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CONTABILIDADE

GERAL I

CURSO DE CIÊNCIAS
CONTÁBEISES
PERÍODO: 2009.1
PROF.MSc: VALTEMAR DE ANDRADE BRAGA
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
CONTABILIDADE GERAL I

5.1 INTRODUÇÃO

 As empresas procuram aplicar os excessos de


disponibilidades em títulos e valores mobiliários.

 Essas aplicações podem ser feitas para resgate


imediato ou a curto prazo, para não prejudicar as
necessidades da empresa.

 São convenientes devido aos efeitos da inflação e às


taxas de juros do mercado.
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5.2 CONTEÚDO. Tipos de aplicação:


a) Fundos de Aplicação Imediata;
b) Títulos do Banco Central;
c) Títulos do Tesouro Nacional;
d) Depósitos a Prazo Fixo;
e) Certificados de Depósito Bancário – CDB;
f) Ações adquiridas ou cotadas na Bolsa de Valores;
g) Aplicações Temporárias em Ouro;
h) Fundos de Investimentos de Renda Fixa ou Variável;
i) Letras de Câmbio;
j) Debêntures;
k) Notas Promissórias (Comercial Papers).
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5.2 CONTEÚDO. Tipos de aplicação:


Características que distinguem as aplicações:
a) Prazos;
b) Taxa de juros;
c) Rentabilidade;
d) Liquidez;
e) Segurança;
f) Taxa de retorno;
g) Ônus tributário.

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5.2 CONTEÚDO. Tipos de aplicação:


Características que distinguem as aplicações:

 No caso de aplicações em ações, ouro e fundos, o


rendimento (ou prejuízo) é representado pela
variação nas cotações entre compra e venda.

 Títulos e valores mobiliários do ativo circulante que


tiverem seus valores de mercado diferentes dos
seus valores contábeis devem ser indicados em
notas explicativas.
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5.3 CLASSIFICAÇÃO:
a) Aplicações de liquidez imediata - dentro do
subgrupo Disponível;

b) Títulos e Valores Mobiliários em subgrupo à parte


do Ativo Circulante – prazo de resgate dentro do
exercício seguinte;

c) Títulos e Valores Mobiliários no subgrupo


Investimentos Temporários a Longo Prazo – prazo
de resgate além do exercício seguinte.
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5.3.1 Balanço de Publicação:

Sempre que esse tipo de aplicação for


significativo deverá ser demonstrado à parte no
Balanço e mencionada em notas explicativas
das práticas contábeis e a forma de
reconhecimento da receita.

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5.3.2 Imposto de Renda Retido na Fonte.


 Tem sido objeto de constantes alterações quanto a

seu tratamento fiscal:

 Ora sendo considerado como compensável com o


Imposto de renda devido sobre o lucro operado, ora
como despesa (custo financeiro).

 Quando for considerado compensável deve ser


contabilizado como direito no Ativo Circulante ou no
Ativo Realizável a Longo Prazo.
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5.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.


5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com
Rendimentos Garantidos.

 Item I do art. 183 da Lei 6.404/76 – “Os direitos e


títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários
não classificados como investimentos, serão
avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de
mercado, se este for menor”.

 A citada Lei diverge em relação aos critérios de


avaliação de instrumentos financeiros das normas
internacionais: IASB e FASB.
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5.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.


5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com
Rendimentos Garantidos.

 Por esses órgãos, os instrumentos financeiros, quando


há intenção de sua negociação antes do vencimento,
serão sempre avaliados pelo seu valor de mercado.

 No Brasil essa regra só se aplica às instituições


financeiras.

 A regra no Brasil é: Custo ou mercado, dos dois o menor.


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5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com Rendimentos
Garantidos.

 Nos casos dos investimentos que rendem juros e correção


monetária: PREFIXADA OU PÓS-FIXADA, a aplicação deste
princípio deve considerar:

a) Os juros são auferidos à medida que decorre o tempo,


obedecendo o regime de competência;

b) A correção monetária é também auferida “pro rata temporis”


e representa uma simples atualização do custo da
aplicação. UFPI / CONTÁBEIS
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5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com Rendimentos
Garantidos.
 Pela regra, os rendimentos devem ser calculados e acrescidos

ao custo da aplicação, desde que não ultrapasse o valor de


mercado.

 A finalidade básica da atualização do investimento é


reconhecer as receitas auferidas até a data do Balanço:
Regime de Competência.

