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GerÊncia Educacional de EletrÔnica Curso Superior de
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GerÊncia Educacional de EletrÔnica Curso Superior de
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
1. RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Já estudamos que a diferença de potencial (V) entre dois pontos de um material condutor
estabelece um campo elétrico (E). Os elétrons livres do material, neste campo elétrico, sofrem a
ação de forças elétricas que provocam um fluxo ordenado de cargas elétricas, dando origem à
corrente elétrica. A figura 1.1 mostra essa situação.
Este movimento ordenado dos elétrons não se dá livremente. Os elétrons livres sofrem
choques contra os átomos do material provocando liberação e absorção de energia, como ilustrado
nas figuras 1.2 e 1.3.
O efeito Joule é útil em várias aplicações onde se deseja aquecimento através do uso da
corrente elétrica, como na lâmpada incandescente da figura 2.2. Porém, este aquecimento quando
indesejado é chamado de Perdas Térmicas.
Observação: os fios metálicos que são usados nos circuitos elétricos também possuem resistência
elétrica, porém bastante baixa, algumas vezes desprezíveis.
Observação: é importante lembrar que não existe nem isolante ideal nem condutor ideal em
temperatura ambiente.
Resistência Elétrica Prof. Fernando Luiz Mussoi 3
4. LEIS DE OHM
Estudando a corrente elétrica que percorre um material, George Simon Ohm relacionou
tensão, corrente, resistência elétrica de diferentes tipos de materiais com suas dimensões.
Ao ser aplicada uma dada tensão a um material de tipo e dimensões conhecidas, Ohm
verificou que neste circulava uma dada corrente, como mostra o circuito experimental da figura 4.1.
Ao variar a tensão aplicada, Ohm verificou que a corrente também variava na mesma
proporção. Assim relacionando os vários valores de tensão aplicados e as respectivas correntes
obtidas no material, Ohm verificou que o resultado é uma constante que representa a resistência
elétrica do material.
V1 V 2 V3 V
= = = ... = n = R
I1 I2 I3 In
Ou seja:
V
R=
I
Ohm também verificou que diferentes materiais, de mesmas dimensões, apresentavam
valores diferentes para esta constante e que materiais iguais mas de diferentes dimensões também
apresentavam diferentes valores para a constante R. Com estas informações, Ohm enunciou duas
leis muito importantes para o estudo da eletricidade.
V
R=
I
V
I=
R
A representação gráfica desta relação entre tensão e corrente é, portanto, linear (uma
reta) que passa pela origem, como mostra o gráfico da figura 4.2.
V (V)
cateto adjacente
Vn
V2 cateto oposto
V1 α
I (A)
i1 i2 in
Pelo gráfico da figura 4.2 podemos observar que a resistência pode ser determinada pelo
coeficiente angular da reta, ou seja:
V
R = tg α =
I
A Primeira Lei de Ohm é válida para a maioria dos materiais, os quais são chamados de
Materiais Ôhmicos. Porém, alguns materiais não seguem a relação de proporcionalidade constante
entre tensão e corrente e, portanto, são Materiais Não Ôhmicos. Dizemos que a relação entre
tensão e corrente não é linear, como mostram os gráficos da figura 4.3.
A resistência elétrica de um material pode ou não variar com a temperatura. Isto ocorre
porque, quando a temperatura aumenta, acontecem dois fenômenos que se opõem entre si:
a) as partículas do meio condutor vibram mais intensamente e, portanto, aumentam os choques
com as partículas que constituem a corrente elétrica; conseqüentemente, aumenta a
resistência à passagem da corrente.
b) um número maior de elétrons livres do material escapa de seus átomos e passam a fazer
parte da nuvem eletrônica. Com esse aumento de elétrons livres, a corrente torna-se mais
intensa, o que equivale a uma diminuição na resistência elétrica.
V (V) V (V)
Vn Vn
V1 V1
I (A) I (A)
i1 in i1 in
A Lei de Ohm pode ser usada para cada um dos pontos das curvas não ôhmicas, porém, a
resistência é diferente para cada ponto, ou seja:
V1 V Vn
= R1 , 2 = R 2 , ... , = Rn
I1 I2 In
R1 ≠ R2 ≠ ... ≠ Rn
Exemplos:
1) Num condutor com resistência elétrica aplica-se uma tensão de 180V. Qual o valor da
resistência desse condutor sabendo que a corrente que o percorre é de 15mA
V 180
R= = = 12 ⋅10 +3 = 12 kΩ
I 15 ⋅ 10 −3
2) Por um material com resistência elétrica de 1k5Ω passa uma corrente de 50mA. Qual a
tensão aplicada?
