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421 - O PRETO VELHO E O JULGAMENTO DO MDIUM

Dentro do Centro Esprita,


Os mestres de branco aconselhavam e oravam.
Fora do Centro e de vista,
O preto velho a todos protegia e guardava.
O Mdium sentou e se preparou,
Para psicografar a mensagem.
Quando o preto velho se aproximou,
O moo ficou julgando a entidade.
"Onde j se viu esprito,
Com esse jeito de ex-escravo negro?
Se ele fosse mesmo evoludo,
No falaria assim desse jeito."
O preto velho sorriu,
Mesmo perdendo a viagem.
No entendia o preconceito do mdium,
Mas, ainda assim, deu-lhe um passe.
Ele sabia que no dia certo,
Aquele mdium perceberia o fato:
Que se aprende tanto com o mdico,
Quanto com o operrio.
Despediu-se dos mestres do Centro,
Que lhe olharam pedindo pacincia.
Embora o trabalho ainda fosse lento,
Aumentava o discernimento e conscincia.
A cada dia que passa,
Os novos mdiuns esto descobrindo.
Que no importa como se fala,
E sim o que est sendo dito.
Por isso que na rua ou no Terreiro de Umbanda,
O Preto Velho continua o seu trabalho e nunca pra.
At que os tambores de Aruanda
O convidem para uma outra jornada.

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