 Em função de variação das taxas de juros, poderá haver casos


de títulos que tenham valor de mercado inferior ao de custo.

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5.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.


5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com Rendimentos
Garantidos.

 Em função de variação das taxas de juros, poderá haver casos


de títulos que tenham valor de mercado inferior ao de custo.

 Neste caso deverá ser constituída uma provisão para redução


ao valor de mercado.

 Esta provisão funciona como conta redutora do valor do


investimento.

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5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com Rendimentos


Garantidos.

 Valor de mercado: é o valor líquido pelo qual possam os


investimentos ser resgatados, isto é, valor bruto de venda no
mercado menos despesas necessárias à venda: comissões,
taxas de administração etc.

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5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com Rendimentos
Garantidos.

Valor de mercado segundo a CVM:


I – o valor que se pode obter com a negociação do instrumento
financeiro em mercado ativo, em que comprador e vendedor
possuam conhecimento do assunto e independência entre si,
sem que corresponda a uma transação compulsória ou
decorrente de um processo de liquidação; ou

II – na ausência de um mercado ativo para um determinado


instrumento financeiro:

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5.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.


5.4.1 Critério Geral e Aplicação aos Títulos com Rendimentos
Garantidos.

II – na ausência de um mercado ativo para um determinado


instrumento financeiro:

a) O valor que se pode obter com a negociação de outro


instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;

b) O valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros a serem


obtidos, ajustado com base na taxa de juros vigentes no
mercado, na data do balanço, para instrumentos financeiros
similares.
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5.4.2 Aplicações Temporárias em Ouro

 Podem configurar uma modalidade de aplicação temporária


de disponibilidade;

 O saldo das aplicações deverá ser ajustado ao valor de


mercado, quando este for menor, através da constituição de
provisão.

 A contrapartida é uma conta de perdas que não será


dedutível para efeito de determinar o lucro tributável.

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5.4.3 Aplicações Temporárias em Ações

 Têm o mesmo critério do ouro: custo ou mercado, dos dois o


menor.

 Os investimentos em ações não cotadas em bolsa ou no


mercado de balcão é extremamente raro sua aceitação como
investimento temporário.

 Geralmente são contabilizados como investimentos


permanentes – subgrupo; Investimentos ou no Realizável a
Longo Prazo.
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5.4.3 Aplicações Temporárias em Ações

 Geralmente são contabilizados como investimentos


permanentes – subgrupo; Investimentos ou no Realizável a
Longo Prazo.

 Neste caso, a alternativa é comparar o custo de aquisição


com o valor do patrimônio líquido, dos dois
empreendimentos, permanecendo o menor valor.

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5.4.4 Aplicações Temporárias em Fundos de Investimento.
Podem ser de duas formas:

a) Aberto: em que os cotistas podem solicitar o resgate de


suas quotas a qualquer tempo;

b) Fechado: em que as cotas somente podem ser resgatadas


ao término do prazo de duração do fundo.

O mercado classifica os fundos de investimentos em: renda


fixa, renda variável e multimercado.

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5.4.4 Aplicações Temporárias em Fundos de Investimento.
de acordo com a CVM Instrução nº 409:
a) Fundo de Curto Prazo;
b) Fundo Referenciado;
c) Fundo de Renda Fixa;
d) Fundo de Ações;
e) Fundo Cambial;
f) Fundo de Dívida Externa;
g) Fundo Multimercado;
h) Fundo de Investimento para Investidores Qualificados;
i) Fundos de Investimento em Quotas de Fundos de Investimento.
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5.4.4 Aplicações Temporárias em Fundos de Investimento.

 As aplicações temporárias em fundos de investimento também


devem ser avaliadas pelo critério de custo ou mercado, dos
dois o menor.

 As valorizações das cotas do fundo somente são


contabilizadas como receitas no momento do resgate dos
recurso aplicados.

 Esse é o procedimento permitido pela Lei nº 6.404/76, embora


não seja o mais correto tecnicamente.
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5.4.4 Aplicações Temporárias em Fundos de Investimento.

Procedimento mais adequado seria:

a) Fundos abertos – cotação disponível e liquidez ao valor de


mercado de suas cotas;

b) Fundos fechados – custo ou mercado, dos dois o menor.

Obs: Não existindo preço de mercado: provável valor de resgate


ajustado a valor presente por uma taxa de juros normal do
mercado financeiro.
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