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Maternus Bere Acusacao
Maternus Bere Acusacao
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ACUSAÇÃO
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-CONTRA-
EGIDIO MANEK
MATERNUS BERE
PEDRO TELES
HENRIKUS MALI
COSMAS AMARAL
ALIPIO GUSMAO, TAMBÉM CONEHCIDO COMO ALIPIO MAU
BALTAZAR DA COSTA NUNES
DOMINGOS MALI, TAMBÉM CONHECIDO COMO BETE ALOI
ILLIDIO GUSMAO
JOAQUIM BEREK AKA BEREK BOT
OLIVIO TATOO BAU
GABRIEL NAHAK
AMERICO MALI
E
ZITO DA SILVA, TAMBÉM CONHECIDO COMO ZITO SAEK
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I. ACUSAÇÃO
O Procurador-Geral Adjunto para Crimes Graves, segundo a autoridade a si
conferida pelos Regulamentos 2000/16 e 2000/30 da UNTAET (tal como
corrigidos pelo Regulamento 2001/25), acusa:
EGIDIO MANEK
MATERNUS BERE
PEDRO TELES
HENRIKUS MALI
COSMAS AMARAL
ALIPIO GUSMAO, TAMBÉM CONHECIDO COMO ALIPIO MAU
BALTAZAR DA COSTA NUNES
DOMINGOS MALI, TAMBÉM CONHECIDO COMO BETE ALOI
ILLIDIO GUSMAO
JOAQUIM BEREK, TAMBÉM CONHECIDO COMO BEREK BOT
OLIVIO TATOO BAU
GABRIEL NAHAK
AMERICO MALI
COM
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II. NOME E DETALHES DOS ACUSADOS
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Nacionalidade: Timorense
Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental,
Indonésia
Ocupação: Comandante (Danki) da milícia Laksaur,
Sub-distrito de Fohorem
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Naturalidade: Distrito de Covalima, Timor-Leste
Idade/Data de nascimento: desconhecido
Sexo: Masculino
Nacionalidade: Timorense
Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental
Ocupação: Comandante de pelotão (Danton) da milícia
Laksaur, Tilomar
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III. DECLARAÇÃO INTRODUTÓRIA DOS FACTOS
1. Um ataque generalizado ou sistemático dirigido contra a população civil foi
levado a cabo contra a população civil em Timor-Leste em 1999. O ataque
ocorreu durante dois períodos interligados de violência intensificada. O primeiro
período seguiu-se ao anúncio a 27 de Janeiro de 1999 pelo Governo da
Indonésia de que a população de Timor-Leste teria a oportunidade de escolher
entre a autonomia dentro da República da Indonésia ou a independência. Este
período terminou a 4 de Setembro de 1999, a data do anúncio do resultado da
consulta popular, na qual 78,5 porcento votaram contra a proposta de
autonomia. O segundo período seguiu-se ao anúncio do resultado da consulta
popular a 4 de Setembro, até 25 de Outubro de 1999.
4. Este ataque em larga escala foi dirigido contra os civis de todos os grupos de
idade, predominantemente contra indivíduos que apoiavam ou se entendia que
apoiavam a independência, e resultou em lesões letais, incluindo morte por
ferimentos corto-perfurantes, ferimentos por tiros, traumatismos contusos ou
uma combinação dos três.
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manutenção geral da lei e ordem, antes, durante e depois da consulta popular.
As TNI e a POLRI falharam no cumprimento destas obrigações e não tentaram
desarmar ou neutralizar os grupos de milícia. Permitiram que os grupos de
milícia agissem com impunidade.
14. A milícia Laksaur tinha cinco sub-grupos que operavam em vários sub-distritos
de Covalima, excepto em Zumalai. Estes sub-grupos de milícia estavam
localizados em Tilomar, Suai, Fatululik, Fohorem e Fatumean e um comandante
chamado de “Danki” chefiou cada sub-grupo. Cada grupo de milícia estava
dividido em pelotões, que eram chefiados por comandantes de pelotão
chamados de “Danton”.
15. O comandante supremo da milícia Laksaur era Olivio Mendonca Moruk (falecido)
e o seu irmão Egidio Manek era o seu comandante adjunto e ambos tinham
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comando efectivo e controlo sobre os outros comandantes (Danki) e membros
da milícia Laksaur.
17. Egidio Manek, Maternus Bere, Cosmas Amaral, Pedro Teles e Henrikus Mali
tinham comando efectivo e controlo sobre os membros da milícia.
19. Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Gabriel Nahak, e Zito Da Silva, também
conhecido como Zito Saek, eram membros da milícia Laksaur.
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OFENSAS COMETIDAS ENTRE 27 DE JANEIRO DE 1999 E 4
DE SETEMBRO DE 1999 (PERÍODO PRÉ-CONSULTA)
PRISÕES, DETENÇÕES, TORTURAS E DESTRUIÇÃO DE
PROPRIEDADE
Tortura de Inácio Pereira Baretto (27 de Janeiro de 1999)
22. No dia 27 de Janeiro de 1999, ou por essa altura, Inacio Pereira Baretto
tinha ido visitar os seus parentes em Uma Murah. Foi preso por membros das
TNI, incluindo Sugito e Sukarman e membros da milícia Laksaur comandados
por Olivio Moruk, incluindo Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau, Americo Mali e Andreas Coli. Depois de ter sido preso por Inacio Pereira
Baretto foi severamente espancado pela milícia e as TNI presentes e foi
esfaqueado no seu pulso por Alipio Mau
23. Inacio Pereira Baretto foi forçado a entrar para um camião conduzido pela milícia
e pelas TNI e foi levado para o Kodim em Suai onde foi detido até ao dia
seguinte.
24. Depois da sua libertação, Inacio Pereira Baretto, juntamente com outros
aldeões fugiram para a floresta de Lakalese em Fohorem.
25. Jose Fatima Xavier era um apoiante da independência que vivia na Vila de
Casabauk. Era um membro clandestino e estava activamente envolvido na
assistência das Falintil recolhendo comida, munições e uniformes para os seus
membros.
26. Em 1999, membros da milícia Laksaur e as TNI sabiam que Jose Fatima Xavier
era um membro activo da clandestinidade.
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Maria Carvalho, Maria Carvalho e o seu filho Elidio Gusmao, também conhecido
como Erik.
30. Cerca da 20 horas, membros das TNI, incluindo o Tenente Sugito (Koramil-
Suai), o Sargento Major Sukarman (Koramil-Fohorem), Angelino e Cornelio e
membros da milícia Laksaur, incluindo Olivio Moruk, Egidio Manek, Cosmas
Amaral, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali
Andreas Coli, e Abilio Breok atacaram a casa de Elizeu Gusmao.
31. Americo Mali, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e
Adreas Coli entraram na casa e atacaram os aldeões com machetes e espadas.
Alguns dos aldeões foram capazes de escapar, incluindo Elidio Gusmao,
também conhecido como Erik.
32. Jose Fatima Xavier, Elizeu Gusmao e Inacio Amaral sofreram lesões sérias em
resultado do ataque. Os membros das TNI e da milícia presentes levaram Jose
Fatima Xavier, Elizio Gusmao e Inacio Amaral no camião conduzido pelo Tenete
Sugito. No caminho para o Koramil, a milícia e as TNI acreditando que Inacio
Amaral estava morto, atiraram-no do veículo e continuaram com os outros para
o Koramil em Tilomar e depois para a casa de Olivio Moruk.
33. Enquanto na casa de Olivio Moruk, o Tenente Sugito ordenou à milícia e aos
membros das TNI presentes para matar Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao. A
milícia e os membros das TNI levaram espadas e pás e conduziram Jose Fatima
Xavier e Elizio Gusmao para a praia Salele no seu camião Hino das TNI.
34. Elidio Gusmao, também conhecido como Erik, depois de escapar da milícia e
das TNI durante o ataque, foi reportar o rapto de Jose Fatima Xavier e Elizio
Gusmao ao Padre Hilario na Igreja de Ave Maria, em Suai.
35. Quando a milícia e as TNI chegaram à praia com Jose Fatima Xavier e Elizeu
Gusmao, o Tenente Sugito recebeu uma chamada no rádio. Deposi de uma
breve conversa pelo rádio, informou a milícia e as TNI presentes de que o
DANDIM (Mas Agus) ordenou que Jose Fatima Xavier e Elizio Gusmao fossem
levados para o Kodim e não fossem mortos.
36. Durante a viagem da praia para o Kodim, Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao
foram severamente espancados.
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38. Antes de Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao terem sido libertados, o Tenente
Coronel Mas Agus (Dandim-Covalima), o Tenente Coronel Gatot Subiaktoro
(Kapolres-Covalima) e Caitano Mendonca (FPDK-Covalima) foram para o Kodim
e disseram a Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao que deviam apoiar a
autonomia, uma vez que Timor-Leste nunca seria independente.
39. Logo depois da sua libertação, Jose Fatima Xavier, Elizeu Gusmao e as suas
famílias procuraram refúgio na igreja até 7 de Abril de 1999, e voltaram às suas
casas.
