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aii)ii1i|:)
Prefácio

Nas circunstâncias presentes, em que se exige nrais acção


do que enunciar generalidades, este livro parece constituir
um instrumento prático de indicativüs comportamentais,
totalmente viradas para essa mesrna acçãc.

Éfruto de muito trabalho na prevenção de coílsumos e na


terapia, levado a cabcl pelo CF I FAC e por técn iccE
qualificados, €ffipenhados nuíïìa missãa que é - estamos
certos * irnportante ajuda para pais e educadores.

Que a sua percepção - e, ousamCIs dizer, a sua apren-


d izagem possa constitu ir u rn apoio de relevo n u ma

luta em que só a persistência esclarecida e uma vontade


vinda dc coraÇãü, poderão vencer"

Mário Rui Veiga de Figueiredo Cosfa

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B
l*

Indice

3
Prefá cio
7
Introd ução
9
A Prevenção Primária das Toxicodependências
9
::-:ação e o seu valor Preventivo
10
3s:-3 :eg i as Preventivas
72
=.:--: -es de risco e factores de protecção
73
== :::
-3s familiares: não-eSpecíficos e específicoS
75
As Su bstâ ncias
75
- ::s te substâncias
77
-::S ]E CONSUMOS

í9
Como intervir
27
l:s 3 aos 9 anos
22
l:st3os13anos .,)
l:s 13 aos 16 ano
o)

24
Is::- aiento / Sinais
27
Conclusões
29
Bibliog rafia

Anexo I Historial do CEIFAC 3o

Anexo II Sites a consultar e Contactos úteis 33

Anexo III Legislação 37

Anexo IV Questionários 39
Introdução

depressa. E se o mundo evoluiu, o conceito de família


Educar é nos dias de hoje uma tarefa difícil e cornplexa,
e mais também muclou e se diversificou. Hoje não falamos de
nìa-- é sem dúvida a mais importante, mais nobre
família, mas em famílias.
erigente para todos aq ueles q ue na sua vida a

oru*"m, designadamente por via da paternidade'


Mudou também a sociedade, que impôs novas regras e a
economia com o conceito de produção e produtividade'
Oulimos com frequência as queixas e lamentações de
Com o aumento do tempo de trabalho e com os dois
paÌs e educadores - não sabem como lidar com os
pais ocupad os, retirau-se a tempo à família'
filhos ou, melhor dizendo, com as situações que os
fìlhos lhes colocamr QUe são muitas e muito distintas das
Não vamos agora discutir se o tempo de que a família
que I iveram no seu ternPo.
dispõe para si é muito ou pouco, ou se o gerimos mais
p"iu qualidade do que pela quantidade. O que resulta
Érerclade que ao nascermos, não vimos equipados com
àaqul é, sem dúvida, uma maior responsabilizaçác dos
urn Ylanua! de Inst ruções; oS exemplos que tivermos e
pais para com os filhos, que deles exige um esforço para
rllermos, servirão melhor ou pior para escrever os
se adaptarem, a fim de poderem responder a todas
nossos "roteiros de vida"'
estas m udanças.
Dir'íamos que, alguns foram educados Com aS "receitas"
dos a\'ós, outros pelas "dicas" e "conselhos" de pais'
Vernos por vezes como esta responsabilização "esmaga"
familiares, amigos e tantos outros, educados "à vista"'
os pais, fazendo-os sentir culpados pelos Comportamen-
com nraior ou menor bom senso e intuição.
tos, acções e opções dos seus filhos; é o que acontece
\tas qualquer "receita" em educação tem de estar
quando falamos no consumo de drogas'
actu alizada, pois o mundo evoluiu muito e muito
Sentiment*s de vergcsnha, tristeza e desilu sã.o, neflecticlos Sal:ern*s que c esfflo de vír]a de cacia uffi, depende nãc
em impctência e incapacidade para agir ou reagir. só da vr:nËade inciiviclual rnas Ëarnbém das c*ncÍiç*es de
vida impostas pe[a sccieclade" A*s pais e eciucaclores
Âssistimos também à detegação da responsabilidade em cabe ajudar os fiãhos a assLrnrinem a respCInsabïlidade d*
outras instituições - esccla, locais de actividade extra seu cCImpcrËan-ler"rto, através de un":a educaçáo cívica"
curricular, As instituições pcdem e devern ajudar na
educaçãa de crlanças e javens mas, de nrado algum, Pretendemos com esta pLi blicaÇão aj udar pais e
substituem a família e nesta, em particular, os pais" educadores, fornecendc-Ehes iníorrnaÇão EUe perrïita a
ref lexã* e a criação de u m esf]írita crític*, sobre as
questÕes assüciadas ao uso/abr.:so de Eubstâr"rcias. eue
Na scciedade actual, a Saúde - estado de cCImBleto
ela cs ajude nas cürìversas cürïï Gs s{_}us fiIhos e despente
bem-estar físico, mental e social {üMS) - tem comü
principals determ inantes, pâra alóm dos factares
* interesse e o gcsto pt:r uma íntervenção preventiva
mais activa na farnília e na cüíïìunlejade.
biológiccs, factores individuais: os nsssos esfilos de vida.
[Etes espelham a maneira ou a forma como vivemcs Gs
o fenómenü dc conslrrnü de cirüSas ev*luiu nruitc nos
nCIssos valores e determinani o nosso comportamento
últimcs anos e só um corìhecirnento mais actual zzad*, a
face aos controles regulares de saúde - alimentação, par de uma vertenËe educativa muËto fcrte dentr* de
sexilalidade, prática de exercício físico ür-i desporto, espaÇo de liberdade, nüs per-n"ì srirá intervin rnais
u n"Ì
usolabuso de álc*al, Ëabac* e cutras drogas. eficazmente.
A prevenção Primária das Toxicodependências

