Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
aii)ii1i|:)
Prefácio
(tt
t-*
B
l*
Indice
3
Prefá cio
7
Introd ução
9
A Prevenção Primária das Toxicodependências
9
::-:ação e o seu valor Preventivo
10
3s:-3 :eg i as Preventivas
72
=.:--: -es de risco e factores de protecção
73
== :::
-3s familiares: não-eSpecíficos e específicoS
75
As Su bstâ ncias
75
- ::s te substâncias
77
-::S ]E CONSUMOS
í9
Como intervir
27
l:s 3 aos 9 anos
22
l:st3os13anos .,)
l:s 13 aos 16 ano
o)
24
Is::- aiento / Sinais
27
Conclusões
29
Bibliog rafia
Anexo IV Questionários 39
Introdução
Descle semprc, ao longo da história, o Homem adoptou Edileãçã$ e 0 seu vãlcr Preventivg
atitucles e cüffiportamerìtos preventivos, face às mais
dirensas situaÇÕes. Fara se proteger da frio e dcs animais
utliizou as cavernas e usüu o íogo. Mais tarde ccnstruiu
e prevenindo-se de
castelos com rxuralhas defendendü
ataques e assaltos.
Segunclo o programa de tducaçã* Preventiva da
Toclos os dias, ernL:q:ra Sern muitaE vezes termos
ConS-
ï.Jnesco i1 993) "a prevençãa do abuso de drcgas não
ciencia clisso, adnptan-los atitudes e compartarrrentas
cansiste apenas ern dar aüs indivíduos i]s meios para
pre\entivos - desde * ensinar os nossos filhos a lavar as
a es- resolver este prcblema, mas ensiná-los a pensar, a {azer
dentes com frequência, a não abrir a porta de casa
capacete' escolhas, ajudandü-o3 a envclver-se na sua cÜmurridade
lrar-lhos ou a não andar rJe mota sern
e como cidacjãos de Plenc direito".
Conr um maior e ntelhr:r cr:nhecimentc dos factores de
Bergeref {1996} c{iz que "a Prevençãa nada tern de má-
risco para a nüssa saúde, de determinados cÚn"ìporta-
gico, mas implica urn esforço permanente de cada uryÌ
n.,entos ou da ausênCia deles, vamÜs sendc, cada vez
de nós no dia a d!a".
rnals, alertadas para situações concretas.
Ara o que se passa com a prevenção do uso/al:uso de
Sabemos hoje que uma alimentação deficiente ou
subslâncias psic*-activas ê a intencionatridade e a
erracla, uma vida seclentária, a íalta de exercício físico
rantinuidade da atitude preventiva que desejarnos ver
regulan, o stress, o tabagisrna e o consumo indevido
de
reforçada d iari ame nte.
neUidas alccó!icas sãa factores de risco predispo-
De LIm modo geral esta qr-restão do consumÜ só se
nentes/desencadeantes de várias doeï-ÌÇas físicas e
coloca às famílias quando têm os filhos na idacje da
íq u i cas '
P"-'
adolescência, su postarnente q uanda estes estão em
\tas se sabemos tudo isto, porque não alteramos estes
situação de maior risco para o coírsumCI. É bem verdade
Conlportamentos "püLlcü'u saudáveis? Porque não
aclop-
qile só nos lernbrarnoE de Santa Bárbara íïuan do troveia.
tantos comportamentos saudáveis, prevenindo problemas
Ter uma atitude preventiva é ter iniciado este trabalho de
futul'os? "Mudaro' de atituc{e ou Compartamento, admi-
informaçãa e sensibilizaçãr:, antes da confrontação com .,
tamos, é algo cllle nüs custa muito"
problema * é qr-rancÌ* 0s nüssos filhos são pequeninos e a
\tas há que serrnos persistentes e consistentes, não só
realidade das dr*gas lor"rgínqua aos *lhos dos pais'
counosco, mas tanrbérn COm os nosscs filhos"
t-
I
L
I
í
qe t?l pfgqcup_â{
 Prevenção tem de ser uma atitude a mérj iollcmgo "i'dz mal fum &r'o , mas fumamos, ,,nãü clevernos atravessar
rl
prazü/ rlara que nG mcmento certo se ultrapassem e rua sem ser Ra passadeiya" , maS nã* ü resÍ]eilamr:s)"
resclvam ãs situacÕes. Devemos ser c*nsrsfenfes e crJercnfes nü qq'le Ëransmitlrnos
a{}s nüssos Íilhos.