40. O ataque pelos membros da milícia Laksaur e das TNI contra a população civil
em Covalima, em particular contra os que se entendia serem apoiantes da
independência, intensificou-se em Abril de 1999.
41. No dia 14 de Abril de 1999, ou por essa altura, Jose Fatima Xavier foi preso na
sua casa na aldeia de Rumah Murah por membros da milícia Laksaur, incluindo
Egidio Manek, Henrikus Mali, Americo Mali, Siri Lau, Riki Coli, Antoni Moruk,
Juliao Mali, Ulu Kehi, Lucas Mau e Yosef Berek. Jose Fatima Xavier foi
severamente espancado por Americo Mali e os membros da milícia presentes.
Americo Mali algemou as suas mãos atrás e colocou um saco de plástico por
cima da cabeça de Jose Fatima Xavier.
42. Jose Fatima Xavier foi levado para a casa de Ulu Kehi (em Rumah Murah) onde
estava atado a uma cadeira, e interrogado por Americo Mali e Yosef Berek
sobre o movimento da independência e armas que acreditavam estavam na
Igreja de Suai
43. Durante o interrogatório, Jose Fatima Xavier foi continuamente espancado por
Henrikus Mali e Americo Mali. Durante o espancamento, um membro da
milícia, Fernando também conhecido como Badu cortou o lábio inferior de Jose
Fatima Xavier com uma machete. Jose Fatima Xavier sofreu vários ferimentos
como resultado disto.
44. Jose Fatima Xavier regressou para a sua casa na mesma noite e foi detido na
sua casa de 14 de Abril de 1999 até 8 de Junho de 1999, quando foi para Díli.
Comício em Díli
46. Durante o comício, Eurico Gutteres, Comandante adjunto da PPI falou para a
multidão e disse-lhes que as pessoas que eram contra a integração a Indonésia,
eram o inimigo. Ordenou aos “representantes” do estado e os que ajudavam as
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forças do estado a capturar anti-integracionistas e a atirar sobre eles se
resistissem.
47. No dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur sob
o comando e controlo de Henrikus Mali, incluindo Yacobus Bere, Petrus Suri
Bisi, Gabriel Koli e Daniel Luan e membros das TNI prenderam cerca de trinta
homens da vila de Manekiik e levaram-nos para o Koramil em Belulik Leten.
48. Entre os aldeões detidos estavam Geraldo Orleans, Alfredo Freitas, Domingos
dos Santos, Francisco Nahak, Antonio de Lima, Francisco do Carmo, Manuel Do
Carmo, Raimundo do Carmo, Baltasar Maya e Domingos da Cruz. Foram presos
porque se entendia serem apoiantes da independência.
49. No Koramil, Geraldo Orleans, Alfredo Freitas, Domingos Dos Santos, Francisco
Nahak, Baltasar Maya e Domingos da Cruz foram severamente espancados e
sujeitos a sofrimentos físicos e mentais severos por membros da milícia Laksaur
incluindo Yacobus Bere, Pedro da Cruz Besa, Petrus Suri Bisi, Herman Kehi e
Zakarias Berek.
55. No dia seguinte, a 25 de Abril de 1999, os membros da milícia, Petrus Suri Besi
e Demitrius Berek, ambos armados com espadas, interrogaram alguns dos
aldeões, incluindo Geraldo Orleans sobre as actividades da Falintil. Durante o
interrogatório, os aldeões foram outra vez espancados.
56. A 26 de Abril de 1999, os aldeões foram ordenados por Henrikus Mali para
escrever os nomes das suas esposas e o seu paradeiro num pedaço de papel.
Os aldeões fizeram o que lhes foi dito e a milícia ordenou que as esposas de
todos os aldeões que foram detidas fossem ao posto da milícia em Belulik Leten.
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57. As esposas dos aldeões foram para o posto de milícia a 27 de Abril de 1999,
onde foram ordenadas pela milícia para assinar um acordo. Foram deixadas ir
para as suas casas logo depois de terem assinado o acordo.
58. Os 27 homens foram presos e mantidos detidos. Durante a sua detenção, foram
guardados por membros da milícia, incluindo Josep Mendonca, também
conhecido por Nahak Kehik e Pedro da Cruz Besa
59. No dia 28 de Abril de 1999, ou por essa altura, os 27 homens foram ordenados
por Henrikus Mali a alinhar em frente do posto da milícia. Aí, Henrikus Mali leu
em voz alta o aco0rdo que foi assinado por eles e pelas esposas, que se não
apoiassem e autonomia de Timor-Leste em relação à Indonésia, seriam mortos
e as suas esposas e parentes, cujos nomes foram escritos no acordo também
seriam mortos.
60. Henrikus Mali ordenou depois os aldeões a irem para o Koramil e para a
estação da polícia e pediram desculpa aos comandantes. Os aldeões fizeram
como lhes foi dito e foram libertados para voltarem para as suas casas.
Henrikus Mali disse-lhes depois que estavam autorizados a deixar a vila de
Belulik Leten sem a sua autorização ou a de Eduardo Leneng (o comandante da
polícia do sub-distrito), Josep Kehi (TNI) (o comandante do Koramil) e Domingos
de Araujo, (Camat – chefe do sub-distrito).
62. No dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur sob
o comando de Olivio Moruk e Egidio Manek foram para a vila de Nikirr à procura
de Joao Da Silva. Entre os membros da milícia que foram para Nikirr estavam
Olivio Moruk, Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau, Americo Mali, Zito da Silva também conhecido como Zito Saek,
Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Bou Luan, Nahak Malik,
Guru Nandus, Orak (LNU) Moruk Kasak, Jacob Bere, Oracio (LNU), Tem Berek,
Leonito Cardoso, Miguel da Silva Mau e Felipe Nahak.
63. Os membros da milícia fizeram esta operação juntamente com membros das
TNI do Koramil Salele, incluindo o Sargento Major Supoyo, também conhecido
como Pak Poyu (comandante militar do sub-distrito-Salele), Bentu (LNU), Jaime
Pinto e Leonito Cardoso (TNI).
64. A milícia encontrou e interrogou Jose Cardoso e três outros aldeões sobre o
paradeiro de Joao da Silva. Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau, Americo Mali e Felipe Nahak espancaram-nos severamente durante o
interrogatório.
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65. Depois do espancamento de Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau, Americo Mali e Felipe Nahak ameaçaram de morte Jose Cardoso e os
outros três se seguissem Joao da Silva no apoio pela independência.
66. Mais tarde, a milícia localizou Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso, Paulus
Ximenes que eram parentes de Joao Da Silva e mataram-nos.
67. A milícia depois deixou Nikir e foi para Fatukmetan. No caminho, Egidio Manek
ordenou-lhes que prendessem Lodificus Rabu e mataram-no. Lodificus foi preso
e levado para a floresta.
70. Os aldeões em causa foram trazidos para a berma da estrada e rodeados pela
milícia e a TNI presente. Foram depois questionados sobre o paradeiro de Joao
da Silva.
72. Os aldeões foram depois levados para a casa isolada de Baltazar Xiemenes.
Enquanto aí, Cervasio Yosep e Filipos Yosep foram espancados outra vez por
Americo Mali que lhes bateu na cabeça repetidamente com um tubo de metal.
Os aldeões sofreram lesões graves como resultado dos espancamentos.
74. Augustino Gusmao era um apoiante independente que vivia na Vila de Leogore
Village, no sub-distrito de Suai. Em 1999 Augustino Gusmao era um funcionário
público no Departamento veterinário na Vila de Debos em Suai
75. Antes de Abril de 1999, Olivio Moruk avisou Augustino Gusmao que a milícia iria
levar os seus bens porque o seu nome estava na sua lista de inteligência de
apoiantes da independência.
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76. No dia 1 de Abril de 1999, ou por essa altura, cerca de 7 membros da milícia
Laksaur, incluindo Olivio Moruk, foram para a casa de Augustino Gusmao e
levaram a sua mota.
77. No dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, os membros da milícia Laksaur
sob o comando e controlo de Maternus Bere foram para a casa de Augustino
Gusmao na Vila de Legore, comandados por Andreas Koli.
79. Na sede da milícia, Augustino Gusmao encontrou-se com Maternus Bere que o
acusou de ser um funcionário público a ganhar um salário do governo indonésio
e mesmo assim apoiava a independência. Andreas Koli e Domingos Mali,
também conhecido como Bete Aloi espancaram Augustino Gusmao
severamente.
80. Maternus Bere, Andreas Koli e Domingos Mali, também conhecido como
Bete Aloi interrogaram Augustino Gusmao durante várias horas. Depois do
interrogatório, Maternus Bere forçou Augustino Gusmao para assinar uma
declaração dizendo que apoia a autonomia de Timor-Leste dentro da Indonésia.
Depois de assinar a declaração, foi ordenado para a entregar no gabinete do
Bupati (administrador), Herman Sudyono. No dia 29 de Abril de 1999, ou por
essa altura, Augustino Gusmao entregou a declaração no gabinete do Bupati.
81. Em 1999 Vincente Alves Quintao era um líder, e Francisco do Espiritu era um
membro do movimento clandestino que apoiava a independência de Timor-
Leste.