Descle semprc, ao longo da história, o Homem adoptou Edileãçã$ e 0 seu vãlcr Preventivg
atitucles e cüffiportamerìtos preventivos, face às mais
dirensas situaÇÕes. Fara se proteger da frio e dcs animais
utliizou as cavernas e usüu o íogo. Mais tarde ccnstruiu
e prevenindo-se de
castelos com rxuralhas defendendü
ataques e assaltos.
Segunclo o programa de tducaçã* Preventiva da
Toclos os dias, ernL:q:ra Sern muitaE vezes termos
ConS-
ï.Jnesco i1 993) "a prevençãa do abuso de drcgas não
ciencia clisso, adnptan-los atitudes e compartarrrentas
cansiste apenas ern dar aüs indivíduos i]s meios para
pre\entivos - desde * ensinar os nossos filhos a lavar as
a es- resolver este prcblema, mas ensiná-los a pensar, a {azer
dentes com frequência, a não abrir a porta de casa
capacete' escolhas, ajudandü-o3 a envclver-se na sua cÜmurridade
lrar-lhos ou a não andar rJe mota sern
e como cidacjãos de Plenc direito".
Conr um maior e ntelhr:r cr:nhecimentc dos factores de
Bergeref {1996} c{iz que "a Prevençãa nada tern de má-
risco para a nüssa saúde, de determinados cÚn"ìporta-
gico, mas implica urn esforço permanente de cada uryÌ
n.,entos ou da ausênCia deles, vamÜs sendc, cada vez
de nós no dia a d!a".
rnals, alertadas para situações concretas.
Ara o que se passa com a prevenção do uso/al:uso de
Sabemos hoje que uma alimentação deficiente ou
subslâncias psic*-activas ê a intencionatridade e a
erracla, uma vida seclentária, a íalta de exercício físico
rantinuidade da atitude preventiva que desejarnos ver
regulan, o stress, o tabagisrna e o consumo indevido
de
reforçada d iari ame nte.
neUidas alccó!icas sãa factores de risco predispo-
De LIm modo geral esta qr-restão do consumÜ só se
nentes/desencadeantes de várias doeï-ÌÇas físicas e
coloca às famílias quando têm os filhos na idacje da
íq u i cas '
P"-'
adolescência, su postarnente q uanda estes estão em
\tas se sabemos tudo isto, porque não alteramos estes
situação de maior risco para o coírsumCI. É bem verdade
Conlportamentos "püLlcü'u saudáveis? Porque não
aclop-
qile só nos lernbrarnoE de Santa Bárbara íïuan do troveia.
tantos comportamentos saudáveis, prevenindo problemas
Ter uma atitude preventiva é ter iniciado este trabalho de
futul'os? "Mudaro' de atituc{e ou Compartamento, admi-
informaçãa e sensibilizaçãr:, antes da confrontação com .,
tamos, é algo cllle nüs custa muito"
problema * é qr-rancÌ* 0s nüssos filhos são pequeninos e a
\tas há que serrnos persistentes e consistentes, não só
realidade das dr*gas lor"rgínqua aos *lhos dos pais'
counosco, mas tanrbérn COm os nosscs filhos"