V = R ⋅ I = 1,5 ⋅10 +3 ⋅ 50 ⋅10 −3 = 75V
3) O elemento resistivo de um chuveiro tem resistência elétrica de 10 Ω. Sabendo que ele será
ligado em 220V, qual a corrente elétrica que este chuveiro absorverá?
V 220
I= = = 22 A
R 10
Matematicamente:
l
R = ρ⋅
A
Onde,
R – resistência elétrica (Ω)
l – comprimento (m)
A – área da seção transversal (m2)
ρ - resistividade (Ω.m)
Exemplos:
1) Dois fios de cobre têm as seguintes dimensões: fio 1, 30m de comprimento e diâmetro de
2mm; fio 2, 15m de comprimento e diâmetro de 1mm. Qual dos dois possui maior resistência
elétrica?
l 30
R1 = ρ ⋅ = 1,7 ⋅10 −8 ⋅ 2
= 0 ,16234 Ω = 162 ,34 mΩ
A 2 ⋅10 −3
π ⋅
2
l 15
R2 = ρ ⋅ = 1,7 ⋅ 10 −8 ⋅ 2
= 0,324676 Ω = 324 ,67 mΩ
A 1 ⋅ 10 −3
π ⋅
2
concluímos que o fio 2, apesar de mais curto tem maior resistência porque é mais fino (menor
bitola).
ρ = ρ 0 ⋅ (1 + α ⋅ ∆T )
Onde:
ρ - resistividade do material a uma dada temperatura (Ω.m)
ρ0 – resistividade padrão do material a 20oC (Ω.m)
α - coeficiente de temperatura do material (oC-1)
∆T – variação de temperatura, ∆T=Tf – T0 (oC)
R = R0 ⋅ (1 + α ⋅ ∆T )
Onde:
R - resistência do material a uma dada temperatura (Ω .m)
R0 – resistência padrão do material a 20oC (Ω .m)
α - coeficiente de temperatura do material ( oC-1)
∆T – variação de temperatura, ∆T=Tf – T0 (oC)
Como vimos, nos metais puros a resistência aumenta com o aumento da temperatura porque o
coeficiente de temperatura é positivo (α>0). Isto se justifique porque o aumento da temperatura
aumenta a agitação das partículas do metal, oferecendo maior dificuldade à circulação da corrente
(mais choques dos elétrons livres com os átomos).
No Grafite e nos condutores eletrolíticos a resistividade (e conseqüentemente a resistência)
diminui com o aumento da temperatura porque o coeficiente de temperatura é negativo (α<0). Isto
se justifica porque o aumento da temperatura proporciona um grande aumento dos portadores de
carga (elétrons livres) responsáveis pela condução, correspondendo a uma diminuição da resistência
elétrica.
Em certos materiais, como o Níquel-Cromo, o Constantan, entre outros, o coeficiente de
temperatura é praticamente nulo (α≅0), o que faz com que a resistência e a resistividade sejam
praticamente constantes para variações de temperatura.
Exemplos:
1) Determinar a resistência a 20 oC e a 250 oC para um fio de cobre de 2m de comprimento e
diâmetro de 0,5mm.
l 2
R20 = ρ 20 ⋅ = 1,7 ⋅ 10 −8 ⋅ 2
= 0,173 Ω
A 0 ,5 ⋅10 −3
π ⋅
2
ρ 250 = ρ 20 ⋅ [1 + α ⋅ (T250 − T 20 )] = 1,7 ⋅10 ⋅ [1 + 0,004 ⋅ (250 − 20 )] = 3,264 ⋅ 10 − 8 Ω ⋅ m
−8
5. MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA:
O instrumento usado para a medição da resistência elétrica é chamado de Ohmímetro.
Existem dois tipos de ohmímetros: analógico e digital. A figura 5.1 mostra a simbologia para um
ohmímetro e a figura 5.2 mostra os ohmímetros analógico e digital, ambos integrados ao chamado
multímetro, instrumento usado para vários tipos de medições.