82. Antes de 26 de Abril de 1999, Pedro Teles ordenou aos membros da milícia
Laksaur sob o seu comando par prender Francisco e Vincente e os trazer para a
sede da milícia na Vila de Legore.
83. Nesse dia, Francisco do Espiritu estava na sau casa com Vincente Alves
Quintao na aldeia de Oegus.
84. De acordo com a ordem de Pedro Teles, membros da milícia Laksaur incluindo
Xisto Barros, Ricardo Andrade, Cesar Mendonca, Casimiro e Joaoquim do
Carmo armados com espadas foram para a casa de Francisco do Espiritu e
prenderam-no juntamente com Vincente Alves Quintao.
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86. Na sede da milícia, membros da milícia Laksaur sob o comando de Pedro
Teles, incluindo Xisto Barros e Ricardo de Andrade, espancaram mais uma vez
Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao.
87. Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao foram depois detidos num
pequeno quarto no posto da milícia, que era também o koramil em Legore, no
qual o Sargento Major Harun Tateny era o comandante.
88. Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao foram detidos aí até 8 de Maio
de 1999. Durante a sua detenção, Francisco do Espiritu e Vincente Alves
Quintao foram interrogados por Maternus Bere e Pedro Teles em relação às
suas actividades clandestinas e foram ordenados para assinar uma declaração
por escrito onde diriam que apoiavam a causa da pró-autonomia.
Destruição de propriedade
90. No dia 22 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur
comandados por Olivio Moruk, Egidio Manek e Alipio Gusmao, também
conhecido por Alipio Mau atacaram a aldeia de Wetabe em Salele, sub-distrito
de Tilomar.
91. Os membros da milícia estavam armados com armas e atiraram para as casas.
Sob as ordens de Olivio Moruk, Egidio Manek e Alipio Gusmao, também
conhecido como Alipio Mau, os membros da milícia queimaram várias casas,
incluindo as casas de Orlando Berek, Petrus da Costa, Antonio Amaral, Joao
Xiemenes, Mateus dos Reis, Tome Nunes e Florindo Cardoso. Os aldeões
temendo pelas suas vidas e segurança, fugiram para as montanhas de Wala. No
dia 29 de Abril de 1999, ou por essa altura, alguns dos aldeões regressaram a
Wetaba.
Tortura
92. No dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, Caetano Xiemenes e Agustino
Xiemenes foram presos por membros das TNI incluindo Blasius Manek enquanto
estavam na casa de um aldeão e levados para a casa de Jacob Cardoso (TNI).
93. Caetano Xiemenes foi mais tarde levado para a casa de Blasius Manek onde foi
interrogado por membros das TNI incluindo Leonito Cardoso, Blasius Manek,
Petrus Bau, Jacob Cardoso, Reus Suri e Orasio Cardoso sobre o seu
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envolvimento com as Falintil. Caetano Xiemenes e Agustino Xiemenes foram
depois libertados.
94. No dia 30 de Abril de 1999, ou por essa altura, Caetano Xiemenes, Agustino
Xiemenes, Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco
Amaral, Cervasio Yosep, Lodifucus Ulu, Mariano Amaral e Orlando Berek foram
presos em vários locais no sub-distrito de Tilomar por membros da milícia
laksaur e as TNI e levados para o Koramil na Vila de Salele. O Comandante das
TNI no Koramil em Salele era o Sgt. Major Supoyo, também conhecido como
Pak Poyo.
Trabalho forçado
99. Verissimo Xiemenes, Joao dos Nascimento, Frigolindo Xiemenes Mau, Sertorio
Maya e Lourenco Cardoso eram todos apoiantes da independência, que viviam
na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar.
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101. Algures em Abril de 1999, membros da milícia Laksaur foram patrulhar as
aldeias de Wela e Wetaba armados com armas e ameaçaram os aldeões para
apoiarem a autonomia de Timor-Leste.
103. No dia 24 de Abril de 1999, ou por essa altura, os aldeões foram vistos
por Celestino Cardoso, o chefe da aldeia de Lakunak e convidou-os para a sua
casa. Os aldeões concordaram e foram com Celestino para sua casa.
106. Logo depois dos aldeões terem chegado ao Gabinete da vila, vários
membros da milícia Laksaur sob o comando e controlo de Egidio Manek,
incluindo Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Alipio
Gusmao também conehcido como Alipio Mau, Noberto Xiemenes, Miguel
Mau, Miguel Mali, Damianus dos Nasimento, Jacob Hale e Juliano Tanu vieram
para o gabinete da aldeia.
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muitos civis que apoiavam a causa da independência. Membros da milícia
Laksaur também raptaram vários civis que não foram vistos desde então.
113. Aí, Dominikus Mali fez um discurso para os aldeões dizendo que tinham
de votar pela autonomia ou senão morreriam. Domingos Mali, também
conhecido como Bete Aloi fez um um discurso depois de Dominikus Mali
dizendo também que os aldeões tinham de votar pela autonomia. Enquanto
Domingos Mali, também, conhecido como Bete Aloi estava a discursar,
Illidio Gusmao prendeu Antonio Taek e juntamente com Andreas Koli levou
Antonio Taek para o gabinete do chefe.
115. Nessa altura, Marcal Amaral estava a trabalhar no cemitério. Não esteve
presente na reunião.
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deixaram as suas motas acompanhadas por um camião cheio de soldados das
TNI que estavam armados com espingardas. Dirigiram-se para a floresta da
direcção de onde vinham as vozes. Depois disto, os soldados das TNI
regressaram tendo prendido um aldeão chamado de Rainato. Rainato estava a
sangrar na cara. Domingos Mali, também como Bete Aloi e Americo Seran
acompanharam Rainatu para o gabinete do chefe da vila.
121. A milícia trouxe Felix Amaral e Marcal Amaral para fora do gabinete do
chefe da vila e forçou-os a entrar no camião militar e conduziu na direcção na
vila de Legore.
123. Felix Amaral e Marcal Amaral nunca mais foram vistos desde que os
membros das TNI os levaram a 19 de Abril de 1999.
125. No dia 12 de Abril de 1999, ou por essa altura, Sabino Gusmao e Olivio
Gusmao foram apara a estação de gasolina da Pertamina em Suai para visitar
Leonito Gusmao que trabalhava ali. Logo depois de terem chegado, cerca de 70
membros da milícia Laksaur, incluindo Agus Mali e Pedro da Cruz, também
conhecido como Pedro Besa, conduzidos por Olivio Moruk e Egidio Manek
chegaram à estação de gasolina em três camiões e várias motas.
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Desaparecimento forçado de Benedito do Nascimento (23 de Abril
de 1999)
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135. Lodificus Rabo era um apoiante da independência. A 23 de Abril de
1999, Lodificus Rabo estava escondido na sua casa na Aldeia de NiIkkir, Vila de
Raihun, Sub-Distrito de Tilomar.
137. A milícia cercou a casa de Lodificus Rabo e gritaram para ele sair da
casa. Uma vez que Lodificus Rabo não respondeu, um membro da TNI acendeu
um fósforo para atear fogo à casa, e nesse momento, Lodificus Rabo saiu da
casa.
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143. Na Vila de Macous, Francisco Xiavier Gutteres e aldeões viram que os
membros da Milícia Laksaur tinham montado um posto de milícia na casa de um
miliciano, Inacio Mau. Haviam aproximadamente 50 milicianos sediados ali.
147. Na casa de Olivio Mau, Pedro Teles, Sgt. Major Harun Tateny e
Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi tiveram uma discussão
sobre os apoiantes clandestinos que tinham ido para a floresta se esconderem e
decidiram que Francisco Xavier Gutteres seria levado para o rio e morto. Depois
da discussão, Pedro Teles, o Sgt. Major Harun Tateny e Domingos Mali,
também conhecido como Bete Aloi mandaram os aldeões reunirem-se em
frente da casa de Olivio Mau e falaram ao povo sobre a autonomia e
encorajaram-nos a votar pela autonomia.
148. Depois do encontro Pedro Teles, o Sgt. Maj. Harun Tateny, Domingos
Mali, também conhecido como Bete Aloi, João (POLRI) saíram juntamente
com os membros da milícia.
150. José Afonso Amaral e Dinis Afonso Monis eram parentes de Francisco
Xavier Guterres. A 13 de Maio de 1999 os parentes de Francisco Xavier
Guterres incluindo José Afonso Amaral e Dinis Afonso Monis foram informados
de que Francisco Xavier Guterres tinha sido preso pela milícia e foram a
Fatuloro para resgatar Francisco Xavier Guterres.
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151. Justo antes de João Koli (POLRI) poder sair com Francisco Xavier
Gutteres, José Afonso Amaral, Dinis Afonso Monis e outros familiares cercaram
a motocicleta e insistiram que Francisco Xavier Gutteres não fosse levado.
154. Olivio Moruk perguntou aos aldeões quem era Daniel Seran, também
conhecido como Daniel Pereira. Daniel Seran, também conhecido como Daniel
Pereira identificou-se a si mesmo e Olivio Moruk disse-lhe que tinha informação
de que alguns civis da Vila de Oegues estavam escondidos na floresta e que
Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira deveria assegurar de que
voltariam.
155. Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira tinha uma quinta
na floresta de Wesei. Alguns apoiantes da independência incluindo Domingos
Martins, Gabriel Amaral e outros aldeões de Kamenasa estavam escondidos na
quinta de Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira na Floresta de
Wesei porque estavam envolvidos com o movimento clandestino e os membros
da milícia Laksaur estavam à procura deles.
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159. A 28 de Maio, ou por essa altura, Vasco Amaral estava na casa de um
aldeão na vila de Alastehen. Enquanto Vasco Amaral estava lá, membros da
milícia Laksaur conduzidas por Henrikus Mali (Danki de Laksaur em Fatumean)
atacaram a casa e arrastaram Vasco Amaral para fora.
160. Membros da Milícia Laksaur presentes eram Henrikus Mali, Petrus Suri
Bisi e Marianos Berek, entre outros.
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169. A 25 de Agosto de 1999, Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus,
também co9nhecido como Bene Leki deixaram a Igreja de Suai onde se
escondiam e seguiram para a aldeia de Mota Ulun no Sub-distrito de Fatumean.
175. A 27 de Agosto de 1999, ou por essa altura, cerca das 7:00hrs, Jaime da
Costa Nunes estava escondido nos arbustos na área de Aikfotu na Aldeia de
Mota Ulun.
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178. Jaime da Costa Nunes morreu em consequência do ataque. Depois de
matar Jaime da Costa Nunes, Damianus da Costa Nunes proibiu os aldeões da
vila de Mota Ulun de usarem o caminho onde o assassinato tinha ocorrido.
180. No dia seguinte, José Pereira, também conhecido como Manek Pahak e
Manek Casa e Vincen Tuas, membro da milícia Laksaur sob o comando de
Henrikus Mali foram até à casa de Jaime da Costa Nunes e mostraram à sua
mulher um par de orelhas humanas e genitais e disseram que essas partes
humanas eram de Jaime da Costa Nunes.
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Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão, e Jacinto todos apoiantes da
independência.
187. Agosto Ferneo, João Amaral, Gaspar Gusmão, Bendito Maya, João
Fernees, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão, e Jacinto foram
obrigados a despirem-se e foram detidos numa cela no posto da POLRI.
192. O integrante da milícia Laksaur, Olivio Tatoo Bau, e o membro das TNI
Raul Halek viram Manuel Mendes a entrar em sua casa. Olivio Tatoo Bau
esfaqueou Manuel Mendes nas costas mas ele conseguiu fugir. Manuel Mendes
sofreu graves ferimentos em consequência do ataque.
28
195. Os milicianos e as TNI encontraram Francisco da
Cruz Luan e Agapito Mau e os outros aldeões nos seus esconderijos e
prenderam-nos. Levaram os aldeões de volta para Foholulik e detiveram-nos
num quarto do Hospital Beidais que estava em frente ao Koramil em Foholulik.
Durante o período da sua detenção, os aldeões foram vigiados por membros da
milícia e das TNI.
197. Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau receberam ordens para aguardar
fora do Koramil e fazer homenagem à bandeira Indonésia levantando a cabeça
e olhando para a bandeira.
29
para o rio Mausae onde foram espancados por milicianos incluindo Damaio da
Costa Nunes, também conhecido como Damianus e Petrus Suri Bisi e Taek
Kasa que depois bateu em Abel Pereira e na mulher de Martinho do Rego e
abusaram verbalmente deles.
202. A milícia levou Martinho do Rego, Abel Pereira e as duas mulheres para
a casa de Baltazar da Costa Nunes onde foram detidos, interrogados e onde os
homens foram espancados. Mais tarde naquele mesmo dia, Yacobus Bere
(comandante de pelotão da milícia em Fatumean) prendeu Raimundo de
Oliviera, também conhecido como Raimundo Mali e levou-o para a casa de
Baltazar da Costa Nunes. Também foi interrogado sobre ter encorajado os
aldeões a fugirem para Fohorem. Lá, Raimundo de Oliviera, Martinho do Rego
e Abel Pereira foram de novo espancados por membros da milícia Laksaur. Os
milicianos que participaram no espancamento foram Henrikus Mali, Petrus Lau,
Zeremias, também conhecido como Meas, Vinven Susar e Gabsuri.
207. Felix Mali vivia com a sua mulher e dois filhos na Aldeia de Sukaer Laran,
Vila de Debos, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima. Em 1986 Felix
Mali tornou-se membro da Korenti Mate Fatin, um grupo clandestino que apoiava
os membros da Falintil na floresta.
208. Em 1988, Felix Mali foi nomeado líder da Korenti Mate Fatin. Tinha uma
deficiência física e não podia andar.
209. A 5 de Setembro de 1999, por volta das 3:00 hrs, membros da milícia
Laksaur, incluindo Olivio Tatoo Bau, Joanico Gusmão, Vintura Logore, Paulus
Orun e Ceiro armados com espingardas e espadas saquearam a Aldeia de
Sukaer Laran.
210. Olivio Tatoo Bau estava armado com uma pistola e Joanico Gusmão
com uma espada.
30
211. Quando a milícia atacou, Felix Mali estava em sua casa. Os membros da
milícia Laksaur atearam fogo às casas vizinhas e de depois à casa de Felix Mali.
Joanico Gusmão forçou a entrada na casa.
212. Joanico Gusmão saiu da casa de Felix Mali e foi à casa de Fernando
Pereira e mandou que todos saissem da casa porque os milicianos iam queimá-
la. A milícia mandou-os entrar no camião estacionado perto da casa de Felix
Mali.
213. Joanico Gusmão voltou à casa de Felix Mali e matou-o golpeando-o nas
costas com uma espada.
214. A milícia então levou à força os aldeões da Aldeia de Sukaer Laran para
Timor Ocidental.
220. O Ten. Cor. Gatot Subiaktoro assegurou a Tarsisius Dewanto que ele
arranjaria segurança para a igreja a os aldeões ali escondidos.
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aldeões fugiram do recinto da igreja para se esconderem nas florestas das
redondezas.
223. Por volta das 8:00hrs do dia 6 de Setembro de 1999, um camião cheio de
soldados das TNI chegou ao Koramil de Salele que também era também a sede
da milícia Laksaur em Salele. Um oficial das TNI desceu do camião e entrou no
Koramil e falou com Olivio Moruk, enquanto membros da milícia Laksaur
formaram uma fila e fora do Koramil e foram supervisionados por Egidio Manek.
224. Depois, Olivio Moruk falou com o oficial das TNI e deu ordens aos
membros da Milícia Laksaur presentes para atacar a Igreja de Ave Maria em
Suai naquele dia.
228. Por volta das 14:30 hrs, membros da milícia Laksaur deixaram a casa
de Herman Sedyono, o administrador (Bupati) do Distrito de Covalima e foram
em direcção à igreja de Suai. Herman Sedyono seguiu atrás vestido com
uniforme das TNI e armado com uma espingarda.
230. Duas granadas foram atiradas para o recinto da igreja e depois a milícia
e as TNI começaram a disparar contra a igreja.
32
Padre Tarsisius Dewanto e mulheres e crianças. Entre 27 a 200 civis foram
mortos durante o ataque e muitos ficaram feridos.
233. Herman Sedyono, o Ten. Sugito, Olivio Moruk, Egidio Manek, Maternus
Bere e Pedro Teles estavam presentes e particiaram no ataque. Membros da
milícia Laksaur sob comando e controle de Olivio Moruk e Egidio Manek
incluindo, Olivio Tatoo Bau, Zito da Silva vulgo Zito Saek, Joaquim Berek
também conhecido como Berek Bot, Alipio Gusmão também conhecido
como Alipio Mau, Gabriel Nahak, Domingos Mali também conhecido como
Bete Aloi, Illidio Gusmão, Noberto Xiemenes, Miguel Mau, Bosko Seran,
Paulus Berek, Juliano Tahu, Alberto Mali, e Antonio Moruk também participaram
no ataque.
235. Egidio Manek raptou Juliana dos Santos, também conhecida como Lola
que estava escondida na igreja de Suai na maior parte do tempo e anunciou que
Juliana seria a sua esposa a partir daquele momento. Juliana foi levada à força
para Timor Ocidental.
33
também conhecido como Damianus identificou Albino Nahak, também conhecido
como Albino de Niri como apoiante da independência.
247. Depois de Agapito Amaral ter levado um tiro, Petrus Lau chegou ao local.
Sob as ordens de Yacobus Bere, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo
levaram o corpo de Agapito Amaral para os arbustos.
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248. Petrus Lau percebeu que Agapito Amaral ainda estava vivo e informou
Yacobus Bere. Sob as ordens de Yacobus Bere Petrus Lau cortou a garganta de
Agapito Amaral. Agapito Amaral morreu em consequência do ataque.
249. Logo depois, Rosalina Cardoso Belak foi avisada que o seu filho Agapito
Amaral foi morto por membros da milícia Laksaur. Ao saber da morte do seu
filho, Rosalina Belak foi para perto do posto de milícia e insultou a milícia por
terem matado seu filho.
