Os mestres de branco aconselhavam e oravam. Fora do Centro e de vista, O preto velho a todos protegia e guardava. O Mdium sentou e se preparou, Para psicografar a mensagem. Quando o preto velho se aproximou, O moo ficou julgando a entidade. "Onde j se viu esprito, Com esse jeito de ex-escravo negro? Se ele fosse mesmo evoludo, No falaria assim desse jeito." O preto velho sorriu, Mesmo perdendo a viagem. No entendia o preconceito do mdium, Mas, ainda assim, deu-lhe um passe. Ele sabia que no dia certo, Aquele mdium perceberia o fato: Que se aprende tanto com o mdico, Quanto com o operrio. Despediu-se dos mestres do Centro, Que lhe olharam pedindo pacincia. Embora o trabalho ainda fosse lento, Aumentava o discernimento e conscincia. A cada dia que passa, Os novos mdiuns esto descobrindo. Que no importa como se fala, E sim o que est sendo dito. Por isso que na rua ou no Terreiro de Umbanda, O Preto Velho continua o seu trabalho e nunca pra. At que os tambores de Aruanda O convidem para uma outra jornada.