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Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares


A Biblioteca escolar. Desafios e Oportunidades num contexto de mudança.

Comentário ao Trabalho da colega Madalena Cabral

Escolhi comentar o trabalho da colega, pois as nossas escolas pertencem ao


mesmo conselho situando-se em Alcácer do Sal, apesar de as realidades serem
diferentes. A Escola Secundária de Alcácer do Sal abrange o Secundário, tem pouco
mais de 200 alunos e eu estou agora a iniciar funções por nomeação sem qualquer
experiência, para além do gosto pela leitura e pelo tipo de trabalho. A colega
Madalena tem de articular 2º e 3º ciclos, muitos alunos, tendo no entanto a mais-valia
da experiência.

Analisando assim os domínios da grelha, começo pelas competências do


professor Bibliotecário. Efectivamente, hoje em dia é um desafio imenso conseguir
articular os professores para um trabalho conjunto pela dificuldade em articular
horários. Por outro lado a imagem do professor bibliotecário é um entrave,
especialmente quando, como a colega, se está a tempo inteiro na biblioteca, uma vez
que a comunidade escolar tem tendência para considerar que há pouco a fazer e
muito tempo para tal. Felizmente, a presença no Conselho Pedagógico, que está
apontada no Plano da BE da minha escola (esperando pelas alterações ao
Regulamento Interno), vem ajudar na promoção de um trabalho cada vez mais
abrangente e facilitar a comunicação de forma a incentivar-se o trabalho colaborativo
tão em falta. Neste ponto, já o Plano da BE da secundária aponta no sentido de uma
colaboração que se quer efectiva com a Básica Pedro Nunes.

No que diz respeito à Organização e gestão da BE, os recursos físicos da escola


são facilitadores de um trabalho articulado em termos de tarefas e de grupos. Para
além disso, o facto de a colecção estar online é um aspecto muito positivo, vencidas as
resistências à sua consulta (é sempre mais fácil perguntar ao professor bibliotecário e à
funcionária onde está o livro de que se necessita). No entanto, são apontados alguns
problemas que resolvidos melhoram a eficácia do trabalho na biblioteca: a
rotatividade da equipa e a falta de formação em TIC. Na nossa escola, a título de
exemplo, a equipa PTE já começou a dar formação informal em algumas áreas, como a
Plataforma Moodle, e outras estão em fase de preparação.

Quando falamos da BE como espaço de conhecimento e aprendizagem e do


trabalho colaborativo e articulado com Departamentos e docentes, estão a tocar-se
em dois pontos, penso, muito sensíveis. É neste domínio que têm de ocorrer muitas
alterações pois, tal como aponta a colega, há muitos pontos fracos a eliminar.

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A Biblioteca escolar. Desafios e Oportunidades num contexto de mudança.

Nomeadamente, a biblioteca tem de deixar de ser encarada apenas como Centro de


Recursos, a sua função vai muito mais além e o facto de na escola Pedro Nunes já estar
integrada no Currículo Escolar será facilitador do trabalho colaborativo tão necessário
ao processo de ensino/aprendizagem dos alunos, com vista à melhoria dos seus
resultados e à aquisição de competências essenciais. A colega foca outro aspecto, que
considero tão pertinente como importante: o desenvolvimento do espírito criativo nas
crianças/alunos.

No domínio da formação para a leitura e para as literacias, é referida a


importância do PNL no reforço da BE e da leitura que, na Secundária, também tem sido
um factor de promoção da leitura. A dinamização de concursos e a criação de
projectos de leitura vão efectivamente, ainda que lentamente, devido à resistências
que ainda existem, fomentar o gosto pela leitura. Daí que o envolvimento da família
seja muito importante como é referido pela colega.

Na relação da BE com os novos ambientes digitais, são apresentados alguns


pontos fracos, no que diz respeito à formação da equipa, apresentando a colega uma
forma de superação do problema muito interessante que é o recurso à literacia dos
alunos nesta área. No que concerne aos equipamentos desajustados coloca-se o
eterno problema: os recursos financeiros.

Finalmente, na gestão de evidências, a colega apresenta sugestões muito


interessantes para que a biblioteca possa avaliar e, acima de tudo, avaliar-se, pois só
assim a BE que “é o coração da escola” conseguirá “ser a chave para a mudança de
método e currículo escolar”

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