251. A milícia armada com armas de fogo e machetes foi à vila de Manekik
procura de Rosalina Belak para executar as ordens de Henrikus Mali. Foram à
sua casa e não a encontraram ali. A milícia foi ao local onde Agapito Amaral
tinha sido morto para ver se ela estava ali. Quando a milícia chegou lá,
encontraram Rosalina Belak a chorar sobre o cadáver de Agapito Amaral.
254. Mais tarde, nessa mesma noite, Henrikus Mali mandou membros da
milícia se desfazerem do corpo de Agapito Amaral e Rosalina Cardoso Belak.
De acordo com suas ordens, membros da milícia, incluindo Marcurious de Deus,
regressaram ao lugar onde tinham deixado os corpos, amarraram os corpos e
jogaram-nos num penhasco.
255. José dos Reis era um apoiante clandestino da Falintil e assistia membros
da Falintil escondidos nas montanhas.
257. Em Abril de 1999, membros da milícia Laksaur procuravam por José dos
Reis. Os milicianos encontraram José dos Reis em sua casa e prenderam-no.
Foi levado para a sede da milícia em Legore. Mais tarde, naquele mesmo dia, a
milícia levou-o de volta para a sua casa.
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maior parte do tempo, José dos Reis e os seus familiares esconderam–se na
casa de outro aldeão, Viktor Laku.
261. José dos Reis disse à milícia que Timor-Leste era seu lar e que viveria
ou morreria apenas em Timor-Leste. José dos Reis foi severamente espancado
pela milícia.
263. Alguns membros da milícia e das TNI entram no camião e foram embora,
e os outros seguiram o camião em motocicletas. Iam na direcção da Vila de
Maucatar.
267. Naquele dia, André Amaral viajava a caminho do Koramil em Suai onde
muitos outros aldeões procuravam refúgio.
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268. Olivio Tatoo Bau e outros membros da milícia Laksaur estavam na área
a queimar casas. Ao chegar à Vila de Taboko em Suai, membros da milícia
Laksaur pararam André Amaral. Olivio Tatoo Bau então arrastou André Amaral
para fora do seu veículo.
270. Depois de André Amaral ter entrado no veículo, Olivio Tatoo Bau foi na
direção do Koramil. No caminho, milicianos viram Domingos Bau Koli, também
conhecido como Domingos Andrade e os outros aldeões na estrada.
271. Olivio Tatoo Bau parou o veículo e apontou uma arma para Domingos
Bau Koli e ordenou-o que entrasse no kijang azul que ele dirigia.
273. Olivio Tatoo Bau disse aos presentes que Domingos Bau Koli era um
jornalista e devia ser morto Olivio Tatoo Bau golpeou Domingos Bau Koli em
seu braço com a sua espada.
277. Por volta das 17:00hrs daquele dia, Olivio Tatoo Bau e outros membros
de milícia levaram as pessoas apreendidas em direcção à Vila de Fatukuan. Por
todo o caminho em direcção a Fatukuan, os milicianos bateram de forma
contínua em Domingos Bau Koli e André Amaral.
279. Olivio Tatoo Bau apontou uma arma a Andre Amaral enquanto que os 5
milicianos armados com espadas levaram Domingos Bau Koli para ali perto e
mataram-no.
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280. Alfredo Nahak era um apoiante activo da independência e membro
clandestino.
283. Olivio Tatoo Bau viu Alfredo Nahak no camião e mandou-o sair. Nesse
momento, familiares de Alfredo Nahak disseram a Olivio Tatoo Bau que Alfredo
Nahak era um aldeão comum e não estava envolvido em política. Olivio Tatoo
Bau deixou Alfredo Nahak seguir.
284. Pouco depois do camião ter movido, Adelino Nahak correu atrás do
camião e ordenou ao condutor que parasse o camião. Adelino Nahak mandou a
Alfredo Nahak que saísse do camião.
288. Simplicio Doutel Sarmento dirigia sua motocicleta e a sua família seguia-
o num camião em direção a Timor Ocidental. Quando chegaram ao posto de
controlo da milícia em Salele, membros da milícia Laksaur mandaram que
parassem.
38
Perseguição (rapto) de Manuel Noronha (8 de Setembro de 1999)
293. Manuel Noronha foi arrastado para fora do camião e espancado por
Olivio Tatoo Bau e Americo Mali. Olivio Tatoo Bau e Americo Mali vedaram
os olhos de Manuel Noronha, amarraram suas mãos atrás das costas e o
colocaram-no no kijang.
294. Manuel Noronha nunca mais foi visto. Familiares de Manuel Noronha
encontraram os seus restos mortais depois do assassinato.
297. Anibal do Rego, Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio
Nahak foram obrigados a entrar num veículo das TNI juntamente com membros
da milícia Laksaur a saber, Americo Mali, Francisco (Frans), Salus e Domingos.
Americo estava armado com uma espingarda e outros milicianos estavam
armados com espadas e machetes. O veículo TNI era conduzido pelo Ten.
Sugito em direcção à Vila de Kamenasa. Ten. Sugito parou o veículo perto do
Hospital Audian na Vila de Kamenasa, e mandou Anibal do Rego, Litu da
Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio Nahak sairem do veículo e
formarem uma fila.
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299. Paulus Ximenes, Cancio Nahak e Johanes Tahu foram atingidos um
depois do outro por Americo Mali. Americo Mali disse a Sugito que Anibal do
Rego e Litu da Costa eram respectivamente o sogro e o irmão de Eurico
Gutteres e deu ordens de que a milícia não os matassem. Depois de Americo
Mali os ter atingido, Domingos então esfaqueou Cancio Nahak e Johanes Tahu.
Quando as três vítimas estavam no chão, Saulus cortou as gargantas de
Paulus Ximenes, Cancio Nahak e Johanes Tahu. Paulus Xiemenes e Johanes
Tahu morreram em decorrência do ataque mas Cancio Nahak sobreviveu ao
ataque.
301. No mesmo dia, Anibal do Rego e Litu da Costa foram levados para Timor
Ocidental.
305. A Unidade TNI destacada em Laktos em 1999 era o Batalhão 143 sob o
comando de Ten. Ari.
40
309. Logo após a conversa, Cosmas Amaral reuniu os membros da milícia e
Laurindo Agustino mandou que fossem juntamente com as TNI e as Milsas para
Rai Ulun em Laktos. Foram informados que iam arranjar um cano de água
partido.
311. O grupo dividiu-se em três grupos, e foram para Rai Ulun por vias
diferentes.
312. Depois de reparar o cano, o grupo com o Ten. Ari, Laurindo Agusto, Anito
Lau e aproximadamente 20 soldados das TNI e vários milicianos e milsas
seguiram para Rai Ulun.
313. Quando chegaram a Rai Ulun, os homens da vila estavam nas colinas a
observar a milícia, as TNI e as Milsas a avançarem na sua direcção. Ao se
aproximarem, os milicianos disseram aos aldeões que seriam levados para
Timor Ocidental.
316. O grupo deixou Rai Ulun e foi para a Vila de Laktos queimando todas as
casas no caminho. O grupo encontrou Boaventura e esfaqueou-o com
machetes. Boaventura morreu devido aos ferimentos.
41
319. A 15 de Setembro de 1999, cerca de 150 membros da milícia Laksaur
voltaram a Timor-Leste para o Koramil na Vila de Salele, no Sub-Distrito de
Tilomar. No Koramil, Egidio Manek ordenou os milicianos atacar as vilas de
Kulit e Aidere, e prender todos os aldeões e matar aqueles que tentassem
escapar, assim como queimar todas as casas da vila.
321. O grupo liderado por Abilio Hale era composto por milicianos incluindo
Alfredo Naka, Almeri Taek, Filipus Tae, Sebastiao Lau e Alex.
323. A milícia perseguiu e capturou Patricio de Jesus Xiemenes Mauk que foi
depois atacado e golpeado na nuca por Filipus Tae. Carlos Yosep também foi
capturado e morto por milicianos, incluindo Sebastiao Lau e Alex.
324. A milícia Laksaur ateou fogo e destruiu as casas dos aldeões nas vilas
de Kulit, Aidere e Tabolo.
326. A milícia amarrou as suas mãos nas costas e Baltazar da Costa Nunes e
Simão Nahak (TNI) levaram José Pereira Coli para o posto de milícia na Aldeia
de Alastehen. No posto da milícia, José Pereira Coli foi interrogado por João
Kehi, membro da milícia Laksaur, sobre a sua fuga para Díli e para Timor
Ocidental e o seu regresso para Mota Ulun. Os milicianos presentes incluíam
Baltazar da Costa Nunes, Albino Nahak, Simão Nahak (TNI), Constancio
Amaral Luan e Francisco dos Santos.
328. Depois de algum tempo, Simão Nahak regressou ao posto da milícia sem
José Pereira Coli. Jose Pereira Coli nunca mais foi visto.
42
330. Depois do anúncio do resultado da consulta popular, muitos civis foram
esconder-se nas florestas e ao redor do Distrito de Covalima por temerem pelas
suas vidas e para evitar a deportação para Timor Ocidental.
43
cerca de outros 15 aldeões fugiram para a floresta de Mudasikun Forest, em
Salele.
339. Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek ordenou os aldeões
para não correrem ou então ele dispararia. Depois disparou dois tiros para o ar.