ffisfirateç ãms Preventãvãs
 Prevenção e tambénr u rna Ars,,ísfçâc c/e comi:eféncias *
a resposta a uffir* r.letern"rinada slruaçã* Lerá de ser
específíca. Há que ensínar;ì,:s í-rossCIs filh*s a nieËhcr
forrna de lidar com probleffias cüncretos c*m qLle
se
venhanr a de5:araL sejanr eles * uso/ahuso c{e suhstânclas
üu a violência.
(ro r
Sabemos que o Homem é unr ser racional, que pensa e Sabemos que a lnformação nãcl pode ser alarmista - os
aclua na sequência do seu raciocínio. Ora, por definição, adolescentes rrão pôr em causa o que lhes é dito, pois
-raciocínio é o encadeamento ou coordenação lógica de têm a percepÇão de QU€, ao contrário do que lhes
cÍois ou mais juízos com o fim de extrair ou demonstrar dizemos, "consumir nãa íaz mal..."; não percebem os
vol. 1 5, 154).
Lirna conclusão." (Enc. Luso-Brasileira, riscos a médio/longo prazo associados ao consuffio,
\plicar este conceito à Prevenção do uso/abuso de dro- quer a nível individual, com problemas de ordem física
gas, levar-nos-ia a pensar que apenas a infornração sobre e deterioração das funções mentais superiores, quer a
a nìesma seria o bastante para reduzir ou evitar o seu nível do meio em que se inserem.
consumo. Mas isso não se passa exactamente assim, já A lnformação deve ser credível e cientificamente correcta.
que existem várias factores e variáveis neste processo,
que alteram a leitura da realidade. A maioria das pessoas O fenómeno da Toxicodependência tem vindo a mudar
=abe como actuam algumas drogas lícitas e ilícitas e as
nos últimos anos; o seu conhecimento torna-se
consequências que advêm do seu consuffio, mas fazem- importante e fundamental para podermos responder de
-no na mesma (ex: o consumo de álcool e tabaco). uma maneira mais eficaz.
{o referenciar aqui a lniormaÇão, estamos a ter uma Hoje em dia "novas drogas" ou melhor dizendo, velhas
leltura abrangente deste conceito. Se, por um lado, é drogas agora apresentadas como novas, aparecem no
bonn termos conhecimento e informação sobre um mercado. Assistimos ao aparecimento de novos grupos
determinado assunto de que queremos {alar com os de consumidores (ex: as mulheres) e a nCIvas formas de
nossos f ilhos, é, por outro lado, m u ito im portante consu mo.
conhecer o momento adequado e a forma como vamos As "navas drogas" são vistas, de modo errado/ como:
tnansmitir essa mesma informação. . Mais seguras
{sslm, a informação pode ser tudo e pode não significar . Menos perigosas
nada - podemos ter uma boa informação e não a saber 'Mais "específicas" e selectivas:
transrnitir; podemos querer transmitir uma "boa informa- Ex: consumo de ecstasy enn festas/discotecas/raves;
cão" e ter um "mau" resultado; podemos ter uma exce- consunro de anfetaminas para estudar
lente informação e perder um bom momento para a dar. . Ceradoras de menor dependência
Sendo a droga notícia diária na TV e jornais, porque . De uso mais recreativo, ligadas a um certo tipo de mú-
não aproveitar um destes momentos para falar com os sica, estilo e estética
ser.rs filhos, tendo assim um pé para ir desenvolvendo Os consumos iniciam-se em idades cada vez mais pre-
este tema? coces ou então nc, grupc) etário > 30 anos.