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I

L
I
í
qe t?l pfgqcup_â{

 Prevenção tem de ser uma atitude a mérj iollcmgo "i'dz mal fum &r'o , mas fumamos, ,,nãü clevernos atravessar
rl
prazü/ rlara que nG mcmento certo se ultrapassem e rua sem ser Ra passadeiya" , maS nã* ü resÍ]eilamr:s)"
resclvam ãs situacÕes. Devemos ser c*nsrsfenfes e crJercnfes nü qq'le Ëransmitlrnos
a{}s nüssos Íilhos.
ffisfirateç ãms Preventãvãs
 Prevenção e tambénr u rna Ars,,ísfçâc c/e comi:eféncias *
a resposta a uffir* r.letern"rinada slruaçã* Lerá de ser
específíca. Há que ensínar;ì,:s í-rossCIs filh*s a nieËhcr
forrna de lidar com probleffias cüncretos c*m qLle
se
venhanr a de5:araL sejanr eles * uso/ahuso c{e suhstânclas
üu a violência.

A Pnevençã* Primária pr:ci* e #eve ser i*píenrentacja


logr: nos primeírüs an*s cle vlcla, atraves da ecJucaçã* e
[sta crqilis!çãc de cümpetôncias é lar-nft:érn ilíÌ]ã
Aprentlizagern o l-tr;xnsformanclo-se com ;1 icÍade r-r
de atitudes educatívas r:rientadas para um erìuilíbrio uí11
üesenvülvirne'rúo et'e c*n-tpefêrucias,
físicc e €rnücíanal" Qus $e vai
actualizand* de forma contËnuada.
[sta Prevençãc é: A lógica reside r:ãa só nã atitude de defesa/prevençãr:
c{ue lhes incutimos desde pequenüs, Írìas tambéni
" tJm Acta Ëducat!va {processü Mecanisn^:os fiurna
* Valores * capacldade acrescida que lhes transnritímos de icJe r"rtificar
Afectos preconceitas)
e referenciar sltuaçÕes "perigosas" e-Jesencarjeanda urÌa
' uma Aqulsição de ccmpetências - Aprendlzagenr resposta preventiva (defesa levttarnentc) imediata
* Um Desenvolvirrrento de Compelêr:cias e
automática.
n Un:a Mudança/ReecJucaçãc cje Comp*rtamentcs,
Atitudes e Hábitos À medi.lu o{ue os nCIssos filhos vão crescenc{c e a realídacle
* lníormaçãa {Pracessamento * Selecção} se vai alterando, necessltamos de ir refarçand* e actua*
lizando as nüssas irrfcrrnaçÕes, nurïl c*nstante processa
A Prevenção é unr Acta Educativo passível cie ser ensËnacio
de
Reedur-"açac de cçmprs,tarnent*s, Atitutles e Ftáhitas"
e transnritido aüs nossos fllhcs, não so pelo conhecimenfa
e
infornraÇão, íÌìas também pelo nüsso comportamentc
e ati- Para que tudc isto seja conseguido,
tude, face ao que estamos a tentar ens!nar e transmitir (ex: a lníormaÇão tem
aqui pupel primordial"

