é utilizado o teste do bafômetro.

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Então para realizar esse teste utilizamos colunas com giz embebido com K2Cr2O7 (dicromato
de potássio) .
Utilizar também bexigas cheias de ar juntamente com 10 gotas das substâncias (cachaça,
vinho, cerveja) e uma sem nenhuma substância.
Soltar o ar dessas bexigas, e quando estiver totalmente sem ar, analisar a coloração do giz
presente no interior das colunas e comparar com o teor de álcool presente em cada uma delas.

Substância Coloração Teor alcoólico do rótulo


Coluna no 1 --- Amarelo forte ---
Coluna no 2 Cachaça Verde azulado 4,9%
Coluna no 3 Vinho Verde 10%
Coluna no 4 Cerveja Amarelo claro esverdeado 39%

2. CONCLUSÕES

Pode-se concluir, a partir dos dados obtidos no experimento do bafômetro, que quanto mais
alto é o teor do álcool pressente nas substâncias, mais esverdeado irá ficar o giz embebido
com K2Cr2O7, devido à transformação dos íons cromato (amarelo alaranjado) em Cr+3
(coloração verde). A coluna de referência, que não tem álcool, não terá sua coloração
alterada, por não sofrer óxido-redução.
Nesse experimento foi utilizado cachaça, com teor de álcool de 39% do volume que atingiu
uma coloração verde forte azulada, vinho com teor de álcool de 10% do volume que atingiu
uma coloração verde, cerveja com teor de álcool de 4,9% do volume que atingiu uma
coloração amarelo claro levemente esverdeado.
Os resultados comprovam que quanto maior a concentração de álcool, mais intensa é a
coloração esverdeada obtida.

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

_ VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. 5.ed. São Paulo: Editora Mestre
Jou, 1989.

_ http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/alcoolismo/bafometro.php. Acesso
em 27 de outubro de 2009, às 23 horas.

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