+ Ω -
Para se fazer a medição da resistência elétrica com um ohmímetro, deve-se conectar os seus
terminais aos terminais do dispositivo que ser quer medir. É importante que este dispositivo esteja
desconectado do circuito ao qual pertence (pelo menos um terminal) para que não sejam
introduzidos erros na medição.
A escolha da escala de medição deve ser feita baseada na ordem de grandeza da resistência
que se quer medir.
Os ohmímetros digitais dispensam calibração da escala, porém, os analógicos devem sempre
ser calibrados antes da medição. A calibração deve ser feita conectando-se ambas as ponteiras de
medição e ajustando a indicação de zero ohm na escala do ohmímetro. Feito isso, pode -se proceder
a medição. É importante observar que as escalas dos ohmímetros analógicos são invertidas, isto é,
os valores aumentam para a esquerda e não para a direita como era de se esperar. O valor mais à
esquerda representa uma resistência infinita (∞Ω) e mais à direita uma resistência nula (0Ω). Além
disso, a variação não é linear mas logarítmica, como mostra a figura 5.3.
6.CONDUTÂNCIA E CONDUTIVIDADE
A Condutância Elétrica G expressa a facilidade com que a corrente elétrica circula através
de um material. A Condutância é, portanto, o inverso da Resistência Elétrica.
1
G=
R
1
σ=
ρ
Como a unidade de trabalho e energia é o Joule (J) e a de tempo o Segundo (s) a unidade de
potência é J/s também chamada de Watt (W). Portanto, 1 Watt é a potência que faz com que seja
realizado um trabalho de 1 Joule no intervalo de tempo de 1 segundo.
∆Q ∆Q
V1 V2
Analisando um fluxo de cargas que atravessa uma seção de um condutor, orientado por um
campo elétrico criado por uma diferença de potencial elétrico (V1 – V2), como mostra a figura 7.2,
temos:
∆ω = (∆Q ⋅V1 ) − (∆Q ⋅ V2 ) = ∆Q ⋅ (V1 − V2 ) = ∆Q ⋅V
Dividindo ambos os lados desta equação pelo intervalo de tempo ∆t obtém-se:
∆ω ∆Q
= ⋅V
∆t ∆t
∆Q ∆ω
Sabendo-se que I = e que P = concluímos que:
∆t ∆t
P =V ⋅I
Como a unidade de tensão (Volt) é J/C e a de corrente (Ampère) é C/s podemos verificar
que o produto V.A dá J/s o que corresponde à unidade Watt. Também podemos dizer que se uma
tensão de 1V produzir uma corrente de 1A entre dois pontos de um circuito elétrico, temos aí uma
potência dissipada de 1W.
O termo Potência Dissipada é usado no sentido de consumir, geralmente para o efeito
térmico ou seja, Potência Térmica Dissipada.
Sabendo-se que V = R ⋅ I temos:
P = V ⋅ I = (R ⋅ I ) ⋅ I
P = R⋅I 2
∆ω
Como sabemos que a relação entre energia e tempo é a potência elétrica P = , podemos
∆t
então concluir que a Energia Elétrica consumida ou fornecida (En) é o produto da Potência
Elétrica pelo intervalo de tempo:
En = P ⋅ ∆t
A unidade de Energia Elétrica pode ser o Joule (J) ou também o Watt-segundo (Ws). Ambas
são pouco usadas porque são unidades muito pequenas. Normalmente se utiliza o produto da
potência em quilowatts (kW) pelo tempo em horas (h) resultando a unidade mais comum de energia
elétrica: o Quilowatt-hora (kWh). Esta é a unidade usada pelas concessionárias para tarifar a
energia que consumimos em nossas casas.
A tabela II apresenta algumas equivalências entre diferentes unidades de energia e
potência.