(ro r
Sabemos que o Homem é unr ser racional, que pensa e Sabemos que a lnformação nãcl pode ser alarmista - os
aclua na sequência do seu raciocínio. Ora, por definição, adolescentes rrão pôr em causa o que lhes é dito, pois
-raciocínio é o encadeamento ou coordenação lógica de têm a percepÇão de QU€, ao contrário do que lhes
cÍois ou mais juízos com o fim de extrair ou demonstrar dizemos, "consumir nãa íaz mal..."; não percebem os
vol. 1 5, 154).
Lirna conclusão." (Enc. Luso-Brasileira, riscos a médio/longo prazo associados ao consuffio,
\plicar este conceito à Prevenção do uso/abuso de dro- quer a nível individual, com problemas de ordem física
gas, levar-nos-ia a pensar que apenas a infornração sobre e deterioração das funções mentais superiores, quer a
a nìesma seria o bastante para reduzir ou evitar o seu nível do meio em que se inserem.
consumo. Mas isso não se passa exactamente assim, já A lnformação deve ser credível e cientificamente correcta.
que existem várias factores e variáveis neste processo,
que alteram a leitura da realidade. A maioria das pessoas O fenómeno da Toxicodependência tem vindo a mudar
=abe como actuam algumas drogas lícitas e ilícitas e as
nos últimos anos; o seu conhecimento torna-se
consequências que advêm do seu consuffio, mas fazem- importante e fundamental para podermos responder de
-no na mesma (ex: o consumo de álcool e tabaco). uma maneira mais eficaz.
{o referenciar aqui a lniormaÇão, estamos a ter uma Hoje em dia "novas drogas" ou melhor dizendo, velhas
leltura abrangente deste conceito. Se, por um lado, é drogas agora apresentadas como novas, aparecem no
bonn termos conhecimento e informação sobre um mercado. Assistimos ao aparecimento de novos grupos
determinado assunto de que queremos {alar com os de consumidores (ex: as mulheres) e a nCIvas formas de
nossos f ilhos, é, por outro lado, m u ito im portante consu mo.
conhecer o momento adequado e a forma como vamos As "navas drogas" são vistas, de modo errado/ como:
tnansmitir essa mesma informação. . Mais seguras
{sslm, a informação pode ser tudo e pode não significar . Menos perigosas
nada - podemos ter uma boa informação e não a saber 'Mais "específicas" e selectivas:
transrnitir; podemos querer transmitir uma "boa informa- Ex: consumo de ecstasy enn festas/discotecas/raves;
cão" e ter um "mau" resultado; podemos ter uma exce- consunro de anfetaminas para estudar
lente informação e perder um bom momento para a dar. . Ceradoras de menor dependência
Sendo a droga notícia diária na TV e jornais, porque . De uso mais recreativo, ligadas a um certo tipo de mú-
não aproveitar um destes momentos para falar com os sica, estilo e estética
ser.rs filhos, tendo assim um pé para ir desenvolvendo Os consumos iniciam-se em idades cada vez mais pre-
este tema? coces ou então nc, grupc) etário > 30 anos.

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nest.a âr*a is*rvtç*s
{-abe ãqili ïan:héffi aÜ5 r€Sï]{}figár,eìE
n*ctltrr'ra ïcm ilí]r impa#c; estar atent*s e cJar resp*sfas.
ï-.r*ie a indúsïria ïì'garja à virJa i:úbïic*E)
]*v*r':s, L'rtilizanrtrct te r"r: sú a ver" cür"n q*effil
c.le subsïâncias não
n"rarE
f*rïíssim* !ur-rï* clas ilãílracãaç ü cünsun-ìü
c[}nsequêrrcias apenã5
cânlpanhas"&&tess!\'aE"í]araiaz*''rpíì35.:1'"j3sui:ï5 ü taz, Ltüfi]ü se daí resLilïassern
na scxta-teìra
inìciar ufiia -*aída
nreftsag*ns. h{*ie é pcssível parã*prt-16:ri*;ü5C*ffip*rtartienï'*sindìvirJuaïEacaham
U-T"l1ïi:' esc*:ïar e ïab*raï'
ànoiteï]Un.}&ar,f;aíéouPub,eïernrìnarapeíìaSnÜ p*r Ler cüns€quências a nível
de nã*-s[*p enlre ter*n LIï-ì'ì t*xic*eiependente