Os aldeões dispersaram com medo e tentaram fugir. Illidio Gusmao atingiu seis
vezes a tiro Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso, Noberto
Xiemenes atingiu a tiro duas vezes Paulino Cardoso, também conhecido como
Lino Cardoso. Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso caiu no
chão. Noberto Xiemenes ordenou depois que Yosep Leki atirasse em Paulino
Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso e Yosept Leki disparou duas
vezes sobre Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso. Paulino
Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso morreu em resultado do
ataque.
44
343. Miguel da Cruz fugiu do local e regressou no dia seguinte ao local do
ataque e encontrou os restos mortais de Domingos Barros.
344. Sob as ordens de Olvio Moruk, Egidio Manek e Pedro Tele, membros
da milícia Laksaur comandados por Olivio Tatoo Bau atacaram a Vila de
Lookeu e a floresta Laketo das redondezas.
346. Xisto Barros e Cesar Mendonsa disparou sobre Fredrico Barros. Fredrico
Barros morreu em consequência do ataque.
353. Algures em Outubro de 1999, Luis Rosalino foi identificado por Alipio
Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e membros da milícia Laksaur
enquanto estava sentado num camião com outros aldeões. Alipio Gusmao,
também conhecido como Alipio Mau queria usar o camião para transportar
painéis de zinco para Timor Ocidental. Alipio Gusmao, também conhecido
45
como Alipio Mau disse que os apoiantes do CNRT não queriam ir para Timor
Ocidental como refugiados não deveriam ter o camião.
355. Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku eram apoiantes da
independência. Em 1999 Yohanes Laku era um funcionário local que trabalhava
para a UNAMET.
356. No dia 17 de Outubro de 1999, ou por essa altura, Apolinario Mau Joni,
Edmundos Bere e Yohanes Laku foram detidos por membros das TNI, incluindo
Budi Yawan Basuki e membros da milícia Laksaur, incluindo Domingos Mali,
também conhecido como Bete Aloi, e foram levados para o posto das TNI na
Vila de Bora, em Timor Ocidental, República da Indonésia. No posto das TNI,
Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku foram amarrados e
espancados.
357. Mais tarde no mesmo dia, a esposa de Yohanes Laku aproximou-se das
pessoas que tinham anteriormente detido Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere
e Yohanes Laku, incluindo Budi Yawan Basuki, Domingos Mali, também
conhecido como Bete Aloi e Joao Mali, e perguntaram-lhes sobre o paradeiro
de Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku. Joao Mali disse-lhe
que Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku foram “atirados” e
Budi Yawan Basuki informou-a que foram levados para o hospital.
358. Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku nunca mais foram
vistos.
VIOLAÇÕES
VIOLAÇÃO DA VÍTIMA A, VÍTIMA B e VÍTIMA C (entre 5 e 7 de
Outubro de 1999)
46
vítima B costumava fornecer comida para membros das Falintil na Vila de
Salele. Algures em Fevereiro, a vítima B e o seu marido ouviram sobre os
ataques e assassínios da milícia de apoiantes da independência em Rumah
Murah. Temendo pelas suas vidas e segurança, a vítima B e o seu marido
procuraram refúgio na Igreja de Suai até 6 de Setembro de 1999, quando a
igreja foi atacada.
367. A vítima A, juntamente com o seu filho seguiu a milícia e entrou no carro
conduzido por Olivio Tatoo Bau. Egidio Manek, Francisco (também conhecido
como Frans), Damianus Bere e Gaspar Bau também estavam no carro. Estavam
todos vestidos em uniformes das TNI e armados com espingardas, excepto
Damianus Bere que estava armado com uma espada. Conduziram para o
campo de refugiados de Wemasa com a vítima A e o seu filho.
47
368. Depois de chegarem ao campo de refugiados, Egidio Manek e
Damianus Bere foram para o campo e trouxeram a vítima B e a vítima A.
369. Com Olivio Tatoo Bau a conduzir, a milícia levou a vítima A juntamente
com o seu filho, a vítima B e a vítima C para uma área florestada e pararam o
veículo.
372. Olivio Tatoo Bau permaneceu no veículo com a vítima C. Olivio Tatoo
Bau ameaçou a vítima C com a sua espingarda. Depois teve relações sexuais
com a vítima C sem o seu consentimento.
373. Depois da vítima B regressar ao veículo, Olivio Tatoo Bau levou depois
a vítima B um pouco para longe e teve relações sexuais à força coma vítima B
sem o seu consentimento. O filho da vítima B estava com ela e viu a sua mãe a
ser violada por Francisco e Olivio Tatoo Bau.
376. Gabriel Nahak atou depois uma corda à volta dos tornozelos e atou a
outra ponta às pernas da mesa de forma a que as suas pernas estivessem
separadas. Gabriel Nahak teve depois relações sexuais com a vítima D sem o
seu consentimento. Gabriel Nahak desatou depois a corda das pernas da
vítima.
377. A vítima D estava com muito medo e permaneceu na sala com o seu
filho. Gabriel Nahak regressou algumas horas mais tarde e teve outra vez
relações sexuais à força com a vítima D. Entre 6 de Setembro de 1999 e 13 de
Setembro de 1999, Gabriel Nahak regressou à sala onde a vítima D estava e
teve relações sexuais com ela sem o seu consentimento, várias vezes.
48
378. No dia 13 de Setembro de 1999, a vítima D, o seu filho e outros aldeões
que estavam na escola secundária foram levados à força para Timor Ocidental
para a vila de Wemasa onde tiveram de ficar em campos de refugiados.
380. A vítima D, temendo pela sua vida e segurança foi com Gabriel Nahak.
Levou a vítima D e o seu filho para a praia onde teve relações sexuais forçadas
com ela sem o seu consentimento. Gabriel Nahak deixou depois a vítima D na
praia e foi-se embora. Gabriel Nahak regressou algumas horas mais tarde e
teve outra vez relações sexuais com a vítima D contra a sua vontade. Gabriel
Nahak levou a vítima D para o campo de refugiados. Durante este tempo, o filho
da vítima D estava presente e viu a sua mãe a ser violada por Gabriel Nahak.
DEPORTAÇÃO
49
386. O Bupati (Administrador do Distrito), Herman Sedyono organizou
camiões para Timor Ocidental para levar aldeões para lá. Mais de 30 camiões
foram usados para transportar as pessoas para fora de Suai.
PERSEGUIÇÃO
50
(d) abuso físico e psicológico, tratamento desumano, trabalho
forçado contra os que eram supostamente apoiantes da
independência.
51
IV. ALEGAÇÕES GERAIS
390. Por cada ponto de acusação por crimes contra a humanidade, os actos ou
omissões do acusado foram cometidos como parte de um ataque generalizado
ou sistemático dirigido contra a população civil, tendo como alvo especial
aqueles tidos como apoiantes da independência, relacionados ou simpatizantes
da acusa da independência de Timor-Leste, com conhecimento do ataque.