Exemplos:
1) Um chuveiro elétrico está ligado a uma tensão de 220V. A corrente que ele absorve é 20A.
a. Determine a potência elétrica dissipada por esse chuveiro:
P = V ⋅ I = 220 ⋅ 20 = 4400 W
b. O valor da sua resistência elétrica:
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V 2 220 2
R= = = 11Ω
P 4400
c. A energia elétrica em kWh e em J consumida em 30 dias considerando um uso diário
de 30min:
∆ t = 30 dias ⋅ 0, 5h / dia = 15 h
15 h ⋅ 3600 s = 54000 s
En = P ⋅ ∆t = 4,4 kW ⋅15 h = 66 kWh
En = P ⋅ ∆t = 4400 W ⋅ 3600 s = 237 .600 .000 J
d. O gasto com o uso do chuveiro, considerando R$0,25/kWh:
Custo = En (kWh) ⋅ R$ / kWh = 66 kWh ⋅ 0,25 R$ / kWh = R$16 ,50
2) Um dado elemento resistivo (resistor) possui uma resistência conhecida de 20Ω e uma
potência nominal máxima de 5W. Determine qual a máxima tensão que pode a ele ser aplicada
de tal forma que não exceda sua capacidade máxima de dissipação térmica:
V2
P= ∴V 2 = P ⋅ R ∴V = P ⋅ R = 20 ⋅ 5 = 100 = 10W
R
8. RESISTORES:
Os resistores são dispositivos de dois terminais fabricados para apresentarem um
determinado valor de resistência, chamada resistência nominal.
Veja apostila sobre Resistores.
9. CARGA E SOBRECARGA
É fundamental que todos os circuitos sejam protegidos contra sobrecargas. Para tanto
existem os dispositivos de proteção que serão estudados.
Figura 10.1 – (a) fusível tipo rolha rosqueável; (b) fusível tipo cartucho de vidro.
Alguns fusíveis contêm em seu interior, envolvendo todo o elemento fusível, um material
granulado (areia de quartzo) extintor do arco voltaico (faísca), como é o caso dos fusíveis
apresentados na figura 10.3.
O elemento fusível pode ter diversas formas. Em função da corrente nominal do fusível, ele
compõe-se de uma ou mais fios ou lâminas paralelas, com trecho(s) de seção reduzida. Em alguns
elementos fusíveis, chamados de retardados existe um material adicional, cuja temperatura de
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fusão é bem menor que a do elemento, caracterizando um atraso (retardo) que permite atender
certas aplicações, como por exemplo a corrente de partida de motores elétricos. As figuras 10.4 e
10.5 mostram dois tipos muitos usados para instalações elétricas industriais.
Figura 10.4 - Fusível Diazed Siemens: (1) contat o superior; (2) elo fusível; (3) corpo cerâmico; (4)
areia de quartzo; (5) contato inferior.
Figura 10.5 - Fusível e Base NH Siemens: (1) contatos; (2) elo fusível; (3) corpo cerâmico; (4) areia
de quartzo; (5) indicador de estado; (6) terminal de conexão; (7) base.
V
Figura 11.1 – Polaridade e sentido da corrente no bipolo gerador.
Um bipolo receptor é aquele que transforma energia elétrica em outro tipo de energia,
proporcionando uma queda de tensão (potencial) e absorvendo corrente elétrica. É um elemento
passivo de um circuito. Como exemplo podemos citar os resistores, motores, lâmpadas
fluorescentes, etc.
V
Figura 11.2 – Polaridade e sentido da corrente no bipolo receptor.
Observação: um bipolo gerador pode se comportar como um bipolo receptor em função do sentido
da corrente a ele imposto pelo circuito. Nesse caso podemos considerar este bipolo como um
receptor ativo. Isso ocorre, por exemplo, em baterias e pilhas sendo carregadas pois estão
absorvendo corrente. Entretanto, um receptor nunca poderá se comportar como gerador.
11.4 Nó de Circuito
Exemplo:
Determine o número de cada tipo de elemento do circuito da figura 11.6.
11.10 Condutores
São os elementos responsáveis pelas conexõe s entre os dispositivos que integram um circuito
elétrico.
Os condutores, como qualquer outro material possui resistência elétrica e aquece quando
percorrido por corrente elétrica. Essa resistência é função das suas dimensões (bitola e
comprimento) e qualidade do material usado. Portanto, um condutor tem limite de corrente e, é em
função desse limite que a proteção deve ser dimensionada. Esse limite de corrente é chamado de
Ampacidade do condutor.
Por outro lado, para o estudo da maioria dos circuitos, como os que estudaremos a partir de
agora, os condutores podem ser considerados ideais, ou seja, com resistência elétrica desprezível.