ri*mìngo 'ãtarc*e ïÌLll-íì r-vr*vinrenlo presente qu€ ã
entr* {iuï.n*s.eueïïì
Discr,teLras e ,Aiters"*. ïenhafirüs ïambén: íanríïia sabe L:er-n Ü rìue ïst* sïgnïfica'
vercladelran*iïeear:inraçãasÓseiniciap*ïaslrêsh*ras
da rnar:há. ' "

lanta sr:ïicitaçãc pâra a g:arti-


Fmcttrffis de RãEc*
Nunca cün=i] ãgÜra hr:uv* ffi Fmctmr#s de FnmtmflÇffiffi
feslas c*fir * palr*cínlc:
cja incãústrìa
cipaçãc ern tesïìvaìs e sãtr
c {Js f-artnre s rie f}*:t*cçaer
d*áïccoïifes'tivaisc}eVerãc,queirnaciasfitas.""i pü" üs Fartrsres rr{* ftÍscr:
peàra ìnclïvìr-*uaisu
a estaE reaïidad*s caracteríslicas
A pnervençã* tcn] cje s* arÌaplar "Intïuênc.i&s", atriL:utos r]u
cle' ser mais efica;' quep*d*nraunientarÜL,ldinìinuirasprr:babilïejac}esd*r-Íe
* *í co,n'l{:} paiv F*cle e
qil€ Flss*-':tïtr:.ï::t qLÃe & pt)ssibilidadc
L pergunLan-rrqls-á Ë ü lï':que naÜ Lrsü d* s*bstâncias, scr:cio
sugerir mais-à irentc" Ü reïaci*nacia Ct]ïï * núr-ïreï"o
n.lultq: CÜnlÜ lhe vanlr:s ac**t*ccr esïárJirectan':enïe
p*c*eérpãm,razrlrg?ada*{'{EÁX&Ë"#sfunaç*s,Ël*n"tsefiìpre e tiP* de íactüres env*ïvid*E"
* é Pai ifu4ãe' ur'ï cr]mpott"t-
uïïraÓptinra prerrogatìva pr:r si só, unr i;rc[*u, eje r isc* r"rãc c,Âesencacâeia

le m m*ntod*ciep*ndência,rrtasac-*njugaçã*rlevániclsfact*-
cJc u:sor'?L]us* de substânr-ìas e,leternrinacÌ* conteit*,
p*de vir" a íazê-lq]"
A [*revenc;ã* flspecííica res rJe nisc*, ã-rllïx.,

cle Xevar *ffi linha cie


c*nla:
*AsnÜVaEcr;rrrjiçÕesdes*cializaçã*rjr:sar'l*ïescen|es Fmet*r*s de Rïsem
e ;*vens * Faïta de auï*n*n:ia
*Üsg:r.irneìl*sCÜn5Unì*5ligacJ*sã*SC{}ntgxrcE * ffiaixa auto estinra
recreativ*s
ü5 ;{iv*fi* têm das "s-ì,,vas - üiiïculdacles eie ccmur.licação
üu partìcipar
.
na vlcÍa en:
* A pcrcePçã* Positlva que - üificuldacle effi fLrncïqlnar
r-{r*gas" t}u "cil"cgas de r*cret{}" gr"u íx]
t} cü*su
_; llFr*u*a*,, qus é excrcicla *{r5 i*r'ens para - fuïm de c:u fracc EentidÜ
críticc:

rnr: cle áicr:ci e tal:acc:


- -\istenra de valor negativo O relaclonamento entre pais e filhos func.ioria como factcr
- Fouca tolerância à frustração de protecção; envolvimento e dedicaçao são sinónimos
- {lternativaE ao ócio de pratecção e desenccrajarnento para o consumo; fortes
- Dificuldade ern resi)lver conflitos clu tornar decisões laços parentais podem inibir o uso de clrogas e comporta-
* rDíticuldade em controlar a ansiedade mentos delinquentes. A confiança, segurança, envolvi-
- Falta de limites nrento e forte ligaçãc à família sãa inibidores da consunìü.
A interiorização das valcres trad icionais con duz ao
{ raita de envolvimento dos pais nas actividades dos desenvolvimento de forte relaçãa pais-filhos.
i,h,l;. a indisciplina fanriliar e a falta ou inadequação de
a-.ll'raçoes na formação das criancas/ são fartes factores Factcres familiares:
pre'irtii'os do consurno. Âtitudes de falta de franqueza
não-específicos e específicos
cr-r Erande permissividac{e, factcres de comunicação
r-eEarivos (crítica e culpa), limites comportamentais Hoje sabernos cürno alguíls cornportamentos e atitudes
ir'-;rlrisistentes e püucü claras e ainda expectativas üu a falta deles, podem estar d irectamente
fam iliares,
:'eaÌistas dos pa is em relação aos filhos, contribuen-r relacionados com ü uso de drogas por alguns dos s€us
p,,."a ri risco de consu!-nCI de substâncias psico-activas. mernbros, especialn-rente pel*s filhos.
Merikangas e col. {1 99S} reíerem a existência de dols
tipcs de factores directamente ligad*s às Famílias que, de
Farctores de ProtecÇão
urna maneira ou de r:utra, poderur p*tencíar e effi alguns
- {poio emocir:nal e afectivo casüs n-ìesmo desenca"dear o consumo cle substâncias
- Ci:ntrole de situaçÕes pelos filhos, rJistingLÌindo factores nârs-específicos e
- traci lidade em coíl1u n icar específicos"
* oaciliclade para trabaEhar err grupo
üs factüres nã"o-específicas estão relacianad*s com a
- :rentido crític* dinânrica fanriliar: rr-rptura da estrutura fan'liliar * unip"-
- Tc{erância à frustraçãcr rentalidad* - exposição a elevados níveis de stress - 5:sïcr:-
- Conhecimento dos recursos sociais e comunitários patologia farniliar - negligência - abuso emocional, físico
- Ëristência de centr*s de interesse elou sexual - prlr,ação social - exclusão social.
* Capacidade de realização de tarefas e cutras üs facfüres *specíficos influencianr directanrente o con-
actividades surno de substâncias pelos filhos, a saber: exposição às
..i :.::+r: ir:-i+r:-::,::::r:ì:r.. j::ia!È

ffi# ãã*s fftr##Ë,,wffeê: m
flt
gãffis

rJrogas imitação do consumo - aprovação/ccnsentimento


- O conhecimento dos Factores de Risco e dos Factores
parental do consumc] e uso de substâncias psico-aclivas. de Protecção tem papel primordial na tducação
Hoje em dia temos a sensação d* que a sociedade (que ifititudes [ducativas * é fundamental recçffÍrecer os
somos ldós) está a tornar-se cada vez mais permissiva riscos e patenciar os facfores de pr*t*cção.
em relação ao consumo de substâncias. ïalvez pela A implementação de uma política de Pnevenção tem de
ideia u m pouco mais Seneralizada de q ue, face ao recCIn hecer estes factores nu rna determ inada
númera crescente de indivíduos a experimentar e a sociedade/grupo social, de rnodo a poder estabelecer
consumir, pouco au nada se poderá fazer- u ma estratégia acleq uada.
É exactamente contra esta ideia que nós nos colocamos.
-

AS substâncias

D",lga toda a substância que, introdr"rzida no Ti pos de substâncias


r-,'gãn!-*n'ìo, pode mcldificar urna ou mais das suas
'-i':Ões qOMS 1975).
Dependendo da sua forma de actuação a nível do
Esi. Cefinição, bastante abrangente, diz respeito a todo sistema nervoso central, distinguem*se, atendendo aos
- : nc cle su bstâncias utilizadas para cu rar ou aliviar
seus efeitos, três tipos de substâncias:
,1,-,çr''ÇâS, nrelhorar ou rnodificar funções com fins úteis

Ê J,:rsÌtiros, mas engloba também aquelas substâncias


c-c nc or8ânisrncl têm repercussões negativas.
Depressoras Estimulantes Perturbadoras

rÈ-e"lrno-nos àquelas substâncias que têm prcpriedades Álcaol Cafeína Can nabís:
p. ;r:,-activas (ex. álcoo[, tabaco, üpiáceos) e quando
; ;dlrros a Abuso de Dr*gas referinro-nas aü ilso de Analgésiccs N icotÍna Í-laxixe

