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CIDADE NUA

..........................Vida banal

Por Claudio Goncalvess

No silêncio da noite; no
quarto do casal, dona
Magnólia e seu Isidoro
repousam depois de um
dia cansativo. A final;
uma semana inteira se
passou ate aquela sexta-
feira, quase sábado.

Seu sono, subitamente foi


interrompido por um
estampido violento.
“Tiro”; foi à primeira
coisa que pensou.

Seu Isidoro naquele


mesmo instante era
sacudido por sua mulher
sussurrando:

........" - véio,véio, acorda,acorda. deram um tiro ai na frente."

Seu Isidoro se levante sorrateiramente em direção á sua janela; e pela fresta ,procura ver
algo na rua ;enquanto esfrega os olhos.
“Parece que vê alguém deitado no chão; enquanto na esquina uma silhueta desaparece
apressadamente na escuridão”
. -E deram tiro mesmo”,e parece que acertaram alguém!
...."-Ta morto? Pergunta dona Magnólia.
....."-Sei lá,parece que não vai levantar;comenta o velho. Isidoro
No outro lado da rua; na casa da frente, se acende a luz da varanda; é seu vizinho; que já
se adianta em ver mais de perto; já que somente um corpo caído e imóvel ocupa o cenário
escuro, agora mais iluminado pela luz da varanda.
Dona Magnólia intima seu Isidoro.:
“Vamos velho, vamos velho, deve ser alguém conhecido.”
Caminham para fora da casa em direção ao meio da rua.
O copo inerte sangra pouco, mas nem um gemido se é percebido.
Ninguém conhece; ou sabe de quem possa ser aquele corpo jovem, de roupa simples,
quase humilde, jogado no chão da rua de terra; terra que começa a consumir o sangue
daquele corpo.

A escuridão novamente se revela em cores e, o som de sirene novamente quebra o


silêncio da noite sem luar.

......“-Alguém
chamou a polícia!
-disseram.

As luzes coloridas
da viatura que
chegam mais perto
e, denunciam; para
o resto do bairro;
que mais um crime
acontecera. Um
crime banal

Tempo depois;
novamente no
repouso, o casal
tenta dormir outra vez; agora com um pensamento na cabeça:
Quem será?
Porque será que aconteceu uma coisa dessas?

..........."-Dorme meu velho, dorme!


Na manhã seguinte, somente o sangue ressecado na rua de terra; sem vaidade, lembrava
que na noite anterior aquele cenário foi palco de mais um trágico episódio da “CIDADE
NUA”.
Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos, nomes, ou casos
ocorridos,terá sido mera coincidência.

Claudio Goncalvess
Documento “ISO” /press
28,outubro de 2007 fotos: Claudio Goncalvess

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