V1 V2 V3 Vn
Vf
If
+ +
I f = I1 = I 2 = I 3 = L = I n
• a associação série proporciona uma divisão de tensão, ou seja, cada resistor provoca uma queda
de tensão que é função da sua resistência. Assim:
V f = V1 + V2 + V3 + L + Vn
Para entendermos como ocorre a queda de tensão podemos usar uma analogia: temos um
prédio que possui elevador e escadarias. O elevador é usado para subir e as escadas para descer. O
elevador é considerado a fonte de tensão pois é capaz de elevar o potencial (tensão). O número de
degraus por andar nas escadas corresponde às resistências elétricas da associação série. Quanto
mais degraus maior resistência (maior dificuldade) e, portanto, maior queda de tensão (mais se
desce). Assim, a soma das quedas de tensão por andar (por resistência) é igual ao total de degraus
(tensão total).
Como sabemos que V = R.I e substituindo na equação anterior:
V f = R1 ⋅ I 1 + R 2 ⋅ I 2 + R3 ⋅ I 3 + L + Rn ⋅ I n
Sabendo que a corrente em todos os resistores da associação é a mesma fornecida pela
fonte, temos:
V f = R1 ⋅ I f + R2 ⋅ I f + R3 ⋅ I f + L + Rn ⋅ I f
V f = I f ⋅ (R1 + R 2 + R3 + L + Rn )
Vf
= (R1 + R2 + R3 + L + R n )
If
A relação entre a tensão da fonte e a corrente por ela forne cida é a resistência equivalente
do circuito. Então:
Req = R1 + R 2 + R3 + L + R n
Generalizando:
A resistência equivalente de uma associação em série de resistores é dada pela soma das
resistências da associação.
Exemplo 12.1:
Para o circuito da figura 12.2, determine:
a) a resistência equivalente da associação;
b) a corrente total fornecida pela fonte;
c) a corrente em cada resistor;
d) a tensão em cada resistor;
e) a potência elétrica total na fonte.
+
Vf Vf
I1 I2 I3 In
If
V f = V1 = V2 = V3 = L = V n
• a associação paralela proporciona uma divisão de corrente pois há vários caminhos para a
corrente elétrica já que o circuito possui várias malhas e mais de um nó. Portanto, a corrente
que a fonte fornece deve suprir a necessidade de corrente de todos os resistores. Assim:
I f = I1 + I 2 + I 3 + L + I n
V
Sabemos que I = , então podemos substituir na equação anterior:
R
V V V V
I f = 1 + 2 + 3 + L+ n
R1 R2 R3 Rn
Como todos os resistores estão submetidos à mesma tensão, então:
Vf Vf Vf Vf
If = + + +L+
R1 R2 R3 Rn
1 1 1 1
I f = V f ⋅ + + + L+
R1 R2 R3 Rn
If 1 1 1 1
= + + +L+
Vf R1 R 2 R3 Rn
A relação entre a tensão da fonte e a corrente da fonte é a resistência equivalente do
Vf
circuito, ou seja, Req = . Invertendo esta equação e substituindo, temos:
If
1 1 1 1 1
= + + +L+
Req R1 R2 R3 Rn
Generalizando:
1 n
1
= ∑
Req i =1 Ri
Observação:
• Para cada dois (e somente dois) resistores em paralelo, podemos determinar a resistência
equivalente pela razão entre o produto das duas resistências pela soma delas:
R1 ⋅ R 2
Req =
R1 + R 2
Exemplo 12.2:
Para o circuito da figura 12.4, determine:
a) a resistência equivalente da associação;
b) a corrente total fornecida pela fonte;
c) a tensão em cada resistor;
d) a corrente em cada resistor;
e) a potência elétrica total na fonte.
Exemplo 12.3.
Para o circuito da figura 12.5, determine:
a) a resistência equivalente da associação;
b) a corrente total fornecida pela fonte;
c) a tensão em cada resistor;
d) a corrente em cada resistor;
e) a potência elétrica total na fonte.
a) determinação da resistência equivalente: no circuito há dois nós e entre eles uma associação
paralela entre R1 e R3 que deve ser resolvida em primeiro lugar.
R1 ⋅ R 2 40 ⋅ 10 400
R13 = = = = 8Ω
R1 + R2 40 + 10 50
Redesenhando o circuito teremos uma associação em série de R2 com o equivalente parcial
R13, como mostra a figura 12.6. Assim:
Req = R2 + R13 = 50 + 8 = 58Ω