-^'a tinoga corn finE distintos dos nredicinais, que ïranq u ilizantes Cacaína MariTuana
p"Éiuci ica de forrna física, mental, emocional ou
i-'*,air-nente quem a utiliza (NIDA 19S1)" Opiáceos: Crack Líamha

Pe ra {rr d ré Therrien {1994} , Draga " é u ma su bstância


Opio Anfetam inas AI uci nogéneos:

c;€ iÊnl como efeito principal e directo o de alterar o !1e raína Anti-depressivas t5ü
'*r*,*i,-rrìâftle nto elóctrico
dc cérebro ao nível do Sistema
\.'',*trSo Central e rnais especificamente a nível dcs Morfina Icsiasy PCP
rer",:rnios inrplicadcs nos diferentes circuitos de ?razer
e ijes prazer" . Cçdeína Mescaiina
{s ,ii nogas são pr{}dutcls que pcciern prcvocar Metadorla Cala e Solventes
Ê\periências limite de prazer, mas também de dor e
r- -. rric sofrimenta.
-!
, sãc sui:stâncias {Ìue "aceleralï" a As cinses c.lltas "eíicazes" levam a r*laxamerrtc e
fistãmutras"nÉes -
activiciade cia sisten'ra nerv{}so central, favorecencla sensaçãc de benr-estar; em baixas doses prüv{x:aïïl
a rapirlez cje Lransmissã*, pr*duzir-rclo euforia e ilma sonolência, perlurbaçÕes sensoriais {visão, l;lNacto e
sensação de capacidade, cllrninuinda a sensaçã* cle tacto), retardanclq: os reflexos. Inr cli:ses *levarjaE
süno, cansaço e fcme. A este grupç pertencem â conclïciünanr perturbaçÕes do equilíbriç:, cja

cafeína {e aulras substâncias .ìue estinrulanr as linguageíï, cla respiraÇão, pa:dendc ainda levar a

funçÕes lespìratÓria, cardíaca, etc.), a niccïina, percla cj* c-ol"ihecimer:tü, coíní? e n":t:rËe.
A e ste gru pü pertc.nceírÌ: ü álc*cl etílico, Üs
alguns anti-d*pressivos, a cocaína e ils clerivarias
anfetan-línicos {ecstasy, cratk, speecls e cutros}"
cjerivadcs eJa Ópio (Ópic, her*ína, ïf'ì*rfina,
5ã* efeitcs negativcs desïaE clr*gas: taquicardia e rnetadclnral, {}s ailãlgésic*s rJe acçãt: cenïnal, {}5
hip*rlç:nsão, dcres de cabeça, depressãc {ìuand* anestésicos e nr geral, *s hipnótìcüs, os L:arbitúricoE
desapareceffi ü5 seus eieitüs, insÓnia, sucjorese e üs tra nq u iliza ntes.
intensa (corn cheirc intEnso e desagradávei), mai*r
? Ferturbadcrnas - clenr:m inanr-se assirn as sq-rbstâncias
errü aproncÌizagem etectilacjiì scb oE sÜus eíeitr:E
nËì
qile alteram üil rnocJïficam as vlvências rjr: munclc
e, sohretucjo, ansiedarìe, agressivicJacj€, pensamentcs
intern* e exterrlc.r indivíduq]:
parãnóir.les, hiperexcitahiliclacle e hìperestesias/
clq:

püfJendo a!nda ücorrer aluc!naçÕes audìtivas, - as percepçÕes visual, audìtiva, f ctil *u tocjas elas

visuais, etc. Lm d*ses elevaclas, padenr ccr':clici{fna!" iu ntas;