(rt)
i
'I
h
nest.a âr*a is*rvtç*s
{-abe ãqili ïan:héffi aÜ5 r€Sï]{}figár,eìE
n*ctltrr'ra ïcm ilí]r impa#c; estar atent*s e cJar resp*sfas.
ï-.r*ie a indúsïria ïì'garja à virJa i:úbïic*E)
]*v*r':s, L'rtilizanrtrct te r"r: sú a ver" cür"n q*effil
c.le subsïâncias não
n"rarE
f*rïíssim* !ur-rï* clas ilãílracãaç ü cünsun-ìü
c[}nsequêrrcias apenã5
cânlpanhas"&&tess!\'aE"í]araiaz*''rpíì35.:1'"j3sui:ï5 ü taz, Ltüfi]ü se daí resLilïassern
na scxta-teìra
inìciar ufiia -*aída
nreftsag*ns. h{*ie é pcssível parã*prt-16:ri*;ü5C*ffip*rtartienï'*sindìvirJuaïEacaham
U-T"l1ïi:' esc*:ïar e ïab*raï'
ànoiteï]Un.}&ar,f;aíéouPub,eïernrìnarapeíìaSnÜ p*r Ler cüns€quências a nível
de nã*-s[*p enlre ter*n LIï-ì'ì t*xic*eiependente
nã
ri*mìngo 'ãtarc*e ïÌLll-íì r-vr*vinrenlo presente qu€ ã
entr* {iuï.n*s.eueïïì
Discr,teLras e ,Aiters"*. ïenhafirüs ïambén: íanríïia sabe L:er-n Ü rìue ïst* sïgnïfica'
vercladelran*iïeear:inraçãasÓseiniciap*ïaslrêsh*ras
da rnar:há. ' "
le m m*ntod*ciep*ndência,rrtasac-*njugaçã*rlevániclsfact*-
cJc u:sor'?L]us* de substânr-ìas e,leternrinacÌ* conteit*,
p*de vir" a íazê-lq]"
A [*revenc;ã* flspecííica res rJe nisc*, ã-rllïx.,
AS substâncias
rÈ-e"lrno-nos àquelas substâncias que têm prcpriedades Álcaol Cafeína Can nabís:
p. ;r:,-activas (ex. álcoo[, tabaco, üpiáceos) e quando
; ;dlrros a Abuso de Dr*gas referinro-nas aü ilso de Analgésiccs N icotÍna Í-laxixe
-^'a tinoga corn finE distintos dos nredicinais, que ïranq u ilizantes Cacaína MariTuana
p"Éiuci ica de forrna física, mental, emocional ou
i-'*,air-nente quem a utiliza (NIDA 19S1)" Opiáceos: Crack Líamha
c;€ iÊnl como efeito principal e directo o de alterar o !1e raína Anti-depressivas t5ü
'*r*,*i,-rrìâftle nto elóctrico
dc cérebro ao nível do Sistema
\.'',*trSo Central e rnais especificamente a nível dcs Morfina Icsiasy PCP
rer",:rnios inrplicadcs nos diferentes circuitos de ?razer
e ijes prazer" . Cçdeína Mescaiina
{s ,ii nogas são pr{}dutcls que pcciern prcvocar Metadorla Cala e Solventes
Ê\periências limite de prazer, mas também de dor e
r- -. rric sofrimenta.
-!
, sãc sui:stâncias {Ìue "aceleralï" a As cinses c.lltas "eíicazes" levam a r*laxamerrtc e
fistãmutras"nÉes -
activiciade cia sisten'ra nerv{}so central, favorecencla sensaçãc de benr-estar; em baixas doses prüv{x:aïïl
a rapirlez cje Lransmissã*, pr*duzir-rclo euforia e ilma sonolência, perlurbaçÕes sensoriais {visão, l;lNacto e
sensação de capacidade, cllrninuinda a sensaçã* cle tacto), retardanclq: os reflexos. Inr cli:ses *levarjaE
süno, cansaço e fcme. A este grupç pertencem â conclïciünanr perturbaçÕes do equilíbriç:, cja
cafeína {e aulras substâncias .ìue estinrulanr as linguageíï, cla respiraÇão, pa:dendc ainda levar a
funçÕes lespìratÓria, cardíaca, etc.), a niccïina, percla cj* c-ol"ihecimer:tü, coíní? e n":t:rËe.