V. RESPONSABILIDADE CRIMINAL
(b) ordenar, solicitar ou incitar o cometimento de tal crime que ocorrer de facto
ou for tentado;
(c) para facilitar o cometimento desse crime, ajudar, instigar ou for cúmplice de
outra forma no seu cometimento ou tentativa, incluindo a facilitação de
meios para o seu cometimento;
52
qualquer razão para saber que seu subordinado esta prestes a cometer um
crime ou já o fez e o superior não tomou as devidas e necessárias medidas
para prevenir tais actos ou punir os perpetradores destes”.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 20
a 24 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Americo
Mali são responsáveis como indivíduos pela tortura de Inacio Pereira, no dia 27 de
Janeiro, ou por essa altura, em Uma Murah, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 25
a 39 (inclusive), Egidio Manek, Cosmas Amaral, Alipio Gusmao, também
conhecido como Alipio Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou
superiores pela tortura de Jose Fatima Xavier, Elizio Gusmao e Inacio Amaral, no
dia 26 de Janeiro, ou por essa altura, em Uma Murah, Sub-distrito de Tilomar,
Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 40
a 44 (inclusive), Egidio Manek, Henrikus Mali e Americo Mali são responsáveis
como indivíduos ou superiores pela tortura de Jose Fatima Xavier, no dia 14 de Abril
de 1999, ou por essa altura, em Uma Murah, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 47
a 60 (inclusive), Henrikus Mali é responsável como indivíduo ou superior pela
tortura de Geraldo Orleans, Alfredo Freitas, Domingos dos Santos, Francisco Nahak,
Baltazar Maya e Domingos da Cruz, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura,
na Vila de Bulilik Leten , Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte
de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento
53
do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE,
TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da
UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 61
a 65 (inclusive), Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura
de Jose Cardoso e outros três indivíduos, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa
altura, em Nikir, Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como
parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com
conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 68
a 73 (inclusive), Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Joaquim Berek e
Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de
Cervasio Yosep, Balbina Maia, Rosalinda Abuk, Luizina Maia, Filipos Yosep, Daniel
Xiemenes, Markus Xiemenes, Jaime Cardoso e Teofilo da Silva, no dia 23 de Abril
de 1999, ou por essa altura, na Vila de Fatukmetan, Sub-distrito de Tilomar, Distrito
de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 74
a 80 (inclusive), Maternus Bere e Domingos Mali, também conhecido como Bete
Aloi são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Agustino
Gusmao, no dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Legore, Sub-
distrito de Suais, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no
Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 81
a 88 (inclusive), Maternus Bere e Pedro Teles são responsáveis como indivíduos
ou superiores pela tortura de Francisco do Espiritu e Vicente Alves Quintao, no dia
26 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Legore, Sub-distrito de Tilomar,
Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
54
Ponto de acusação 9. Crime contra a humanidade: Perseguição (por
destruição de
Propriedade)
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 89
a 91 (inclusive), Egidio Manek, e Alipio Gusmao, também conhecido Alipio Mau
são responsáveis como indivíduos ou superiores por perseguição de aldeões na
Aldeia de Wetabe, Salele, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, incluindo
Orlando Berek, Petrus da Costa, Antonio Amaral, Joao Xiemenes, Mateus dos Reis,
Tome Nunes e Florindo Cardoso, como parte de um ataque generalizado e
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO um crime
estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 92
a 96 (inclusive), Egidio Alipio Gusmao também conhecido como Alipio Mau,
Alipio Mau, Americo Mali, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot
e Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek são responsáveis como
indivíduos ou superiores pela tortura de Caetano Ximenes, Agustino Ximenes,
Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio
Yosep, Loduficus Ulu e Orlando Berek, no dia 30 de Abril 1999, ou por essa altura,
em Salele, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque
generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque
tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime
estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 99
a 107 (inclusive), Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura
de Verissimo Xiemenes e Joao dos Nascimento, no dia 24 de Abril de 1999, ou por
essa altura, na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como
parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com
conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 111
a 123 (inclusive), Maternus Bere, Ilidio Gusmao e Domingos Mali, também
conhecido como Bete Aloi são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo
desaparecimento forçado de Marcal Amaral e Felix Amaral, no dia 19 de Abril de
1999, ou por essa altura, na Vila de Matai, Sub-distrito de Suai, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
55
HUMANIDADE, DESAPARECIMENTO FORÇADO, um crime estipulado no Artigo
5.1 (i) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 124
a 127 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo
homicídio de Sabino Gusmao, no dia 12 de Abril de 1999, ou por essa altura no
Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no
Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 128
a 130 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo
desaparecimento forçado de Benedito dos Nascimento, no dia 23 de Abril de 1999,
ou por essa altura na Aldeia de Caicoli, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, DESAPARECIMENTO FORÇADO, um crime estipulado no Artigo
5.1 (i) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 131
a 134 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo
homicídio de Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Xiemenes, no dia 23 de
Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito
de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 135
a 141 (inclusive), Egidio Manek e Joaquim Berek, também conhecido como
Berek Bot são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Lodificus Rabo, no
dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Raihun, Sub-distrito de
Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático
contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um
CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a)
do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 142
a 152 (inclusive), Pedro Teles e Domingos Mali, também conhecido como Bete
56
Aloi são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Jose Afonso Amaral, no
dia 13 de Maio de 1999, ou por essa altura, na Vila de Fatuloro, Sub-distrito de
Fatululik, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático
contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um
CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a)
do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 142
a 152 (inclusive), Pedro Teles e Domingos Mali, também conhecido como Bete
Aloi são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Dinis Afonso Monis, no
dia 13 de Maio de 1999, ou por essa altura, na Vila de Fatuloro, Sub-distrito de
Fatululik, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático
contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um
CRIME CONTRA HUMANIDADE, TENTATIVA DE HOMICÍDIO, um crime estipulado
no Artigo 5.1 (a) e Artigo 14.3 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 153
a 157 (inclusive), Egidio Manek é responsável como superior pelo homicídio de
Domingos Martins e Gabriel Amaral, no dia 28 de Maio de 1999, ou por essa altura
na Floresta de Uma Wesei, Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte
de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento
do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE,
HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da
UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 158
a 163 (inclusive), Henrikus Mali é responsável como indivíduo ou superior pelo
homicídio de Vasco Amaral, no dia 28 de Maio de 1999, ou por essa altura, na Vila
de Alastehenno, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte de um
ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do
ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO,
um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 164
a 180 (inclusive), Henrikus Mali e Baltazar da Costa Nunes são responsáveis
como superiores pelo homicídio de Jaime da Costa Nunes, no dia 27 de Agosto de
1999, ou por essa altura, na Aldeia de Mota Ulun, Sub-distrito de Fatumean, Distrito
de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
57
Ponto de acusação 22. Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 189
a 189 (inclusive), Maternus Bere e Olivio Tatoo Bau são responsáveis como
indivíduos ou superiores pela tortura de Agosto Fernando, Joao Amaral, Gaspar
Gusmao, Bendito Maya, Joao Fernandes, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo,
Rui Gusmao e Jacinto , no dia 05 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-
distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no
Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 190
a 192 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo por actos
desumanos contra Manuel Mendes, no dia 05 de Setembro de 1999, ou por essa
altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque
generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque
tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, ACTOS
DESUMANOS, um crime estipulado no Artigo 5.1 (k) do Regulamento 2000/15 da
UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 193
a 196 (inclusive), Egidio Manek é responsável como superior pela tortura de
Francisco da Cruz Luan and Agapito Mau, no dia 17 de Setembro de 1999, ou por
essa altura, no Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um
ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do
ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA,
um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 199
a 206 (inclusive), Henrikus Mali e Baltazar da Costa Nunes são responsáveis
como indivíduos pelo homicídio de Raimundo de Oliviera, também conhecido como
Raimundo Mali, Martinho do Rego e Abel Pereira, no dia 4 de Setembro de 1999, ou
por essa altura, na Vila de Belulik Leten, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 207
a 213 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo pelo homicídio de
Felix Mali, no dia 5 de Setembro de 1999, ou por essa altura, em Debos, no Sub-
distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e
58
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no
Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 215
a 237 (inclusive), Egidio Manek, Martenus Bere, Pedro Teles, Henrikus Mali,
Cosmas Amaral, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Baltazar
da Costa Nunes, Domingos, também conhecido como Berek Bot, Olivio Tatoo
Bau, Americo Mali, Gabriel Nahak, e Zito da Silva, também conhecido como
Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo extermínio de um
número desconhecido de civis, no dia 6 de Setembro de 1999, ou por essa altura,
na Igreja de Avé Maria, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, incluindo o
Padre Hilario, Padre Dewanto e o Padre Francisco como parte de uma ataque
generalizado ou sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque
tendo assim cometido um CRIME CONTRA A HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um
crime estipulado no Artigo 5.1 (b) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 238
a 240 (inclusive), Baltazar da Costa Nunes é responsável como indivíduo pela
perseguição de Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri por o ter
raptado, no dia 6 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai,
Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 242
a 254 (inclusive), Henrikus Mali é responsável como indivíduo ou superior pelo
homicídio de Agapito Amaral e Rosalina Belak, no dia 6 de Setembro de 1999, ou
por essa altura, na Vila de Manekiik, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 255
a 264 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e
Baltazar da Costa Nunes são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de
Jose dos Reis, no dia 7 de Setembro 1999, ou por essa altura, na Vila de Maucatar,
Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
59
Ponto de acusação 31. Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 265
a 279 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo pelo homicídio de
Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade, no dia 7 de
Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima,
como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com
conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 280
a 286 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo pela perseguição
de Alfredo Nahak, por o ter raptado, no dia 7 de Setembro de 1999, ou por essa
altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque
generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque
tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um
crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 287
a 290 (inclusive), Olivio Tatoo Bau e Americo Mali são responsáveis como
indivíduos pelo homicídio de Simplicio Doutel Sarmento, no dia 8 de Setembro 1999,
ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um
ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do
ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO,
um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 291
a 294 (inclusive), Olivio Tatoo Bau e Americo Mali são responsáveis como
indivíduos pela perseguição de Manuel Noronha, por o ter raptado, no dia 8 de
Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima,
como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com
conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 295
a 300 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau é
responsável como indivíduo pelo homicídio de Paulus Xiemenes e Johanes Tahu,
no dia 9 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito
de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
60
CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 295
a 300 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau é
responsável como indivíduo pela tentativa de homicídio de Cancio Nahak, no dia 9
de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, TENTATIVA DE HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a)
e no Artigo 14.3 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 295
a 300 (inclusive), Cosmas Amaral é responsável como superior pelo homicídio de
Antonio Amaral Bau, Alberto Fereira, Ernesto Carvalho Letto, Anito Coli, Anito Mali,
Anito Bau, Daniel Monis Aci, Domingos Amaral, Eurico Bau, Daniel Taek, Abel
Soares Gomes, Jose do Rego, Geraldo Amaral e Boaventura de Araujo, no dia 12
de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Laktos, Sub-distrito de
Fohorem, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado ou
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo assim
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no
Artigo 5.1(a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 317
a 324 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo
homicídio de Carlos Yosep e Patricio de Jesus Xiemenes Mauk, no dia 12 de
Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Kulit, Sub-distrito de Tilomar,
Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 325
a 329 (inclusive), Baltazar da Costa Nunes é responsável como indivíduo pela
perseguição de Jose Pereira Coli , por o ter raptado, no dia 19 de Setembro de
1999, ou por essa altura, na Vila de Alastehen, Sub-distrito de Suai, Distrito de
Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
61
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330
a 335 (inclusive), Egidio Manek, Ilidio Gusmao, e Zito da Silva também
conhecido como Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo
homicídio de Titus Mali, Damaio Xiemenes e Januario Maya, no dia 25 de Setembro
de 1999, ou por essa altura, na Floresta de Wea, Distrito de Covalima, como parte
de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o
conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330
a 335 (inclusive), Egidio Manek, Ilidio Gusmao, Zito da Silva também conhecido
como Zito Saek e Simao Nahak são responsáveis como indivíduos ou superiores
por actos desumanos contra Juliana Monis, no dia 25 de Setembro de 1999, ou por
essa altura, na Floresta de Wea, Distrito de Covalima, como parte de um ataque
generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque
tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, ACTOS
DESUMANOS, um crime estipulado no Artigo 5.1 (k) do Regulamento 2000/15 da
UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos
330, 331 e 337 a 339 (inclusive), Egidio Manek, Ilidio Gusmao, e Zito da Silva
também conhecido como Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou
superiores pelo homicídio de Paulino Cardoso, também conhecido como Lino
Cardoso, no dia 26 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Floresta de
Mudasikun, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e
sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no
Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos
330, 331 e 340 a 343 (inclusive), Egidio Manek é responsável como superior pelo
homicídio de Domingos Barros, também conhecido como Domingo Marsal, no dia 26
de Setembro de 1999, ou por essa altura na Floresta Wesei, Sub-distrito de Suai,
Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
62
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos
330, 331 e 344 a 351 (inclusive), Egidio Manek, Pedro Teles e Olivio Tatoo Bau
são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo homicídio de Fredrico Barros,
Lorsenzo Gusmao e Nazario Gutteres, no dia 5 de Outubro de 1999, ou por essa
altura, na Floresta de Laketo, Vila de Lookeu, Distrito de Covalima, como parte de
um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento
do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE,
HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da
UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos
330, 331 e 352 a 354 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio
Mau é responsável como indivíduo pelo homicídio de Luis Rosalino no dia 5 de
Outubro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima,
como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com
conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos
330, 331 e 355 a 358 (inclusive), Domingos Mali, também conhecido como Bete
Aloi é responsável como indivíduo pelo desaparecimento forçado de Apolinario Mau
Joni, Yohanes Laku e Edmundos Ber, no dia 17 de Outubro de 1999, ou por essa
altura, na Vila de Bora, Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um
ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do
ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE,
DESAPARECIMENTO FORÇADO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (i) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 259
a 373 Egidio Manek, Olivio Tatoo Bau e Americo Mali são responsáveis como
indivíduos pela violação da vítima A, vítima B e vítima C, no dia 7 de Outubro de
1999, ou por essa altura, perto da Vila de Wemasa, Timor Ocidental, República da
Indonésia, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população
civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
HUMANIDADE, VIOLAÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (g) do Regulamento
2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 374
a 377, Gabriel Nahak é responsável como indivíduo pela violação da vítima D entre
6 de Setembro de 1999 e 13 de Setembro de 1999, perto da Vila de Wemasa, Timor
Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado e
sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
63
cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, VIOLAÇÃO, um crime estipulado no
Artigo 5.1 (g) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos
378 a 381, Gabriel Nahak é responsável como indivíduo pela violação da vítima D
entre 16 de Setembro de 1999 e 15 de Dezembro de 1999, perto da Vila de
Wemasa, Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque
generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque
tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, VIOLAÇÃO, um crime
estipulado no Artigo 5.1 (g) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 382
a 387 Egidio Manek, Martenus Bere, Pedro Teles, Cosmas Amaral, Henrikus
Mali, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Baltazar da Costa
Nunes, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, Joaoquim Berek,
também conhecido como Berek Bot, Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Zito da
Silva, também conhecido como Zito Saek, Ilidio Gusmao são responsáveis
como indivíduos ou superiores pela deportação de civis, entre 5 de Setembro de
1999 e 30 de Outubro de 1999 para Timor Ocidental, República da Indonésia, como
parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil com
conhecimento do ataque tendo assim cometido um CRIME CONTRA A
HUMANIDADE, DEPORTAÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (d) do
Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 24,
31, 60, 73, 97,98, 108, 113,119, 189, 195 a 198, 234 a 235, 388 a 389 Egidio
Manek, Martenus Bere, Pedro Teles, Cosmas Amaral, Henrikus Mali, Alipio
Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Baltazar da Costa Nunes,
Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, Joaoquim Berek, também
conhecido como Berek Bot, Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Zito da Silva,
também conhecido como Zito Saek, Ilidio Gusmao são responsáveis como
indivíduos ou superiores pela perseguição de civis, entre 5 de Setembro de 1999 e
30 de Outubro de 1999 no Distrito de Covalima e em Timor Ocidental, República da
Indonésia, como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a
população civil com conhecimento do ataque tendo assim cometido um CRIME
CONTRA A HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h)
do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
A lista das vítimas, que é parte desta acusação, está anexada como Anexo “A”.
64
O Procurador-Geral Adjunto vem por este meio solicitar ao Painel Especial
para Crimes Graves do Tribunal Distrital de Díli que julgue este caso assim
que possível.
28 de Fevereiro de 2003
……………………………………………..….
Siri Frigaard
Procurador-Geral Adjunto para Crimes Graves
ANEXO “A”
-CONTRA-
EGIDIO MANEK
MATERNUS BERE
PEDRO TELES
HENRIKUS MALI
COSMAS AMARAL
ALIPIO GUSMAO, TAMBÉM CONHECIDO COMO ALIPIO MAU
BALTAZAR DA COSTA NUNES
DOMINGOS MALI, TAMBÉM CONHECIDO COMO BETE ALOI
ILLIDIO GUSMAO
JOAQUIM BEREK, TAMBÉM CONHECIDO COMO BEREK BOT
OLIVIO TATOO BAU
65
GABRIEL NAHAK
AMERICO MALI
E
ZITO DA SILVA, TAMBÉM CONHECIDO COMO ZITO SAEK
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HOMICÍDIO
Antonio Amaral Bau,
Alberto Fereira
Ernesto Carvalho Letto
Anito Coli,
Anito Mali
Anito Bau
Daniel Monis Aci
Domingos Amaral
Eurico Bau
Daniel Taek
Abel Soares Gomes
Jose do Rego
Geraldo Amaral
Boaventura de Araujo
Lorenzo Gusmao
Nazario Gutteres
Luis Rosalino
Carlos Yosep
Patricio de Jesus Xiemenes Mauk
Paulino Cardoso também conhecido como Lino Cardoso
Alexio Xiemenes
Tomas Cardoso
Paulus Xiemenes
Lodificus Rabo
Jose Afonso Amaral
Gabriel Amaral
Domingos Martins
Vasco Amaral
Jaime da Costa Nunes
Raimundo de Oliviera
Abel Pereira
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Martinho do Rego
Felix Mali
Titus Mali
Damaio Xiemenes
Januario Maya
Simplicio Doutel Sarmento
Domingos Bau Koli também conhecido como Domingos Andrade
Fredrico Barros
Domingos Barros também conhecido como Domingos Marsal
Sabino Gusmao
Paulus Xiemenes
Johanes Tahu
Rosalina Belak
Agapito Amaral
Jose dos Reis
EXTERMINAÇÃO
Número não identificado de civis na Igreja de Ave Maria em Suai, incluindo o Padre
Hilario, Padre Dewanto e o Padre Francisco.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO
Dinis Afonso Monis
Cancio Nahak
DESAPARECIMENTO FORÇADO
Apolinario Mau Joni
Yohanes Laku
Edmundos Bere
Benedito do Nascimento
Marcal Amaral
Felix Amaral
TORTURA
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Cervasio Yosep
Balbina Maia
Rosalinda Abuk
Luizina Maia
Filipos Yosep
Daniel Xiemenes
Markus Xiemenes
Jaime Cardoso
Teofilo da Silva
Augustino Gusmao
Francisco do Espiritu
Vincente Alves Quintao
Caetano Ximenes
Agustino Ximenes
Americo da Silva
Antonio Amaral
Mariano Amaral
Francisco Amaral
Cervasio Yosep
Loduficus Ulu
Orlando Berek
Verissimo Xiemenes
Joao dos Nascimento
Agosto Fernando
Joao Amaral
Gaspar Gusmao
Bendito Maya
Joao Fernandes
100.Caitano do Carmo
101.Domingos do Carmo
102.Rui Gusmao
103.Jacinto
104 Francisco da Cruz Luan
105. Agapito Mau
ACTOS DESUMANOS
106.Manuel Mendes
107.Juliana Monis
VIOLAÇÃO
108.Vítima A
109.Vítima B
110.Vítima C
111.Vítima D
DEPORTAÇÃO
112.Civis em Covalima
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PERSEGUIÇÃO
113.Albino Nahak aka Albino De Niri
114.Alfredo Nahak
115.Manuel Noronha
116.Jose Pereira Coli
117.Civis em Covalima e Timor Ocidental
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