clistúnbic>s psíciuiccs graves e irreversíveis, r:ardíar:cs


* a valç1rrzação em{}cicnal das per{.epçÕes,
{:}Li ffiesffio a marte .
conduzincl* a asscciaçÕes e relações entne factos
{presentes e passadrls}, sLrrpreencJentes parã Ü
2, üepresssras sãc substâncias quc cÌiminuenr a prílpric inclivíduc 1:ela Eua intensidade;
- alte raçÕes protunçlas na sensação te mporal,
actividacie a nível clc siste íïã ne rvüsü central" h{etn
tarJas actuanr de íarnra igual Eobre os rYlesnìüs chegand* a procÍ uzir alucir"iaçÕes.
centrcs nervosos, prr:cluzindo efeitos cjiferentes Dentro cleste gru pü incFuerï-5e algu ns canabi-
d*sc, c{a tq}ïerâncla ou nólcjes hax!xe, rïrarijuana e liarnL:4, e üs
que eslarãc depenc.lentes c.la

háhito de cünsumü do incl ivíc{uc, das suas alucin*géneos - LSt] e mescalir"ra.


*xperiências prévias, da sua p€rs*:naliciacle, etc.
Ti pos de Cansumo
\x-litos pais não entendem muito bem o porquê de consumo - a curiosidade, o desejo de testar l!nrites e
larrtc interesse cJenronstrado pelas drogas e seus efeitos. regras, os efeitos rnágicos às drogas atribuídos e associados
Er.,:sie também a icleia de que os jovens só consomem ao diveriimentolmaior prazer. Sabemos ainda que é multo
il li"que têm problemas ou porque são iracos ou sem difícil resistir à "Pressão do crupo" a qile se ãssocia o
-?*á,-ter. desejo de afirmação e o desafio à autoridade"
Sapenros que essa não é a realidade. unr conjunto de Não é despiciendo referir a facilidade que os jovens têm
- -iros nrotivos está na origem deste interesse e deste eÍrì encontrar e adquirir drogas e a baixo íl!-eÇo.

Cu riosidade Acessibilidade
Desejo de
W Wt

testar limites e regras

Pressão do grupo

Atribuição de W" USO *@ Dispon ibilídade

"Poderes Mágicos"

Desejo de afirmação

?razerlDivertimento
W ffi

Desafio à autoridade Baixo custo


: :.-- Ì--.'
:---ai:::-<

! .-=' l
r::È'

os ïrrÓprìcs taxica-
d if e re ntes para a taxicodeïrenclência" 5áo
Temos aincla de ter presente
que exisïenr "entrar é fáciï, sair é nrr-ritc
clepenclentes que afirpnam:
fornras cie consumir drogas: t. a/
drïlcll
.l ll
.

existentes, convém
Dadcs os paclrÕes de consum{)
TÊpcs de ccnsuÍ'íìü: cons LttnÜ Re creativo o
clestacar q ue designaffiÜs por
de diversão (discoïecas'
[xperinrental que está assaciacla a activïclades
n"]o tem cÜmÜ carac-
Ocasianal concertos). [ste ïipcl cle coï]su
Usc ilma prCIcura irnecliata de prazer'
terística
Recreativc
Regr".rlar FaïamÜsemDepenr}êncíaquancÍcoCÜn5uffiÜsEtorna
Ü princlpal cbiecïiva na
un-ìa necessir,lacle, tornanrJÜ-Se
quancJ* 1á se cilnsürne
4 q' 4 'í' 4 çr 4'4 'rt'ú'j.' tu @fr"' AfuUSC vlcja do consur.nidor', ou ainda
maï-estar" Numa situaçãr:
14 3j
HabitUaï " '|'
para aliviar c süfrirnento e Ü
r-lerÌepenclênciauüprincipalobjectivodoCÜE]sUffiü
ffias uffi& f*r"ma cle
cleixa cle ser a prücilra ijo pYAT-s{,
cons umÜ Experime{ttaj não
concluz
saben-ros qile ur^fi
evitar o desPr at.e{ (lDT 2Üü4}'
necessalianrente & u5{} habiïual tiÜxicode- {-lí'l-ì
atentc e chaÍ^í]ar à
penclência}; mas há qUe esïar lrìão esquecey cìile a drcga mais
consurnida pe l*s iovens
atençãoparaaSCL}n5equêncïasreSUïtantesdesteE á rs álç*erf'..
Conlportarnentos'MuitasdeEtasexperiônciasevolUem

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