A e ste gru pü pertc.nceírÌ: ü álc*cl etílico, Üs
alguns anti-d*pressivos, a cocaína e ils clerivarias
anfetan-línicos {ecstasy, cratk, speecls e cutros}"
cjerivadcs eJa Ópio (Ópic, her*ína, ïf'ì*rfina,
5ã* efeitcs negativcs desïaE clr*gas: taquicardia e rnetadclnral, {}s ailãlgésic*s rJe acçãt: cenïnal, {}5
hip*rlç:nsão, dcres de cabeça, depressãc {ìuand* anestésicos e nr geral, *s hipnótìcüs, os L:arbitúricoE
desapareceffi ü5 seus eieitüs, insÓnia, sucjorese e üs tra nq u iliza ntes.
intensa (corn cheirc intEnso e desagradávei), mai*r
? Ferturbadcrnas - clenr:m inanr-se assirn as sq-rbstâncias
errü aproncÌizagem etectilacjiì scb oE sÜus eíeitr:E
nËì
qile alteram üil rnocJïficam as vlvências rjr: munclc
e, sohretucjo, ansiedarìe, agressivicJacj€, pensamentcs
intern* e exterrlc.r indivíduq]:
parãnóir.les, hiperexcitahiliclacle e hìperestesias/
clq:
püfJendo a!nda ücorrer aluc!naçÕes audìtivas, - as percepçÕes visual, audìtiva, f ctil *u tocjas elas
Cu riosidade Acessibilidade
Desejo de
W Wt
Pressão do grupo
"Poderes Mágicos"
Desejo de afirmação
?razerlDivertimento
W ffi
! .-=' l
r::È'
os ïrrÓprìcs taxica-
d if e re ntes para a taxicodeïrenclência" 5áo
Temos aincla de ter presente
que exisïenr "entrar é fáciï, sair é nrr-ritc
clepenclentes que afirpnam:
fornras cie consumir drogas: t. a/
drïlcll
.l ll
.
existentes, convém
Dadcs os paclrÕes de consum{)
TÊpcs de ccnsuÍ'íìü: cons LttnÜ Re creativo o
clestacar q ue designaffiÜs por
de diversão (discoïecas'
[xperinrental que está assaciacla a activïclades
n"]o tem cÜmÜ carac-
Ocasianal concertos). [ste ïipcl cle coï]su
Usc ilma prCIcura irnecliata de prazer'
terística
Recreativc
Regr".rlar FaïamÜsemDepenr}êncíaquancÍcoCÜn5uffiÜsEtorna
Ü princlpal cbiecïiva na
un-ìa necessir,lacle, tornanrJÜ-Se
quancJ* 1á se cilnsürne
4 q' 4 'í' 4 çr 4'4 'rt'ú'j.' tu @fr"' AfuUSC vlcja do consur.nidor', ou ainda
maï-estar" Numa situaçãr:
14 3j
HabitUaï " '|'
para aliviar c süfrirnento e Ü
r-lerÌepenclênciauüprincipalobjectivodoCÜE]sUffiü
ffias uffi& f*r"ma cle
cleixa cle ser a prücilra ijo pYAT-s{,
cons umÜ Experime{ttaj não
concluz
saben-ros qile ur^fi
evitar o desPr at.e{ (lDT 2Üü4}'
necessalianrente & u5{} habiïual tiÜxicode- {-lí'l-ì
atentc e chaÍ^í]ar à
penclência}; mas há qUe esïar lrìão esquecey cìile a drcga mais
consurnida pe l*s iovens
atençãoparaaSCL}n5equêncïasreSUïtantesdesteE á rs álç*erf'..
Conlportarnentos'MuitasdeEtasexperiônciasevolUem